Capítulo 1

Aquela movimentação no quartel realmente era irritante, todos ou melhor, quase todos tinham algum lugar para ir. Fora que o festival Tanabata acontecia no centro da cidade e claro que um certo castanho queria ir e Hajime sabia que ele não iria sossegar caso não fosse junto. Francamente aquilo não era algo que o agradava, preferia ficar no quartel até tarde trabalhando do que em um lugar barulhento e tumultuado. Acabaram por chegar bem no começo dos fogos a única coisa que o capitão da terceira divisão apreciava daquele festival.

– Hajime-kun? - Okita o chamou e o mesmo se virou o observando.

– Hmm...

– Vamos para um local mais afastado? - O maior segurou a mão do mesmo e o puxou antes que ele pudesse ter chance alguma de responder.

Okita o puxou para o templo aonde pode observar o maior fazendo um pedido tocando o sino do templo em silêncio. Apenas observava um tanto curioso por dentro até que o mesmo se virou sorrindo.

– O que pediu? - Hajime perguntou curioso, observando o maior.

– Para que a pessoa que eu amo retribua os mesmos sentimentos, mas ela é uma pessoa muito teimosa. - Então ele amava outra pessoa? Aquilo foi um baque para o menor, demorou um pouco para se recuperar daquilo.

– E porque não conta para ela isso? - O tom frio de Hajime fez o capitão da primeira divisão rir.

– Acabei de dizer, mas ele não percebeu. - Aquela resposta fez o menor corar e ele corou ainda mais com o abraço repentino do outro. - Ah... uma mudança na expressão e fofa por sinal.

– Tá querendo que eu te mate por isso? - O menor perguntou emburrado o que fez o castanho rir enquanto o mesmo tentava se soltar daquele abraço e acabou desistindo.

– Não... por isso aqui...

Okita selou ambos os lábios e não deixou o menor responder e aquele selinho acabou se transformando em um beijo urgente cheio de desejo de ambas as partes, Hajime estava ofegante e Okita também após se separarem.

– Não pode dizer que não gostou... você retribuiu igualmente agora não? - Hajime abriu a boca para retrucar, mas não podia mentir sobre aquilo. - Acertei em cheio e pelo jeito o meu pedido foi atendido, porém eu tenho outro pedido agora.

– Qual? - Hajime perguntou um tanto emburrado e o outro o puxou para perto, perto até de mais.

– Se você namoraria comigo?

Aquela pergunta foi respondida por um beijo do menor, no momento não queriam saber o que os outros pensariam já que ali o que realmente importava era a felicidade de ambos durante aquele beijo enquanto apreciavam o barulho dos fogos do festival.