Minha cabeça latejava depois de uma noite muito mal dormida, fiquei praticamente a noite toda acordada, pensando e pensando. A sensação era de que haviam me jogado de um precipício que não havia fim, a minha mente estava confusa, eu queria uma resposta talvez uma solução para tudo isso, mas nada vinha, apenas um silêncio. Eu posso estar sendo um pouco dramática, sempre gostei de um pouco de drama, mas estar apaixonada por uma pessoa, é como estragar sua vida por completo, agora toda vez que eu olho para ele, meu cérebro parece que não raciocina direito, parece que ele para e a única coisa que penso é como seria bom beijar aqueles lábios novamente, mas eu não podia, não agora, e isso me deixava com raiva, raiva de estar assim, raiva de ter me deixado levar, raiva de ter me apaixonado tão perdidamente.

Amanha seria a festa, Henrique parou de falar com o projeto de prostituta (N/A: você tem que melhorar seu vocabulário) eu estou narrando sai daqui, meu humor também não estava bom, a única coisa que queria era ficar sozinha, tentando construir um mundo aonde eu não vá me ferrar no final. Mas como a vida é injusta para todos, eu tenho que me levantar e ensaiar um sorriso que eu não queria ter. Me vesti e fui para o café junto com as meninas, elas não paravam de falar da festa que seria um bafo (quem ainda usa essa palavra?) que seria a melhor festa do ano e blá blá blá, eu não estava interessada, me sentei falando um oi seco para os meninos, Carlos olhou para mim e pareceu que só com o olhar ele sabia o que estava acontecendo, ele fez uma careta e mexeu no celular, meu celular vibrou e li a mensagem “conversar depois?” apenas assenti suspirando, eu precisava falar com ele, ele era meu único refugio, comi pouco, Zac me olhou confuso e falou

-a nossa Magali não está com fome? Vem aqui me conta o que está acontecendo com a minha princesa – ele disse me fazendo rir, ele sorriu e eu falei

-nada só não estou com fome

-vai dizer que está com anorexia? – perguntou Rafaela em um tom brincalhão, ri novamente e falei

- não tenho anorexia ok, eu só não estou com fome, só isso

-cara, agora eu tenho que me intrometer, você não tá com fome? – disse Miley botando a sua mão na minha testa e falando em seguida – eu acho que você esta com febre – ela disse rindo apenas revirei os olhos e comi um pouco da panqueca e disse

-estão satisfeitos?

-sim, um pouco – disse Henrique, um pouco preocupado, eu tive que me conter muito para não revirar os olhos, tomei um pouco do suco e olhei para Carlos que ainda olhava para meu prato e para mim, ai que saco não se pode deixar de comer pelo menos um dia nessa vida, me levantei e falei

-vejo você no almoço tá – todos assentiram e eu sai, ouvi passos e me virei falando

-Carlos eu quero ficar sozinha

-mas eu não vou te deixar sozinha eu preciso conversar com você – a voz não era do Carlos e sim do Henrique, meu cérebro pareceu congelar e meu coração quase saltar pela boca, suspirei

-me deixe sozinha, por favor – eu disse quase em um sussurro

-Alice assim eu não agüento eu quero uma resposta agora

-eu não consigo - eu sussurrei mas para mim do que para ele, eu não consigo pensar quando ele está por perto

-Alice – ele disse se aproximando mas eu tentei manter a distancia e falei

-sério, não fique muito perto, já é difícil de pensar assim, imagina com você perto de mim – ele sorriu e depois deu sua famosa risada rouca porra que saudade disso, eu queria abraçar ele e chorar, e não eu não estou na TPM ok, suspirei e falei

-o que você quer que eu responda?

-você me ama? – ele disse simplesmente, aquilo me pegou tão de surpresa, eu não queria responder tão rápido, odeio expor meu sentimentos, mas meu coração é teimoso e falei sem pensar

-te amo mais do que meus livros – falei meio que em um sussurro, mas possível para ele ouvir, ele sorriu e falou

-eu estava tão preocupado, eu pensei que não era mais correspondido – olhei para aqueles olhos verdes e apenas o beijei, e posso dizer que foi o melhor beijo da minha vida, foi como se eu nunca tivesse beijado ele, como se fosse o primeiro beijo.

PVO Carlos

Resolvi levar Alana para uma pequena caminhada antes do almoço, eu estava com tudo na cabeça, só faltava ela aceitar, não posso negar eu estava apaixonado e Alice estava me ajudando muito com tudo isso, Alana aceitou fácil, caminhamos por um tempo, minhas mão estavam mais suadas que o normal e freqüentemente eu as limpava na minha calça, conversamos por todo esse trajeto até pararmos e eu vi a oportunidade.

PVO Alana

Eu estava mais do que nervosa, nunca senti tal sensação na minha vida, porque esse garoto tinha que ter tanto controle sobe mim, me diz?

Sentamos no pé de uma árvore e eu estava mais nervosa do que o normal, meu coração pulava no peito, minha respiração estava rápida e eu engolia em seco freqüentemente, ele estava falando algo, que não prestei atenção, olhei para ele e falei

-desculpa, eu não ouvi

-nada

-fala, por favor.

Ele apenas me beijou, é isso mesmo caras amigas, ele me beijou e foi a melhor coisa de toda a minha vida, sua pele quente me envolvia e seu braços me envolveram, seus lábios macios e finos, pareciam veludo ao encostar a minha, eu senti seu cheiro mentolado e posso dizer que virou meu perfume preferido, ele se levantou e eu fiquei parada meio que me perguntando por que ele havia parado, ele balançou a cabeça negativamente, mal sinal, me levantei e ele falou

-desculpa Alana

Sorri e prendi o corpo dele na árvore em uma velocidade que até eu fiquei surpresa, mas não ia me perguntar sobre isso, sendo que tenho um cara incrível sobe o meu controle, sorri novamente e falei

-cala a boca – e o beijei novamente, no meio do beijo ele sorriu e uma explosão invadiu e logo ele tomou o controle novamente e eu não estava triste por isso.

PVO Zac

Garota chata isso que ela era, ela foi até o meu chalé perguntar onde estava as suas amigas, e eu ia saber?

-eu não sei garota – disse pela décima vez, ela entrou sem ligar para o que eu disse e se sentou na minha cama, o que ela pensa que está fazendo?

- ata que você vai ficar aqui

-quem vai me fazer sair?

-eu

-como se eu tivesse medo de você, você é inofensivo – como aquela garota me provocava eu não sabia, mas funcionava na maioria das vezes, o jeito dela talvez, mas eu não iria me deixar levar, ela riu com a minha expressão, peguei ela pelo pulso e a botei contra a parede de um jeito que ela não pudesse se mexer, ela riu e falou

-só isso que consegue fazer

Ela estava me testando? Apertei seu corpo contra o meu ficando a poucos centímetros da boca dela, ela ensaiou um bocejo e disse

-continua inofensivo

-você que é inofensiva garota

-você ainda não me conhece – ela me girou de surpresa, agora me prendendo na parede, ela beijou meu pescoço e foi seguindo até a boca, quando ela estava a poucos centímetros da minha boca ela começou a rir e disse

-achou que eu ia te beijar, desculpa mas eu ainda não estou tão desesperadas assim

Ela disse saindo, fiquei ali na mesma posição processando aquelas palavras, ela ia me pagar por isso, e ela ainda ia implorar por um beijo meu.