Trying To Live Without You

Revelações Chocantes


POV DIANA

Depois de perder um bom tempo no quarto com Bruce... Resolvemos descer para falar com John e Shayera.

Assim que entramos na cozinha, minha filha está comendo com Rex e John e Shayera estão admirando os nossos filhos.

— Eles formariam um belo casal. – Shayera fala assim que nos vê.

— Eles são ainda crianças Shayera. – Bruce fala e fecha a cara.

Tento não ri e sorrio para Shayera.

— Quem sabe no futuro? – eu digo.

— Minha filha só vai namorar quando eu deixar. – Bruce diz.

Reviro os olhos para ele.

— Melhor a gente mudar de assunto. – sugiro.

Bruce vai para perto das crianças e fica com elas.

Apesar de ser um cara durão ele amava Rex como se fosse filho dele.

— Como você está se sentindo Diana? – Shayera pergunta.

— Estou bem.

— Ontem foi um dia muito grande. – John fala.

— Nem me fale, eu fico exausta só de pensar.

Agora que eu não tinha mais poderes, eu ficava mais cansada que o normal. Não estou gostando disso.

— O que vocês vão fazer hoje? – pergunto para os meus amigos.

— Vamos para casa com Rex e passar um tempinho em família. – Shayera responde.

— Fico feliz com isso. – digo.

Bruce volta para o meu lado e passa o braço em volta da minha cintura.

— Eu gostaria de passar mais tempo com o meu afilhado. – ele fala para John e Shayera.

— A gente pode combinar sobre isso. – John responde sorrindo.

— Okay. – Bruce concorda.

— Melhor a gente ir. – Shayera fala.

Fico triste, mas concordo. Queria passar mais tempo com a minha amiga, mas eu tenho agora todo o tempo do mundo para isso.

Despedimos dos nossos amigos e ficamos só nós três em casa. Alfred tinha saído e não sabia que horas voltava.

— O que vamos fazer? – Gaia pergunta.

— Vamos ficar juntinhos hoje, porque a mamãe quer muito carinho. – falo enquanto pego a minha filha no colo.

Ela me dá um beijo na bochecha e sorri para mim.

— Eu quero ver televisão. – ela fala.

— Vamos ver então. – Bruce concorda.

Nos sentamos no sofá e passamos o resto do dia juntos, com nada para se preocupar.

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POV HIPÓLITA

Tinha chegado a hora da verdade.

Eu não podia mais deixar as coisas desse jeito.

Eu tinha que dizer para J’onn e Hades o que eu tinha decidido.

Era tão confuso e estranho isso tudo... Nunca pensei que eu ficaria envolvida em algum tipo de triangulo amoroso. Isso só acontece nos livros que Diana trazia para eu ler. Mas agora era real e eu estava envolvida em algo sério e eu não podia mais segurar os dois desse jeito.

Tinha sido muito difícil chegar a essa conclusão e eu não queria magoar ninguém. Mas isso se trata de como eu me sinto, então eu tenho que ser honesta comigo mesma e com eles.

Por isso eu decido ter uma conversa honesta com cada um, separadamente.

Decido falar com J’onn primeiro, pois nós namorávamos antes de Hades aparecer e virar o meu mundo de cabeça para baixo.

Eu tentei continuar com J’onn, mas ele não queria ficar comigo até eu me decidir. Por isso nós nos afastamos e com isso as coisas ficaram bem claras. No inicio eu sentia muita falta dele, mas com o passar do tempo eu não sentia mais. O sentimento estava mudando e algo estava acontecendo dentro de mim.

Quando eu estava com Hades, as coisas eram diferentes. De alguma forma ele despertou coisas em mim, que nem mesmo J’onn tinha conseguido. E por isso eu estava aqui hoje, iria contar para ele como eu me sentia em relação ao pai da minha filha.

Fico feliz que ele tenha conseguido chegar em Themyscira.

Nos encontramos na praia e ele abre um pequeno sorriso para mim, mas sei que está triste. Acho que ele já sabe o que eu irei falar.

— Obrigada por ter vindo J’onn.

— Não tem de que.

Estou nervosa.

— Eu pedi para que você viesse aqui, para que pudéssemos conversar.

— Acho que eu já sei o que vai dizer Hipólita. – ele fala.

— Mas eu quero explicar. – digo.

Ele fica em silêncio e respiro fundo para começar a falar.

— J’onn, não seria justo como você e nem comigo se a gente continuasse junto... Eu te amo, mas agora eu vejo que não é como você queria que fosse. Eu sinto muito, não queria te magoar, mas é como eu me sinto. – digo segurando o choro.

Não queria magoar esse ser maravilhoso, ele não merecia isso.

— Hipólita, eu te entendo. – ele fala.

— Mas...

— Eu sinto muito pela gente, achava que a gente iria dar certo. – ele diz e o meu coração se quebra.

— Eu sinto muito J’onn.

Ele se aproxima de mim e me dá um abraço.

— Eu vou superar isso, agora temos que viver a nossa vida. – ele diz e se afasta.

— Obrigada.

Ele sorri e depois some.

— Pensei que ele não iria embora nunca. – diz uma voz que eu conheço.

Olho para trás e Hades está sorrindo para mim.

— Está me espionando? – pergunto.

— Você disse que queria falar comigo, então eu vim. – ele fala.

— Mas não era para você ter ouvido isso!

Ele se aproxima de mim e para a alguns centímetros de distancia.

— Acho que eu ouvi o suficiente para me deixar fazer isso. – ele fala e então me beija.

Me perco em seus lábios macios e carnudos, mas logo depois me recupero e o afasto.

— Hades...

— Mulher, eu te quero. – ele fala e as minhas pernas ficam bambas.

— Eu tenho que falar com você.

— Pode falar.

— Eu não quero ficar com você. – digo direta.

Ele arregala os olhos.

— Mas...

— Deixa eu terminar de falar?

Ele fica quieto e com uma cara muito engraçada de derrota.

— Eu quero me casar com você. – digo finalmente.

Ele arregala mais ainda os olhos e por um minuto eu penso que ele vai ter um ataque.

— Hipólita, eu que tinha que pedir isso. – ele fala.

— Que machista. – falo e o puxo.

Lhe dou um beijo que o deixa sem palavras.

— Quer casar comigo? – pergunto.

— É tudo o que eu mais quero meu amor. – ele fala feliz.

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POV BRUCE

Passei o dia inteiro com as minhas duas garotas que eu me esqueço completamente que sou o Batman.

Assim que termino de ver um filme, me despeço delas e digo que vou trabalhar.

Diana já sabe qual é o meu trabalho e pede para que eu tome cuidado e eu sempre digo que tomo cuidado e ganho um beijo depois.

Ando pelos os telhados de Gotham City e não vejo nada fora do comum. Acho isso ótimo, pois assim eu posso voltar mais cedo para casa e ficar junto das minhas meninas. Mas eu não posso pensar nessa possibilidade tão cedo, já que Clark me manda uma mensagem urgente.

“ Venha o mais rápido possível para Metrópolis. É urgente. “

Droga.

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POV CLARK

Vai ficar estampado em cada capa de jornal quando amanhecer.

Por que ela tinha feito isso? Meu Deus.

Lois está em prantos e eu não sei o que fazer. Mandei mensagem para Bruce e espero que ele venha o mais rápido possível.

— Eu não queria ter feito isso, mas se não fizesse... – Lois falava enquanto chorava em meus braços.

— Vai ficar tudo bem. – eu digo.

Meu celular apita e Bruce pergunta onde que ele deve me encontrar.

“ Lexcorp. “ eu digito e mando.

Olho para o cadáver de Luthor e sinto um arrepio na espinha.

Lois tinha matado Lex por ter descoberto que ele tinha feito uma experiência com o bebe que ela tinha achado que tinha perdido. Bem macabro da parte de Lex, mas isso fazia parte de um plano para que ele acabasse comigo. Ele era um monstro.

— Clark, esse bebe não era filho dele, era seu. – ela fala e eu fico sem reação.

— O que você disse? – pergunto.

— O sangue dela tinha componentes de seu DNA. – ela fala e meu coração se desfaz.

— Lois...

— Eu também não sabia...

Abraço ela mais forte.

— Cadê o bebe? – eu pergunto.

— Ele está morto. – ela fala e chora mais.

Lex Luthor seu desgraçado.

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POV BRUCE

Mal consigo acreditar no que Clark tinha me contado.

Lois matou Lex Luthor.

Isso era algo difícil de acreditar.

Quando Clark me conta a história toda, eu consigo entender o por quê.

Luthor tinha feito testes no filho dela, tentado construir uma arma para matar Clark, que era o pai da criança. Meu Deus.

— O que você quer que eu faça Clark? – pergunto.

— Lois não pode ser presa e isso aqui está cheio de câmeras. – ele fala.

— Clark... Eu não posso fazer isso que você está pensando. – digo.

— Bruce... Por favor. – ele pede.

— Ela tem que ser julgada, Lois matou uma pessoa. – falo.

— Bruce!

— Clark...

— Eu ainda amo ela. – Clark fala.

— Nem tinha percebido. – falo com sarcasmo.

— Eu estou te pedindo esse favor, de todo o coração. – Clark fala.

— Eu não sei.

— Por favor.

Clark tinha feito muito por mim e minha família. Agora tinha chegado a minha vez de fazer algo por ele e para que fosse feliz, mesmo que isso fosse contra tudo o que eu prego.

— Tudo bem. – concordo relutante.

Clark me abraça forte e todo o meu corpo dói.

— Me solta. – peço e ele faz isso.

— Obrigado Bruce.

Ignoro ele e vou para o computador na mesa de Luthor.

Hackeio o seu sistema e os vídeos estão apagados. Transfiro alguns arquivos dele para um programa que uso, para que mais tarde eu possa saber o que ele planejava. E eu deleto também o arquivo que ele tem sobre todos os membros da Liga da Justiça que Lois tinha fornecido.

— Destrua as câmeras e vamos embora. – digo.

— Certo. – Clark fala.

As câmeras são destruídas e nós três saímos dali.

Não era assim que eu tinha imaginado a minha noite.

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Chego em casa exausto e vou direto para o quarto, onde eu encontro Diana dormindo.

Faço o menor barulho possível e tomo um banho rápido. Assim que entro no quarto, Diana está acordada mexendo no seu celular com os olhos arregalados.

— Lex Luthor morreu. – ela fala.

— Eu sei. – digo.

— Não tem vídeo e nem nada, apenas o cadáver com dois tiros na cabeça. – ela diz.

— Eu sei, eu vi. – digo.

— O que?! – ela pergunta em choque.

Conto para ela o que tinha acontecido e Diana ouve com atenção.

— Por Hera! – ela fala.

Subo na cama e a puxo para os meus braços.

— Agora eu quero dormir.

— Eu também, ando um pouco cansada durante esses dias. – ela fala.

— Melhor a gente descansar. – digo e ela concorda.

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POV DIANA

Não conseguia acreditar no que minha mãe tinha acabado de me contar.

— Diana, vou me casar com o seu pai. – ela repete.

Ela tinha me contado toda a sua história e eu tinha escutado tudo calada, sem fazer perguntas. Mas quando mamãe me conta que tinha pedido o meu pai em casamento, eu fiquei sem acreditar.

— Mamãe, parabéns! – digo.

— Eu estou tão feliz. – ela conta.

— E o J’onn? – pergunto.

O sorriso que estava em seu rosto some.

— Ele está triste, mas vai superar.

— Entendo.

Corações partidos se curavam um dia...

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Hoje é o dia do aniversário de Gaia e Bruce tinha planejado fazer uma festa para ela no jardim. Como minha filhinha não conhecia muitas crianças, só Rex que tinha vindo e isso já bastava para ela.

Arrumo a mesa com o bolo e sinto um cutucão no ombro.

Olho para trás e vejo que Steve está aqui.

— Steve! – digo e o abraço.

— Diana, como você está? – ele pergunta enquanto se afasta.

— Estou bem, que bom que veio. – digo.

— Eu não podia deixar de aparecer no aniversário da anjinha. – ele fala sorrindo.

— Gaia vai ficar muito feliz em te ver. – digo.

— Eu só vim para entregar o presente dela, tenho que me mudar ainda hoje. – ele fala.

— Vai se mudar para onde? – pergunto.

— Londres. – ele responde.

— Por favor, vamos manter contato. – eu peço.

— Pode deixar anjo. – ele responde sorrindo – E me desculpe por aquele dia no carro... Eu não queria que você se sentisse desconfortável. – ele fala.

— Já me esqueci disso Steve. – eu falo.

Bruce aparece do meu lado e passa o braço em volta da minha cintura.

— Olá Trevor. – ele fala.

— Wayne. – Steve cumprimenta.

— Steve veio ver a nossa filha. – digo para Bruce.

— Que gentil da sua parte. – Bruce fala.

Steve apenas dá um meio sorriso.

— Vou falar com a anjinha. – Steve fala e se afasta da gente.

Dou um soco de leve na costela de Bruce.

— Você tem que parar com isso. – eu falo.

— Não sei do que está falando. – ele se faz de sonso.

— Pare de ser grosso com o Steve, ele é gente boa. – falo.

— Eu não gosto dele.

— Mas você tem que ser educado e gentil. – eu digo.

Ele sorri.

— Posso tentar. – ele fala.

— Obrigada. – digo e lhe dou um beijo.

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Assim que a festa de Gaia acaba, nossa filha fica exausta e logo vai para a cama dormir. O dia tinha sido longo para a minha pequena e eu estava tão feliz por ela ter se adaptado tão bem a esse mundo.

Termino o meu banho e encontro Bruce deitado na cama.

— Você vai ficar feliz em saber que eu não estou vestindo nada. – ele fala e eu me seguro para não rir alto.

— Só acredito vendo. – digo.

Ele joga a coberta no chão e vejo que está falando a verdade.

— Agora é a minha vez. – digo enquanto deixo a toalha cair no chão.

— Vamos brincar... – ele fala maliciosamente e eu adoro.

Continua...