Um Conto De Natal Aracnídeo

Conto de Natal Aracnídeo


“Ha, ha, ha! Finalmente, Aranha, esta vai ser sua noite final!”

“Beleza, carequinha... manda brasa.”

O Abutre dá um voo rasante em direção ao Homem-Aranha, que, alarmado por seu sentido, salta para o lado, evitando o golpe. O aracnídeo mira nos pés do seu adversário, como tantas vezes ele já fez, e lança um fio da sua teia artificial.

Impulsionado pelo adversário, o Homem-Aranha se lança para o alto, caindo sentado nas costas de seu inimigo voador.

“Aí, Penoso, quantas vezes eu já te falei que você coloca o módulo de força dessa tua roupitcha muito exposto? É tão fácil quebrar... tipo assim, ó!”

O aracnídeo aperta o módulo de força, esmagando-o, o que torna o traje do Abutre inútil; os dois adversários começam a cair, porém, antes que alcançassem o chão, o herói tece uma rede de teia, amortecendo a queda de ambos adversários. Ele dá um soco no queixo do Abutre, que desmaia.

Carregando o corpo do Abutre, o Aranha desce até o chão, a fim de facilitar o trabalho dos policiais, entregando o vilão de bandeja que eles o levassem sob custódia. Uma vez no solo, ele vê várias patrulhas esperando por ele. Contente, o herói , ainda carregando o vilão desfalecido, vai em direção às forças policiais.

“Parado, Aranha! Sabemos que você roubou a joalheria junto com o Abutre, e agora o pegou pra ficar com o roubo só pra você!”

Peter balança a cabeça negativamente. Quantas vezes ele vai ter de passar por isso?

“Olha, galera... eu não sei se vocês perceberam, mas eu sou o herói, eu não quero levar nada...”

Alarmado por seu sentido, ele desvia de um tiro, disparado por um policial novato. Decepcionado, ele deixa o corpo do vilão no chão, junto com os produtos roubados, e rapidamente lança uma teia, saindo do alcance dos policiais e desviando de uma saraivada de balas.

O herói aracnídeo escala um prédio e, quando vê uma sacada que parece convidativa, vai a ela e se senta, contemplando a cidade. Começa a nevar.

“Mais essa. Como se não estivesse frio bastante.”, ele pensa, desanimado.

Sob a máscara, Peter bufa.

“Véspera de Natal e eu aqui levando bala.”

Sua tia May está viajando, visitando uns parentes no exterior. Mary jane, Harry Osborn, todos estão fora da cidade, apenas Peter resolvera ficar na cidade, pois não tinha dinheiro para viajar.

Ele olha para o prédio da frente, uma família está festejando. Todos estão rindo, bebendo, comendo, enfim, curtindo a festa natalina em família.

Uma grande tristeza bate em Peter Parker, que abaixa sua cabeça entre os joelhos. Está começando a ficar realmente frio, e a malha do seu uniforme não ajuda muito a esquentá-lo. Mais um pouco e ele vai embora.

“Tá muito frio aí fora. Não quer entrar?”

Peter olha para trás e vê uma garotinha de mais ou menos sete anos, ruivinha e de sardas, sorrindo para ele.

“Hã... desculpa incomodar, eu já vou indo, tá bem?”

“Não, tá muito frio, você não quer tomar um leite quente aqui dentro, Sr. Aranha?”

Relutante, o Homem-Aranha acaba por aceitar o convite, entrando no quarto da pequena garota.

Ela lhe oferece um copo de leite quente e biscoitos. Peter levanta a máscara e começa a beber e comer os biscoitos.

“Eu tava guardando pro Papai Noel, mas eu gosto mais de você!””

“Mesmo?”

“Claro, dá uma olhada no pôster que eu tenho!”

Peter sorri quando olha para um grande pôster do Homem-Aranha grudado à parede, acima da cama da garotinha.

“Papai e Mamãe dizem que você é bandido, mas eu sei que você na verdade pega eles, Sr. Aranha. Sou sua maior fã. Será que o senhor poderia autografar o meu pôster?”

“Claro... seu nome?”

“Cat!”

Peter pega uma cante sob a penteadeira da garota e escreve “Para a minha maior fã, Cat, um abraço do seu amigão da vizinhança, Homem-Aranha”.

“Cat... eu... preciso ir pegar mais bandidos. Bem... como eu filei o rango do Noel, pro caso dele ficar bravo e não te deixar presente...”

Peter desacopla a lanterna-aranha do seu cinto e entrega à pequena garota, que abre um largo sorriso ao ver o acessório, e lhe dá um carinho abraço.

Ele ruma à janela, vira-se para trás e dá um sorriso para a garota.

“Feliz Natal, Cat.”

“Você também, Sr. Aranha!”

“Pode me chamar de Peter.”

“Tchau, Peter! Feliz Natal!”

O Homem-Aranha lança um teia e se balança para outro prédio. Quando está em cima de outro prédio, ele ouve o som de um alarme de loja localizada a duas ruas de distância. Ele sorri.

“Mais um trabalho para o Amigão da Vizinhança!”

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.