Capítulo 11

-Gatinha. – sussurrou Luke no meu ouvido – Sabia que ontem você deixou meu amiguinho bem dolorido.

-A minha vontade era arrancá-lo, mas sou boazinha. – respondi me afastando dele.

-Anne, Anne, Anne. Eu sei que um dia vai perceber que sou tudo o que você sempre quis. – e apertou meu braço, me puxando pra ele.

-Nem morta. – falei puxando o braço e sai andando.

-Isso é o que veremos gatinha. – gritou a me ver afastar.

Andei até o Marcus e ele balançou a cabeça a me ver.

-Você arrisca demais suas sete vidas gatinha. – disse Marcus com um sorriso sínico no rosto.

-Tem razão minhas setes vidas, faço o que quiser com elas. – respondi e ele levantou as mãos em sinal de rendição.

- O que temos pra hoje? – perguntei passando as mãos no cabelo que voava descontroladamente.

-Temos grana, nada de carros. – respondeu sorrindo - ninguém aposta carros com você gata selvagem.

-Todos uns covardes. – falei e olhei para a pista – Vamos lá é hora de acabar com esses babacas.

Ele andou até um grupinho e de lá saiu com um cara atrás dele. Andou até mim com o homem que aparentava ter uns 26 anos. Ele era alto, moreno, bem musculoso e tinha um sorriso perfeito. Seu cabelo era meio rebelde e de um tom preto. Ele era bonito, não podia negar.

-Então gata selvagem. Vai apostar com nosso garotão aqui. E com o Saleen S7 Twin-Turbo dele? – falou Marcus batendo no ombro do homem - Ele quer 100 mil se ganhar.

-Tudo bem! Vamos lá. – respondi, Marcus sorriu pra mim e o homem andou até seu carro.

Corri pra minha belezinha e preparei pra acelerar.

E então as bandeiras se abaixaram e dei a partida.

Acelerei passando por ele facilmente, ele estava colado na minha traseira, deu uma batidinha que descontrolou meu carro. Diminui a velocidade e dei estabilidade ao carro, deixando o passar, depois que consegui o controle voltei a acelerar e ele começou a me fechar.

-Você dirige como uma moça! – gritei com raiva ao ver ele me fechar.

Ele diminui pra fazer a curva e eu aproveitei pra acelerar e passá-lo. Quando acelerei o carro rodou e saiu da pista. Freei e o carro saiu derrapando. Terminei a derrapada e acelerei, levantando poeira e passando o Saleen dele sem muita dificuldade. Ele tentou me alcançar. Mas acelerei sem olhar pra trás, passei pela chegada e freei descendo do carro.

-Gata selvagem a cada dia que passa você me surpreende mais. – falou Marcus super empolgado, dei um sorriso de canto e escorrei no carro.

-Então quero meu dinheiro dessa vez. – quando disse isso, o homem que competiu comigo jogou uma bolsa no meu colo.

-Um dia nos encontramos para a revanche Gata. – e saiu andado.

-Então minha gata, mais uma? – falou Marcus passando o braço pelo meu ombro em um abraço de lado.

-Não dá, mas amanhã estamos aí. – respondi me soltando dele e abrindo a porta do carro – E já falei sobre essa “gata selvagem – entrei no carro e acelerei deixando uma nuvem de poeira.

Cheguei à minha garagem, peguei meu Tesla e dirigi até em casa. Coloquei a chave na porta e destranquei entrando.

-Onde você estava? – perguntou meu pai que esperava sentado no sofá.

Coloquei as chaves mesa e andei em direção a escada.

-Por aí. – respondi subindo o primeiro degrau.

-Em qual lugar uma garota como você anda, até 2h da manhã? – apertei os olhos e me virei.

-Como assim uma garota como eu? – perguntei o encarando.

-Uma garota de nome. – dei uma gargalhada.

-Desculpe Comandante Sherwood. – debochei – Não mancharei seu nome no FBI.

-Não estou preocupado com minha carreira, estou preocupado com você, sou sei pai. – disse me olhando.

-Então que tal começar a agir como tal? – perguntei e subi as escadas.

Entrei em meu quarto, trancando a porta. Tomei um banho rápido, vesti meu pijama, caindo na cama exausta pelo dia de hoje.

Os dias estavam passando apressadamente e estava bem ligada ao Justin, estamos nos curtindo e continuava correndo contrariando tudo e todos, em especial ele que não gostava nada disso, mas não ligava.