Um Ser mutante

Capítulo 11/Extra


Na Mikaelon Escola para Seres, nesta escura e fria noite existe um alguém andando pelos corredores do prédio principal. Este alguém, para em frente a uma determinada porta e tenta abri-la. Está destrancada então logo entra. Como se já conhecesse o lugar, segue confiante para uma direção. Remove alguns frascos de energia colorida e os guarda dentro de uma mochila preta, passa a mão na parede, puxa o forro e retira dois grandes frascos metálicos que guarda no mesmo lugar. Por fim, coloca o forro de volta no lugar e retira algumas seringas da gaveta. As guarda na mochila e sem olhar para trás, sai da sala fechando a porta. Tranquilamente, esse alguém, anda para fora da escola.

Com a rua também deserta, ninguém vê o alguém andando pela cidade. Logo chega a um colégio de muros altos. O contorna e chega à uma floresta, entra seguindo para a direita rente ao seu final. Depois de uma longa caminhada, já ben longe da cidade, chega a uma cabana aparentemente abandonada. Após checar algumas armadilhas em volta, adentra o local. Pequeno, apertado, úmido e fétido. Nada disso aparenta fazer diferença para este alguém. Chega a uma mesa e se senta, acende três velas e retira alguns itens da mochila. Primeiro, os frascos metálicos e pequenos sacos de borracha, os coloca sobre a mesa e retira uma pequena tampa de metal de cada saco, abre um dos frascos metálicos e começa a encher os sacos. Logo o líquido do frasco se esgota e quinze sacos de borracha cheios e devidamente tampados ocupam a mesa. É ouvido um som de satisfação. É aberto o segundo frasco de metal mas este acaba ao encher apenas três sacos.

— Graaah! – Frustrado e irritado, este alguém bate na mesa com toda sua força. – Estúpida ideia de “adiar” o projeto! – Antes que conseguisse segurá-los, dois sacos rolam para fora da mesa e caem no chão. A borracha estoura e o líquido se espalha evaporando rapidamente e enchendo a pequena cabana com uma fumaça esbranquiçada. – Merda! – O alguém se levanta atacando a garrafa metálica longe. – ... Não tenho escolha. Vou ter que atacar de uma só vez… Hoje. Agora.

Um pouco mais tranquilo, este alguém se senta novamente e retira da bolsa uma seringa e um frasco de energia. Levanta a manga de sua blusa, amarra o braço com um elástico e retira uma pequena quantidade da energia colorida. Depois de um tempo encarando a seringa, a completa de energia e injeta diretamente na veia. Depois de alguns gemidos de dor, suor frio e caretas, o alguém retira a seringa e libera o braço do aperto. Rearruma a mochila com os sacos de borracha. Ao colocar o último, hesita e o coloca de volta na mesa. Retira mais um e acrescenta ao anterior. Fecha a mochila e sai da cabana. Segue em direção à uma árvore próxima que possui alguns galhos mais baixos. Se pendura no primeiro e escala seu caminho para cima. Ao chegar à uma certa distância do chão, para de escalar e fica em pé no grosso galho.

— Deveria ter usado a dose completa bem antes. Isto foi ridiculamente fácil. ...Agora, me esperem monstros, vocês terão o que merecem. – Segue pulando de galho em galho em direção ao acampamento da Alcatéia Lobos do Sul.