Pov Ava Grey

Ser uma Grey não é muito fácil, a nossa vida é cheia de regras, de seguranças, e de pessoas interesseiras, eu por exemplo, tenho poucos amigos, pois a maioria das pessoas que se aproximam, é apenas por interesse. Então, prefiro ter poucos amigos que são sinceros, do que muitos que são falsos.

Meu nome é Ava Katherine Kavanagh Grey, filha de Kate Kavanagh e Elliot Grey, tenho 16 anos, e tenho um irmão mais novo, o Nicolas, mas todos o chamam de Nick, ele é apenas um ano e meio anos mais novo que eu.

A minha família é bem unida, meus avós fazem questão disso, então todo domingo vamos para a casa deles, eu tenho três primos, o Henry, Theodore meu ex namorado e a Melissa que é alguns meses mais nova que eu.

— Anda Ava, vamos nos atrasar - Nick aparece no meu quarto.

—tô pronta, tá muito frio lá fora? - perguntei.

— tá demais hoje, não sei porque não podemos ficar em casa hoje.

— Nem eu, mais vamos logo - falo pegando minhas coisas e descendo as escadas com meu irmão.

—bom dia- falamos juntos para nossos pais, enquanto nos sentamos para tomar o café da manhã.

— bom dia- falam juntos.

—Nick eu espero que você tenha feito seu trabalho - mamãe fala.

— é em dupla, e eu fiquei com a Duda- Duda é a melhor amiga do meu irmão, e eu queria muito que fosse mais que isso, só que ele não percebe as coisas, e agora tá namorando uma garota insuportável, que eu não aguento mais ver a cara dela.

— e você não a ajudou a fazer o trabalho? - meu pai perguntou.

—é que... Eu.... É que....

—Nicolas Grey, eu não acredito que você não fez o trabalho e deixou a Duda fazer tudo sozinha - minha mãe fala brava.

—é que eu tinha que me encontrar com a Mônica e me esqueci.

—eu não acredito nisso Nicolas, escuta o que eu vou falar, se você tirar uma nota baixa, você estará fora do time de futebol e também ficará de castigo - minha mãe fala, e vejo que ela realmente está bem nervosa.

—eu não vou tirar nota baixa, eu prometo - desde que ele começou a namorar a Mônica que ele ficou assim, não estou mais reconhecendo meu irmão. Que antes era tão responsável e dedicado, agora só faz o que a namorada quer.

— acho bom mesmo, porque se não já sabe...

—pode deixar mãe, não irei tirar uma nota baixa - eu posso estar sendo cruel, mas eu adoraria que a Duda fizesse o trabalho e não colocasse o nome dele, talvez assim, ele acordasse pra vida.

Depois do café da manhã, nos despedimos dos nossos pais e fomos pra escola.

Nick passou o caminho todo no celular, e sou capaz de apostar minha mesada, que ele está conversando com a Mônica, arhg.

— oi gatinho - Mônica fala se aproximando e beijando meu irmão.

—oi amor - ele fala e a beija, depois a abraça.

—oi cunhadinha, está linda hoje - fala pra mim.

—ela não está linda somente hoje - Theodore fala se aproximando com Melissa, depois que terminamos nosso namoro, nossa relação ficou meio estranha, não sei explicar direito.

—Bom dia Ava- Mel fala sorrindo e me abraça.

—bom dia Mel, Theodore - chamo seu nome completo, pois acho estranho chamá-lo pelo apelido.

— e você realmente está incrível hoje, mais do que nos outros dias, algum motivo especial? -Mel fala isso, e tenho certeza que é para implicar com o irmão. Quando eu ia falar algo, vejo Duda vindo em nossa direção furiosa.

—Nicolas Grey - fala.

—oi Duda - fala incerto e tenho vontade de sorrir disso.

—oi Duda? É só o que você tem a dizer?

—o que está acontecendo? - Theodore pergunta.

—ele não foi fazer um trabalho com ela.

—e ela ficou bem brava - é a vez da Mel falar, e eu só concordo com ela.

—olha como você falar com ele- Mônica fala.

—cala a boca, porque a conversa é entre nós dois. Escuta aqui Nicolas, se você pensa que eu vou ficar fazendo os trabalhos sozinha e você não faz nada está muito enganado, eu fiz o trabalho sim, só que não coloquei seu nome e mais.... Eu já mandei uma mensagem para o professor falando que você não está nem aí.

— o que? Duda você não pode ter feito isso, pensei que....

—que eu fosse me matar de estudar enquanto você ficava dando uma de cachorrinho dessa aí? Está muito enganado, agora você vai ter que se explicar com o professor.

—Duda por favor....

—gatinho não faz assim, não se rebaixe.

—você não tá entendo não é Mônica? Se eu não tiver nota nesse trabalho, ficarei com nota baixa e meus pais não vão me deixar ficar no time, entendeu agora?

—chega, vocês tão dando escândalo - falo- vão pra sala e Nick, a Duda tem motivo pra ficar assim.

—mais Ava, eu..

— você prometeu para a mamãe e pro papai que seu namoro não ia influenciar na sua média, e é isso que tá acontecendo. Agora você vai ter que suar a camisa pra não ir pra recuperação nessa matéria. E também vai ter que se desculpar com a Duda, porque desde que você começou a namorar que deixou ela de lado.

— eu não fiz isso Ava.

—fez sim, agora parece que você faz o que a Mônica quer.

—ela é minha namorada, e ela e a Duda não se gostam.

— e você preferiu deixar sua amiga de lado? Você ia gostar se ela fizesse isso com você?

—acho que você está certa. Eu vou me desculpar depois com ela.

—isso mesmo.

— obrigado Ava, e sabe ser legal quando quer- fala e me abraça.

— é, eu sei. Agora vamos entrar - falo e vamos para dentro da escola, e ele vai me pedindo dicas de como se desculpar com a Duda. E espero que a partir de agora, ele perceba quem realmente está do seu lado.

—até mais tarde - falo.

—até, tchau Ava- eu entro na minha sala e vou me sentar ao lado da Mel, nossos pais deram um jeito de ficarmos todas as aulas juntas e eu gosto disso.

Enquanto o professor não chega, ficamos conversando.

Estávamos terminando a terceira aula, quando um barulho estranho nos assusta. E depois do barulho, veio uma grande gritaria.

—professora o que é isso? - uma das minhas colegas perguntou.

—fiquem calmos que eu vou ver- fala e abre a porta- meu Deus.

Em seguida ela fecha a porta.

—professora o que foi? - Mel perguntou.

—fiquem calmos que tudo vai da certo, e não fiquem agitados - ouvir isso não me deixa mais calma, pelo contrário, penso no meu irmão, na Duda, no Theodore, na Mel e nos meus amigos.

—tô ficando com medo - Mel fala e em segundo seguinte a porta é aberta violentamente, nos fazendo gritar.

— calados - o menino fala, e lembro que fazemos aula de geografia com ele.

algumas meninas se assustam e ele dá um tiro em uma delas.
—todo mundo para aquela parede - ele fala e mesmo com medo fizemos o que ele pediu.

—porque isso cara? - um dos meus colegas perguntou e como resposta, um tiro quase o acerta, e eu fico abraçada a Mel e estamos tremendo de medo.

— agora eu vou escolher quem é que vai morrer - ele fala sorrindo de um jeito bem assustador.

— você não precisa fazer isso- a professora fala e tomara que os seguranças já tenham percebido isso e estejam vindo nos salvar.

— CALA A BOCA, OU VOCÊ VAI SER A PRIMEIRA - Ele grita, e fico olhando a menina que levou um tiro.

—por favor, deixa a sair, ela não tá nada bem - eu peço.

—NÃO, NINGUÉM VAI SAIR DAQUI COM VIDA.

—o que nós te fizemos? - pergunto.

—nós precisamos limpar o mundo dessa raça imunda que são vocês - ele fala, e depois começa a falar em uma língua que não entendo, pego minha toalha de mão e jogo pra menina que está sangrando muito.

—coloca isso no ferimento, pra evitar que perca mais sangue - falo e ela assim faz.

— não adianta, ninguém vai sair vivo daqui.

— tô com medo- Mel fala baixo.

Não sei quanto tempo passou desde que ele entrou aqui, só sei que estou morrendo de medo, a polícia já está aqui, o esquadrão ante bomba, e nossos seguranças particulares, que estão tentando encontrar um jeito de nos tirar vivos daqui. E mais três dos meus colegas foram feridos.

Não sei por quanto mais iremos aguentar.

— vocês pensam que eu tô brincando não é? Pois não estou não, vejam só- ele fala e levanta a camisa e nos assustamos, ao ver que ele está com o corpo cheio de explosivos.

—aí meu Deus - é só o que falo, eu não quero morrer, e não quero que aconteça o mesmo com ninguém que está aqui.

—se entrega, você não tem saída - o chefe do esquadrão fala.

— EU JA DISSE QUE DAQUI NINGUÉM SAI VIVO.

—VOCÊ NÃO TEM QUE FAZER ISSO!

—TENHO SIM, A MINHA MISSÃO É AJUDAR A LIMPAR O MUNDO, E É ISSO QUE EU VOU FAZER - fala e começa a andar de um lado para o outro. E até Agora eles não entraram porque se fizeram isso, a tragédia será ainda maior.

— não teremos outra opção a não ser derrubar a porta.

— faça isso e matarei todos que estão aqui - ele se aproxima de onde estamos e depois puxa a Mel e aponta a arma pra cabeça dela.

— Me solta, eu não quero morrer - ela fala chorando.

—cala a boca vadia- fala e aperta o braço dela, a minha prima não, ele não vai fazer isso, tenho que fazer algo, ou ele vai matar a Melissa.

—por favor- ela fala.

—CALA A BOCA DESGRAÇADA. SE VOCÊS INVADIREM ESSA SALA, EU VOU MATAR UMA DAS GREY, NÃO SEI O NOME DELA, MAIS UMA VAI MORRER - pensa Ava, pensa, fico olhando pela sala, até que vejo um taco de beisebol, com cuidado vou até ele e o pego. Me aproximo do homem, por trás e lhe dou uma pancada nas costas, não é o bastante, mas ele empurra Mel.

Quando a porta é aberta pelos policiais e a partir daí, tudo se torna turvo, não lembro de mais nada.

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