22. O Dia Mais Importante Para Eles [Cap Especial]

[dois dias depois] [Janeiro]

POV Percy

Eu estava no meu aposento terminando de arrumar minha toga cerimonial para o casamento. Como é difícil manter aquilo preso no ombro! Então fiz questão de achar o broche que meu pai me dera semanas antes de morrer. O encontrei dentro de uma caixinha dentro de uma gaveta qualquer. Prendi o broche na área de encontro das pontas da toga, que era mais ou menos no ombro e me olhei no espelho [n/a: sim, naquela também já existia o espelho u.u], estava bem vestido e gostei do que vi.

Eu estava com a toga presa na cintura por um cinto de tecido, a toga era azul-marinho e o cinto azul-claro, o broche era dourado com o desenho de um tridente no meio. As bordas possuíam os normais desenhos gregos [n/a: o de ondas], eu usava as sandálias gladiadoras, e os louros em volta da cabeça.

Respirei fundo e sai do quarto, indo em direção ao Salão dos Tronos, onde seria realizado o casamento. Tudo já estava arrumado, com várias fitas grandes com branco e dourado em volta com desenhos nas bordas de cada pano. [n/a: último hiperlink último desenho]. Os tronos estavam limpos e com louros em volta e na frente deles estava uma mesa com as coroas do reino.

Eu estava ansioso, em pouco tempo Annabeth apareceria e a cerimônia começaria. Passei a mão no cabelo e comecei a subir e descer a escadaria que dava aos tronos.

- Nervoso primo? – perguntou-me uma voz conhecida que eu não identifiquei.

Virei e dei de cara com Thalia e Nico, meus primos, que se casaram anos atrás. Isso mesmo, os dois são primos e se casaram, esquisito, mas nenhuma mulher queria se casar com o antissocialismo do meu primo, e os dois eram próximos e se amavam, então acabaram se casando. Depois de várias brigas entre meus tios Hades e Zeus, óbvio!

- Ah, oi Nico. Oi Thalia. – falei. – Sim, estou. – passei a mão no meu cabelo novamente.

Ele deu uma risadinha e sorriu passando a língua nos lábios.

- Eu também fiquei nervoso quando fui me casar, isso vai passar, acalme-se. – ele falou e veio até mim. Ficou ao meu lado e passou o braço esquerdo pelos meus ombros. – Quando Annabeth passar por ali, todo esse seu nervosismo vai desaparecer e você vai ser tomado pela maior felicidade do mundo. – ele apontou para a entrada do castelo e depois olhou em meus olhos. – Você vai ficar radiante quando ela tomar sua pele logo depois que o sacerdote os transformarem em marido e esposa, e então, vai se animar com a algazarra que todos farão na festa. – falou sorrindo.

Eu dei uma risada e olhei em volta, o salão já estava cheio, todos os convidados haviam chegado.

- Bem, eu espero que isso aconteça mesmo, minhas mãos estão suando de ansiedade. – falei e respirei fundo. – Não vejo a hora de ela ser minha, só minha. – sorri.

Ele sorriu passando a língua nos lábios novamente e olhou para Thalia, que estava afastada conversando com minha mãe.

- Quando eu me casei com Thalia, eu estava do mesmo jeito. – ele continuou olhando para ela e depois riu. – Cara, que tenso, estou dando ajuda para o casamento do meu primo, que é mais velho que eu! – nós dois rimos alto e minha mãe e Thalia olharam para nós como se fôssemos loucos.

- Verdade. – concordei sorrindo. – Apesar de que você parece mais velho com essa toga negra e sendo mais alto que eu.

- Pareço? – perguntou.

- Parece o quê Nico? – Thalia perguntou chegando perto e sorrindo para Nico.

- Que eu pareço mais velho que o Percy... É sério? – ele olhou para ela e apontou para nós dois.

Ela ficou nos encarando por um tempo e depois riu.

- Parece mesmo. – Thalia falou e o abraçou. – Isso que dá ficar maduro muito cedo. – ela o olhou nos olhos, sorrindo.

Ele pegou o rosto dela com as duas mãos e a beijou.

- Verdade. Culpa sua. – ele brincou e nós rimos.

Um guarda apareceu na porta do castelo e gritou:

- Por favor, todos vão para seus lugares, a noiva está vindo!

Eu fiquei em frente ao sacerdote, virado para o portão do salão, esperando Annabeth entrar. Eu olhei para minha mãe e ela me deu um sorriso encorajador, eu sorri de volta e olhei novamente para o portão, por onde Annabeth começou a passar. Ela estava linda, e maquiagem que estava usando destacava seus olhos.

Meu coração começou a bater mais rápido e forte e minhas mãos pararam de suar, uma felicidade apossou de meu corpo e eu me senti leve, leve igual a um pombo [n/a: pombos gregos são símbolos do Amor por causa de Afrodite, por isso o termo pombinhos u.u]. Ri internamente “Maldito Nico, não é que ele tinha razão.” Pensei.

Ela sorria para mim e eu sorria de volta, quando ela chegou perto de mim e ficou frente a frente do sacerdote, que acendeu duas velas, colocou em dois suportes e nos entregou em seguida começou a falar. Ele pegou uma fita vermelha e colocou entre as coroas, laçando-as, falou algumas palavras em nome de Hera e depois retirou a fita. Ele pegou uma das coroas e colocou em minhas mãos depois de tirar as velas de nossas mãos e colocou a outra coroa na mão de Annabeth.

Eu me agachei em frente dela e ela colocou-a em minha cabeça, repetindo a frase que o sacerdote falou. Eu me levantei e ela se abaixou, ficando encurvada para baixo, eu repetia a frase que o sacerdote falava enquanto colocava a coroa. Ela se levantou e o sacerdote pegou nossos braços esquerdos, pegou a mesma fita que laçou as coroas e começou a enrolar nossas mãos enquanto falava a benção de Hera. Quando terminou ele pediu para que nos aproximássemos e falou que eu podia beijá-la, e foi o que eu fiz.

Então a festa começou, e bem, festas gregas são festas gregas! Então logo todos estavam bebendo, comendo muito e dançando músicas animadas tocadas pelas harpas e tambores das musas.

Ao final tudo parecia ótimo, apesar de que a festa durou dois dias e duas noites inteiras! Mas tudo estava ótimo, e agora Silena e Charles poderiam casar sem menor polêmica.