P.O.V. Carslile.

Aro vai mandar a guarda atrás da minha neta e isso não é bom.

Jean não é uma pessoa qualquer, Jean é o ser mais poderoso que existe se ela se sentir ameaçada vai matá-los sem dificuldade.

P.O.V. Jane.

Essa é uma missão idiota. Nos mandar observar uma adolescente híbrida mutante? Porque?

—Ela é uma telepata. Temos que manter uma distância segura para impedir que ela detecte nossa presença.

—Tarde demais. Acho que ela já sabe que estamos aqui.

A garota parou e tirou algo dos bolsos, um celular então colocou os fones nos ouvidos e começou a cantar e a rebolar no ritmo da música.

—Aquela é ela?

—É.

—Ela não parece uma vampira.

—Mas, é linda demais para uma reles humana.

—Alec, ela é uma abominação.

—Uma abominação linda.

—Sinto muito Jane, mas tenho que concordar.

—Sério Dimitre?

—Muito. Mas, porque o Mestre Aro estaria interessado nela?

—Ela deve ser poderosa.

Então alguém disse atrás de nós:

—Vocês nem fazem ideia. Eu sou uma Original.

—Uma Original?

—Meu pai é um vampiro Original. Vocês nem se quer conhecem sua própria história e ainda assim, se consideram os líderes da raça vampira. Idiotas. Suas existências não tem significado. Não significam nada.

—As nossas existências não significam nada então?

—E você acha que a sua existência significa alguma coisa Dimitre Volturi? Qual foi a última vez em que se sentiu vivo de verdade? A última vez que fez algo por si mesmo? Que fez algo por alguém sem esperar nada em troca?

Dimitre ficou sem fala.

—Você nem se lembra. A verdade que os seus donos não te contaram é... o verdadeiro amor prevalece e o resto que se dane.

Ela se jogou do prédio e pouco antes de atingir o chão deu um impulso e saiu voando.

—Ela voa?!

—Aparentemente, voa. Como será que é a sensação?

—Eu posso te mostrar se quiser.

—Porque faria isso?

—Porque eu sou altruísta, justa e caridosa e vocês não são.

Ela estendeu a mão para Alec.

—Vamos meu filho. Eu não mordo. Muito.

Ele pegou a mão dela.

—Alec!

—Deixa ele e não enche o saco. Tá pronto garotinho?

—Eu tenho quatrocentos anos.

—Mas, vai gritar como um garotinho. Todos gritam. Abra os braços e aproveite a viagem.

Ela se jogou e levou meu irmão com ela.

P.O.V. Alec.

Eu gritei sim, foi apavorante estar em queda livre, mas pouco antes de atingirmos o chão ela virou e começamos a subir. Em segundos, estávamos acima das nuvens e o sol brilhava.

—Essa é a coisa mais linda que eu já vi.

—Eu sei. Você passou a sua vida numa jaula, mas você pode ser livre. Se quiser ser livre.

—Eu sou livre.

—Tem certeza? Qual foi a última vez em que você fez o que queria sem ter que pedir a permissão dos seus amados Mestres? Qual foi a última vez que você tirou férias? Que esteve fora daquelas quatro paredes mofadas do Castelo de São Marcus porque queria sair?

Eu fiquei sem resposta.

—Viu? Você não tem resposta. Uma gaiola dourada não deixa de ser uma gaiola.

—Acho que você tem razão.

—Ohana.

—O que?

—Ohana quer dizer família, família quer dizer nunca mais abandonar ou esquecer. Vocês são um clã, um clã não é uma família. Você pode lutar e morrer por Mestres que nunca lutariam e morreriam por você ou pode ser livre.

—Você é tão sábia.

—Obrigado.

—Qual é o seu nome?

—Jean. Jean Cullen Mikaelson.

—Eu sou Alec Volturi.

—Eu sei. Hora de voltar. Vê se não solta.

Ela me levou de volta ao topo do prédio onde a guarda se encontrava.

Jane se pronunciou:

—Gostaríamos que viesse conosco para Volterra, o Mestre Aro adoraria conhecê-la.

—Que pena pra ele né? Porque isso nunca vai acontecer. Esse poder... é Meu. Nenhum homem me diz o que fazer, bom menos o meu pai, mas Aro não é o meu pai. Então ele pode ir se danar. Você era uma garota, uma filha e agora você é um monstro. Além do mais, eu gosto de coisas coloridas e brilhantes nem a pau que eu vou usar essa roupinha cafona que vocês usam. Eu nasci pra salvar e não pra matar.

Ela pulou do prédio e saiu voando.

—O Mestre vai ficar muito bravo.

—Eu sei.

—Nós temos que pegar a garota. De qualquer jeito.

—E como planeja fazer isso? Ela mora com o Clã Cullen. E se pegarmos a garota contra a vontade dela estaríamos declarando guerra a eles e por mais que os Mestres não admitam o Clã Cullen tem força suficiente para nos derrotar, para nos dizimar. E sabe lá Deus o que essa garota é capaz de fazer.

—Eu acho melhor voltarmos pra casa e reportarmos aos Mestres o que houve, dai eles decidem o que fazer.

—De acordo.

—Todos á favor?

—Sim.