Eu e Brendon chegamos à casa antiga e encontramos ela ér... Meio sujinha.

– Eita. Eu vou dormir nesse chiqueiro hoje?

– Não irá dormir mais! Vamos limpá-la!

– Não, peraí... Você limpando a casa? Não. Isso só pode ser brincadeira. É demais para minha cabeça.

– Ah Laura. É porque você ainda não foi lá em casa. Quando a empregada não está lá, eu mesmo cuido da comida e arrumo a casa.

– Sério? Imagino...

– Tá duvidando de mim?

– Não, não. Imagina. Eu, duvidando de você?

– Então tá. Vamos começar a limpar?

Brendon tirou o colete e fomos para a lavanderia pegar os produtos de limpeza. Enquanto eu varria, Brendon limpava os móveis. Puxamos tudo para fora da casa, jogamos água e começamos a limpar. Começamos da sala, fomos para os quartos, banheiros, cozinha, área de serviço...

Depois de terminar uma arrumação de quase uma hora. Jogamos-nos no sofá, mortos de cansado.

– Olha. A casa tá limpinha. Valeu o esforço.

– Tá vendo como eu sei limpar a casa. – Brendon coloca seus pés em cima das minhas pernas.

– Mas tá muito folgado né? Nem é tua casa e fica assim todo folgado em cima de mim...

– Ah. Desculpa. Senhorita exigência.

– Deixa de ser besta. Tudo o que é meu, é nosso.

– Ah, então o que é seu é meu também eh... – Brendon chega mais perto de mim.

– Brendon, Brendon. Deixe de atrevimento. Seu safado. Nem tudo o que é meu, é nosso. Belê?

– Awn... Eu estava gostando desse negócio de “tudo o que é meu, é
nosso”.

Olho para ele e começo a rir, deito no colo dele.

– Oué. Depois diz que sou eu é que sou o folgado...

– Pare de reclamar! Ah, quer tomar um banho, comer alguma coisa. Algo do tipo?

– Eh, quero um banho.

– Tem uma toalha novinha no meu banheiro. Vai lá pro meu quarto e tome banho no meu banheiro. Ai eu vou para o banheiro que era da Cléo e tomo banho lá.

– Ah, pensei que a gente ia tomar banho no mesmo banheiro.

– O que? Tome jeito, sujeito!. – Brendon solta gargalhadas. – Vai tomar banho.

– Vou mesmo. – Brendon me dá a língua. Retribuo o gesto.

Cada um foi para um banheiro. Depois de tomar meu banho, fui para meu quarto me trocar. Tinha me esquecido que Brendon estava no meu banheiro, ele acabou me flagrando sem roupa.

– Epa. A coisa está boa.

– Boa nada. Volte para o banheiro agora!

– Me faça voltar pro banheiro.

– Seu engraçadinho. Volte agora!

– Tá bom, mamãe. Estou indo.

Brendon volta para o banheiro e eu troco de roupa. Já estava pronta para ir ao ensaio.

– Pode voltar agora.

Brendon tinha se trocado dentro do banheiro. Ele se arrumou rápido e fomos correndo até a casa dele para ele trocar de roupa. Depois disso fomos para o ensaio.

Sarah’s POV

Estava na casa dos meus pais, em Londres. Tinha voltado para cá depois do chute que o Brendon me deu, por causa do vídeo com o Bruno. Eu ainda o amava e queria ele de volta para mim. Mas devido as noticias sobre Brendon e Laura em Glasgow me deixavam com dúvidas de reconqustá-lo de novo. Brendon se apega as pessoas muito fácil, e quando se ama então... A coisa fica difícil.

Estava voltando das compras quando passo por uma banca de jornal, que focava uma revista com uma foto de Laura. Tocando em Glasgow.

“Apresentação do VMA será a despedida de Laura Winchoffer depois do término do namoro com o cantor Bruno Mars”

Comprei a revista e levei para casa, resolvi lê-la, além de outra que
mostrava a foto de Brendon com Laura nos parques de Glasgow.

– Sarah minha filha. – Minha mãe se senta ao meu lado. - Por que ainda insiste no Brendon? Ele está seguindo a vida dele, você deveria fazer isso também.

– Mãe. Minha vida é com ele, eu posso até ter errado, mas eu o quero de volta.

– Filha, essa obsessão pelo Brendon ainda vai te prejudicar. Escute o que eu digo. Acabou minha filha.

– Não mãe. Não acabou. Brendon voltará para mim. Você vai ver!

– Por que essas meninas mais novas são tão teimosas... – Minha mãe vai para seu quarto.

Continuo a olhar para as fotos que Brendon colocou no twitter com Laura. Fez-me ter mais ódio daquela vaca. Tentando roubar meu Brendon, tentando dar um golpe. Precisava afastar os dois, mas não sabia como. Aí pensei no Bruno.

“Por que eu não pensei nisso antes? O Bruno! Ele é o ponto fraco da Laura!”

Fui subindo correndo até meu quarto e comecei a arrumar as malas.

– Minha filha, o que está fazendo? – Pai entra no meu quarto.

– Pai, irei voltar para os EUA.

– Mas minha filha, Brendon está seguindo a vida dele. Esqueça ele, ele não é mais seu noivo.

– Mas vai voltar a ser. Se depender de mim, vai voltar a ser!

– Bem... Eu não vou impedir o que você vai fazer. A escolha é sua. Só não diga que eu não avisei.

– Tá bom pai. Dê-me licença, sim.

Pego minhas malas e desço para o carro, corro para o aeroporto e tento embarcar. Já era 20:00 e tinha que chegar a tempo para o VMA. Embarco no avião para voltar a Los Angeles. Minha vingança estava para começar. Laura não se satisfez com o que eu fiz com o namoro dela. Ela quer briga!

Se ela quer briga, vai ter briga! Ou não me chamo Sarah Orzechoski.

Fim Sarah’s POV

Chegando ao ensaio, já estava toda a turma do Panic!. Dallon estava sentado em um banquinho, tirando uns sons no seu baixo. Ian estava perto dele, fazendo a mesma coisa. Spencer estava sentado na sua bateria, tomando uma água. Todos param para olhar Brendon e eu
chegando.

– Turma. Vocês já devem conhecer, mas vou fazer as apresentações. Laura Winchoffer, musicista do Bruno Mars. Laura, esses são Dallon, Ian e Spencer.

– Cara. Ela é bonita... – Ian comenta.

– Sim, sim. Ela é linda. – Spencer dá um leve sorriso.

– Pois é. Muito bonita. – Dallon fala.

– Ah gente, assim vocês me deixam sem graça. – Falei, já toda vermelha.

– E a gente está mentindo? Senhorita Winchoffer! – Spencer se aproxima de mim. – Brendon fala muito bem de você, vimos a sua foto no parque de Glasgow e ficamos maravilhados contigo. Vimos alguns vídeos seus tocando com o Bruno, realmente você é talentosa. Quem sabe a gente faz alguma parceria contigo...

– Adoraria! Ia ser uma experiência nova para mim.

– Uma pergunta. Você sabe tocar uma de nossas musicas em algum dos instrumentos que você toca?

– Bem. Acho que sim. Vamos ver... Tens algum piano por aqui?

– Ah, tem sim. Ali, é o da Lady GaGa, mas acho que ela não se importa se você usar. – Brendon fala.
Me sento ao piano e começo a tocar But It's Better If You Do. Os meninos ficam acompanhando, batendo com as mãos no ritmo da musica. Enquanto isso via que os meninos da banda do Bruno começaram a chegar, tinham que esperar terminar o ensaio do Panic! para depois começarem a ensaiar. Terminei de tocar e eles amaram.

– Laura. Você é muito boa! O que acha de fazer uma participação conosco no VMA? – Spencer pergunta a mim.

- Hã? Eu vou, com certeza! Mas... Vocês vão tocar um medley, como vou participar dos dois se a outra musica, pelo que eu sei, não tem piano e nem usa nenhum dos instrumentos que eu sei tocar?

- Laura... Você não vai ficar sem tocar, porque arranjei uma função para você. – Brendon senta ao meu lado. – Você já ouviu falar de tambores de percussão?

- Sim, vocês até usam um instrumento que faz parte da bateria. É o tal do timbalão, se não me engano.

- Sim, sim. Você já tocou algum?

- Nos meus tempos de banda de musica, eu inventei de tocar instrumento de percussão. Mas não deu muito certo, não conseguia aprender a partitura da percussão. – Parei para pensar um pouco e me liguei no que ele queria dizer. - Não me venha dizer que terei que tocar timbalão em Let’s Kill Tonight, né?

- Pois é... Pensei nisso!

- Mas eu não sei tocar! Seu demente!

- Oué. Eu ensino. Não tem problema.

- E se eu errar?

- Eu ensino de novo.

- Então tá, né...

Brendon pega o timbalão e me dá as baquetas. Ele fica atrás de mim e pega minhas mãos, começa a me ensinar a bater como na musica Let’s Kill Tonight. Percebia que, de alguma maneira, Brendon estava se aproveitando do momento. Dando leves cheiradas no meu pescoço. Mas, quer saber? Estava gostando disso. (hehe!). Estava pegando o jeito enquanto vi Bruno entrando no auditório. Ele olhava para mim com cara de desgosto, comeu feijão estragado. Sentou-se perto do Phil e ficou conversando com ele, só olhando para o palco. O celular de Brendon toca e ele foi ver o que era. Uma mensagem, que eu fiz questão de ver.

“Brendon, tem algum problema se eu for ver a apresentação do Panic! no VMA? Dá uma ligada para confirmar, estou nos EUA. Sarah”.

Eu e Brendon nos encaramos e os meninos da banda
olharam para nós também. Soltamos aquela frase de espanto.

“Sarah está de volta!”.