Topo do mundo

Voo sobre o céu.


POV Narradora

Isso mesmo, vocês não lerem errado, sou eu novamente. Até pelo fato que depois desse, raramente vocês vão me ver. Enfim, eu vou dizer que o semancol está quase 100%. Enfim, hoje e que vai ser ver o último teste antes de partirem, sem mais delongas. Vamos aos testes.

°°°

O motorista estava chegando à casa de Fred. Eles ficaram calados a viajem intera, até que eu acho que se falassem, em vez de palavras, iria sair gritos de pavor por razão da situação muito louca que tinham se metido. Chegaram todos a frente da casa do Fred, o mordomo estava os esperando na porta a pedido do Fred. Como vocês me perguntam? Ontem de noite ele ligou para o mordomo para preparar tudo.

— Bem-vindo de volta de sua estadia, mestre Fred. — O mordomo um tanto almofadinha falou a seu “superior” de uma forma respeitosa.

— Heatchliff, irmão quanto tempo, senti sua falta. — Fred disse cumprimentando e abraçando o mesmo do seu jeito.

— Sra. Honey, Sra. Gogo, Sr. Wasabi, Sr. Hiro e Sr. Baymax. — Disse enquanto as respectivas pessoas entravam pela grande porta de entrada. A última foi Rô.

— E aí Heatchliff, irmão como você tá? Nem fala de mim né? ­— Rô reclamou com braços cruzados, fazendo todos os outros rirem, inclusive Baymax, que apesar de não poder rir pra valer, demonstrava que achava tal comentário engraçado.

— Sra. Rose, afilhada do mestre Krei, olá. Eu gostaria só que dessa vez não corresse atrás do Sr. Hiro outra vez, já que na última, a casa ficou em um estado lamentável, se é que me entende. — O mordomo disse encarando a jovem com uma expressão desagradável, como sempre estava. A garota encolheu o ombro e engoliu a seco.

—Ok, eu captei a mensagem tá bom. —ela disse sem graça com um sorriso bobo no rosto saindo com uma pequena corridinha com o grupo de amigos que estava indo aos fundos. Eles estavam andando. Baymax ajuda carregando algumas mochilas. Rose estava meio envergonhada, mas alegre e um pouco nervoso pela situação.

— Você não tem jeito né? Sempre arranjando confusão em mocinha. — Hiro falou com um sorriso de canto com uma ironia óbvia na voz.

— Por que você acha isso? Sou nem você. — Ela perguntou com um tom obstinado misturado com um tom brincalhão na voz. Ela tinha um brilho teimoso no olhar.

— Porque eu conheço tempo você o suficiente pra saber disso, você não fazia ideia né? — Ele disse fazendo a garota ficar ruborizada. Mas, de um jeito meio fofo.

— Não me entenda mal, e que você, e-eu conheço você, digo...­ —Agora foi a vez dele de ficar vermelho, Rô soltou uma risada como aquilo fosse a piada mais engraçada do mundo. Era uma risada gostosa, com a maior sinceridade do mundo. Ela o achava engraçado, inteligente, fofo e até bonitinho... Peraí o quê?

— Não, eu sei. No quesito aprontar na vida, você com toda certeza é a arte que você domina e não se preocupe eu não entendo errado. — Hiro sorriu. Ele gostava da companhia dela, ele sentia que ela o entendia em outro grau, pois ela realmente passou por tudo que ele.

—Eu acho que entendi. Enfim é hoje que você vai testar a armadura né? Eu espero que goste na parte de mecânica deu um trabalhão pra eu fazer isso, conexão quando a você batalha em movimento é horrível pra fazer. Mas, você merece. -Hiro disse a ela que sorriu. Ele olhou profundamente para os olhos da garota, e ficou assim. Observando a mesma, ela era espirituosa, calma e tão linda... Espera o quê!

— Hiro, você está me ouvindo?­— Fred disse pela milésima vez ao garoto chacoalhando o mesmo.

­— Quê? O que houve? Não fui eu!— Ele falou saindo dos devaneios que se encontrava.

—Hora de treinar e testar as armaduras; depois partimos imediatamente. E também tem que ensinar algumas pessoas a perder o medo de voar. ­— Gogo afirmou com os olhos semicerrados aos dois, tipo: “Cuidado que você dois sozinhos vão aprontar, se não eu mesmo dou uma surra nos dois”.

–Muito bem gente, hora de colocar as armaduras. E Rose; vou ajudar você a vestir sua armadura, já que é provavelmente a sua primeira vez que coloca uma. —Honey afirmou a moça.

—Vamos nessa. —Ela afirmou indo em direção à garagem.

°°°

—Ficou demais os upagredes né!— Hiro falou com sua armadura índigo. Agora seu capacete tinha dispositivos que permitia uma mareação de qualquer local que se encontra. Além de um maior espaço de rastreamento e comunicação como um bom líder. Não tinham mudado muito.

— Admito. Eu me amarrei!-Gogo exclamou. Ela estava com a mesma armadura com a diferença que os discos estavam maiores e mais grossos, além do alto poder de magnetismo, sem falar que a armadura ganhou uma fita circula alaranjada nos discos.

— Isso é muito irado! Fred aprova!— O mesmo disse. Não mudou muita coisa. Somente que agora pulava mais alto, além do fogo alcançar longas distancia. E na roupa o azul estava mais puxado para o roxo e a cauda lançava espinhos.

— E ficou muito melhor, as laminas estão mais leves. Além a armadura está mais limpa. — Já a do Wasabi tinha as laminas maiores, sem falar de um casaco azul brilhante, e agora seus sapatos davam para pular mais alto.

— Rose, vamos tá ótimo. Estamos entre amigos, oras. Sem medo. — Era Honey. Ela não tinha mudado muito. Só a bolsa que estava mais modernizada, além de poder lançar agora três bolas por programação. Além de todos os capacetes terem as mesmas atualizações que o Hiro.

­—De jeito nenhum, isso é muito humilhante!­ Olha comprimento dessa saia! Não saio nem sob um decreto. — A voz de Rose soou pelo jardim, já que estava dentro da casa e não queria sair.

— Rô é pra isso que serve a calça, a saia e só pra dar um look, além de ficar mais versátil, sai daí. — Honey disse puxando ela da porta, enquanto a menina “lutava”. Quando a mesma saiu você jurava que ela não era a mesma pessoa. A armadura estava magnífica, caiu como uma luva. No cinto, a aljava rosada estava cheio de flechas de titânio, com uma ponta afiada e cortante, não por ela, mas pelas sementes. Atravessando seu corpo, o arco de cor platina com um elástico resistente, o que era a verdadeira arma. No pulso o bracelete de programação com vários tipos de substâncias. As cores tinham uma harmonia excepcional.

— Bom, talvez não tenha ficado tão ruim. Admito, ficou ótimo. — ela sorriu através do capacete lilás. Apesar do vidro de proteção, os olhos verdes ainda tinha sua profundidade original. Com uma coragem extraordinária, porém com a mesma doçura.

—Ruim? Acredite, não chegou nem perto de ruim. Está fantástico. — Hiro falou claramente avoado. Ele tinha feito um excelente trabalho, valeu muito a pena. Sem falar que os tênis foram um ótimo detalhe, eram preto com detalhes e cadarços rosa.

— Valeu, apesar de que falta ainda se acostumar com o capacete. Mas, obrigada você fez um ótimo trabalho. ­­— Rô falou com calma batendo nele com o dedo indicador. — Vamos treinar?

°°°

— Muito bem. Vamos lá tiro ao alvo. Em chamas?! Fred o que eu falei que todo treinamento que você faz necessariamente não precisava pegar fogo?­— Hiro reclamou com o amigo, antes de levar a garota pra voar, tinha que treiná-la primeiro. E também treinar com os amigos. E Fred fez o favor de isso pegar fogo. Péssima piada.

­—Certo Honey e Rô, agilidade. Vamos ver de que são feitas. — ele desafiou com um sorriso travesso. As garotas abriram fogo contra os alvos. Sem ser literalmente.

Honey programou as suas bolas químicas contendo algum tipo de ácido, e já outra com substâncias congelastes. Outras mais grudentas, ela correu mirando os alvos e arremessando as bolas. Um dos alvos tanto apagou, como congelou. Outro derreteu e o outro se grudou no chão. Ela freou com os pés em grande estilo, deixando os alvos estados deploráveis. Ela era um amor de pessoa, mas numa batalha pode ser seu pior pesadelo.

— Nossa! E por isso que vocês são tão bons! Haja treino. ­— A morena exclamou a amiga que destruiu totalmente todos os alvos.

— Pois é. Nós tentamos. — A loira disse mexendo no cabelo enquanto olhava a amiga.

­— Agora é sua vez, vamos lá. ­— Hiro disse indo ante as garotas ­— muito bem, Rose é a sua vez. Vamos ver que você é capaz com esse arco. De orgulho ao seu treinador. — Ele brincou com a moça que revirou os olhos, já tinha se acostumado com esse sendo de humor do colega.

—Falô. Fiquem longe. — Advertiu a jovem. Ela pegou uma das flechas na aljava. Era muito leve e fácil de ser manjada. Ela já tinha programado a mesma. Colocou-a na posição e mirou em um alvo que tinha sobrado. Mirou perfeitamente e atirou. Assim que a flecha entrou em contato com a superfície, vários cipós se ramificaram em volta do arco, que pela pressão, se quebrou em pedaços, explodindo. Ela se virou dramaticamente pra frente dos colegas. Que estavam totalmente boquiabertos.

— Eu acho que deixei meu tutor orgulhoso sim. — Brincou. Também avisou que todos os cipós supririam em 10 minutos, então a casa ficaria ótima.

— Ok, nunca entra em arco e flecha com você. Agora, tá na hora de perder esse medo de altura. — Hiro foi bem direto a puxando pelo braço para ir até o Baymax, não tinha mudado nada.

— Mais já?! Eu não tenho ainda psicológico pra isso e... — Ela estava arrumando desculpas. Mas, ele não era bobo, nem nada.

—Vai logo. — A garota relutantemente subiu com dificuldade no Baymax, os braceletes tinham eletroímãs para se prender para não cair.

— E-e-eu mudei de ideia. ­— falou em pânico enquanto o menino subia. Ele balançou a cabeça e ativou os jatos.

— Não dá pra volta, aconteça o que acontecer não se solte. — Advertiu — Vai! E rolou a decolagem um pouco catastrófica.

Em poucos segundos eles já estavam em pleno voo. Rose gritava desesperadamente, no alto enquanto Hiro pensava que ficaria surdo por causa de tanta gritaria. Ele tinha que tomar uma providencia antes de ficar com deficiência auditiva.

— Para de gritar, vai ficar rouca de tanto berro. Vamos olha. ­—Hiro tentou— Para de ser medrosa, vai. Não é tão ruim. O vento no rosto, a sensação de liberdade...

—E o fato de estar a vários pés do chão. —Ela berrou. —Eu não vou consegui, vamos voltar para o chão. -Ela pediu.

— Você já pensou abrir os olhos? — A garota estava com as mãos nos mesmos— Não abro de jeito nenhum. — A morena disse. A garota difícil. Eu em!

— Vai abre. Como você consegue ser tão indiferente com uma coisa tão maravilhosa? É simples vai. — O menino delicadamente segurou os antebraços da garota, distanciado os mesmo dos olhos. A garota abriu os olhos agora podendo ver toda cidade e, de repente, o medo virou admiração. A garota ficou maravilhada no meio de tanta beleza que a cidade oferecia do alto, os olhos brilhavam de emoção, ao passar por um edifício espelhado, onde se podiam ver os reflexos dos três. Hiro soltou uma risada, uma onda de dejá vu tomou conta de sua cabeça. Ele tinha estado naquele mesmo prédio em seu primeiro voo com Baymax. Agora com uma nova amiga que ele, sabendo ou não, poderia estar sentido algo diferente... Algo mais que apenas amizade. Bom, isso não vem ao caso agora.

Chegaram a um dos cordões dos balões de energia eólica. Rose inclinou delicadamente para segurar um deles. Hiro decidiu fazer o mesmo se inclinando também, e a outra mão, sem compreender, abrangeu a cintura da garota enquanto passavam a mão no cordão de aço. Eles soltaram em seguida e se entreolharam, indo em direção a alguns balões.

—Hiro, nem se atreva... —ele nem ligou foi com tudo. Desviando com na primeira vez, só que dessa vez tinha companhia. Mas foi legal do mesmo jeito.

°°°

A lua estava, dessa vez, totalmente cheia. Já que o voo durou a tarde toda, pois Rose perguntava para Hiro cada ponto da cidade que passavam depois das manobras. A lua brilhava admiravelmente com todos os seus raios prateados que banhavam San Fransokyo com sua luz. Eles admiravam, relaxando em cima do balão. Era uma vista própria para um cartão postal. E parece que a lua estava mais brilhante só por causa deles.

A garota se pronunciou:

­—Olha, o que eu faço é legal, mas isso é pura magia. — A morena exclamou abraçando os joelhos olhando pra cima. Os dois tinham tirado os capacetes para apreciar melhor. — Você tá bem mais relaxada. Parece mais a maluca que conheço. —Hiro brincou. Que fez ambos rirem.

— Um bom voo sempre ajuda. Com exceção de ter uma louca gritando no seu ouvido. -continuou olhando sarcasticamente pra garota que riu.

—Eu disse que iria ser divertido. Eu tô sempre certo. —Continuou um pouco convencido.

­—Claro. Porque você sabe totalmente sobre a vida, o universo e tudo que há nele, né Hiro?—Afirmou ironicamente a garota com os braços cruzados. Ele olhou para o céu.

—Quer saber qual a parte chata de ser super-herói?Eu nunca sei se vai ser a última vez que eu posso ver essa lua. Ou o céu, ou alguém. A vida se transforma na mais pura definição de dúvida. —­Afirmou pensativo.

­—Por quê?—Ela indagou o encarando.

—Você vê no problema que a gente se enfiou. Depois de hoje, tudo pode acontecer. Nada é garantido, você também acabou sendo metida nessa historia toda e a sua vida agora também está em perigo. Eu que tenho mais responsabilidade, e não é fácil saber que toda sua equipe pode viver ou não por sua causa. —Disse preocupado em todos os sentidos.

—Hiro, você disse algo certo. Equipe. Estamos juntos no que der e vier; você não precisa ficar tão preocupado. Ser líder não é fácil, eu sei, mas tenha fé. Você vê aquelas pássaro?­— Rô perguntou ao garoto que levantou para olhar.

—Mas por quê?—Indagou.

—Cala boca e só olha! — A menina ralhou. O garoto obedeceu.

—Ter fé é como ver um pássaro azul. E tão real e verdadeiro como a primeira estrela da noite. E algo que não se pega, compra ou embrulha. Mas ela vai está lá sempre a mesma. Fazendo as coisas ficarem certas. Sempre se lembre disso. —completou colocando a mão de forma reconfortante no ombro do menino.

—Você é a melhor. —O garoto afirmou se virando para a garota com um sorriso que foi correspondido.

—Hiro, não fique tão apreensivo no quesito de liderança. Você é um ótimo líder e na hora exata, vai saber o que fazer. Está no seu sangue. —Completou dando um soquinho de leve no braço do amigo.

— Você tem sido muito boa pra mim, eu agradeço e — Ele pegou na mão da garota — E você e mesma a melhor. ­—Rose olhou meio estranho. Ele nunca pegou, pelo menos conscientemente, na sua mão. Começou a ficar nervosa.

—Hiro, temos que ir. — Baymax chamou, cortando o clima de novo. Ambos ficaram assustados.

—Certo vamos.

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