Twilight in Titanic
Capítulo 10
Capítulo 10
Carlisle fica cuidando como Esme está, e horas depois algo acontece:
— Carlisle! – ela chama com a voz débil.
— Não precisa se esforçar querida eu posso ouvir até seu coração batendo.
Ela percebe quase ao mesmo tempo que ele.
— Esme você está sangrando!
— Me desculpe, eu não queria. O que está havendo?
— Eu não sei ao certo, pois nunca vi antes, mas pelo que parece você está sofrendo um aborto.
— O quê?!
— Esme, você estava grávida.
— Por favor, Carlisle, salve o bebê!
Ele faria o que no meio do oceano Atlântico? Ele gostaria, mas não pode fazer nada.
— Creio que já seja tarde demais, sinto muito!
— Mas como se a minha menstruação veio anteontem? – ela estranhou mesmo que durou apenas um dia. Seu fluxo geralmente durava quase uma semana. A primeira vez foi pouco depois de ter conhecido o doutor Cullen.
— Não era o corrimento normal. Era um pré-aborto. Se você tivesse ido ao hospital poderíamos ter tratado.
— Foi culpa minha? Eu matei meu filho. Sou uma assassina!
— Não Esme, foi a natureza, não foi culpa sua. Talvez houvesse alguma má formação no embrião; a natureza faz isso. Não pense que a culpa é sua – ele queria poder abraçá-la e confortá-la em seu peito. – Às vezes isso acontece, nem todas as gestações prosseguem.
— Charles tinha o sangue tão ruim! Isso foi a pior coisa que ele me fez. Pior do que a pior surra.
— Desculpe a pergunta Esme, mas como isso aconteceu se você nem era casada ainda?
— Meu noivo me estuprava com frequência – se ele já fazia isso antes do casamento imagine depois.
— Ele fazia isso! Vamos encontrar sua mãe e lhe contar tudo. Não vou permitir que você volte para esse homem! Você vai ficar comigo quando chegarmos a Nova York se quiser, é claro.
— Eu quero sim, muito obrigada Carlisle.
A bordo do navio que os resgatou eles não encontraram Charles, apenas Katherine e Caroline:
— Mamãe!
— Minha filha! Graças a Deus você está bem. O que a fez pular daquele jeito? Eu quase tive um infarto! – ela dramatiza.
— Carlisle cuidou de mim.
— Devo-lhe a vida de minha filha mais uma vez doutor.
— Você não me deve nada, foi um prazer ajudar.
— Mamãe, quero casar com ele. Nós já conversamos e decidimos.
Carlisle aquiesce.
— Eu sabia que vocês iriam ficar juntos, mas e Charles?
— Não o encontramos aqui e mesmo se ele estivesse...
— Eu não permitiria que ela voltasse para aquele homem. Sua filha sofreu um aborto, sabia? – diz o D. Cullen.
— Ela estava grávida?!
— Sim estava.
— Nem eu sabia mamãe.
— Ainda era muito cedo. O embrião não se fixou bem no útero e ainda mais a situação de frio extremo que passamos contribuiu para que isso acontecesse – explica o médico.
— Ah, senhora! – Carol leva a mão em frente da boca. – Sinto muitíssimo!
— Obrigada minha amiga.
— Para onde eu vou agora? Trabalhar para a família tem sido minha vida desde que era pequena. Minha mãe foi empregada do Dr. Evenson e eu e o senhor Evenson crescemos juntos. Ele era como um irmão mais velho para mim. Então, Charles morreu no naufrágio do Titanic?
— Acho que sim.
Carlisle se sente um pouco culpado por ter quebrado a mão dele, mas quem quis lhe dar um soco foi Charles. Ele não tem culpa do que aconteceu. Se Charles não fosse violento não teria se machucado.
— Ah! – ela diz com um misto de pesar e alívio.
— Ele alguma vez tentou fazer alguma coisa com você também? – Esme identifica o sentimento tendo sentido ela própria a mesma coisa.
— Sim.
— Você pode ficar comigo. Não prometo um salário tão grande como o que os Evenson te pagavam, mas será suficiente para se manter – diz Katherine.
— Obrigada, estou feliz em poder ficar com quem eu conheço. Não tenho mais ninguém nessa vida, estou sozinha.
— Vamos recomeçar nós quatro juntos – decreta Esme.
Todos assentem.
...XXX...
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