–Well i'm not a vampire but i feel like one (8) - Kill me,estou cantando I'm Not a Vampire em um beco escuro indo pro apartamento dos garotos,super normal.

–Sometimes i sleep all day,because i hate the sun light -Eu juro,essas paredes estão falando comigo...

– My hands always shaking,body is always aching,in the darkness when i feed- Eu completei,ora,foda-se a loucura.

–Her blood runs red all throught the street.

Pera lá...essa não é a continuação...eu conheço essa voz...

Paralisei instantaneamente no lugar,arregalando os olhos...ela me encontrou...

–Então querida irmãzinha...sentiu minha falta? - Alessandra Beatrice McDougall disse,quando me virei,os olhos castanhos injetados de odio,e os cabelos loiros cacheados caindo como uma cascata dourada pelas costas...Bem,apresento a vocês minha irmã mais velha.

–Assim como um porco sente a de um bom banho -Eu disse,revirando os olhos -Me deixa em paz.-Me virei pra voltar a meu caminho,quando um dor alucinante na bochecha me fez perceber que ela me jogara contra o chão.

–Nanão querida irmãzinha..temos contas a acertas.-Ela deu seu sorriso maligno que sempre dava quando mamae brigava comigo por coisas que Alessandra fazia.Aquele sorriso me enchia de odio,e medo.Minha irmã podia ser uma fuinha puta,mas quando ela queria...ela conseguia.

Senti uma dor maior ainda na raiz do cabelo...a infeliz estava me arrastando pra um alçapão pelos cabelos.Antes que eu pudesse me mexer e correr,ela me amarrou contra um cano enferrujado,sujo com sangue e algo que eu não estava muito a fim de identificar.

Se eu não morrer por causa desse fuinha,morro sufocada pelas cordas.

–Aless... -um brilho,e uma dor no rosto.Ela estava me cortando com um caco de vidro.

Claro que belo fim de dia,ser cortada pela irmã mais velha demoniaca.

–Cala a boca vadia...acha que vou esquecer a humilhação que me fez passar?

–Mas... -outro corte.

Eu fechei os olhos,e esperei ela descontar a furia em mim...No fundo,fundo,eu acho que merecia...foi tudo culpa minha aquela noite.

Eu não podia conter os gritos de dor,muito menos as lagrimas...ah,ela ja me tem pra fazer o que quiser,foda-se se vai me humilhar por chorar e gritar.

Eu ousei abrir os olhos quando ela parou de me cortar,mas apenas me deparei com a escuridão.A dor era insuportavel e eu fazia força para não gritar,mas as lagrimas eu não podia conter.

Senti algo frio contra a bochecha,e um luz foi acesa.OK,é o cumulo,essa maluca ta com uma arma apontada na minha bochecha

–Eu quero ouvir você implorar pela vida,irmãzinha

–Nem foden...

–OK,a farra acabou,vaza daqui vadia de beco -Uma voz grossa e familiar disse,e eu pude encherga brevemente a porta...Havia um rastro enorme de sangue ate a porta.

–Quem você pensa que é? -Alessandra guinchou,apontando a arma para o homem na porta.

–Eu sou...

Escuridão.

...

Meu corpo ardia.

Cada pequeno corte com o caco de vidro parecia pesar e me arrastar pra baixo em um oceano de angustia,e eu não sabia que direção seguir para não me afogar.

Ok,estou sendo dramatica de novo.

Abri os olhos devagar,e me encontrei no quarto do hotel.Não o MEU quarto de hotel,pois havia roupas que com certeza não eram minhas.Eu estava enfaizaxada,e com uma camisola de linho branca.

Tudo bem,algum infeliz me deixou do quarto do Ronald.Me levantei devagarinho da cama e sai correndo para meu quarto.Encontrei roupas limpas em cima da cama,e meu celular carregando na cabeceira.

Muito suspeito.

Chequei as horas,e eram 14h em ponto.Coloquei a roupa que havia separado pra mim (e quem quer que seja,não tinha lá um senso do que eu gostava de vestir) e sai do quarto.

–Onde pensa que vai? - Essa voz.

–Ronnie...agora não... -Eu suspirei,olhando para ele,com a testa encostada na porta.

–Podia ser mais agradecida com quem salvou sua vida não? - Ele disse,rindo debochado e se encostou na parede,sem deixar de me encarar.

O examinei por um segundo,A camiseta regata preta estava limpinha e passada,a jaqueta jeans azul em perfeito estado,as calças brancas completamente livre de manchas...mas na mão carregava,estava completamente suja de sangue.Suspirei e voltei a olhar em seus olhos,que agora eu percebera tinham um aspecto de cansados.

As provas eram incontestáveis. Fora ele mesmo que me salvara.

–Se quiser saber,terá de me seguir. -Eu simplesmente disse,e abri a porta das escadarias.Ele,para minha total surpresa,me seguiu em silencio.

Até o cemitério Silent Church.

Andamos um pouco pelo cemitério,ate uma lapide grande de mármore branca,com inscrições em ouro.

Abgail Iris McDougall 09/31/1969 - 12/25/2009 e Guy Alexander McDougall 05/19/1953 - 12/25/2009

"Aqueles que amamos nunca nos deixam de verdade"

–Mas,esses são... -Ele começou,mas eu interrompi.

–O maior produtor musical dos Estados Unidos da America e sua esposa...Bem,esses são meus pais. -Suspirei alto,e fechei os olhos o mais forte que pude,para não chorar.

Para minha milesima surpresa no dia,Ronnie me abraçou pela cintura,e eu,por incrível que pareça,apoiei a cabeça em seu ombro.

–Olha se quiser desabafar...aquela garota parecia uma velha louca ontem se quer saber... -Ele disse,me encarando.Eu ainda encarava a lapide.Eu não tinha a perder contando não é?

–Aquela garota era minha irmã mais velha.Meus pais foram assassinados pela minha irmã na noite de natal.Eu e meus pais havíamos brigado por causa de um capricho estupido meu,e eu fugi de casa.Naquela época,eu me drogava,e naquela noite não foi diferente.Quando decidi voltar para casa,eles estavam com duas facas cravadas no peito.E ela estava se cortando,para tentar provar que fora eu.Eu tentei faze-la parar,mas ela apenas me empurrou contra o corpo dos dois,me ensanguentando.Ela sempre me odiou,minha irmã...e eu sempre achei que ela era minha melhor amiga.Eu morava com meu pai,vivia viajando com ele,por causa de sua bandas...ele foi responsável por tanta gente...por isso eu conheço tantas pessoas na screamo scene...meu pai levou a maioria dessas bandas ao reconhecimento estadunidense e depois,mundial. -Eu soltei.Era como soltar um peso que eu estava carregando nas costas a anos.

–Pensei que os dois tinham morrido em um acidente. -Ele disse,agora que eu decidira encara-lo.

–A midia decidiu por ocultar o ocorrido...fiquei 6 meses presa até que acharam a fita que mostrava o crime.Depois,levaram minha irmã,que na época tinha 20 anos.

–Eu sei como é...não perder os pais...mas ser traído por quem você achava que amava você,em quem você poderia confiar...eu sinto muito. - Ele disse,e me abraçou de frente.

Eu estava chateada e com muita dor pra me importar de verdade com o que estava acontecendo ali...Ronald Joseph Radke,o homem que me odeia com todas as forças,estava me consolando?

Mas mesmo assim,confusa,eu o abracei de volta,percebendo que aquele abraço estava me reconfortando de verdade.

Começou a ventar,e dei graças a Deus por terem separado uma jaqueta pra mim.

–Acho que vai chover. -Ele disse,e parou de me abraçar,mas nao me largou.Seu braço ainda estava envolta de minha cintura.

–Eu quero voltar pro apartamento...só isso.-Eu suspirei,e me soltei dele,andando distraída por entre as lapides.

No caminho todo até o hotel,ele não disse absolutamente nada.

...

Eu estava estirada na cama de Ronnie,pela segunda vez no dia.Ele insistira que eu ficasse com ele aquela noite.

–Não vou voltar a cortar os pulsos Ronald...e já tenho 19 anos,sou bem grandinha pra me virar.-Eu bufei,depois de ter acordado de um breve cochilo em frente ao notebook.- Ronnie? Ah,que ótimo,ele sumiu... -Apalpei meus bolsos,a procura do meu celular.Vazios.

Desesperada,rodei o quarto a procura do meu celular,e o encontrei em uma mesinha de centro da sala.

–Caramba,eu juro que não deixei esse inferno ai... -Distraída, desbloqueei a tela e viajei pelos contatos...Ué,cadê o telefone do Andy,Jake,Coma,Jinxx e Ashley...

Um minuto de silencio pra eu preparar o screamo.

–RONALD JOSEPH RADKE,SEU GRANDESSÍSSIMO FILHO DE UMA PUTA -Eu gritei tão alto,que acho que acordei o prédio todo.Ele apareceu de sei lá qual canto do quarto,com a cara amassada.

–Que é criatura? - Assim que ele viu,deu um passo pra trás ,mas com um sorriso travesso no rosto.-Ah,isso...

–Fez toda aquela puta cena só pra apagar o numero dos garotos do meu celular? QUAL O SEU PROBLEMA? -Eu gritei,a visão já vermelha.

–Ah,qual é aquilo lá foi verdade...eu apagar os contatos me apareceu agora de pouco...Você começou,fazendo aquela "puta cena" com a gostosa do avião.–Ele disse,rindo.Eu me afastei furiosa até a porta.Antes que eu pudesse sair,ele estava parado na minha frente.

–Ah,qual é...o jogo nem começou direito e já está querendo desistir? -Ele riu,com os braços estendidos e as mãos tatuadas pressionando a porta. -Tipico.

Aquilo foi a gota d'agua

–EU TE ODEIO -Eu gritei para todo mundo que quisesse( ou não ) ouvir.

–IDEM...Mas dizem que o ódio é um amor envenenando.-Ele disse,também gritando.Com isso consegui empurra-lo para longe,e corri para meu quarto,batendo a porta com a maior força que pude

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.