P.O.V. Hope.

Adoro a minha priminha Emma e tenho muita inveja dela. Ela está tendo uma infância muito feliz, fica no colo do pai e de todas as outras pessoas.

–Hope! Hope!

–Oi gatinha, senti saudades.

–Também senti.

–O que vamos fazer hoje?

–Colo! Colo!

Peguei ela no colo e repeti a pergunta.

–Brincar!

–De que?

–Brinquedos cololidos.

Ela estava falando dos brinquedos de encaixar nos buracos as formas.

Estendi o tapetinho infantil que a tia Caroline mandou e os outros brinquedos.

Era engraçado de ver o jeitinho dela tentando encaixar as pecinhas. Mas felizmente ela conseguiu resolver o problema colocando-as por cima no lugar onde era para tirar.

–Mas, você é levadinha ein? Você tem que colocar as peças pelos buracos menores.

–Não. Assim melhor.

Emma virou o pote de ponta cabeça e começou de novo.

Meu pai estava passando pela sala e começou a dar risada.

–Não nega que é filha de Niklaus.

–Porque?

–Está trapaceando.

–Não to! Assim melhor!

–Deixa ela pai. Isso prova que ela é esperta e sabe resolver os problemas.

Ele riu.

–Hope.

–Que foi?

–Mami volta pra casa?

–Ela vai voltar pra casa.

–Agola?

–Não, mais tarde.

–Quanto mais tarde?

–Não sei.

–Quelo a mami.

–Eu sei, mas a mamãe tem que trabalhar.

–Ela num vai embola vai?

–Não querida. Ela vai voltar.

–Papi? Papi volta?

–Volta.

–Vem, vamos tomar banho e ficar cheirosinha pra quando a mamãe chegar.

–Ta.

Dei banho nela, troquei a roupa, a fralda e penteei o cabelinho fazendo uma chuca.

–Pronto. Linda.

Passei uma colônia nela e quando acabei ela estava linda.

A tia Caroline chegou bem na hora em que Emma estava tomando a mamadeira.

–Oi! Chegamos!

–Mami! Mami!

–Oi querida, sentiu saudades?

–Sentiu.

–Você ta tomando mama?

–É.

Emma recolocou a mamadeira na boca.

–Vem cá.

Tia Caroline pegou ela no colo e ela dormiu rapidinho.

–Obrigado querida, você fez um ótimo trabalho.

–De nada.

–Tchau meninos, qualquer problema liguem.

–Ligaremos.