Twilight in Titanic
Capítulo 17: Epílogo
Epílogo
15 de abril de 1922
De repente Caroline ouve tocarem a campainha e se levanta do sofá na sala para ir atender à porta. Ela fica lívida ao abrir e ver quem é que está ali, como se tivesse visto um fantasma e por pouco não desmaia.
— Charles?! – ele está barbudo, mas reconhecível.
— Onde está Esme? – essa é a casa deles e ele esperava que a encontraria ali.
Ela não seria boba de ficar onde ele facilmente a encontraria.
— Oh meu Deus, fico tão feliz em ver você! – Caroline diz sem responder.
— Onde ela está? – ele exige saber.
— Eu não sei, Esme não mora mais aqui há anos. Ela me deixou ficar morando aqui depois que a mãe faleceu. Na última carta que recebi dela estava morando com o marido e os filhos na Inglaterra – informa.
Nunca mais recebeu outra notícia da amiga. É claro ela desapareceu, Esme ‘morreu’.
— Ah é! Ela se casou e nem esperou por mim, aquela ingrata. Não seria um naufrágio que iria me matar. Ela sabe que eu sei nadar muito bem.
— Nós procuramos por você no Carpathia, mas não encontramos. Pensamos que tivesse morrido – ela principalmente ficou triste por imaginar que ele tivesse perecido. Ele ainda faz pouco caso o que a deixa ainda mais deprimida.
— Eu não sou assim tão fácil de matar. Fui resgatado por um barco de pescadores das Bahamas após nadar por horas.
— Oh graças a Deus!
— Mamãe! Mamãe! – Charlie vem correndo para a sala e para ao ver a visita. – Quem é esse homem?
— Ele é seu pai, meu filho!
— Ele é meu pai, como? Você me disse que ele morreu antes que eu tivesse nascido, mamãe – diz o garotinho confuso.
— Eu disse, estou tão surpresa quanto você. Eu também pensava que ele tinha morrido no naufrágio do Titanic.
— Meu filho? – indaga Charles surpreendido.
Não é qualquer coisa que o deixa assim, mas a semelhança física é evidente. Qualquer um pode ver, Charlie é a cópia exata do pai com poucos traços da mãe que interferem. Apesar de também ser filho de Charles, Matthew tem mais características da mãe, e o ambiente em que foi criado também o influenciou. Sua irmãzinha que nasceu há pouco mais de dois meses é uma mistura perfeita dos pais, Carlisle e Esme.
— Sim Charles, Charlie é o filho que você me deu pouco antes de sumir – o homem sorri orgulhoso pelo que fez. Foi só uma vez, mas deu certo, é o bastante para deixar uma mulher grávida. Não precisa de mais tentativas. Ás vezes sim.
— Eu vou procurar aqueles dois e encontrá-los, nem que tenha que revirar o Reino Unido, e vou matá-los como deveria ter feito há dez anos. Que azar que não morreram no naufrágio!
— Foi sorte eles terem sobrevivido, pois nem conseguiram embarcar em um dos botes salva-vidas e ficaram no navio até que ele fosse engolido pelo oceano Atlântico.
— Que lástima! Mas eu vou fazer isso.
Se nem o mar conseguiu quem diria ele pobre mortal.
— Charles, por favor, não vá; fique aqui comigo – roga Caroline.
— Você sentiu saudades de mim.
— Sim – ela confessa, não há porque ocultar.
Depois dele, Caroline nunca teve outro homem e vive somente para o filho. Ela os mantém costurando e lavando para fora.
— Você gosta de mim? Está de luto por minha causa?
— Sim é por você também, hoje faria dez anos que você morreu. Mas também é porque Katherine morreu há poucos dias.
— Ah! – ele diz se emoção alguma.
— Eu te amo Charles, fique aqui, não vá atrás deles – ela protege a amiga. O laço de amizade é muito forte, apesar de que não seria necessário pois Charles não poderia machucá-los se os encontrasse.
Caroline continua:
— Esme não o ama, nunca amou – isso ele já sabia, mas quem disse que queria que ela o amasse. Amor é um sentimento tolo. É fraqueza. – Deixe-a viver em paz com Carlisle. Seja você feliz aqui comigo e nosso filho. A felicidade é a maior revanche. O que vocÊ ganharia se fosse atrás deles? Nada, só iria perder mais tempo que não tem de sobra para se dar ao luxo de fazer joguinho.
Ele a ouve, mas pensa que é mesmo melhor não ir atrás, pois lembra o que aconteceu quando deu um soco o Dr. Cullen. Ele não é humano. É melhor ficar, ela tem razão.
— Está bem, você é meu prêmio de consolação – ele a puxa para perto de si e lhe dá um beijo ardente sem se importar que o filho veja. – E que prêmio! Vamos dar um irmão ou irmã para nosso filho.
— Esperei tanto por você querido! – Caroline suspira.
— Eu também admito que senti muito sua falta – na ilha ele não quis fazer sexo com nenhuma nativa, pois não queria pegar alguma doença. – Você foi muito melhor do que minha ex-noiva.
Esme era muito nova ainda. Charles pensava que iria moldá-la a seu gosto e por isso aceitou se casar com ela. Mas ô gênio que aquela garota tinha!
— Dessa vez pode ser uma menininha! – Caroline sonha com uma bebê há muitos anos.
— Então ela vai se chamar Charlotte.
Os dois sobem para o quarto que era de Charles e Esme e fazem amor. Nove meses depois nasce a filha de Charles e Caroline que recebe o nome de Charlotte Evenson.
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Anos mais tarde Charles foi convocado para lutar na Segunda Guerra Mundial e acabou morrendo em uma batalha. Caroline guardou luto e nunca mais quis saber de outro homem em sua vida.
Caroline nunca contou para o marido que Esme também teve um filho dele por medo de que ele abandonasse a família para ir atrás dela e de Carlisle. Vai saber se eles continuam na Inglaterra, pois ela nunca mais recebeu notícias da amiga.
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