Topo do mundo

Primeira batalha


POV Baymax

Eu estava repondo minhas energias na minha maleta/carregador. O quarto estava tranquilo, o frio pairava no ar. Meus sensores térmicos externos captavam a temperatura. Todos repousavam, estavam exausto do dia. A vida de nenhum deles estava fácil. Durante esse período o nível de estresse estava muito elevado. Hiro, de acordo com o diagnóstico,assim como todos os outros, estavam sobrecarregados. Não tínhamos uma missão tão grande desde ano passado, sobre os microbôs. Com a chegada de Rose, ou Rô, ganhamos uma aliada, mas também uma nova pessoa de se preocupa. Ela era “novata”, o que causava algumas dificuldades. Porém, é muito inteligente, além de ser uma pessoa muito meiga e se empenhar afinca nos objetivos, sem perder sua “graça”.

Todos estão trabalhando juntos. Gogo mais do que nunca trabalha na mira, assim como Honey. Até Wasabi e Fred estão trabalhando juntos, o que uma batalha não faz. A bateria estava agora cheia, mas só retornaria de manhã. Bom era isso que eu pensava que era para ser. O quarto continuava quieto, mas não foi isso que mudou a situação, mas sim a parte externa a ele. Do lado de fora surgiu um som muito alto, o que eu estranhei. Então inflei, e fui investigar.

No lado exterior da minha caixa, pude ver todos adormecidos. Todos dormindo profundamente, eu diria quase um coma. Extremamente exaustos, como eu suspeitava, a análise estava correta. Com muito cuidado, atravessei o quarto. Removendo do meu caminho, qualquer objeto que me fizesse tropeçar. Com muita calma, consegui chegar à ponta do quarto, próximo a janela. De não muito longe, consegui ver Hiro dormir. Os humanos necessitam realizar essa prática todos os dias. Gosto muito de meu amigo, é um ótimo garoto. Ele possuía um sorriso sereno no rosto enquanto dormia. Nesses derradeiros dias, a única ocasião que o via calmo era quando repousava. Todas as respirações do local eram baixas e pacatas. Fui em direção à janela e vi uma figura estranha, com um zoom em minha câmera, consegui identificar a figura. Era Callaghan, ele de movia nas sombras entre os microbôs em direção da Krei tech. De acordo com o Hiro, isso seria uma “emergência” que precisaria ser relatada. Com pressa, fui acordar Hiro pra adverti-lo da ameaça.

–Hiro, Hiro, Hiro. -ele não acordava de jeito nenhum. Por mais que eu o agitasse, ele estava em sono pesado.

–Mochi vai brincar em outro lugar, eu tô dormindo. -ele disse se virando na cama.

–Não, Hiro você precisa acordar. –continuei ainda aflito com a situação.

–Mochi está tarde, vai dormir. -o mesmo falou se virando novamente.

–Não nós precisamos ir atrás do... -quis alertá-lo.

–Mochi, você tem que brincar sozinho!-disse impaciente.

–HIRO LEVANTA!-falei bem alto já sem minha paciência.

–Baymax!-ela caiu da cama- O que... –ele acordou em um sobressalto, confuso, piscando freneticamente.

–Hiro, você precisar ver uma coisa... -o alertei novamente.

–Um quê Baymax? São 03h00 horas da manhã. -ele falou comichando os olhos.

–O Callaghan está lá fora. -disse de uma vez.

–O quê!-exclamou em pânico.

Rápido, ele levantou do chão indo em direção da janela. Ele procurou Callaghan, e seu semblante denunciou que o tinha encontrado.

–Ele parece que está indo na direção da Krei tech. –Disse observando com um binóculo que achou no meio da correria.

–Temos que ir atrás dele. –continuou saindo da janela indo em direção da porta.

–Certo, vou acordar todos. -avisei.

–Não Baymax!-ele disse me impedindo.

–Precisamos de apoio. -prossegui.

–Não Baymax, não vão conseguir lutar. O pessoal está exausto. Trabalharam um tempão. -falou aflito.

–Mas você também está exausto. –falei ao mesmo.

–Mesmo assim, todos estão esgotados. Não posso colocar a vida da galera em riscos desnecessários. –ele me encarou.

–Certo. -Hiro zelava muito a vida de todos a sua volta, principalmente a os seus amigos.

Descemos com dificuldade até a garagem. Abrimos a porta de madeira com cuidado, trancando-a em seguida. Com um pouco de esforço, Hiro colocou minha armadura, com minha ajuda claro. Em seguida pondo sua armadura índigo. Íamos quando o vi encarando a parte transparente de seu capacete com um semblante pensativo.

–Hiro o que houve?-indaguei aflito.

–Baymax eu tô preocupado, eu não sei bem o que fazer quando a gente o encontrar. Se o encontrar. Ser líder é saber pensar rápido sem nenhuma presença de incertezas-ele se virou pra mim- então dúvida não é uma coisa que eu posso mais me dar ao luxo de ter. Mas parece que na minha é o que mais tem aparecido–ele colocou o capacete. Respirou fundo, subiu nos imãs de minha armadura e tudo que disse foi:

–Vamos nessa.

***

Estávamos sobrevoando a grande cidade de São Fransokyo, já havia passado meia hora e nada. A cidade era extremamente iluminada que só daria ver as estrelas de um dos balões que fornece energia eólica a cidade 24 horas, bem acima da cidade. Hiro estava exausto. Mal conseguia se manter desperto durante o voo. Mas como é um adolescente muito teimoso, ele afirmou pra mim várias vezes que permanecia bem, mesmo a diagnóstico mostrar exatamente o contrário. Eu fazia uma varredura com meu sensor, porém não captava nada. Hiro encontrava-se cada vez mais esgotado até um ponto que eu tive que lhe dar um “puxão de orelha” para descemos.

–Hiro chega. Seu nível de exaustão está muito alto, pode desmaiar. -aconselhei em pleno voo.

–Baymax, temos que continuar. -sua voz saiu fraca por razão de encontrar-se cansado.

–Se quer continuar certo. Mas tem que ser a pé, para ter menos riscos, você pode cair. -falei em tom condicional.

–Tudo bem. -ele disse dando-se por vencido. Aterrissamos perto de um jardim arborizado. Após muita insistência, convenci Hiro parar um pouco e descansar embaixo de uma das árvores. Ele sentou, tirou o capacete e apoiou a cabeça na madeira. Ele fechou os olhos e respirou novamente. Soltou uma risada.

–Eu pirei Baymax -ele continuou a rir- Estou me cobrando demais, só tenho 15 anos de idade!

Ele dizia como se fosse à piada mais engraçada do mundo, quase por ímpeto, eu diria.

–Você está certo, está se cobrando demais. -apoiei seu raciocínio.

–Eu acho que surtei, tô me cobrando demais mesmo. Eu só quero que ninguém se machuque. -ele disse mais calmo.

–Hiro, eu sei que ser líder deve ser difícil, mas você ainda é um adolescente aproveite essa fase, com moderação é claro. -falei.

–Tudo isso aconteceu muito rápido. Mas eu estou feliz. -ele disse encarando as estrelas.

–Como alguém não consegue querer admirar essa maravilha do universo tão perto?-ele falou encantado com as estrelas.

–Eu não sei. -ele riu sem humor, como a minha resposta fosse à coisa mais óbvia do mundo.

–Sabe; eu a acho uma verdadeira incógnita. -admitiu a mim com um meio sorriso.

–Rose?-perguntei meio confuso.

–Exato, eu nunca sei ao certo o que ela pensa; como reage, o que ela sente. Ou ela é muito corajosa ou muito louca. Eu acho que ela é as duas coisas. Olha; eu não consegui entender algo é meio... Frustrante, mas para ser honesto, eu acho que as melhores pessoas são assim. Eu mesmo sou desse jeito. -falou passando a mão na nuca.

–Você não sabe muita coisa. -eu disse.

–Como assim?-ele indagou com um olhar de dúvida.

–Você está em fase de crescimento, ainda na sabe de muita coisa. -afirmei.

–Aliás, o que eu não sei? –ele indagou.

–Com o tempo você vai saber. -disse a ele.

–Mas enfim, estamos em uma busca. Vamos continuar. -ele se levantou.

–Onde fica a direção para a Krei tech?-perguntou.

Com uma busca rápida com meu senso achei a direção da Krei tech, porém não localizei Callaghan, era como estivesse camuflado.

–É para o norte. -articulei apontando a direção.

Em seguida, nos dois seguimos essa direção. Sempre atentos, mas de um jeito diferente. Eu pessoalmente estou muito feliz, finalmente Hiro caiu em si, que é somente um adolescente. Com uma responsabilidade grande é verdade, mas ele voltou a seu humor normal. Estava tenso demais. Ele estava fazendo piadas e tudo.

–Baymax, quando tudo isso acabar eu tenho que rever minha vida. -disse num tom sarcástico.

–Também acho. -eu fiz uma piada. Prosseguíamos tranquilamente até ouvirmos um barulho atrás de uma árvore. Hiro imediatamente ficou em posição de ataque, e eu preparei meu soco.

Chamando-me com a cabeça, formos devagar até o barulho. Ia atirar, porém vi que era desnecessário quando víamos a origem do barulho.

–Hiro?-Era a Gogo. E a Honey, o Fred, Wasabi e a Rô. Todos de armadura exceto a Rose, já que ela não tinha. Eles estavam com caras de confusos e também com as armas.

–Gente o que estão fazendo aqui?-ele perguntou em um completo pânico.

–Viemos atrás de você Senhor. Óbvio. -Gogo falou em um tom zombeteiro.

–Por quê? Pra que?-ele perguntou com uma cara engraçada.

–Você tinha sumido e quando você some, nunca é um bom sinal, nunca. E geralmente é seguido por coisas ruins. -Wasabi respondeu com ironia.

–Não é não!-Hiro protestou.

–É sim. -todos disseram em uníssono.

–E por que ela veio?- ele apontou pra Rose que estava ao lado da Honey.

–Não ia ficar sozinha de jeito nenhum enquanto vocês ariscam a vida. -ela respondeu de braços cruzados.

–Isso é uma má ideia. -ele disse a encarando.

–É, e vim sozinho atrás do Callaghan também é uma má ideia. -ela contrapôs sarcástica.

Hiro ficou sem reação, estava certa e não tinha objeção contra esse argumento.

–Ok. Mais não saia de perto da gente de jeito nenhum, caso a gente precise se separar por causa de um a batalha, não saia de perto da Honey. -ele orientou.

Continuamos a andar devagar, sem nenhum lugar do Callaghan à frente. Todos estavam atentos, e suas armas em ponto caso precisassem reagir. As respirações eram intensas, qualquer sinal de barulho era motivo para alarme. Estávamos em frente ao prédio, só nós sete lá.

–Ninguém aqui?-Hiro estranhou.

Foi aí que percebi que havia de errado, eu não localizava Callaghan, nem ninguém! Ele deu um jeito para bagunçar meu sensor, por isso não o rastreei. Isso tudo foi armadilha! Ele tinha agora o elemento surpresa contra a gente.

–Hiro isso é... –não consegui terminar, pois um carro quase nos atingiu. Num pulo, formos para trás violentamente.

A batalha tinha começado. Honey num investida pegou Rose pelo pulso a levando pra longe da confusão. Atrás de uma das arvores do jardim da Krei tech. Lá deu as orientações garota enquanto lutávamos.

–Não saia daqui. -Honey falou com a respiração ofegante e um tom de voz sério enquanto programava uma das cápsulas na bolsa. Fitando intensamente a meninas nos olhos.

–Mas eu quero ajudar. -ela disse aflita fitando Honey do mesmo jeito.

–Vai ajudar mais se soubermos que está aqui. -falou chocando as bolas no chão protegendo a mesma com um campo químico.

***

A batalha era ferrenha. Hiro tinha montado em mim novamente. Levantamos voo em seguida.

–Vai. -ele gritou. Formos ao alto. Desviávamos-nos dos ataques enquanto Hiro pensava em uma estratégia. Ele colocou a mão no botão do comunicador para explicar aos outros.

–Honey, faça uma bola-química, tente imobilizar esses ataques. –falou em um completo pânico.

No mesmo momento, com uma rápida programação, Honey já estava com as cápsulas congelastes nas mãos. Pronta, Honey começou a jogar as bolas, mas acertava poucos, a maioria ainda esquivava. Ela continuava a jogar, porém o resultado era o mesmo.

–Hiro não dá! Eles se mexem demais. -ela tentava pará-los, porém não funcionava. Um dos espinhos que a estava atacando investiu conta ela em seguida fazendo um campo ao redor dela.

–Honey?-Hiro tentava se comunicar. Porém a comunicação fora cortada, causado por uma interferência.

O problema ficou maior quando um das estacas de microbôs perfurou a bolha que a Rose se encontrava foi atingida, fazendo a mesma proteção se reduzir a pedaços. E ainda pior, foi que Wasabi, Fred e Gogo também foram aprisionados.

Gogo no meio da luta com seus discos magalev, um tentáculo a derrubou e envolveu toda. Wasabi ia ajudá-la, tentando cortar a camada. No entanto estava de costas e fora pego também. Fred durou mais, porém os microbôs eram muito mais rápidos que dá última vez, e ele foi posto em uma bolha como todos.

–Wasabi, Gogo, Fred? Podem me ouvir?-Hiro perguntou preocupado.

Todas as respostas foram iguais à de Honey, deixando somente: Eu, Hiro e Rose, já que ela e escondeu, no combate. Quando a bolha química fora atingira, ele conseguir sair e correr para trás de uma árvore, a respiração estava ofegante. Hiro conseguiu achá-la, mas não fez muitas impressões para Callaghan não perceber.

Apesar da máscara, eu podia sentir que ele olhava com ódio pra nós. Em cada investida ficava mais difícil desviar. Eram ataques rápidos e preciso, e Hiro não conseguia pensar direto já que tinha de desviar muito rápido dos vários múltiplos ataques. Se as coisas já eram ruins, nos formos atingidos e caímos por terra. Tentamos correr, mas acabei sendo capturado. No entanto não fui posto em uma bolha, mas sim preso entre correntes fortes. Hiro foi para trás da mesma árvore de Rô.

Eu os observava, mas Callaghan os perdeu. Estavam atrás de uma árvore. Suas expressões eram de medo e pânico. Na minha visão conseguir observa-los. A análise mostrava inquietação.

Rose segura em um dos seus braços cm força. O que mostrava que o pânico que sentia era grande. Pois isso, de acordo com os dados, significa medo. De repende, eles começaram a correr. O que definitivamente não foi uma boa ideia.

Nessa correria Callaghan os avistou e Rose acabou sendo presa também em umas das bolhas. A equipe toda presa fez Hiro vacilar no passo que ia dar, dando a chance de ser capturado. Assim como eu, ele foi capturado em corrente. Estavam em volta do tronco, deixando seus braços presos. Yokai o deixou frente a frente consigo. E vez a mascara levantar e tirando o capacete do Hiro com um fino braço de microbôs. Eles estavam cara a cara, por mais que Hiro se debatesse, não conseguiu se soltar, a pressão era forte demais.

Hiro e Callaghan estavam se encarando frente a frente. Um nos olhos do outro. De repende Hiro soltou um “ai” quase inaudível. Que somente eu percebi, e que só eu fiquei apavorado com o porquê dele. As correntes que aprisionavam Hiro estavam começando a se apertar. Causando dor ao mesmo, e nenhum de nós, podíamos fazer algo, já que nos encontrávamos na mesma situação. Esse poderia se o nosso fim? Esse ia ser o fim de Big hero 6?

***