Capitulo 8 - A Verdade Vem A Tona...


Sasuke e Sakura chegaram na escola juntos, lado a lado. As mãos de ambos estavam entrelaçadas. Passaram na frente de Ino e os demais e nem ao menos olharam na cara deles.
Ino estava morrendo de ciúmes. Estava com mais ódio ainda de Sakura. Mais uma hora esse ódio iria sumir de dentro de seu coração. Ela querendo ou não.


– Eu to indo embora. - diz Ino saindo dali o mais rápido possível.


Na casa de Sakura o pai da menina estava fazendo um chá para ele tomar.


Do lado de fora Sasuke e Sakura iam chegando.


– Quer saber? Eu não sinto a menor falta deles. - comenta Sasuke.


– Eu também não.


Os dois param em frente a porta da casa dela e se beijam. O pai de Sakura sai para fora e olha a cena.


– Sakura, de boa noite ao Sr. Uchiha. - diz o senhor. - Vá para casa Sasuke, a noite acabou.


Os dois soltam as mãos.


– Boa noite. - diz Sasuke.


– Boa noite. - diz a rosada.


– Boa noite senhor. - diz o moreno saindo do local.


O pai de Sakura olha para ela e diz.


– Seu comportamento é pecaminoso. Você haje como se estivesse...


Sakura o corta.


– Apaixonada?


– Sakura você é uma criança.


– Pai, olha pra mim eu não sou mais uma criança.


– Então para de agir como tal. - diz o senhor.


– Eu o amo. - diz Sakura.


– Então seja justa com ele antes que as coisas piorem. - diz ele saindo dali e entrando dentro de casa.


Sakura entra atrás dele olhando para o chão. Ela não sabia por quanto tempo mais conseguiria guardar o segredo. Era muita pressão em cima de si. Não sabia por quanto mais tempo conseguiria ficar calada. Toda vez que via Sasuke lembrava que jamais poderia ficar enganando ele. Ela acabaria ficando mais triste e deprimida.


Mais a noite ela estava em seu lugar de refugiu. Carregava seu telescópio para ver as estrelas. Como gostava dali. Viu o carro de Sasuke estacionando no local e em seguida um moreno sai do carro. Era impossível não suspirar toda vez que o via. Era algo magnético.


Era um bom programa para duas pessoas e Sakura sentia que precisava da companhia do moreno.


– Oi. - diz Sasuke.


– Oi.


Eles dão um beijo rápido no outro e Sakura diz.


– Pode me ajudar?


– Claro. E ai, o que você disse pro seu pai? - perguntou ele.


– A verdade. Deixei você fora disso. - respondeu ela. - O que quer ver?


– Plutão.


– Plutão só aparece um pouco antes do Sol. - disse ela.


– Isso mesmo. E... Eu trouxe uma garrafa térmica com café quente. E um cobertor. - finalizou ele estendendo o cobertor no chão.


– Você planejou tudo.


– A com certeza.


Sasuke senta-se no cobertor e encara a namorada.


– Ta tentando me seduzir é?


– Porque? Você é seduzível? - respondeu ele com outra pergunta.


Sakura fez sinal negativo com a cabeça.


– Foi o que eu pensei. Por isso, eu tenho um segundo cobertor. - diz ele retirando o cobertor de dentro da mochila que trouxera consigo. - Um pra mim e outro pra você.


– Obrigada.


Sasuke levanta e vai até ela e lhe beija o pescoço carinhosamente. Sakura encara o céu e as estrelas. O moreno retira um papel do bolso e o abre.


– Pode encontrar esta estrela aqui?


– Claro. - responde ela pegando o papel.


– Ta.


Sakura encara o céu e depois o papel. E olha no telescópio para indicar melhor a estrela.


– E por que eu vou procurar essa estrela?


– Porque eu dei o seu nome pra ela. - respondeu ele.


Sakura olhou para ele, sua face estava confusa.


– Quer ver? É oficial. - diz ele. - É do Registro Internacional de Estrelas.


Sakura vai até ele sorrindo e lê o papel que estava nas mãos dele.


– É maravilhoso. - diz Sakura visivelmente emocionada.


Os dois se olham profundamente e Sakura diz.


– Eu amo você.


E então selam seus lábios em um doce e puro beijo de amor. Eles estavam amando de verdade. Sasuke se sentia completo com aquela frase da rosada. Agora sim ele sentia que seu coração estava completo de alegria e amor.


Quando o beijo começou a ficar mais quente Sasuke separou dela.


– Ta legal, desculpa. Eu vou parar.


Eles sentam-se no cobertor e ficam olhando o céu. Sakura encostou sua cabeça no peito do moreno.


– Então, qual é o número 1? - perguntou ele novamente.


Sasuke estava mais do que curioso para saber qual seria o desejo número 1 de Sakura. O pior é que ela fazia de tudo para que ele ficasse mais curioso ainda.


– Casar na Igreja a onde minha mãe cresceu. E onde meus pais se casaram. - revelou ela.
Sasuke sorriu e beijou o rosto da rosada.


Dia Seguinte...


Sasuke colocou suas coisas em um banco na entrada de sua casa e viu sua mãe sentada na varanda. Decidiu dar um susto nela.


– OH!


Dia ele colocando as mãos nos ombros dela. A senhora deu um pequeno gritinho e disse.


– Você chegou agora? - diz ela respirando fundo e controlando o coração que estava acelerado.


– É.


– Graças a Deus. Eu estava em pânico.


– Desculpe.


– Sasuke... Você estava com a Sakura? - perguntou Mikoto. - Sasuke tenha cuidado, ela é filha do reverendo. - disse a senhora repreendendo o filho.


– Mãe...


– Por favor!


– É diferente com ela ta? - disse ele.


– A é diferente?


– É.


– É bom mesmo que seja. - disse ela. - Eu estava lavando a sua roupa outro dia, e achei isso. - diz ela mudando de assunto. Mikoto estendia um papel para ele.


Sasuke levou uma das mãos a cabeça. Não era para sua mãe ter descoberto aquele papel, ele deveria ter guardado em um lugar seguro, mas acabou esquecendo disso.


– "Examinar uma Pedra da Lua". "Fazer Faculdade. Estudar Medicina". Querido, são sonhos lindos, de verdade. Mas são sonhos que requerem muito esforço. - explicou a matriarca.


– Eu consigo. - diz Sasuke.


– Claro que consegue.


– Mãe, a Sakura tem fé em mim. Sabe? Ela me faz querer ser diferente. Melhor.


Mikoto sorriu para o filho. Sasuke podia ser tudo o que quisesse, contanto que tivesse muita fé em Deus. Deus o ajudaria a conquistar tudo de bom nesse mundo. Mikoto tinha muita fé nisso.
A Noite...


Sakura e Sasuke caminhavam de mãos dadas pela rua de Konoha. A rosada estava calada, distante. Mantinha o olhar baixo, já não tinha mais coragem de olhar nos olhos de Sasuke. A culpa estava ficando cada vez mais grande dentro do seu peito.


Sasuke e Sakura veem Ino e Temari bêbadas na rua.


– Eu bebi tanto. - diz Ino sorrindo.


– Eu também. - diz Temari.


As duas encaram o casal e Temari diz.


– Vamos embora. - e então elas passam para o outro lado da rua e sumindo em um esquina.


– Que ótimo. agora sou ignorado. - diz Sasuke. - Que foi? Ta preocupada com a matricula da Faculdade?


– Não. - sussurra Sakura. - Não vou fazer Faculdade. - completou ela seriamente.


– Eu achei que... - diz Sasuke mais Sakura o interrompe.


– Não, achou errado.


– Vai trabalhar um ano de voluntária?


– Não.


Sakura separa as suas mãos das de Sasuke e olha para a sua frente. Estava na hora de dizer adeus, adeus ao seu conto de fadas e acordar para a realidade.


– Ei. O que você vai fazer? - pergunta Sasuke.


– Eu to doente. - diz ela.


– Então vem, eu te levo pra casa...


– Não. Sasuke! Eu to doente. Tenho leucemia. - diz ela com lágrimas nos olhos.


Agora sim o coração de Sakura estava despedaçado. A dor tomou conta de todo seu corpo.
Sasuke sorriu. Não podia ser verdade. Ela só podia estar brincando com uma coisa dessas. Não era real.


– Não. Você tem 18 anos, é perfeita. - diz ele contradizendo o que ela dissera.


– Não, eu descobri a dois anos, e não reajo mais aos tratamentos. - diz ela derramando lágrimas dos olhos verdes.


Sasuke agora entendera a gravidade da situação.


– Porque você não me contou?


– O médico mandou eu tentar levar uma vida o mais normal possível... E eu não queria causar pilha em ninguém. - disse ela.


– Inclusive em mim?


– Especialmente em você! - diz ela elevando o tom de voz. - Sabe a minha vida ia bem, eu já tinha aceitado ai você apareceu! Sasuke eu não preciso de uma razão para ter raiva de Deus. - Sakura fungou e saiu correndo.


Sasuke levou as mãos a cabeça e tinha vontade de dizer mil palavrões. Estava com raiva. Não de Sakura, e sim com raiva da vida. Porque a vida tinha que ser tão cruel consigo?


Continua...