P.O.V. Aro.

Quando a visão parou eu fiquei chocado.

—Gostou? Esse é seu futuro, o futuro de seus irmãos e do seu clã. Á menos que escolha seguir outro caminho.

A garota ruiva olhou pra mim, deu um sorriso sombrio e estava com a seringa na mão.

—Aro? Faça alguma coisa!

—É Aro. Faça alguma coisa, tome sua decisão.

—Rapaz. Você é o que?

A Cullen disse:

—Ele tá falando com você Klaus.

—Eu sou o híbrido original. Eu não posso ser morto.

—Ele é um vampiro nascido numa linhagem de lobisomens o que o faz ser metade vampiro, metade lobisomem, porém mais forte que os dois. Assim como as minhas filhas e eu. Vampiras nascidas em uma linhagem de bruxas, metade vampiras, metade bruxa porém mais forte que os dois.

—Como isso é possível?

—Meu pai casou com a minha mãe, dormiu com ela e eu nasci. A mãe do Klaus pulou a cerca e ele nasceu, eu casei com Elijah dormi com ele e as minhas meninas nasceram. É assim que é possível.

—São pragas irmão! Devem ser exterminados!

—Eu to com a seringa na mão otário. Se não calar a boca eu tiro a sua imortalidade de você sem esforço.

—É melhor escutá-la senhor.

—Tirar minha imortalidade? Está maluca.

—Opa. Caius, não devia ter usado essa palavra.

—Você me chamou de que?!

—Maluca!

—Para Caius.

—Me chama de maluca só mais uma vez.

Dava pra sentir a ira na voz dela e eu vi seus olhos mudando, ficando de um azul cor de gelo.

—Caius não!

—Maluca!

Em segundos o conteúdo da seringa havia sido injetado.

—Eu não sou maluca! Sou levemente desequilibrada e instável como uma bomba nuclear armada!

—Meste Caius, o que houve com os seus olhos?

—Ele voltou ao seu estado natural. Voltou a ser nada além de um reles e fraco humano mortal. Perdeu seus poderes.

—Existe uma cura?

—Sim Alec. Existe uma cura e agora ela corre pelas veias do seu amado mestre, se quiser voltar a ser humano tudo o que tem que fazer é beber o sangue dele.

—Vocês sabem a fórmula. Dê para ele.

—Porque Aro? Porque eu faria isso? Porque eu daria ao seu irmão uma segunda chance?

—Porque eu estou mandando.

—Então toma. bebe.

Ele bebeu e ficou inconsciente por horas. Quando seus olhos se abriram eles ainda estavam vermelhos.

—A cura não funcionou. Eu ainda sou vampiro.

—Funcionou exatamente como ela queria.

—O que?

—Isso não é a cura imbecil! É só veneno, uma dose- massiva por isso você ficou inconsciente.

—Veneno?

—Um tipo bem específico de veneno. Veneno anti vampiro desce queimando e quando você o bebe todos os dias durante muito tempo desenvolve imunidade.

—E vocês bebem esse veneno a muito tempo não é?

—Obviamente. I'm just a Sucker for pain.

—O que isso quer dizer?

—Que eu quero te amarrar, te acorrentar e te torturar por tempo indeterminado. Eu vou direto pra sua cabeça como uma concussão.

A ruiva lança uma corda que se amarrou nos pés de Jane e a puxou.

—Tio Klaus amarra ela!

O híbrido a amarrou com cordas grossas que pingavam alguma coisa e ela começou a gritar.

—Queima! Ai como queima!

—U! Que peninha que eu to de você. Seguinte, se quiserem a vagabunda de volta viva nunca mais vão voltar a perturbar a minha família morou? Vocês tem 24 horas pra pensar.

As duas sumiram no ar.

—Dimitre. Encontre Jane.

A híbrida deu risada.

—Boa sorte querido. Porque nem com sorte você acha ela.

—Ele é o melhor rastreador que existe.

—E eu sou a melhor bruxa que existe. E Alec, considere-se inútil por tempo indeterminado, coloquei um ingrediente especial na sua "cura". Adeus.

Ela saiu dançando e cantando.

P.O.V. Jane.

Quando acordei estava num lugar imundo, escuro e cheio de ratos. Os meus pulsos ardiam e eu estava amarrada numa mesa de tortura medieval.

—Desconfortável? Isso é ótimo.

Ela pegou uma das lâminas e a mergulhou num barril.

—Vamos começar a diversão!

Aquelas espadas cortavam minha pele e os cortes ardiam como o fogo do inferno.

—É divertido ser torturado não é?

—O Dimitre vai me encontrar e vai te matar.

—É claro. Claro que ele vai.

Ela molhou um pano naquele barril, abriu a minha boca e colocou aquilo amarrando a minha boca aberta.

—Gostoso? É como inalar lâminas de barbear.

Quando o efeito daquele líquido começava a passar ela molhava o pano outra vez.

—Por favor, pare.

—Porque? Quantos não imploraram por sua misericórdia? E você concedeu a eles?

—Por favor.

—Oba! A minha mãe chegou. Agora a festa vai chegar ao auge!

Ela virou meus poderes contra mim. A dor era insuportável.

P.O.V. Dimitre.

Isso é tão estranho. Estou andando em círculos á horas, não consigo captar o cheiro da Jane, não consigo ouvi-la, senti-la nada.

—E então Dimitre?!

—Nada Mestre. Absolutamente nada.

—Mas, você é o melhor rastreador que existe!

—E elas são bruxas! Sabe lá Deus o que essas criaturas são capazes de fazer? Elas bloquearam Alec, impediram-no de acessar seu poder talvez tenham feito isso comigo também.

—Alec está bloqueado por causa daquilo que ele ingeriu.

—Será? Vai ver a bruxa mentiu. Isso não lhe ocorreu?

—Tente encontrar alguma outra coisa. Outra pessoa, tente encontrar o híbrido.

—Tá.

Eu o encontrei. Mas, queria não ter encontrado.

—Lá. Dentro da casa.

—Felix, vai.

Assim que Felix passou pela porta começou a gritar. E saiu de lá correndo.

—Não entrem naquela casa.

—O que houve com você? Está sangrando e queimado.

A bruxa apareceu atrás de nós.

—Volturis.

—Você!

—E então? Chegaram a uma decisão?

—Onde está Jane?

—Chegaram a uma decisão?

—Onde está Jane?!

Ela pareceu pensar e então respondeu:

—Não está aqui. E se a quiserem de volta viva vão chegar a uma decisão favorável.

—Eu deixarei sua estúpida família em paz se devolver a minha irmã.

—Mas, você se reporta a Aro. Não entende querido? A vida da sua amada irmã está nas mãos de Aro como sempre esteve e cabe a ele decidir e deliberar se a sua irmã vai viver ou morrer. Eu sugiro que se apresse Aro, o prazo está acabando.

A bruxa sumiu.

—Pelo amor de Deus Mestre! Concorde! Deixe os malditos Cullen em paz!

—Como vamos contactar a bruxa?

—O cara de terno, pai das filhas dela.

—Chegou a uma decisão Mestre?

—Sim. Vamos deixar os malditos Cullen e nunca mais vamos voltar a vê-los.

—Demorou. Bom, aqui está.

A bruxa jogou Jane para nós. Ela estava machucada, totalmente machucada.

—O que?!

—Eu disse que a entregaria viva. Não inteira. Cumpri minha parte.

—Ela vai morrer!

—Isso não é problema meu. Eu a entreguei viva.

—Ei! Espera, devolva meus poderes.

—Relaxe, o veneno vai sair do seu organismo em algumas horas e você vai voltar ao normal.

—Mãe, sobre isso... não vai.

—Claro que vai.

—Não vai. Mamãe, eles são diferentes, eles não comem comida, não fazem xixi e nem sangram ou lacrimejam. Ele não vai conseguir eliminar a toxina sozinho.

—Oh é verdade. Bom, é uma pena.

—Espera mãe! Não podemos deixar a verbena no organismo dele ou ele vai morrer.

—E qual seria o problema?

—Por favor mãe, não somos iguais a eles. Não somos assassinas, não queremos vingança queremos justiça.

—Eu quero me vingar! E ele não é inocente!

—Por favor, eu não quero morrer. Eu faço o que você quiser se salvar a minha vida e a vida da minha irmã.

—O que eu quiser?

—Sim.

—Deixe os Volturi. E nunca mais voltem a matar ou machucar pessoas inocentes combinado?

—Tudo bem. Eu faço.

—Dá sangue pra ela beber e deixem ela á par do acordo sim? E você garoto vem com a gente, vai ter que beber água pra fazer xixi e se não funcionar vamos ter que te furar.

P.O.V. Jane.

Alec está bebendo água a horas.

—Ta com vontade de fazer xixi?

—Não.

—Vamos tentar suco de laranja. Tem vitaminas que fazem o intestino funcionar, quem sabe não ajuda a sair pelo outro buraco.

Suco de laranja, suco de manga, suco de acerola, suco de maracujá e refrigerante.

—E ai? Quer ir ao banheiro?

—Não.

—É. Vamos ter que furar ele.

—Coitado. Bom, merece.

—Furar?

—Vamos enfiar uma agulha de um metal especial mais ou menos dessa grossura na sua veia, depois vamos enfiar um cateter e filtrar o seu sangue com isso.

Ela trouxe uma engenhoca enorme.

—É grossa pra caramba.

—É isso ou morrer permanentemente.

—Vamos fazer esse treco. Porque eu to começando a passar mal e a cada segundo tá ficando pior.

Elas ligaram o meu irmão naquela coisa e o sangue saia de um lado e entrava do outro. Ele tinha um cateter em cada braço.

—Eu já me sinto melhor.

—Eu sei.

—Obrigado.

—Nossa! Um Volturi agradecendo. O mundo vai acabar.

Disse ela com ironia.

—É. Obrigado. Vocês trouxeram de volta o que eles mataram a muito tempo, pensei que havia perdido essa capacidade.

—De que?

—De sentir. De sentir compaixão, amor, ternura. Meu Deus! O que eu fiz? Com todas aquelas pessoas.

—Pois é. Mas, saibam todos vocês que você e só você tem o poder de controlar sua própria vida. Sua vida, suas escolhas. O que é que você quer?

—Eu sei o que eu não quero. Eu não quero ser um monstro.

Arranquei o colar com o brasão dos Volturi e o joguei no chão.

—Olha no que vocês me transformaram?!

—A culpa não é inteiramente deles, você escolheu seu caminho. Podia ter desertado, ido embora, mas você não foi.

—Tem razão. Eu tenho minha parcela de culpa e agora serei consumida por ela. Vou voltar para o Castelo, pegar as minhas coisas e depois vou embora. Se eu pedisse ajuda, vocês me ajudariam?

—Ajudaríamos. Ajudamos vocês dois desde o princípio. A reconquistar sua liberdade e sua humanidade. Os nossos métodos foram testados e aprovados.

—Seus métodos?

—Vocês sempre perderão, porque estão lutando do lado errado. A roda jamais para de girar todo o mal que causaram se voltará contra vocês escreva o que eu digo. Tenha uma boa vida humana Caius.

—E o que a faz pensar que não serei transformado de novo?

—Um dos muitos efeitos colaterais da cura. Uma vez curado você nunca mais poderá voltar a ser vampiro ou imortal.

—Como pode saber?

—Você não foi o único que foi curado. Muitos voluntários se apresentaram de ambas as raças e devo dizer que os primeiros a sobreviverem ao processo ficaram bem, entretanto o corpo deles combate furiosamente todo e qualquer tipo de tentativa de ser re transformado. Nos da raça dos originais eles só vomitam o sangue de vampiro, mas nos da de vocês ai já fica mais complicado e bem mais violento.

—Violento?

—O seu corpo vai combater o veneno, convulsões, espasmos, vômito, diarreia e se não pararem de tentar te transformar o corpo desiste e morre tipo pra sempre. E o satã ta te esperando á muito tempo. Adeus.

—Tchau.

—Tchauzinho.