“ O que aconteceu pra vocês terem demorado...” começou Jamie, mas parou quando ouviu o barulho dos carros, correu ao nosso encontrou, mas era meio que impossível não ouvir o acréscimo de barulhos de carros ali. Quando ele chegou vi em seu rosto a surpresa misturada com a alegria.

“Meu Deus! Quantas pessoas! Não acredito, como vocês se encontraram? Vivem a quanto tempo? Onde? Vocês vão ficar não é?” ele começou a despejar as perguntas sem ao menos dar tempo para alguém pelo menos tentar responder.

“Jamie” – disse juntamente eu, Melanie, Ian e Jared.

“Está bem, entendi, tô louco para contar pros outros, esperem eles verem isso” e logo ele desapareceu pelos tuneis. De longe dava pra ouvir os passos deles se afastando, mas naquele momentos tínhamos coisas mais importante do que...bom tudo, afinal será que todos vão aceitar nossos vinte e dois novos amigos?

“Bom...espero que não cause nenhum problema pra vocês, se quiserem podemos ir..” começou a dizer, Rob, um dos novos possíveis futuros hospedes, mas pelo rosto dava pra ver que ele não queria realmente deixar-nos.

“Não que isso! Todos vão amar te receber!” disse Aaron, que pegou fácil amizade com os homens, o vi olhando para Rachel, mas logo desviou a cabeça.

“Claro, que mal pode haver? O único problema é se não tiver lugar pra todos dormirem aqui. Jeb vai amar mostrar para vocês. Aquele velho amar excursões e se gabar pelo seu progresso aqui.” – disse Brandt.

No momento que eles falavam se passava na minha mente as vezes que, não estava presa, andando por aqui, que Jeb me mostrou o interior da caverna, suas invenções... Meus pensamentos foram interrompidos por causa das várias conversas em voz alta a minha volta.

“Não, mas e se por acaso eles não nos aceitarem Eles afinal conhecem a área e nos não!” – disse uma deles, acho que se chamava Cindy, ela era companheira do Carlos, era um pouco baixa, da minha altura mais ou menos, tinha cabelos castanhos, olhos era castanhos escuros, ela me fazia lembrar uma...pelas lembranças desse corpo, me mostrou um jaguar! Ela não era confiava totalmente em nós.

“Calma, amor, eles não são bárbaros ou coisa assim, eles são amigos, afinal não fizemos nada de ruim, a não ser sobreviver nesse mundo de agora, igual a eles” disse Carlos, ele exalava calma. O rosto dele era bem claro fazendo um contraste com seus cabelos escuros, seus olhos verdes de um tom bem profundo que faziam qualquer um ao olhar, se acalmar. Foi uns dos quais não tive a oportunidade de conversar muito.

Durante a viagem toda Burns ficou do meu lado, ele que me apresentava a cada um deles, tanto que em uma das paradas desci do carro para subi no caminhão que estava cheio de caixas do resultado das Pilhagens e várias pessoas, onde Melanie estava, quando não estava no carro junto de Jared, ela ia pro caminhão, pois estava cansada dos papos de Jared e Nate, ali eles conversavam e riam, contando historias de antes e de depois da chegada das “almas” na Terra, não me recordava de algum dia falar tanto como eu falei nesses últimos dias, eles eram mais curiosos do que os humanos da caverna. Minha família.

“Mas Peg nos conte mais sobre o Planeta dos Morcegos” – meu apelido pegou rápido.

“Não, fale para nos sobre o Planeta Fogo! Como era viver lá?” as perguntas voavam numa velocidade sem igual.

No final de tudo, eram risos por todo o lado, as historias de cada um trazia dor e alegria,me surpreendia como aqueles humanos eram felizes e fazia esquecer que estavam sendo caçados...

Voltando a prestar atenção nas conversas ao redor, ouvi auditivamente os outros.

“Vamos falar com Jeb primeiro enquanto isso, prepará-lo, Sharon, Aaron, Peg e Ian, fiquem de olho neles, esperem uns dez minutos e entrem, vamos acalmando os ânimos, eu e a Melanie” – disse Jared no seu tom de ‘lider’. Que depois de tudo não conseguia ver ele muito longe de Melanie, via o prazer que era pra ambos um olhar para outro, às vezes podia até sentir no ar o fogo que dentro deles crescia. Mas naquele momento me deu um estalo e olhei pros olhos de Ian, nessa viagem toda mal tinha falado com ele que às vezes comia comigo, mas sempre falava nada só me olhava. Ian não falava muito com o grupo, às vezes via ele olhando com raiva pra Burns, ele só falava mais com Jared e Melanie, queria lhe perguntar se aconteceu algo, se fiz algo, pois durante a viagem toda ele nem se quer me beijou...não do jeito que ele me beijou quando voltei nesse corpo.

“Ian?” chamei-o. Fazia tempo que eu não olhava de perto para ele, ou pelo menos sem estar rodeada de outras dez pessoas.

“Que foi?” – ele disse seco, pensei que era cansaço ou algo do tipo, os olhos de Ian ainda eram do mais profundo azul, que já passei noites inteiras querendo só ficar olhando pra eles, mas estava hoje com olheiras, seu corpo cresceu com mais músculos, seu rosto não estava com o sorriso que me tirava o folego, estava como uma careta.

“O que aconteceu? E-eu fiz algo que te incomodou?” gaguejei, pois algo nele me causou arrepio.

Silêncio, vi sua testa enrugar ,conhecia aquela expressão de que ele estava discutindo consigo mentalmente.

“Vamos conversar a sós, mais tarde, se é que você vai dormir comigo e não com seus novos amigos e aquele...” – ele parou e virou a cabeça. Mesmo sem olhar em seus olhos podia ver a raiva neles,m as não entendia o porquê.

“Mas Ian..,” comecei a falar, mas chegou Burns me chamando do lado.

“Peregrina, Peregrina quero conhecer tudo aquilo que você me contou sobre aqui” disse ele, ignorando por completo o Ian e pela primeira vez vi que eles não se olhavam, mas agora Ian o fuzilava com os olhos.

E lá se foi Ian pro outro lado do carro, ele murmurava algo, mas baixo o bastante pra eu poder ouvir.

“Ian” eu gritei mais era tarde demais, ele já tinha ido e eu senti uma mão em meu braço me segurando, quando olhei era a mão de Burns em mim. Olhava pra ele e para onde Ian tinha desaparecido. E a duvida me consumindo.

“Peg, venha contar pros outros como é aqui. Aaron disse que você explicaria melhor que ele, essa parte!” – Burns era alto, com cabelo vermelhos e seu sorriso de sempre impossibilitava qualquer um de discordar dele, seus olhos era extremamente encantadores, sua personalidade em si era hipnotizante.

“Burns, tenho que resolver uma coisa antes...esta bem vamos lá, mas depois eu volto, não vou demorar muito!” iria discutir, mas sabia que se não concordar, ele iria chamar os outros mesmo e não queria mais pessoas entre eu e Ian na conversa. Ele me puxava pra ir pra roda que os novatos fizeram.

“Você está ai Peg!” – disse Nate, ele era de um marrom queimado pelo sol e trazia leves marcas em seu rosto, certamente de uma possível luta, seu cabelo era escuro, bem escuro, seus olhos eram de um castanho tão escuro como preto.

“Claro, acho que já deu uns dez minutos, vamos começar a entrar, vão ter que me seguir, e cuidado para não se perderem!” disse, me lembrando do tanto de desvios tinham aqueles corredores. “Me sigam!”

Todos eles estavam com mochilas nas costas já, alguns olhando o tamanho do lugar e outros cochichando.

“Como isso aqui é grande, nunca se perdem?” disse espantando Tom, ele era de um tom de um claro, com fortes músculos, seus olhos verdes escuros, contrastava com seu cabelo escuro “Me perderia fácil dentro disso daqui, Peg não desgrude de mim!” – ele ria, mas no fundo o medo era verdadeiro, ele chegou mais perto de mim.

“Quem quiser brincar de esconde-esconde, tem vários lugares, quero ver se achar” todos riam da piada de Blake, que tinha seus cabelos castanhos iguais aos seus olhos, de um castanho mais claro até sua pele era mais bronzeada e com vários músculos em seu corpo “ Hey,Tom se tu se perder aqui, vou fazer uma festa em sua homenagem esta bem?!” Blake e Tom eram super amigos, eram os mais engraçados do grupo.

“Duvido, você iria chorar e se matar de tanto me procurar Blake, eu sei que você me ama!” disse ele, enquanto começamos a entrar no túnel.

“Não confie muito nisso, irmão!” ele piscou pra Tom, Blake era de um jeito forte, que sempre me lembrava de Kyle.

Várias outras conversas eram iniciadas atrás de mim, mas meus pensamentos estavam longe, exatamente em Ian, o que terá acontecido entre ele e Burns? E o por que de tanta raiva por mim? Precisava falar com ele urgentemente. Foi depois de muitas curvas e mais tuneis que chegamos a “sala de jogos” ou tribunal que acontecia às vezes ali.

As conversas por trás cessaram, só se ouvia as conversas que estavam na nossa frente, Kyle e Sunny vindo à nossa direção, Kyle com um expressão de quem procura cada erros nos novatos, o que fez encolher como a maioria atrás, Sunny olhava pra mim e Burns, quase até podendo ouvir seus pensamentos.

“Tem mais iguais a nós” ela disse quase correndo em nossa direção, Kyle puxou ela que se soltou dele e me abraçou, ela tinha o aroma do solo das plantações.

“Sim, esse é Burns, ele veio do Planeta das Flores, igual a você e eu!” – disse a ela.

“Olá, sou Sunny, prazer em conhecer você Burns, pensei que eu e a Peg seriamos a únicas da nossa espécie!” – disse ela com um enorme sorriso no rosto, mas meio confuso de qual espécie ela era? Ela era bem nova nessa parte.

“Todos calem a boca, que vou falar! – disse Jeb com autoridade máxima ali.