PV Oliver

Sai batendo a porta sem olhara para trás, procurando uma saída daquele lugar, eu não queria mais ouvir nada, eu estava sendo muito paciente ate o momento, tentando ser o mais compreensível possível, tentando não me alterar, e principalmente tentando entender o que levaram eles a pensar em casamento sem me consultar antes.

—Oliver! Oliver! Pare. Onde você esta indo? – ouvi a voz do meu pai logo atrás de me, e seus passos rápidos.

— Não parece obvio para você, estou indo embora?! – meu tom foi sarcástico, falei sem olhar para trás, estava meio perdido naquele lugar, afinal não era um ambiente comum para me, era outra empresa, para ser exato, da minha futura noiva segundo meus pais.

Era notável que eles não estava pensando direito em relação a isso, eu entendo que a empresa era tudo para eles, que a fato dela desmoronar amedrontava, mas casar o seu filho para resolver o problema isso era frio, calculista, quem faria isso com seu filho, ou “pedir” para ele fazer esse acordo?! Quando finalmente peguei o elevador e desci ate o piso, logo na saída do prédio, meu telefone toca.

—Alo? – a ligação fica com um som que parece de uma respiração pesada, logo em seguida fica muda e depois é desligada. Sigo para o carro que me esperava, na verdade, esperava os meus pais também.

—Oliver! – ouvi meu nome em um tom alto e firme. Finalmente eu paro.

—O que? Nada que você vai falar agora vai mudar o fato da sua decisão sem me consultar. Por Deus, é um CASAMENTO! Vocês tem noção disso? – Esbravejei sem consegui me controla.

— Você só esta com medo porque nunca teve nenhuma responsabilidade e agora a única coisa que pedimos você não é capaz de fazer! – meu pai já estava gritando nesse momento.

—É UM CASAMENTO!! – repedi, rebatendo o seu tom.

—Não é esse o ponto. Admita pelo menos uma vez que ter uma responsabilidade tão grande assim te assusta. – insistiu, mas agora sua voz saia suave e mais calmo, quase que em um tom amigável.

— Eu... Depois... Vou pega outro caminho. E So-zi-nho, para casa. Não precisa me esperar, não sei que horas vou chegar. – optei por evitar mais brigas no caminho enquanto ficava trancado no mesmo carro ate chegar em casa, eu tinha plena consciência que minhas palavras não saíram bem como era para ser, talvez bagunçadas ou sem nexo, eu não me importava eu só queria sair dali, precisava de algo para não me lembrar disso e dessa ‘’obrigação” que me colocaram, algo para tirar essa raiva ou angustia? Acho que posso dizer os dois, era complicado para me, nunca fui bom com sentimentos e o fato de não esta no controle me enlouquecia, eu não era do tipo controlador, mas quando se tratava de me e principalmente do que eu senti ou emoções eu gostava de ter o controle ou pelo menos acha que estava no controle, e a situação que me encontro agora é nenhuma das duas coisas, esta totalmente avulso, alheios a tudo em minha volta. Andei por horas, eu já tinha perdido noção de tempo depois de tanto andar, eu não sabia nem para onde estava indo, só parei quando percebi que precisava de uma pausa, estava cansado e ofegante. Fiquei sentado ali de cabeça baixa olhando para meus pés, quando finalmente levanto, eu procuro busca algo conhecido em minha volta, mas não acho, era um lugar aparentemente calmo, eu estava acho que em uma praça ou um parque, tinha alguns balançadores, escorregador e outros brinquedos para crianças, alguns banco, uma fonte no meio dela, era simples, mas bem feita, o que deixava bem sutil e agradável aos olhos, mais a frente notei que tinha uma pequena depressão seguida de alguns degraus, fui chegando mais perto para sabe do que se tratava e percebi que dava acesso a uma parte mais baixa, eu me deslumbrava com as luzes encadeastes da cidade.

—É uma bela vista, não é mesmo?! – ouvi a voz familiar atrás de me.

— Como me achou? – falei sem tira a vista das luzes.

—Rastreei seu celular.

— Então foi você que me ligou? – Terminei de descer as escadas e me sentei no ultimo degrau.

— Como? - replicou fazendo o mesmo caminho que eu fiz e sentou ao meu lado.

—Não poderia ser você, eu tenho seu numero salvo. – sorri de leve. - Sim!

— Sim? Sim o que?

— Sim, para sua primeira pergunta. É uma bela vista Diggle.

—Mas acho que não estamos aqui para fala da vista. Estamos? – meu amigo falou em um tom amigável.

— Foi uma consequência. – afirmei já mais humorado.

—Ainda a historia do casamento?

—Não sei o que fazer meu amigo. Eu estou tão perdido. – desabafei em um tom cansado.

— Eles estão botando tanta pressão assim?

— Eles querem o casamento de qualquer jeito.

— E porque você não aceita, afinal é só um contrato ate onde eu sei, vocês assinam um acordo sobre isso, é só fachada, um tempo determinado com prazo de validade. Por que esse impasse. O que estava te incomodando? É o fato de pode haver algum sentimento nisso ou de surgi um.

— Eu não me envolvo Diggle. – Falei rápido, sem pausa, firme. Diggle era um grande amigo, estava comigo em quase metade da minha vida, sabia mais que qualquer um com eu sou em relação a sentimentos e relacionamentos.

— Então porque disso tudo Oliver, porque essa duvida? – ele continuava com a mesma pergunta.

— Deixa pra lá.

Ficamos alguns minutos em silêncios, apenas olhando para frente, eu sabia mais do que ninguém que quando voltasse para casa eu já precisaria de uma resposta definitiva, então antes de ir eu precisava decidir o que fazer, sem voltar atrás com minha palavra.

— Eu há conheço. – quebrei o silencio

— Quem? – ele tem uma expressão confusa no rosto.

—“Minha futura noiva”. – sorri baixo, era mais do tipo desespero. – Sabe o acidente que te falei, com a minha moto? – agora eu o encarava. – Pois é, foi ela. Ela parou no meio da rua. Da para acredita nisso. – voltei meu olhara para as luzes, eu as encarava desde quando as achei, eu procurava por respostas ou pelo menos clarear minha mente.

— É isso muda algo? Isso influência na sua resposta? Mas eu tenho uma pergunta melhor para fazer. Eu sei que ela é de Seattle, então como foi que vocês se esbarraram já que você dizia que estava em Miami. Ou ela foi para la ou você mentiu. E conhecendo você como conheço você mentiu, mas por quê?

— Então quer dizer que ela não poderia esta em Miami? Porque eu tenho que ser o vilão. – falei já sorrido quase gargalhado. É ele me conhecia bem.

— Isso não te torna vilão, só depende do motivo, ai talvez seja vilão. Então me conta o que te levou para o outro lado do país. – ele estava determinado á descobri.

- Esta certo, não estava em Miami. Estava em Seattle!

— Seattle? – ele nem disfarçava a curiosidade.

— Sim, visitar um amigo, Slade. Não me pergunte o porquê, é algo pessoal .

— Mas isso não explica o encontro de vocês. – ele não deixava nada passar.

— O jatinho apresentou algum problema no painel de controle, então o piloto avisou que ele só ficaria pronto no dia seguinte. Resolvi sair, o hotel estava chato. Era pra me ter voltado no mesmo dia que cheguei la, mas teve esse contra tempo.

— E porque mentiu sobre onde estava.

— Digamos que visitar esse meu amigo não seria algo que meus pais gostariam de saber. – falei já levantando e subindo as escadas, acho que Diggle entendeu que eu queria finaliza em assunto, porque ele segurou mais uma de suas perguntas que ele queria fazer. – Vamos para casa. Preciso da a resposta final.

— OK! Entao... – ele começou, achei que ele ia parar.

— Entao... ? – o incentivei a termina a frase.

—Destino? – ele sorria, parecia brinca com a palavra.

—O que? – perguntei incrédulo com sua fala.

—Ora seria muita coincidência vocês se “conhecer” em outra cidade, e agora vocês terem que se casar. Um amor a primeira vista, talvez? – ele agora tinha com toda certeza perdido o juízo.

— O que estava acontecendo com você Jonh, Lila esta obrigando a você assistir aqueles romances melosos por acaso. Amor a primeira vista? Faça-me o favor ne, teve tudo a primeira vista, raiva, briga, insultos, acidente, menos amor. Agora você me fez rir Jonh. – entrei no carro quase dando gargalhada. Era só o que me faltava, Jonh romântico. No caminho de volta para casa, enquanto passava pelas ruas quase desertas, e olhava pela janela a monotonia daquela cidade, e recordava o porquê de ter decidido mora em outro lugar.

Desde criança, eu era alvo da imprensa local, isso de certa forma era culpa dos meus pais, eles queriam noticia, queria ser A Noticia. Já considerando o fato da minha família vim de uma linhagem de bons negócios e ser reconhecida por isso, ela estava sempre na mira de um novo escândalo, eu não me lembro de alguma geração da minha família não tenha deixado sua marca, ou seja, sempre tinha um fazendo sua historia e marcando sua geração, e logo se especulava: “ O que vem agora?” “Quem será o próximo queridinho dos fotógrafos?” “Será que algum dia vai ter um ponto final?” “E que venha o próximo furo da capa da revista”. Eles eram um bando de urubus atrás de comida, e sua caça, era minha família. Eles nem ao menos se importava o que as noticias poderia significar, por trás das fotos, glamour, flagras, momentos íntimos. As pessoas que estava nas fotos tinham sentimentos, mas é claro que eles não queriam saber disso, queria vende um produto, no caso: Nossas vidas. Antes mesmo de chega há adolescência eu já conseguia entender a dor que isso causava, eu já entendi que o casamento dos meus pais não ia muito bem, mas daí sai, em capas de revista, sobre possível separação, divorcio, traição, ou qualquer coisa do tipo, era muito para me, eu não tinha nem idade para me preocupar com isso, mas eu precisavas, eu era preparado constantemente, para não ser alvo fácil, era uma luta diária para consegui um pouco de privacidade. E logo não demorou muito para eu e minha irma ser alvos também, mesmo a gente sendo treinados, mantendo um distancia desse fotógrafos ou com seguranças 24horas, era inevitável sair uma ou outras noticia, e a medida que você vai crescendo sua vida pessoal vai ser tornando mais interessante que suas conquistas. “Oliver Queen é visto com o que poder ser sua primeira namoradinha” “Queen mais velho é visto chegando em casa meia noite” “Oliver Quee e Thea Queen é vistos acompanhados de seguranças saindo da escola” “Thea Queen empurra coleguinha de sala” “Oliver Queen assume namoro” “Oliver Queen curte noitada solteiro acompanhado dos amigos” “Queen mais nova se envolve em um acidente e fotos pessoais são vazadas”.

Depois de tanta coisa que ouvi, vivi, presenciei, decidir sair da cidade pelo menos por uns tempos, nos últimos anos eu não parava muito em Boston, eu tinha virado um verdadeiro nômade, ficava de cidade em cidade, passei por Nova York, Chicago, Miami onde eu sempre voltava Denver no Colorado ahh esse lugar foi incrível, Los Angeles e claro Las Vegas. Em muitas dessas viagens Jonh me acompanhou, mas depois que ele casou e teve a Sara, ele não ia há quase nenhumas, mas todo ano eu voltava para visitar meu amigo e minha sobrinha. E depois de tanto tempo sem demorar na cidade que eu tanto quis fugir, agora eu estou de volta sem saber no que isso vai dar.

—Chegamos. – Jonh avisa me fazendo sair dos meus pensamentos.

—Boa Noite Jonh, ate amanha. – falei me despedindo, e seguindo para entrada principal.

—Você é corajoso Queen,não dê para trás agora. – parei assim que ouvi sua sentença.

— Engraçadinho. – falei olhando para ele.

— Eu só to dizendo que para ser corajoso precisa de um medo para existir. Não deixe sues medos te controlarem ou toma conta da situação. – ele fala já entrando no carro.

—Olha não sei o Lila fez com você hoje, mas ta muito filosófico hoje, viu. – Falei alto para ele ouvi dentro do carro. – Obrigado Jonh, ultimamente eu ando preferindo ter mais paz do que razão.

Adentrei a minha casa, acho que ainda posso chama assim. O local estava escuro, difícil visualização das coisas. Notei que a luz do anda de cima foi acendida e logo apareceu minha mãe la de cima.

—Oliver, você demorou. Onde estava?

—Eu avisei que para não esperar. – comecei a subir as escadas, para ir por meu quarto.

—Estava preocupada.

—Eu vou dormir estou cansado. Boa noite. – eu estava agora de frente para ela. – Sim.

— O que? – ela realmente parecia não saber do que eu estava falando.

—Eu me caso. Eu assino o maldito contrato.

—Oliver...

—Boa noite! – falei mais rude do que imaginava e sai para o meu quarto, amanha promete ser um longo dia.