POV DIANA

Assim que eu apaguei o Bruce, prendi Coringa com o meu laço e me segurei para não matá-lo por tudo o que ele tinha feito com a minha família.

Ele quase me matou, quase perdi Gaia, me fez ficar longe de Bruce e ainda o mudou fazendo com que ele quase mudasse a sua filosofia de ser.

E eu não poderia mais permitir que ele ficasse solto, não poderia deixar ele perturbar mais o meu futuro marido. Eu tinha que dar um fim nisso.

– Já está na hora disso acabar palhaço maldito. – digo.

– HÁ HÁ HÁ! Você e o Morcego são muito engraçados! – ele fala tentando se soltar do meu laço.

– Já chega de falar. – digo lhe dando um golpe forte na cabeça fazendo com que ele apague.

Deixo-o cair no chão e olho para Bruce que ainda está no chão dormindo e muito ferido.

Clark chega logo e eu fico aliviada por ele aparecer.

Eu tinha chamado ele para me ajudar, depois de sair correndo para vir ajudar Bruce. E como Clark é um bom amigo, ele veio correndo para me ajudar.

– Graças a Deus que você chegou! – digo aliviada.

Clark olha horrorizado e anda em minha direção.

– Quer que eu leve o Coringa para o Arkham? – pergunta Clark.

– Quero sim. – respondo – Eu preciso cuidar de Bruce e sei que ele vai estar irritado quando acordar. – digo.

– Eu levo o Coringa e depois passo na casa de vocês. – ele diz.

– Tudo bem. – respondo – Faça com que ele nunca sai de lá. – peço.

– Vou fazer com que eles o botem no subsolo se for preciso. – ele diz.

Pego Bruce no colo e me preparo para voar.

– Clark, obrigada. – digo.

– Não tem de quê. – ele responde.

Voo com Bruce até a mansão Wayne, torcendo para que ele não fique tão irritado ao acordar.

O que esse homem tinha na cabeça? Por que ele tinha ido se encontrar com o Coringa? Ele tinha se metido em perigo e poderia ter morrido. Só de pensar nisso, me dá vontade de esmurrá-lo até que aprendesse a não se meter em problemas.

Será que ele não entendia, que se ele morresse seria o fim para mim?

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POV BRUCE

Minha cabeça está doendo, sinto o meu corpo pesado e quando eu faço um movimento tudo dói.

E então me lembro da noite passado da minha briga com o Coringa.

E me lembro de tudo ficar preto.

Abro os meus olhos e vejo que estou deitado em minha cama sozinho, olho ao redor do quarto e vejo que Diana está dormindo em uma cadeira perto do armário.

Tento me levantar para andar até ela, mas não consigo e acabo caindo frustrantemente no colchão fazendo com que Diana acorde.

Ela me lança um olhar acusatório e sinto que iremos brigar.

Ela levanta e fica de pé em frente à cama.

– Como você está se sentindo? – pergunta.

– Estou bem. – respondo.

– Fale a verdade Bruce. – ela fala com raiva.

– Eu estou bem Diana. – digo no mesmo tom que ela.

Ela cruza os braços e me olha com raiva.

– Eu não pude acreditar que você foi atrás do Coringa! – ela grita.

– Eu precisava ter feito aquilo. – respondo irritado.

– Você se colocou em perigo sem motivos, poderia ter morrido ontem. – ela fala.

– Eu poderia ter acabado com ele ontem. – digo com raiva.

– Bruce, você poderia ter morrido ontem! Se eu não chegasse a tempo, você poderia ter feito algo que mudaria a sua vida para sempre e que mudaria você. Bruce, você não mata. Batman, não mata. – ela diz triste.

As palavras dela me tocam e eu me sinto um completo idiota por ter tomado essa atitude sem ter falado com ela.

– Diana, vem cá. – peço e ela se aproxima – Deite aqui comigo. – falo.

Ela sobre tristemente na cama e eu a puxo para ela ficar entre os meus braços, fazendo com que ela se sinta melhor. Mas ela começa a chorar e eu me sinto um lixo.

– Não chora Diana. – peço.

– Você tem noção do que poderia ter acontecido com você? – ela pergunta em meio às lágrimas.

– Me desculpe. – eu falo.

Aperto ela mais em meu corpo e aos poucos ela para de chorar.

Viro o rosto dela para mim e lhe dou um beijo.

– O que você fez com o Coringa? – pergunto.

– Clark o botou no Arkham, ele foi garantir que ele não pudesse mais fugir. – diz ela.

– Ele te machucou? – pergunto.

– Não.

Fico aliviado e ela me dá um soco fraco no peito.

– Na próxima vez, eu juro que vou te bater mais forte e você não vai se esquecer do dia em que você apanhou feio de uma mulher. – digo.

Eu rio para ela e abraço.

– Eu sou um cara sortudo. – falo.

– Que bom que você sabe disso. – ela fala.

– Como está a nossa filha? – pergunto.

– Dormindo.

– Isso é bom.

– Na próxima vez que você fizer algo idiota que coloque a sua vida em risco, eu não vou perdoar. – ela diz fazendo com que eu fique tenso.

– Diana...

– Eu estou falando sério. – ela diz firmemente – Você também fica irritado quando eu faço algo idiota, então você vai me entender. – diz.

Quando eu ia responder, alguém bate na porta e eu fico aliviado por não ter que terminar essa discussão. Isso poderia esperar. Diana tinha que entender que eu faria de tudo para protegê-la, mesmo que isso custasse a minha vida.

– Pode entrar! – digo.

Clark entra no quarto com Gaia no colo.

– Achei que essa pessoinha queria ver os pais. – ele diz.

Clark bota Gaia no chão que corre em direção a cama.

– Papai, você não foi no meu quarto hoje de manhã. – ela diz triste.

Ela sobe na cama e fica no meu colo.

– O papai não pode ir ao seu quarto porque...

– Porque ele é um idiota. – diz Diana me cortando.

Olho feio para ela e ela segura o riso.

– Porque eu estou dodói. – digo.

– Quando eu fico dodói, a mamãe cuida de mim e logo depois eu me sinto bem melhor. – ela fala e eu tenho vontade de apertá-la.

– A mamãe está zangada comigo. – eu falo – Acho que ela não vai cuidar de mim... – digo.

Gaia olha para Diana sem entender.

– Seu pai está falando besteira. – diz ela – É claro que eu vou cuidar de você seu idiota! – ela diz para mim.

Clark começa a rir.

– Bruce você foi muito burro ontem. – ele diz sério.

– Clark não se intrometa. – falo irritado.

– Me intrometo sim, você é parte da minha família, então eu tenho o direito de falar o que eu quiser. – ele diz autoritário.

Diana aplaude ele eu fico com mais raiva.

– Todos contra mim, só falta Gaia. – digo.

– Eu nunca vou ficar contra você papai! – ela diz me abraçando.

– Puxa saco. – fala Diana.

Sorrio para ela e ela sorri para mim.

– Bom, vou deixar os dois sozinhos. – diz Diana se levantando da cama – Clark posso falar com você? – ela pergunta.

– Claro. – responde ele.

Os dois saem do quarto e me deixam com Gaia.

Espero para tentar ouvir alguma coisa do lado de fora do quarto, mas não ouço nada.

Droga.

O que será que eles foram conversar?

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POV DIANA

Enquanto Bruce estava ocupado com nossa filha, aproveito para levar Clark até o escritório para que eu possa contar para ele tudo o que tinha acontecido ontem. Conto tudo para ele, desde a prisão de Ares na ilha até a parte que Hades é meu pai. Posso ver que ele está em choque com tudo o que eu falei e eu espero que ele não fique mais chocado com o que eu vou contar para ele.

– Diana, eu não sei o que falar. – ele diz.

– Eu te entendo. – digo.

– E agora, o que você vai fazer? – ele pergunta preocupado.

– Agora eu quero fazer uma coisa, mas Bruce irá ficar preocupado e vai querer fazer besteira. – digo.

– O que você está pensando em fazer? – ele pergunta.

– Eu vou atrás do meu pai e descobrir o que Zeus quer comigo. – respondo.

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Tudo o que Clark precisava fazer, era chamar Shayera e John para cá e assim o plano se iniciaria.

Eu iria atrás de Hades no submundo grego e encontraria algumas respostas, mas para isso eu precisaria da ajuda de Hermes. Ele sabia como entrar e sair daquele lugar e eu esperava que ele me ajudasse com essa parte. Clark tinha contado o plano por telefone para Shayera e John, enquanto eu lidava com a fúria de Bruce.

– Você não vai sozinha para lá! – ele gritou.

– Shayera vai comigo. – eu digo – E eu preciso que você e os rapazes fiquem aqui para tomarem conta de Themyscira. – falo e ele parece entender.

– Se alguma coisa acontecer, você terá que me chamar. – diz ele sério.

– Se alguma acontecer, eu posso me virar. – falo.

– Diana...

Eu o interrompo com um beijo.

– Fique calmo, vai dar tudo certo. – digo.

– Assim espero. – ele responde.

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Deixei Bruce com os rapazes, para que eles monitorassem da Batcaverna tudo o que aconteceria em Themyscira.

Mesmo que eu esteja brigada com minha mãe, eu tinha o dever de cuidar do meu antigo lar e de proteger quem morava nele. E eu queria que alguém estivesse de olho em Ares durante esse tempo, porque ele poderia dar um jeito de fugir. Eu sabia disso.

– Tudo pronto? – pergunta Shayera enquanto ela desce as escadas.

Eu estava na sala esperando ela se despedir de seu filho.

– Eu preciso me encontrar com Hermes. – falo.

– Onde vamos fazer isso? – ela pergunta.

– Ele já foi uma vez na Torre da Liga, pode aparecer lá de novo. – digo.

– Então vamos para lá. – ela diz.

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POV BRUCE

Eu não tinha gostado da ideia de ficar em casa sem fazer nada, queria poder ir com Diana, mas ela acha que eu devo ficar aqui. Tudo palhaçada. Ela está apenas chateada com o que aconteceu ontem à noite.

Estava sentado na Batcaverna olhando para os monitores e nada estava acontecendo em Themyscira, tudo estava irritantemente calmo.

– Difícil essa história do pai da Diana hein? – fala John.

– É verdade. – responde Clark – Imagina quando ela descobrir também que a mãe dela está tendo um caso com o J’onn. – fala Clark normalmente.

Fecho a cara para ele, pois ninguém mais sabia disso.

– O que você disse? – pergunta John em choque.

Lanço um olhar mortal para Clark e ele vê que fez besteira.

– É... Eu... Então... – Clark se embola.

– A rainha e J’onn estão em um relacionamento. – digo – Mas Diana não sabe disso ainda e nem pode saber, porque não é da nossa conta. – falo sério.

John ainda olha surpreso e entende o que eu falo.

– Fofoqueiro. – falo para Clark.

– Eu não sou fofoqueiro!

– É sim. – concorda John.

– Foi sem querer! – fala Clark tentando se defender.

– Vamos esquecer isso. – digo.

– É melhor. – responde ele.

Olho para tela do computador e vejo uma atividade estranha na ilha.

Uma amazona tinha acabado de apunhalar outra amazona pelas costas. Logo depois mais amazonas começam uma briga e ninguém aparece para separá-las. Logo depois uma amazona cai morta no chão e ninguém faz nada para ajudar.

– Isso está muito esquisito. – diz John.

– Clark faça contato com J’onn e veja se ele está na ilha. – digo sério.

Clark faz o que eu peço e pela sua cara, posso ver que alguma coisa de ruim aconteceu.

– J’onn disse que parece que todas as amazonas estão enfeitiçadas. – fala Clark.

– Ele tem que cuidar de Hipólita, isso é uma distração. – falo.

– O que a gente pode fazer? – pergunta John.

– Temos que ir para lá. – falo.

– Mas homens não são permitidos. – ele responde.

– Eu não dou a mínima para essas regras idiotas. – digo enquanto me levanto e me preparo para ir para aquela ilha.

John e Clark se olham e se preparam também para irem comigo.

– Estão prontos?

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POV DIANA

Com a ajuda de Hermes, Shayera e eu tínhamos conseguido entrar no mundo dos mortos. Quando precisássemos sair, Hermes disse que nos ajudaria. E eu torcia para que ele me ajudasse mesmo, pois eu não ia me perdoar se algo acontecesse com Shayera.

– Esse lugar é muito bizarro. – Shayera fala.

– Pois é. – concordo e sigo caminho.

Esse lugar tem uma energia horrível, cada passo que eu dou parece que eu esbarro em alguém. Não consigo imaginar como alguém pode morar aqui. Por que Hades tinha que ficar com o submundo? Por que ele tinha sido escolhido para ficar com esse lugar tão triste? Não me parecia justo.

Quanto mais caminho, mas fico cansada. Isso não era para acontecer comigo, porque eu não me canso rápido, mas esse lugar parecia estar sugando as minhas forças. Sinto minhas pernas vacilarem e Shayera percebe.

– Você está bem? – pergunta preocupada.

– Estou um pouco fraca, mas vai passar. – respondo.

– Vamos voando que é mais fácil. – ela diz me pegando no colo e levanta voo.

Um calor quente bate em meu rosto e sinto náuseas, meu estomago se revira e sinto que vou desmaiar.

– Diana, estou ficando preocupada com você. – ela fala.

– Vou ficar bem. – digo.

– Estou vendo tipo um castelo ali na frente, acho que é onde Hades mora. – ela fala.

– Isso é bom. – falo em meia voz e logo depois meus olhos se fecham e tudo o que eu me lembro era que eu estava nos braços de Shayera.

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POV SHAYERA

Droga.

Diana tinha desmaiado em meus braços e agora eu não tinha como eu me defender caso algo me acontecesse.

Finalmente chego ao maldito castelo e vejo que tem um homem alto esperando na entrada desse lugar medonho.

Torço para que ele não me ataque e desço há poucos metros de distância.

O homem se aproxima de mim e vejo que ele era mais alto do que eu pensava, era moreno, com olhos penetrantes azuis e tinha uma barba por fazer. Ele era lindo, na verdade ele era a única coisa linda desse lugar.

– Você deve ser Shayera. – ele diz.

– Como você... – tento dizer mais ele me interrompe enquanto tirava Diana dos meus braços.

– Eu sei de tudo, assim como eu sei que essa menina é minha filha. – ele fala.

– Hades?

– Sou eu mesmo, minha jovem. – ele responde virando-se em direção ao castelo.

– Pra onde você a está levando? – pergunto.

– Vamos entrar, lá dentro é mais seguro e assim eu posso ajudar Diana. – responde.

Como eu poderia acreditar nesse cara? Ele era o Deus dos mortos, como ele poderia ser gente boa? Eu acho que eu teria que descobrir. Torcia lá no fundo que ele fosse gente boa, para que assim eu não pudesse ter que lidar com a fúria de John e Bruce quando voltasse para casa.

– O que você está esperando? – pergunta ele – Eu tenho uma grande história para contar. – ele diz dando um sorriso.

Sigo o caminho para dentro do castelo, esperando que Diana fique boa logo e que todas as perguntas que ela tem sejam respondidas.

As portas do castelo se fecham atrás de mim e me preparo para o que vem a seguir.

Continua...