Narrado por Justin Bieber


– Acabou! –disse minha namorada quando entrei no quarto dela – Sabe, gosto de você, mas é melhor assim, não me sinto completa com você.

–Como assim não se sente completa? –perguntei irritado. – O que aconteceu com todos os “eu te amo”?

–Não torna as coisas mais difíceis é melhor assim. E não me pergunte mais nada, sei o que eu estou fazendo com a minha vida.

–Claro! –debochei – E tudo o que eu fiz por você? – perguntei olhando nos olhos dela.

–Sai daqui! –disse ela abrindo a porta. – Não temos mais nada para conversar.

Passei pela porta do quarto e desci as escadas, abrindo a porta e saindo. Meu carro estava na frente da casa dela, entrei e o liguei rapidamente.



Então acredito que queira saber quem sou eu, mas acho que será necessário apenas que diga meu nome. Me chamo Justin Drew Bieber ou Justin Bieber... como preferir.

Sim eu sou o astro pop teen do momento e acabei de levar um fora da minha namorada Selena Gomez, ou melhor, ex namorada.

Tudo está dando errado, estou com muitos problemas em relação à paparrazi. Eles estão me deixando louco.

Todos os sites de fofoca falam que eu estou rebelde e que não amo minhas fãs como antes. Dizem que a fama me fez mal. Que me tornei um garoto arrogante e prepotente, mas só estou cansado de tanta cobrança e perseguições.

Não tenho privacidade para absolutamente nada. Amo minha fãs, mas odeio esses paparrazis idiotas.

Devido a isso tudo, minha mãe e meu agente Scooter tomaram uma decisão.

E digamos que de todas tomadas até hoje, essa foi à pior. Mas como eles dizem não mando em nada mesmo.



Narrado por Anne Sherwood


–Anne não aguento mais essa sua rebeldia, você não é culpada pela morte da sua mãe.

–Tudo bem pai, senão era culpada, por que não me contou, que minha mãe morreu quando eu nasci?Por que não me contou que teve que escolher entre nós duas? Por que não me contou que ela lhe pediu que escolhesse a mim? Por que papai? –o enchi de perguntas debochando.

–Filha! –sussurrou ele, enquanto eu saia da sala correndo e subia para o meu quarto trancando a porta. – Anne ela te amava e eu te amo. –disse meu pai que agora batia na porta do quarto. –Eu te amo Anne. – e o ouvi descer as escadas.

Eu amava o meu pai, mas passei a vida toda com um pai triste e mal-humorado, que não tinha tempo pra mim e que achava que dinheiro iria ser suficiente, para que não notasse sua ausência.

E eu Anne Sherwood era uma patricinha fútil, que achava que todos os problemas do mundo se resolviam com uma ida ao shopping. Mas descobrir que essa vida insignificante, não deveria ser minha e sim dela, da minha mãe.


Descobri um dia quando cheguei mais cedo em casa e ouvi meu pai conversando com a minha avó:


FLASHBLACK ON

–Filho você tem que dar atenção para a sua filha, saber como ela está, como ela se sente. –dizia minha avó.

–Mãe eu faço o possível. –respondeu meu pai seco.

–Não, você não faz o possível, se você ia tratá-la assim, por que escolheu que ela vivesse? Senão ia dar o amor que ela merece por que escolheu que ela vivesse? –perguntava minha avó irritada.

–Foi a Trisha que quis assim! –respondeu olhando para minha avó. –Mas não me arrependo de ter escolhido a vida da Anne, mas queria a Trisha comigo.

–Como assim? –perguntei confusa. –Escolhido a vida da Anne? –gritei – Minha mãe não teve uma doença logo depois que eu nasci? – e continue gritando – Que história é essa de escolher entre nós duas? –minha avó estava assustada e meu pai não sabia o que fazer. –Anda responde!

–Anne foi isso que aconteceu. – respondeu minha avó pálida.

–Não foi! Falem a verdade. – gritei me virando para o meu pai.

–Filha sua mãe teve uma eclampsia quando você estava para nascer. –respondeu tentando se aproximar e eu me afastei.

–Continua! –gritei e minha avó me olhou preocupada.

–Na hora do parto, o médico pediu que escolhesse qual vida daria prioridade para salvar. – continuou minha avó e eu comecei a chorar.

–E então Anne, sua mãe pediu que fosse você. Implorou que fosse você. –disse baixinho – E então demos prioridade a sua vida. E ela não aguentou.

–Você está me dizendo, que você passou a minha vida toda, me culpado, por uma coisa que você escolheu? -perguntei chorando.

–Eu nunca te culpei filha. – e então ele já chorava também.

–Não? Você nunca esteve presente, nunca quis saber de nada que diz respeito a mim, você sempre achou que seu dinheiro te substituía. –respondi olhando nos olhos dele.

–Filha me perdoa. – pediu ele pegando a minha mão.

–Tira a mão de mim! –sussurrei tirando minha mãe da dele.

–Anne ouça o que o seu pai tem a dizer. –pediu minha avó.

–Não, ele não tem nada para me dizer. –respondi o pedido da minha avó.


FLASHBLACK OFF


Depois disso digamos que comecei a fazer tudo diferente.

Começando pelas minhas roupas lindas, rosas, brilhantes, curtas, chamativas e completamente sem utilidades que doei para a caridade.

Elas não tinham utilidade pra mim, mas tenho certeza que pra onde eu doei tem muita.

Me afastei do grupinho de garotas estúpidas da escola e troquei a popularidade pelos três melhores amigos do mundo e que me aceitam como eu sou.

Tenho feito uma coisa que aumenta minha adrenalina, mas sei que não é certo... É meio mortal. Mas que se dane, preciso disso e se eu morrer, ótimo deveria ter ido há 17 anos.