Hoje eu acordei cedo, eu tenho que ir pra escola. Mas não é só isso, hoje meu irmão vai embora, ele tem que voltar pra estudar.

– Não vai embora banana, por favor.

– Não posso esquilinho, tenho que estudar.

– Então deixa a Ely, eu amaria ter ela de irmã e você viria mais pra cá, seu desnaturado.

– Ah esquilo- ele me abraça. - não faz assim. – ele me olhou com os olhos tristes. Ele já tinha levado as malas pro carro e só tava esperando a Ely descer as escadas. Subi lá antes que ela descesse e ela estava fechando sua bolsa.

– Oi Abby, vamos descer já acabei por aqui.

– Vamos sim, mas antes deixa eu te falar em primeira mão porque daqui a pouco todos vão saber. Queria que fosse a primeira porque se não fosse você não teria acontecido.

– O que? Tem a ver com ontem? Rush? Me conta!- ela disse e sentamos na cama.

– Ontem ele me pediu em namoro, do jeito mais lindo e romântico de todos. Teve golfinho, uma ilha particular e mensagem no fundo do mar. Foi perfeito!

– Oh meu Deus! Você tá amando ele, com certeza.

– Amando? – eu assustei

– É Abby, amando. Você pode não saber ainda, mas eu já sei você ama o Rush.

–Amor, a gente precisa ir, desce logo, por favor!- Alex gritou lá de baixo.

– Temos que ir- ela disse levantando e pegando suas coisas. Abby você é muito especial pra mim, e eu amei te conhecer. Qualquer coisa que precisar pode me ligar. – ela me abraçou.

– Obrigado, irmã- eu falei e descemos.

Minha mãe já estava aos prantos, quando viu Emily ficou bem pior. Abracei-a pra consola-la, eles de foram e ela ainda se acabava em lagrimas. Já era quase a hora de eu ir quando ela parou de chorar. Mary me ligou e em dez minutos ela estaria em casa.

– Mãe, tenho que te contar uma coisa.

– Você tá namorando com o Rush? Fala que você aceitou? – ela disse empolgada.

– Mãe, você sabia?

– Ops, estraguei a surpresa não foi? Desculpa. Só achei que você não ia me contar.

– Tudo bem mãe, só não tinha pensado que ele te contaria.

– Ele me pediu permissão.

– Ual, ele tá me impressionando. Mas não diz pra ele.

Ouço a buzina pego minha bolsa, dou um beijo na minha mãe e saiu correndo. Pulo no conversível Pink dela, ela ouve Katy Perry.

– Antes que você me bata porque eu não te contei, eu to namorando.

– Oh meu Deus, eu te deixo queta por uma semana e você já apronta. - nós rimos. - mas desculpe eu já sabia, eu tava com o travis na hora que cheguei em casa e ele só faltou bater no teto de tanto que ele pulava.

–É impressão minha ou todo mundo sabia, menos eu? –ela não responde.

– Você não é a única que esta namorado- ela levanta mão e sol bate em seus dedos, o dourado reflete o sol e eu vejo a aliança em seu dedo.

– Oh meu Deus! Ele te deu uma aliança. Que legal.

– Mudando de assunto, você ta dirigindo bem melhor. Não que você dirigia mal, mas o que aconteceu?

– Travis me deu umas aulinhas!

Chegamos à escola e ela estaciona como uma profissional. Vamos caminhando pelo estacionamento e não vejo a moto de Rush. Fomos até o armário juntas depois nos separamos e eu cheguei à sala de biologia, rush não estava lá. Eu me sento e fico olhando o movimento da sala, as meninas estavam todas sentadas ao fundo da sala com mini short enquanto os garotos observavam.

Rush para na porta me olha e sorri aquele sorriso que amo. Ele esta com as mãos pra trás e vem me olhando, ele está de jeans e camiseta amarela escrito “i like my girlfriend”, eu sorrio.

Ele tira os braços de trás do corpo e me estende um das mãos tem um buque de rosa vermelhas. Eu estou completamente sem reação olhando pra ele, com a cara queimando e as pernas babas. Eu finalmente recupero o movimento dos braços e pego o buque de suas mãos, controlo o choro e ele me beija. Ele senta e se aproxima de mim.

– Não briga comigo anjo sei que você não gosta de aparições em publico, mas não resisti. – ele sorri e não tem como eu ficar brava.

–Tudo bem, mas você podia-te me deixado contar pra alguém. Minha mãe, Mary e agora a turma de biologia.

–Relaxa, eu deixo você contar pro seu amigo Luke. – ele está me provocando, mas me faz pensar no que tive evitando. Luke, eu não queria nem ver a cara dele quando me visse com Rush. Eu o encarei, o professor chegou e eu me viro para frente.

Ele não prestou atenção na aula, roubou uma folha do meu caderno e meu lápis. E passou a aula toda desenhando. Quando o professor nos dispensou ele ergueu a folha e tinha uma garota baixinha e um garoto tatuado e um pensamento escrito “almoça comigo?”. Eu o beijo e pego sua mão e ele me segue. As meninas nos olham com cara de feia, ele sussurra no meu ouvido que é inveja e eu sorrio.

A gente caminha de mãos dadas até a porta e quando entrei sinto o impacto dos olhos em nós, ouço as vozes baixas, meu rosto essa hora tá vermelho, mas eu seguro a onda e olho pra Mary com Travis na mesa. Ela sorri e fala sem som “calma”. Chegamos até a mesa e eu olho pro Rush e ele percebe que eu to incomodada.

– Quer que eu dê um jeito, ou prefere se acostumar?

–Jeito? Ah seja o que Deus quiser, vai lá dá seu jeito.

Ele sobe em cima da mesa o refeitório inteiro olha pra ele:

– É o seguinte, ela é minha namorada sim. Meninos tirem o olho sou ciumento, meninas vocês não chegam nem aos pés dela. Então por favor, sem conversinhas alheias. – ele desce e me puxa me inclinado em 180 graus e beija calorosamente eu ouço os gritos. – E se acostumem com essa cena, porque eu amo essa mulher. – ele termina e sentamos, Mary esta de boca aberta e Travis sorri.

Luke não estava presente, mas eu não dava vinte minutos pra ele ficar sabendo, o time de futebol me olhava incrédulos. Conversamos um pouco e eu chamei Rush pra ir embora, levantamos e eu sinto os olhos alheios nos acompanhando. A porta abre antes de tocarmos a maçaneta. Eu encaro a pessoa, é Luke. Seus olhos verdes escurecem instantaneamente quando vê nossas mãos juntas.

– Olá Abby!- ele diz, olha pro Rush e passa por nós.

–É acho que você não vai precisar contar pro seu amigo também. – Rush provoca, ele tá me tirando do serio com esse joguinho. Eu não falo nada só sigo até a moto, e ele me leva até em casa. Despeço-me com um beijo, e ele pergunta se pode me ver a noite, eu digo que não minto que vou à casa da Mary.