POV DIANA

Estávamos sentados em frente à televisão vendo o desenho que Gaia mais tinha gostado desde a nossa vinda para cá. Bruce não nos soltava nem por um minuto, ela estava deitada em seu colo e eu encostada em seu ombro, com seu braço ao meu redor. Tudo estava em repleta paz e harmonia e eu estava gostando dessa sensação. Sentia muito falta dele e eu queria que esse momento em família congelasse para sempre, que ninguém interferisse em nada. Tudo o que eu queria era ser feliz ao lado do homem que eu amava e criar nossa filha juntos.

Contei para ele o resto da história e Bruce me ouviu atentamente enquanto eu falava sem parar até perder o fôlego. Quando mencionei o nome de J’oon e que ele tinha me ajudado a lembrar, sua cara mudou. E eu não entendi o por quê dele ter ficado estranho, mas continuei contando para ele, até que ele me interrompeu e me beijou. Perdi o foco da história e deixei para lá. Gaia nos chamou a atenção e pediu para que víssemos o seu desenho em silêncio e nós, é claro obedecemos. Tudo por ela.

Quando o desenho acaba, Gaia olha para mim e diz que está com fome. Nem tinha percebido o tempo passar. Já era de tarde e eu não tinha feito nada para almoçarmos. Bruce sorri para a filha e diz:

– Vamos almoçar fora hoje.

Gaia se anima em seu colo e o abraça.

– Oba! – diz ela animada e depois lhe da um beijo.

Bruce não consegue se conter de felicidade e um grande sorriso aparece em sua boca.

– Vamos sair em cinco minutos, vá ao banheiro fazer xixi pra gente ir. – diz Bruce.

– Tá bom, papai. – diz Gaia saindo do colo dele e indo em direção ao banheiro.

Olho para Bruce feliz da vida, por finalmente estarmos tendo esse tempo juntos, depois de tanto tempo.

– Senti sua falta. – digo para ele, que me puxa e me da um beijo.

– Você não faz ideia do quanto eu senti a sua falta Diana. – diz ele triste.

– O que importa é que eu estou aqui e não vou mais sair do seu lado. – digo lhe dando um beijo de ternura.

– É o que eu espero. – responde.

Ia responder ele quando ouço a porta se abrindo e vejo que era Clark. Quanto tempo ele ficou fora, estava me perguntando onde ele estava. Ele passa meio desajeitado pela porta e para, ao ver que Bruce estava ali. Leva a sacola de compras até a mesa e para alguns metros de distância da gente.

Bruce levanta e vai até o encontro de Clark.

– Obrigado. – diz Bruce a ele e o puxa para um abraço.

Clark fica assustado com o afeto, mas retribui o abraço.

Gaia sai correndo do banheiro e vai até eles dois.

– Tio Clark! – diz ela pedindo colo.

– Gaia! – fala Clark enquanto pega ela no colo.

– Você já conheceu o meu papai? – perguntou ela.

Clark olha para mim com um olhar questionador e eu sorrio para ele.

– Sim, conheço o seu papai. Ele é bom cara não é? – diz Clark para ela.

– Sim, ele é! E é cheiloso também! – diz ela sorrindo pra Bruce e pedindo o colo dele.

Bruce pega a nossa filha no colo e lhe da um beijo na sua bochecha.

– Você que é cheirosa meu anjo. – responde Bruce todo feliz.

Clark sorri para os dois e para mim.

– Obrigado por trazer elas para mim. E me desculpe pelo o resto todo. – diz Bruce para o amigo.

– Faço tudo pelo o meu amigo e pelo o bem dele. O resto eu consigo lidar, sei que você é um cabeça dura mesmo. – diz Clark rindo.

Bruce não ri, mas abre um meio sorriso.

Me levanto e vou até eles.

– Você demorou Clark. – digo.

– É que... É que eu... Eu estava ocupado. – diz ele todo embolado.

Ele parecia estar nervoso. Não sei por quê.

– Você está bem? – pergunto.

– Estou ótimo. – diz ele indo para a cozinha – Vocês estão com fome? – pergunta.

– O papai vai levar a gente para almoçar! – diz minha filha.

– Pode se juntar a gente se quiser. – convidou Bruce.

– Vou deixar vocês terem um almoço em família, podem ir. Eu me viro aqui. – respondeu.

Assentimos e fomos embora. Bruce e eu de mãos dadas e Gaia no colo do pai. Uma família feliz, que precisava de um tempo só para ela.

– Você não notou que ele estava estranho? – perguntei a Bruce.

– Tenho certeza de que ele vai contar o que sabe. – diz Bruce dando uma risada.

– O que ele sabe? – perguntei.

– Na hora certa você vai saber.

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POV CLARK

Como eu vou esconder isso de Diana? Como não contar para ela que passei boa parte do meu dia, com sua mãe e J’oon, com eles contando como eles estavam apaixonados, há quanto tempo estavam juntos e que pretendiam se casar! Como eu iria fingir que não estava acontecendo nada?

Por que essas coisas só acontecem comigo?

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POV BRUCE

Depois de almoçarmos juntos, Diana e eu levamos nossa filha para o parque. Sentamos na grama e observamos Gaia brincar com as outras crianças.

– Ela é linda, se parece muito com a mãe. – digo para Diana que está apoiada em meu peito.

– Ela se parece com você também. – diz ela.

– Não acredito que vocês estão aqui, vivas. – digo.

Diana se levanta e me olha.

– É uma história muito complicada, mas o que importa é que nós estamos juntos de novo. – diz ela segurando o meu rosto.

– Juntos até a hora de alguém tentar nos separar.

– Tentaram nos separar várias vezes, mas no final sempre acabamos ficando juntos. – diz ela me olhando nos olhos.

– Eu sinto muito por não ter conseguido te salvar. – falo olhando para baixo.

– Você não teve culpa.

– Eu fiquei apavorado. Fiquei com medo de você morrer por minha causa, te botei em perigo e eu não pude me perdoar. Pedi para J’oon mandar você para casa, pedi para que ele apagasse sua memória, fazer com que você esquecesse de tudo e ficasse segura. Fui um covarde. – falo para ela.

Ela me olha e vejo que ela me olha com ternura.

– Bruce, você não é um covarde. Eu ter pedido a memória não foi sua culpa, os Deuses que quiseram isso. Não foi sua culpa e você não tinha como saber. – diz ela tentando fazer com que eu me sinta melhor.

– Mas eu te mandei para lá. – falo me sentindo culpado.

– J’oon ia me levar de qualquer jeito, ele viu que tinha jeito de tentar salvar Gaia e me levou. – diz ela.

– Eu quero conversar com ele depois sobre isso tudo. – digo segurando para não demonstrar minha raiva por ele nunca ter me contado isso.

– Sei o que você está pensando agora e ele não podia contar esse segredo. – diz ela.

– Por que não? Ele sabia o quanto eu estava ficando maluco sem você, com isso tudo!

– Ele não podia desafiar os poderes dos Deuses.

– Não ligo para nada do que os seus Deuses pensam! Eu só queria que ele tivesse me contado, eu arcaria com as consequências depois. – digo com raiva.

Diana não se abala e nem fica chateada.

– Amor, vamos parar de falar disso. Por enquanto, mas tarde a gente conversa sobre isso. –diz tentando fazer com que eu fique calmo.

– Mas tarde, quero ficar com você. – digo beijando o seu pescoço.

Diana fica arrepiada e chega mais perto de mim.

– Temos que olhar Gaia. – fala enquanto eu a beijo mais ainda no pescoço, fazendo trajeto até o canto da sua boca.

– Vamos para minha casa depois. Quero vocês morando comigo. – falo enquanto passo a mão pelo seu corpo.

Diana arfa e tenta manter a lucidez.

– Bruce, estamos em público...

– E...?

– Nossa filha...

– Ela está bem. – digo continuando a beijar ela até chegar a sua boca e beijá-la intensamente.

Continuamos a nos beijar quando somos interrompidos por um choro de criança. Diana olha desesperada para onde Gaia está e vê que é ela que está chorando. Ela sai correndo até a nossa filha e eu a sigo.

– Anjinho o que houve? – diz ela pegando nossa filha no colo.

Gaia tinha parado de chorar assim que Diana a pegou no colo, mas não a respondeu.

– Filha o que aconteceu? – eu pergunto.

Ela olha para mim e fala:

– Eles não me deixam blincar!

Olho para as crianças que estão brincando um pouco longe dali.

– Eles são bobos, vamos nos divertir sem eles.

Ela enxuga os olhinhos e vem para o meu colo.

Brincamos nós três e Gaia começa a rir e sorrir chamando a atenção das criancinhas que estavam longe. Eles chegam perto e nos perguntam se podem brincar. De inicio eu não queria, mas foi Gaia que me surpreendeu e disse que eles poderiam se juntar a gente.

Brincamos até cansar e levei-as para minha casa.

Alfred ficou feliz em ver Diana e mais feliz ainda por ser chamado de “vovô“ por Gaia.

A casa - que antes era silênciosa – ficou barulhenta e toda bagunçada. Gaia tinha uma energia impressionante e tinha a força da mãe quando brincava de lutar.

Jantamos e botamos Gaia para dormir ao quarto do lado.

E finalmente conseguimos ficar a sós.

Diana entra no meu quarto e espera eu passar pela porta para fechá-la atrás de mim.

– Eu quero você. – ela diz indo em minha direção e me beijando.

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POV DIANA

Bruce interrompe o nosso beijo e fala:

– Você não quer tomar banho primeiro?

– Tudo o que eu quero é você. – digo empurrando ele até cairmos na cama.

Ele passa os braços em volta de mim e suas mãos param em minha bunda, me puxando para mais perto dele. Consigo sentir o quanto ele me quer e me inclino para beijá-lo, nossas línguas dançam em nossas bocas e nossos beijos ficam cada vez mais intensos. Sinto suas mãos subindo e indo em direção a minha blusa e num instante estou de sutiã. Ele passa suas mãos pelos meus seios e os aperta levemente e eu gemo por sentir suas grandes mãos em mim. Depois ele abre o meu sutiã, liberando meus seios e seus olhos escurecem. Bruce me beija e me deita, ficando em cima de mim. Vai traçando beijos até um dos meus peitos e para ali, com a outra mão ele desce até a minha cintura e abre a minha calça. Pega meu seio com a boca e começa a chupá-lo, sua mão entra por de baixo da minha calcinha e sinto seus dedos me acariciarem suavemente enquanto eu gemo com o seu toque. Ele libera o meu seio e vai para o outro e lhe oferece o mesmo tratamento que o outro. Passo a mão pelos seus cabelos e puxo sua nuca. Quero beijá-lo e quero ficar nua logo.

Beijo-o com força e tiro sua camisa, abro sua calça e o deixo de cueca. Ele tira minha calça e calcinha tudo de uma vez e eu arfo.

– Como você é linda. – diz ele me jogando da cama enquanto tira sua cueca liberando sua poderosa ereção.

Ele deita em cima de mim e me beija ferozmente, passo minha mão em suas costas para puxá-lo mais para mim. Sinto seu pênis pressionado em minha barriga e me mexo embaixo dele para que ele saiba que o quero dentro de mim.

Mas Bruce ainda me tortura e desce pela barriga e começa a me chupar com vontade. Sinto que vou ver estrelas a qualquer momento e que não vou me segurar.

– Bruce...

– Shhh...

– Eu quero você.

Ele para, olha para mim e sem aviso prévio me penetra.

Com força.

Bruce da estocadas lentas para que eu me acostume e logo depois começa a se mexer, mas rápido.

– Oh... – ele geme.

– Mais forte. – digo.

Ele começa a mudar o ritmo e sinto que vou explodir. Estou quase lá. Me mexo junto com ele para nós conseguirmos chegar juntos ao prazer e então ele sussurra:

– Eu te amo.

– Bruce...

– Diana...

Chegamos ao um orgasmo, e cansado Bruce se deita ao meu lado e me puxa para si.

Ficamos parados ali em silêncio, só com a nossa respiração acelerada e com os corações batendo rápido, esperando o momento em que alguém iria começar a falar.

– Nunca pensei que teria esse momento de novo com você. – disse ele.

– Nem eu. – respondo me aconchegando mais nele.

– Eu fiz coisas horríveis enquanto você esteve fora, coisas que eu me arrependo de ter feito. – diz ele.

– Bruce... – tento falar mas ele me impede.

– Deixa eu falar. – pediu – Eu me arrependo de ter feito várias coisas, mas não me arrependo de ter tentando matar o Coringa diversas vezes. E eu juro que eu vou mata-lo. – diz.

Estremeço com o que ele diz.

Coringa era o pior ser que poderia existir, mas fazer com que Bruce ficasse insano, era o que ele mais queria.

– Amor, eu estou aqui é o que importa. Vamos esquecer esse palhaço imundo e só focar no agora. – digo olhando para ele.

Ele sorri e me beija.

– Desculpe por falar isso agora.

– Eu te perdoo, mas com uma condição. – digo.

– Qual? – pergunta.

– Só se você me der um beijo.

Ele sorri e me beija.

– Isso eu posso fazer sempre. – diz ele.

Sorrio e subo em cima dele.

– Não estou nem um pouco cansada...

– Não?

– Eu quero mais.

Depois disso o beijo e fazemos amor pelo resto da noite.

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POV BRUCE

Deixo Diana dormindo no quarto e vou para o de Gaia ver se ela está bem. Chego lá vejo uma pessoa parada do lado da cama.

– Quem é você? – pergunto indo em sua direção.

A pessoa não se vira. Mas pelo jeito que está vestido, dá para ver que ela não é desse mundo.

– Mais respeito rapaz. – diz.

– Me responda! – digo firme.

– Eu sou aquele que vai tirar elas de você.

Tento tocar nele, mas uma força me empurra para trás, fazendo com que eu fique preso na parede.

Odeio magia!

A pessoa se vira e vejo que é um homem, cabelos loiros e olhos que demonstravam raiva e dor. Ele aparentava ser mal, mas eu poderia ser mais se ele pensasse em machucar a minha filha.

– Bruce Wayne, sua mulher irá ser minha. – diz o cara.

– Nunca.

– E sua filha também. – diz ele tocando no rosto adormecido de Gaia.

– Saia de perto dela! – grito.

– Calma, não irá ser agora... Mas me aguarde. –diz ele e depois sumindo.

Caio no chão e me levanto rapidamente para ver se Gaia estava bem. Ela ainda estava dormindo e não tinha percebido o que tinha acontecido.

Pego ela no colo cuidadosamente e a levo para o meu quarto e vejo que Diana está sentada na cama em choque.

– Ele veio aqui. – diz ela.

– Quem? – pergunto.

– Ares.

Continua...