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-Então preparada? – perguntou Alex escorado na janela do carro que estava.

-Não, não estou! – respondi virando os olhos – Mas vou ficar.

-É isso que gosto em você. – falou pegando meu queixo – É tão decidida, me lembra sua mãe. – não estava olhando pra ele, mas quando ele me disso isso o encarei confusa.

-Como assim? Minha mãe? O que sabe sobre ela. – perguntei meio desesperada.

-É uma longa historia Sherwood! – respondeu olhando em meus olhos – Mas acho melhor perguntar ao seu paizinho. – falou se afastando e batendo na traseira do meu carro – Vai, vai. – então pisei no acelerador dando a partida.

Seriam 6 horas pra chegar a Madawaska.

E fui pela estrada com o pensamento em que o Alex que me disse antes de sair, ele conhecia minha mãe e sempre me disse que sua cicatriz foi culpa do meu pai.

Tinham peças demais naquele quebra-cabeça, que não se encaixavam e precisava encaixá-las.

Afastei todos os pensamentos que me atormentavam, tinha que conseguir. Tinha que estar concentrada. O caminho estava tranqüilo, mas sabia que aquela era a pior cidade, para se atravessar a fronteira EUA/Canadá.

Segui todo o trajeto atenda ao meu GPS. Então um telefone que estava no banco do carro tocou. Atendi rapidamente.

-Alô?

-Oi Sherwood! – disse Alex me causando arrepios.

-Já estou chegando.

-Eu sei o carro está sendo rastreado.

-Vou chegar 00h30min de acordo com o GPS.

-De acordo com esperado. – ele disse e fez uma pausa – O caminhão estará te esperando quando passar pela fronteira a 400 metros. O baú vai estar aberto, só você entrar nele com o carro.

-Tudo bem. – disse seca.

-Anne você tem 5min. Esse é o tempo que tem para entrar no caminhão. Se não entrar em 5min a policia vai atrás de você e acredite. Eles vão te seguir até no inferno. Mas não vão encontrar nada que me incrimine. O carro entrará em alto-destruição, ou seja, vai explodir em 7 minutos, senão entrar no caminhão e desarmar a bomba que tem nele. Tudo o que precisa, para parar a bomba, está no caminhão. – ele gargalhou me causando arrepios – Boa Sorte! – e desligou o telefone.

­-Desgraçado! – gritei batendo no volante – Senão fizer o que você quer, me mata? É isso mesmo? Desgraçado! – e senti lagrimas desceram involuntariamente por meus olhos – Eu te odeio. – falei secando as lágrimas e tentando controlar a respiração que estava acelerada.

***

-Você está a cinco minutos da fronteira EUA/Canadá. – me assustei e olhei para o GPS.

-Esses são os dez minutos mais importantes da minha vida! – suspirei pisando no acelerador e saindo cantando pneus pelos policiais da fronteira.

Tudo passava como um borrão por mim. O carro estava na velocidade de 200km/h e sentia meus músculos doerem com a velocidade e a força que segurava o volante. O carro atingiu a velocidade de 270 km/h e continuei guiando para o mais longe do final da fronteira.

-O carro se autodestruirá em 300 segundos. – disse à voz que veio do GPS.

-Ei GPS’s servem para indicar a localização, não minha morte. – gritei ainda acelerando.

Estava quase entrando no Canadá, continuei sem tirar o pé do acelerador –

- 294, 293, 292, 291 . – e voz continuava -... 250, 249...

-Será que dá pra calar a boca? – gritei então enxerguei o farol de um caminhão.

Continuei acelerando e ouvi um barulho distante de sirenes. O caminhão estava bem devagar e estava como Alex que me falou. Acelerei um pouco e fiquei em frente ao baú do caminhão e a rampa.

­-200, 199, 198... ­– e o tempo não parava.

Não estava conseguindo encaixar as rodas, para que pudesse subir a rampa. Acelerei cantando pneus na tentativa de subir a rampa. O carro não subia e meu coração acelerava a cada tentativa. E então o ouvi o barulho de sirenes se aproximarem.

-168, 167, 166, 165, 164, 163...

-Vai! Anda! Sobe! – gritava tentando encaixar as rodas.

-150, 149, 148, 147, 146...

Então pisei no freio ficando para trás, me afastando do caminhão, voltei a pisar no acelerador indo em direção a ele a 150 km/h. Os barulhos das sirenes ficavam cada vez mais perto e meu coração martelava contra o peito, ouvia suas batidas altas e descompassadas, no fundo do meu ouvido, batendo de uma maneira que acabaria rompendo a pele. As sirenes se aproximavam mais, então as rodas se encaixaram e continuei pisando no acelerador, subindo a rampa rapidamente desci do carro e puxei a corrente para fechar o baú. Ela era pesada e machucava minhas mãos. Senti minha mão rasgar, mas não dei importância continuei puxando a corda.

-Vai! Ai! – gritei colocando todo o meu peso na corrente, que abaixou e subiu a rampa fechando o baú, com um baralho ensurdecedor. Corri em direção ao carro.

-60, 59, 58, 57, 56... – olhei em volta procurando algo que desarmasse a bomba. Não encontrei nada – 47, 46, 45, 44, 43, 42 – continuei procurando, mas estava escuro e não enxergava nada que pudesse parar uma bomba ou desarmá-la ­– 30, 29, 28, 27...

-Ai meu Deus me ajuda. – supliquei procurando, foi então que vi próximo a corrente um controle. Corri até ele e apertei um botão vermelho.

-Alto-destruição: CANCELADA! – me joguei no chão chorando e sentindo meu coração martelar contra o peito.

Quando dei por mim chorava jogada ao chão, agarrada com o controle. Soluçava e senti as lágrimas escorrerem por meu rosto, minha respiração estava descontrolada e meu coração não conseguia se acalmar. Encolhi-me abraçando minhas pernas contra o corpo e continuei chorando. Então ouvi o telefone tocar. Deixei-o tocar, mas então percebi que ele não pararia. Arrastei-me até o carro e abri a porta pegando o celular.

-Oi! – falei com a voz trêmula.

-Sabia que não ia me decepcionar. – disse Alex rindo.

-Desgraçado! Eu te odeio! – gritei – Eu te odeio! Eu te odeio – e comecei a chorar novamente.

-Ouça bem! – gritou rindo – Vai entregar a carga e eles vão te trazer de volta. E se comporte Anne, não tente nada. Pense nos seus amiguinhos e no seu namorado. Ele está se divertindo olha. Você não está se divertindo Justin? – então ouvi o barulho de uma pancada e um gemido do Justin.

-Seu desgraçado, solta ele! – gritei chorando.

-Ah claro, vamos parar de brincar por hoje. – falou rindo – Soltem o pop-star. – então pude ouvir o barulho do corpo do Justin contra o chão e gemidos – Faça tudo como o combinado Anne, conto com você. – e desligou o telefone.

Fiquei deitada no chão e perdi a noção do tempo, já tinha conseguido cessar o choro. Pensei no Justin em como todos deviam estar loucos por causa dele. Então senti o caminhão parando e interrompendo meus pensamentos.

Levantei-me e corri para o carro travando as portas. O baú se abriu e ouvi passos.

Os passos cessaram e alguém bateu na janela. Era um senhor com o semblante cansado.

Abaixei o vidro e ele me encarou confuso.

-Você é uma garota, uma adolescente. – disse me encarando.

-Sim. E isso importa? – perguntei seca – Tenho o que vocês querem.

-Tudo bem, tire o carro. – respondeu se afastando.

Assenti e levantei o vidro, fui devagar tirando o carro. Foi fácil, como queria que tivesse sido para subir.

Quando desci o carro, sai dele e olhei em volta. Estava em um estacionamento gigante com um galpão muito parecido com o que eu estava com Alex, parecido com que os meninos estavam. Passei as mãos no cabelo e fui para a traseira abrindo o porta-malas.

-Aqui esta a carga, não sei o que é. Então não posso conferir nada. – o senhor se aproximou de mim, agora mais confuso e rasgou o saco, que era como aqueles papéis de envelope.

Quando ele rascou o saco e olhei o que tinha lá dentro me afastei cambaleando.

Tinha drogas empacotadas por um plástico transparente em todos os sacos.

Eu estava transportando drogas, então tudo foi ficando preto e senti braços me pegando.

Então meninas estou com uma FIC nova junto com a Sil minha linda.

Se quiserem ler o link abaixo:

FIC NOVA: http://www.fanfiction.com.br/historia/168479/Grenade