UMA INTRUSA EM CREPUSCÚLO 2 - De Volta Para Casa

Capítulo 12 - Uma Intrusa no Apocalipse Zumbie parte 4


Como esperado, o governo inglês não prorrogariam o prazo, as suspeitas que estavam querendo libertar o Druitt dos escudos que cercavam a cidade estava forte entre eles, como se ele quisesse o Jack Estripador fora dos escudos, ele estava sendo muito mais útil dentro dele matando os Zumbies.

O plano B sempre foi o plano A, no momento que percebeu que eles não mordiam aqueles que tinham sangue de vampiro em seu organismo, então o plano estava bem encaminhado, se pudessem usar Negam para acelerar o ultimo estagio poderiam deixar a cidade a tempo. Foi por isso que enviou vários grupos a procura dela, se ela ia cooperar era outra história, quando estavam juntos ela foi muito cooperativa, mas não tinha conhecimento algum do porque ela ainda estava em uma cidade infestada por zumbies se tinha o poder de atravessar dimensões, a menos se ela tivesse como a Megan, em um corpo de um humano mortal, isso explicaria o porque ainda estava na cidade.

***

Vê-la naquele quarto lutando contra o vírus do corpo de seu hospedeiro era lamentável, Megan tinha o costume de ser mais cuidadosa, talvez não fosse completamente sua culpa, a mente instável de um deus pode causar muitos problemas e sabia muito bem disso, experimentou em primeira mão as loucuras de Loki, mas havia algo especial em Megan, ela era apegada demais aquele vampiro, talvez fosse um dos fatores que a levou até aquele mundo, mesmo sem saber que ele não estava com os Volturi, entretanto a corrupção dentro da sua mente não a deixou a ser guiada em um corpo mais saudável.

Isso era o amor? Puro e genuíno, apenas querendo se aproximar da sua alma gêmea sem se importar consigo mesma?

— Você é uma tola Megan, o que me faz ser ainda mais tola em querer te ajudar. – Riu Elena em quanto caminhava até a porta. – Não pude ter meu final feliz com o Martin, então quando você acordar você vai atrás da sua alma gêmea e não o deixará escapar, nem que tenha que destruir todos os obstáculos do seu caminho. – Tocou a maçaneta e a abriu, iria atrás de Negam, um plano já se formava em sua mente, todo problema tem uma solução, só precisa pensar fora da caixa.

Quando deixou o santuário a claridade natural do ambiente lhe deixou desnorteada por um momento, parecia que tinha ficado os últimos minutos em uma caverna iluminada artificialmente, todos aqueles estímulos sensoriais e visuais eram atordoantes, se recompões rapidamente e foi atrás do grupo de caça de Druitt, ele era um bom caçador e rapidamente achou sua presa, mas ele não era muito sutil, Marcus também não colaborava, porque ele protegia a Negam era algo que não fazia sentido, talvez ele a protege-se por ela ser uma parte da Megan e era o único elo que ele tinha com sua alma gêmea e por isso estava a protegendo?

Tiroteios viam da casa e o resto do grupo tentava se abrigar o melhor que podia, Marcus era um oponente a altura de Druitt, era teleporte versus velocidade, era magnífico de se ver, mas inútil se continua-se, quando a munição acabasse era o fim de Druitt caso Marcus decidisse mata-lo.

Em meio ao tiroteio não havia visto a causadora de todos os males, podia estar se escondendo, mas não era do feitio dela, nem da Megan. Onde ela poderia estar? Perto, mas em segurança. Qual lugar mais seguro para se estar durante um tiroteio dentro de casa? Do lado de fora.

Como imaginou, a espertinha estava do outro lado da rua erguendo uma barreira de som para não atrair as abominações. – Sorriu, a oportunidade perfeita estava logo ali, só precisava agir. – Negam se achava esperta, mas se superestimava, se aprendeu algo em suas aventuras é que sempre existe alguém mais esperto que você, e estava na hora de passar essa lição para frente.

Como um sopro apareceu atrás da loira, como estava concentrada no feitiço não pode se defender da magia que lhe fora lançada por trás por Elena.

— Mas o que.. ? – Espantou-se Negam a se ver presa em cordas douradas.

— Magia de contenção divina, ao invés de brincar de casinha você deveria estudar mais. – Alfinetou Elena aparecendo na frente da loira. – Você é como uma pedra no sapato, em quanto Megan luta para ser alguém melhor você corrompe todos os esforços dela para proteger seu amado.

— Ela o descartou como fez comigo, é o que ela faz quando algo lhe desagrada, ela foge e começa de novo! – Falou ferozmente a copia de Megan.

— Errada, mas não totalmente, quem nunca errou antes? Mas esse não é o seu dever, você não deveria nem existir para começo de conversa, mas podemos corrigir isso. – Sorriu Elena para o desespero de Negam, que via que a deusa não estava para brincadeiras. – Mas não é o meu dever corrigir este problema, quem começou é quem ter que por um fim.

— Megan não esta em posição de fazer alguma coisa, acha que eu não sei o que se passa no santuário? – Falou contando vantagem.

— Isso é ótimo, já esta integrada do assunto, então sabe que Megan esta em um corpo que luta contra o vírus, um corpo que ela não deveria estar, já que a prejudicará em sua purificação. – Disse Elena com seu olhar superior.

— Como se eu me importa-se. – Revirou os olhos

— Deveria, já que Megan só poderá julga-lá, quando ambas trocarem de lugar. – Elena deu um largo sorriso ao enxergar o desespero de Negam estampado em seus olhos arregalados. – Se formos rápidas podemos acabar com esse conflito bobo do Druitt com o Marcus.

***

Era como uma grande nevoa, sem forma ou qualquer peso, apenas voando conforme a direção do vento, até que adentrou em algo solido e toda sua forma se encaixou perfeitamente naquele recipiente, sem faltar nada, era como se fosse o ideal, feito especificamente sob medida.

Piscou algumas vezes para se acostumar com a claridade, sua cabeça parecia vazia, sua mente agitada estava quieta, fechou os olhos e respirou fundo e adentrou na sala de raios, seu palácio mental, havia muitas entradas bloqueadas, afastou seus braços como se fosse abraçar e uma nevoa dourada se alastrou para dentro abrindo todas as partes bloqueadas, exceto uma, tinha impressão que aquela deveria ficar fechada, então fez a nevoa contornar para não toca-lá, depois trouxe toda a nevoa de volta para seu corpo e andou pelo seu palácio mental.

— Muitas partes já foram purificadas, isso é bom, meu feitiço esta fazendo seu trabalho. – Balançou a cabeça em satisfação. – Agora a pergunta que não quer calar, o que eu estou fazendo aqui? Talvez esteja na hora de abrir os olhos.

Abriu os olhos novamente e se viu encarando o teto, levantou a cabeça com o pescoço dolorido e encarou e deusa.

— Elena? – Ela lhe encarava cheia de expectativa e pareceu estar contente.

— Deu certo! – Deu um pulo de alegria pelo seu êxito.

— O que você fez? – A deusa de cabelos castanhos, sorriu.

— Resolvi o problema de todos. Sua mente esta em perigo dentro do corpo da moribunda, Marcus esta preso com a Negam, e essa cidade serão explodidos, qual seria o cenário perfeito para resolver essas situações? – Falou Elena enigmática, deu as costas para a colega e encarou o próprio reflexo na porta de vidro. – Seria você com o seu poder, seja de feiticeiro ou divino. Então olhe.

Andou até a deusa e olhou para o corredor.

— Não entendi. – Falou Megan para Elena, com um olhar confuso.

— Ah Megan, não pense pequeno, não veja o corredor por trás do vidro, veja O vidro. – Explicou Elena.

Megan fez o instruído, seus olhos se arregalaram, abriu e fechou a mão, podia sentir aquelas mãos, mas como era possível? Não, Elena não podia ter feito, ela fez?

Abriu e fechou a boca varias vezes antes de conseguir se expressar.

— Eu não acredito que você fez isso, parece tão errado. – Falou Megan se afastando da porta e encarando agora o seu ex-hospedeiro que estava deitado na cama. – Esse não é meu corpo original, suponho que seja da Negam, e onde ela esta?

— Onde mais poderia? – Rebateu Elena dando as costas para porta e encarando o corpo na cama. – No único corpo disponível. – Agora você pode salvar essas pessoas e ter seu primeiro amor, esta em suas mãos agora. – Falou a deusa se desfazendo em areia dourada.

— Lhe sou grata Elena. – Falou mesmo sabendo que não seria ouvida. – Hora de buscar meu marido.

Virou-se para frente da porta e viu como seu reflexo virava poeira dourada, e no segundo seguinte estava de frente para o local onde havia sentido o poder de Negam. Pessoas do santuário estavam feridas, mas nada muito grave pareciam dar espaço a um combate maior, e quando andou um pouco mais a frente, ao atravessar a rua tendo cuidado de olhar para os dois lados por segurança, pode então ver o que todos viam, ou tentavam, Marcus e Druitt estavam lutando.

— Fascinante. – Falou admirada para corpos quase idênticos lutando um contra o outro.

Sua fala não distraiu os participantes mais atraiu um dos homens que apontou uma pistola para sua cabeça.

— Ninguém lhe ensinou a ter educação não? – Falou Megan para o homem.

— Você vai dar o que queremos. – Falou o homem que estava tão perto que seu hálito quente chegava ao pescoço de Megan.

— Ah vou? – Ela iria, mas ninguém lhe dava ordens. – Ponha-se no seu lugar, você esta falando com um deus. – Deu um estalo com os dedos e a arma virou areia.

A deusa sorriu.

— Assim esta bem melhor, vamos ser civilizados. – Falou dando dois passos para frente de braços cruzados. – Druitt! Pare de lutar.

— É fácil você falar, mas não vou desistir. – Falou heroicamente, era uma pena que seu corpo estava pendurado pelo pescoço pela mão de Marcus.

— Um movimento e ele quebra seu pescoço. – Falou Megan encarando os homens a sua volta, todos com as armas apontadas para si e para o Marcus.

— Podemos não ser capazes de mata-los, mas morreremos os deixando bem desconfortáveis. – Respondeu Druitt se teleportando para cima de um poste, visando empalar o Marcus.

— Não tão rápido. – Com um estalo os fez voltar para o mesmo lugar e bloqueou o poder de teleporte do Druitt. – Solte-o. – Disse para o vampiro.

Estava sorrindo por fora e gargalhando por dentro, todos pensavam que era a Negam e não a Megan a sua frente, era divertido atuar, mas não podia continuar com o teatro.

— Tudo que é bom dura pouco, por mais que eu queira continuar com essa atuação maravilhosa, temos muito o que fazer e em pouco tempo. – Deu uma piscadela para o Druitt, esperando que ele entendesse seu recado.

Foi até o Marcus e colocou suas mãos em seu braço e o fez olhar para os seus olhos.

— Vamos my love, vamos para o santuário. – E então desapareceu na frente de todos como poeira.