Eram cinco horas da manhã, o Sol mal havia aparecido e lá estava eu, acordado meio paralisado olhando para o nada. Talvez esse ato era loucura para alguns, mas não para mim, algumas vezes eu acordava cedo, me sentia diferente dos outros, não podia negar isso, aliás acho que as pessoas pensavam o mesmo sobre mim. Eu sempre fui o anti-social, meu pior defeito é ser tímido.

Nesse dia ao mesmo tempo que eu estava exausto apenas por acordar, eu estava com um sensação que as coisas iriam começar a melhorar, talvez não do jeito que eu queria mas não deixei de pensar positivo. Fui ao banheiro, fiz minhas necessidades, lavei as mãos e fui a cozinha preparar algo para comer, no final das contas acabei comendo apenas uma maçã. Voltei ao banheiro, escovei os dentes e sai rapidamente de casa.

Em seguida que eu saí de casa, fui para a parada esperar o ônibus para ir pro colégio. Peguei meus fones de ouvido e fiquei ouvindo música enquanto o ônibus não vinha.

(Você acompanhou até aqui, deve achar que a minha vida era normal, mas não era)

Eu não era só uma pessoa estranha, eu era mais que isso, um bruxo. Eu tentava parecer um garoto normal, tentava fugir desse meu outro lado, era difícil pois eu estava com apenas 16 anos, idade na qual a magia que envolvia meu corpo estava querendo desabrochar e mostrar o quão poderoso eu poderia ser, mas aquilo me assustava e eu tentava fugir disso já que eu sabia que muitos bruxos eram brutalmente mortos por possuírem poderes, como posso dizer, mais fortes que Seth (Poderoso Bruxo das trevas). Ele quase matou minha família, incluindo eu.

Passaram-se cinco minutos e em seguida havia chegado meu ônibus, enfim fui para o colégio. Chegando lá encontrei um amigo, Haniel.

- Oi

- Oi, Chris!

- Não te vi esses dias, aconteceu algo?

- Não, tinha ido para a casa dos meus avós.

- Hum, entendo..

- Bom, vamos!

Fomos para a aula, mas eu não estava me sentindo bem parecia que iria acontecer algo.

Já eram 10:01 naquela manhã, e de repente o céu que estava azul escureceu e uma forte tempestade se aproximava, peguei rapidamente meu celular e liguei para meu irmão

- Alô, Philip?

- Oi, você está vendo essa tempestade?

- Sim, está um tempo feio lá fora, não sei se conseguirei ir para casa!

- Não se preocupe! Aguarde mais um pouco, vou ver se pego o carro do pai e vou aí te buscar.

- Tá bom irmão, se cuide!

Desliguei o celular e fiquei junto a alguns colegas de classe na janela olhando para o céu, todos estavam assustados pelo fato do tempo ter mudado tão rapidamente.