Together
Madeline and Sherlock
A campainha soou, Madeline achou que era Jennifer. Ela deveria ter esquecido alguma coisa, como, por exemplo, o celular, que não parara de tocar desde que ela saíra.
- Sim eu sei Mars, você esqueceu o telefone... Tem algum número louco para falar com você e... - Mad abriu a porta e soltou um grito. Um grito abafado e surpreso.
- SHERLOCK! - Ele entrou no quarto procurando à amada.
- Onde ela está Madeline? Onde ela está? - Ele disse meio desesperado.
- Você está vivo?! VIVO! Oh, ela vai matá-lo. - Mad disse. Vendo nenhuma reação ela simplesmente jogou a bomba:
- Ela saiu. Com um cara. - Ele se virou, erguendo-a pelos ombros.
- Para onde? Quem é ele?
- O parque perto da praia... Olha, você "morreu" por mais de um ano, não é como se pudesse cobrá-la e ela tem o direito de ser feliz e eu acho... - Sherlock ainda segurava a garota pelos ombros e olhava nos olhos da ruiva intensamente.
- O NOME! - Ele gritou.
- Luke Berrigan. - Ela respondeu. Ele a soltou, quase desmaiando ali mesmo, sentando-se momentaneamente na cama que estava atrás de si.
- Mr. Holmes... Aconteceu alguma coisa? - Madeline percebeu que aquela reação não era digna do grande Holmes que Jennifer falava.
- Ele vai matá-la. Ele vai... Tudo por minha culpa... - A ruiva encarou-o espantada.
- Luke? Ele não faria mal a uma mosca. - Disse Mad, confiante. Ela sabia disso, ela tinha certeza disso, ela apostava sua vida que Luke Berrigan era um namorado melhor do que Sherlock Holmes. Ele nunca fingiria a morte e, com toda certeza, não iria matar Mars.
- Precisamos encontrá-la e rápido. - Ele disse, indo em direção a porta, Mad o seguiu.
- Por quê? - Ele parou na porta, virando-se para a jovem e a encarando. O olhar era preocupado e ela podia perceber uma dor guardada no peito.
- Luke Berrigan é órfão. - Ela ficou surpresa, porém, tal fato não era grande coisa.
- Sim... E? - Disse, revirando os olhos.
- E, quando criança, ele foi adotado... - houve um silêncio constrangedor e, Madeline teve o pressentimento que não ia gostar das palavras que viriam. - Por Jim Moriarty. - Os olhos da ruiva ficaram gigantescos, ela pegou o primeiro casaco que viu na frente, um telefone e as chaves do quarto e foi em direção da porta, passando por Holmes e indo em direção as escadas. Vendo que o moreno ficará para trás, virou-se para ele e disse:
- Vamos! - E por fim os dois se colocaram a correr em direção à praia.
Fique bem, minha pequena. Eu estou chegando...
- Você está bem? Quer voltar para o hotel? - Luke pediu.
- Não... - ela respondeu, ainda tonta. - Eu só preciso... Nada. - Já fazia vinte minutos que a garota havia tomado a droga, logo, ela estaria desmaiada e ele terminaria o serviço.
- Então, aceita um passeio na casa dos espelhos? - Ela sorriu fracamente e seguiu Berrigan entre as pessoas.
Na entrada, Sherlock e Madeline procuravam avidamente pelo casal. Não havia ninguém, ele não via sua loira.
- Ali! - Mad gritou, correndo na direção do casal que entrara na casa dos espelhos.
Sherlock se pos a correr no encalço da ruiva, desejando que chegassem em tempo de salvá-la.
Um homem também entrava com o casal na casa dos espelhos e Sherlock o percebeu. Ele parou de correr por um segundo, desejando que aquilo fosse uma mera ilusão, pois, se verdadeira a imagem que via, Jennifer tinha ainda menos chances de sair daquele lugar respirando.
- Sherlock? O que foi? - Madeline Covington parou ao lado de Holmes que encarava o homem corpulento de cabelos grisalhos.
- Ele... Não pode ser. - Holmes disse, baixinho.
- Ele quem? Sherlock, temos que salva-la... Vamos!
- É ele Madeline, ele está aqui também. - Holmes disse.
- Ele quem?
- Davis. Davis Turner. - Madeline teve um ultimo relance do homem entrando na casa e depois entrou em desespero. Sherlock começou a correr, mas ela não tinha forças para tanto e apenas ficou parada olhando para a entrada.
Ela viu Holmes entrar e viu também o segurança do lugar gritar com ele. Ela apenas ficou ali parada até que o celular que tinha em mãos soou.
Droga, eu peguei o celular de Jennifer ao invés do meu. Pensou a garota. O número tinha o nome de Irene, e ela sabia, era a dominatrix que quase colocará a nação de joelhos.
Quase, pois Sherlock Holmes havia salvado o país.
- Srta. Adler? - Madeline disse, atendendo o telefone.
- Quem é? - Disse Irene, percebendo que não era Jennifer e ficando preocupada.
- Madeline.
- A garota do hotel. - Ela disse, concordando.
- Isso.
- Posso falar com Jennifer?
- Não creio que será possível. - Disse Mad. A voz soou preocupada o que, instantaneamente preocupou Irene.
- Aconteceu alguma coisa? - Foi quando Madeline viu Luke Berrigan sair sozinho. Ele parecia estar procurando alguém. Madeline se virou caminhando entre a multidão.
- Não... Ela apenas está em um encontro e deixou o celular comigo.
- Um encontro... Seria com o garoto Berrigan?
- Isso mesmo. - Mad respondeu, se esquivando para um lugar onde tivesse total visão da casa dos espelhos.
- Droga! - Isso chamou a atenção de Covington.
- Desaprova a relação? - Pediu a ruiva.
- Eu disse que ela devirá ficar longe dele. - Irene respondeu.
- Concordo com a senhorita. - Mad retrucou. Isso surpreendeu Irene.
- Porque?
- Creio que pelo mesmo motivo que você, Mrs. Adler. É de meu conhecimento que você trabalhou com Moriarty por um tempo, tão logo, deve ter conhecido Luke.
- E você, como amiga dela, deixou que ele se relacionassem mesmo sabendo da verdade? - Pediu a dominatrix indignada.
- Fiquei sabendo a poucos minutos... Ela corre riscos Irene. Luke já desistiu de procurá-la, mas Davis está aqui também.
- Como? - Disse Irene, desesperada.
- Eu e... Bem, eu e um amigo, que foi quem me contou sobre Luke, viemos para o parque, que foi onde Luke pediu se seria um bom lugar para trazê-la. Vimos ele e Jen entrando na casa dos espelhos e, segundos depois, Davis entrou também. Meu amigo está lá dentro e... - Davis saíra caminhando da casa, ele tinha um sorriso no rosto. - Luke saiu faz alguns minutos e agora Davis saiu e ele parece... Ele parece feliz.
- Quem está lá dentro? Quem é seu amigo?
- Não posso dizer eu não... - Ela achou que não deveria contar a Adler sobre Sherlock.
- É Sherlock, não é?
- Como você...? Você soube o tempo todo que ele estava vivo?
- Não, apenas alguns dias. Ele pediu que eu protegesse Jennifer. Entretanto, como eu conheço Luke...
- Ele a conhece. - Mad terminou a frase.
- Sim. Ele me capturou durante a noite e fui torturada. Consegui fugir por mera sorte e fui levada para um hospital em Londres. Quem me atendeu foi Mary Watson. A dona da casa onde estou nesse exato momento.
- Você só pode estar brincando?! Avise John. Diga para ele vim para cá o mais rápido possível... AI MEU DEUS, JENNIFER! - E então Madeline desligou o celular correndo em direção a Holmes que carregava Jennifer no colo. Ela percebeu, felizmente, que o peito dela estava se mexendo, indicando a respiração.
Ela podia não estar bem, mas estava viva.
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