Um Híbrido Em Beacon Hills

Capítulo 02 – Meu Nome é Sam Blake.


Os pneus da moto queimavam na alto estrada rumo a Beacon Hills. Olhou a placa que de boas vindas a cidade. Entrou na cidade passando pela beira de uma floresta até ouvir barulho de um tiro vindo de dentro da mata. Parou próximo a floresta deixando a moto atrás de um arbusto onde deixou o capacete no guidão, tirando suas próprias roupas para depois se transformar em um lobo prateado, e adentrar a floresta seguindo o som dos tiros.

Seguiu o barulho de tiros que ficaram mais próximo cada vez que adentrava mata adentro. Uma vez que ao longe avistou dois caras sendo perseguidos, notou que o menor dos dois parecia estar ferido enquanto o outro portava uma arma em sua mão.

Já para Chris e Peter as coisas não pareciam ser tão favoráveis já que havia um Peter mal humorado por conta do acônito que mostrava seu efeito no corpo do atual ômega. O Argent matava atentamente cada um dos caras que se aproximava até que as balas acabaram.

— Ótimo. – Resmungou o outro não achando mais munição com ele.

— Vai na frente... – falou o Hale tentando se levantar de onde estava. – E da próxima vez que eu falar pra fugir. Fuja. Corra para bem longe. – Explicava o ex alfa emburrado.

Em meio a discussão eles não perceberem quando um caçador riscou em cima deles. Peter usou sua força de vontade para proteger o humano entrando em sua frente. Mas antes que fosse atingido ou atacasse o homem um lobo prateado pulo em sua frente agarrando o pulso do inimigo e tentando rasgar, mas soltou sendo lançada perto. Voltou rosnando. Mostrando seus dentes. O que destacava em sua postura de ataque era a cor dos olhos que era dourado com o contorno vermelho quase se mesclando em um alaranjado. Aquilo chamou a atenção de ambos. E quando ela por fim atacou foi o suficiente para fazê-lo correr dali.

Por um minuto ela olhou para eles um pouco desconfiado. Saiu correndo para a mata e eles acharam melhor ir embora. E assim fizeram. Olharam um para o outro e o Argent ajudou o lobo a andar para seu carro.

Não demorou e chegaram no carro e os dois pararam pensativos. Quem eram por que os ajudou? Não saberiam a resposta ficando ali, então resolveram ir embira dali.

Do outro lado na floresta a híbrido voltava a forma humana e vestia suas roupas que estavam esquecidas em cima da moto.

— Isso vai ser interessante. – falou para si mesmo fazendo seus olhos laranjas brilharem e voltarem aos azuis anil de sempre.

Montou novamente na moto colocando seu capacete e seguiu para o centro da cidade.

No carro Peter tremia cada vez mais por conta do veneno em seu corpo, tinha certeza que já teria desmaiado se não fosse Chris ficar o balançando a cada cinco minutos.

— Aguenta, já estamos chegando. – avisou apertando seu ombro quando viu sua casa de longe.

Resmungou, mas manteve seus olhos abertos como deu. Se aquilo chegasse ao coração ele estaria morto. O carro parou e ele só percebeu que já haviam chegado quando o caçador praticamente o puxou para dentro da casa. Chris o deixou no sofá e adentrou a garagem novamente voltando com um maçarico.

— Ah! De novo não! – abriu a boca indignado.

— Não tem outro jeito. – se aproximou puxando-o pela camisa.

— Você não... Isso é alguma vingança por um acaso? – reclamava indignado em protesto quando sua camisa levantada contra seu rosto e só então sentiu o calor e a ardência da chama do maçarico em seu peito. – Ah! – gritou alto caindo inconsciente no chão.

— Não... Talvez... – se aproximou o Argent. – Espero que amanhã você me agradeça por isso. – puxou o ex alfa para o sofá e foi guardar o objeto de volta na garagem.

Quando voltou jogou uma manta azul que ficava em cima do outro sofá por cima dele e foi para a cozinha fazer o que comer.

Não muito longe dali o híbrido parava em um hotel alugando um quarto para passar a noite. Aquele hotel não era nenhum cinco estrelas, mas pelo menos daria para passar a noite. Ao adentrar o hotel e chegar no balcão foi atendida por uma mulher mais velha mal humorada.

Lhe entregou a chave com desdém, mas a Blake nada disse, apenas pegou agradecendo por educação e foi para o quarto. Na manhã seguinte, acordou cedo e pegou sua bolsa e foi para a escola. Ao chegar estacionou a moto perto de uma outra e entrou na escola passando pelo corredor. Muitos olhavam para ela devido, especialmente a cor de seus cabelos vermelhos chamativos.

Em um canto próximo ao armário estava Scott, Lydia e Malia que redirecionou seu olhar para Sam que passava redirecionando seu olhar para a coiote.

— Quem é essa? – Malia sussurrou para os outros dois.

— Não faço a mínima ideia. – respondeu Scott franzino o cenho.

Samantha poderia ter voltado e respondido aqueles três, mas naquele momento isso não era seu objetivo. Queria apenas chegar na sala do diretor para cumprir com os seus planos. No caminho encontrou Natalie Martin que tratou de perguntar seu nome, já que a nunca havia visto por ali.

— Me chamo Samantha Blake, senhora. – sorriu amistosa.

— Não têm nenhuma Samantha Blake na lista de inscritos. – afirmou olhando a ficha.

— Tem certeza? – ao perguntar seus olhos foram de azuis a laranja no mesmo instante. – olhe mais uma vez, por favor. – e assim usou sua compilação para enganar a mãe da Banshee.

— Oh, aqui está. Pode seguir para a sala senhorita Blake. – falou sobre efeito do híbrido apontando para a sala onde estariam três da McCall pack.

Sorrindo e satisfeita pelo seu feito agradeceu a Martin mais velha e seguiu pelo corredor para o local indicado. Na sala a professora de biologia estava prestes a começar sua aula, quando ouve uma subiu batida na porta logo mandando que a garota de longos cabelos vermelhos e jaqueta de couro preto entrasse.

— Licença. – falou o híbrido na porta prestes a entrar.

— Como se chama, querida? – perguntou a chamando para entrar.

— Samantha Blake. – agora o sotaque estava mais destacado afirmando a professora que ela era estrangeira.

— Samantha pode sentar ali frente da Malia. – ela apontou o lugar e o híbrido seguiu andando e assim ela finalmente começa sua aula.

Malia não parava de olhar, coisa que já estava deixando até a Lydia irritada. A aula foi passando, sem nada de estranho acontecer. Sam se provou inteligente. Mas ainda assim algo começou a incomodar o alfa genuíno e logo ele começou a desconfiar que ela não era uma estudante comum.

Com o fim das aulas Sam andava pelos corredores até ser cercada por Scott de um lado e Malia do outro. Não deu muita importância, até ter seu braço esquerdo segurado por Malia.

— Quem é você? – a coiote perguntou em um rosnado.

— Malia... – chamou Scott.

— Tudo bem, alfa. – falou soltando um suspiro. – Meu nome é Sam Blake. – puxou o braço com força o que deixou Malia irritada.

— O que você é e o que quer aqui? – perguntou novamente Malia.

— Minha nossa, cai em um interrogatório agora? – o sotaque dela só mostrava que nem nascida americana era. – O que eu sou, um híbrido. O meu que vim fazer aqui? Bem, caçadores invadiram minha área em nova Orleans e aniquilou minha matilha! – falou curta e grossa. – e são do mesmo tipo que acabaram com minha família na Finlândia.

Scott olhou surpreso e Malia, essa ficou sem fala. E quando a ruiva já não tinha mais nada o que falar se virou e disse:

— Já que tiveram sua resposta, posso ir embora? – falou irônica e foi embora.

Malia iria pegar no braço dela novamente, mas Scott a impediu olhando para a garota que andava rumo a saída. Algo dizia que aquela não seria a última vez que falariam com ela.