Together

Chase between tulips


- Jennifer, onde você está indo? - Pediu Greg, que corria atrás dela. Foi quando ele também viu um homem correndo para a direção oposta deles e compreendeu. Ele poderia chamar reforços, poderia sim, entretanto, perderia qualquer chance de pegá-lo. Apenas se pos a correr atrás de Jennifer.

A loira corria como se sua vida dependesse disso e, vendo as circunstâncias, talvez dependesse. Chegou rápido até o banco, mas ele já estava há alguns metros dali, entre as árvores e tulipas do parque.

- Lestrade, isole a área, ele tem que ter deixado alguma coisa para trás!

- E aonde você vai?

- Pegar um serial Killer, não é o que parece? - Disse, gritando, enquanto se distanciava do policial.

Entre as árvores o negócio era complicado, ela escutava os passos do homem, mas era apenas isso. Ela estava começando a ficar brava e isso atrapalhava seu raciocínio. Ela corria na provável direção, porém ela não tinha certeza porque não havia tempo para analises.

Até que houve silêncio.

- Jennifer Mars, a garota prodígio de dezenove anos. Melhor aluna da classe de direito. Estagiária da Yard e moradora do infame 221B. Um prazer conhecê-la milady. - Disse uma voz que não parecia humana.

Modificador de voz? Quem é doido o bastante para carregar um no bolso?

- O que posso dizer do senhor? Uma pena que tenha sido abandonado por seu pai. Mas acredito que ele já esteja morto, não é? Sua mãe era muito duro com o senhor, e por isso você pode ter criado um pequeno ódio pelas mulheres. Não o culpo, podemos ser más quando queremos. - Ele escutou uma risada.

- Você é impressionante, mas ainda não sabe tudo.

- Ah! Você deveria ter irmãos... - ela escutou uma risada junto de um passo para trás. Estou perto! - Irmãs?

- Uma, para ser preciso, uma irmã gêmea.

- E ela foi embora com seu pai. Sim, entendo. Sinto muito.

- Você não sabe como é ser criado sem uma família. - Ele disse, furioso.

- Você parecia saber tudo sobre mim, como não sabe sobre meus pais? - Ela pediu.

- Seus... pais? - Ele estava sedento. Ele era louco, louquinho... E esses são os melhores!

- Mortos antes de eu completar cinco anos. Vivi em um orfanato a vida inteira, acredite, eu passei por coisas piores que uma mãe brava.

Mais um passo, ele parecia estar ao lado de Jennifer, ela tentou uma investida e sentiu um pouco de cabelo em sua mão, puxou-o com força, mas apenas sentiu a peruca saindo.

- Não dessa vez, lady Mars. - E ele deu um golpe na nuca da garota.

Jennifer sentiu a pancada e percebeu que iria perder os sentidos e cair na grama e nas tulipas que havia no chão. Segurou com toda a força que tinha a peruca, pois ela poderia ser a única pista que teriam e se deixou envolver pela escuridão.

O homem que agora não tinha mais peruca alguma olhou firme para a jovem. Esse jogo estava arriscado e valeria mais matá-la do que deixá-la ai, respirando e viva. Estava prestes a sufocá-la quando escutou uma voz atrás de si, seguida por um cano gélido na nuca.

- Você vai soltá-la e sair daqui. Eu não me importo o que você vai fazer, eu só sei que você não vai matar Jennifer Mars.

- E se eu não quiser? - Pediu o homem. Ele escutou o barulho da arma sendo engatilhada.

- Você sabe a resposta e é inteligente para escolher o certo. - O psicopata se moveu rápido, correndo para longe de Sherlock Holmes sem nem ao menos ver o rosto do homem que lhe ameaçou.

Mas o jogo ainda está de pé, eu nunca sairei dessa cidade sem ter Jennifer Mars morta.

Sherlock viu o rosto tranqüilo que tinha sua amada e se aproximou dela sem fazer barulho algum. Daqui alguns minutos Greg estaria ali em busca da jovem e a encontraria, talvez, até antes dela acordar. Escutou ela murmurar alguma coisa, devia estar tendo algum sonho ou alucinação devida a pancada.

- Sherlock... por mim... não esteja morto... volta... eu não sei como viver uma vida sem você. - Ele estancou. Poderia muito bem ficar ali até Greg chegar e então ir com ela até o hospital. Ela acordaria e ficaria furiosa, porém ambos estariam felizes. Mas nem ela, nem John, nem Mrs. Hudson, Greg ou Mary estariam protegidos. A dor era precisa, pois era isso ou a morte.

- Não vou demorar minha pequena, logo estaremos juntos, eu juro. - Disse o homem. Ele beijou-lhe a boca rapidamente e se pôs a correr no momento em que escutou barulhos na entrada do bosque.