Cap 19

- Está bem?

- E ainda pergunta? – Falei ignorante.

- Aff. Só perguntei se você estava bem, não precisa descontar sua raiva em mim.

- Eh né. – Fui me dirigindo a minha cadeira quando Bruno me puxa pelo braço.

- Deixa de ser ignorante Laura! Acredita em mim, pelo amor de Deus!

- Cara, como vou acreditar em você? Você me traiu, ME TRAIU!

- Eu estava bêbado! Parece que não percebe. Você colocou na cabeça que eu a traí, sem pelo menos saber do que se passou naquela noite!

- Ah Bruno. Vai pro inferno! Não me atazane!

- Então é assim? Ora, então tá bom. Faça bom proveito do seu Brendon Urie!

- Deixa de ser egoísta! Você está sendo infantil!

- Bem, não fui eu que tratei de sair com ele depois de terminar um namoro!

- Olha. – Levantei da cadeira, furiosa. – Eu não vou aturar suas idiotices, eu saí com ele sim. E daí? Não é da sua conta! Eu não sou obrigada a dar satisfação a você sobre o que faço da minha vida! Para com essa besteira e me deixa seguir minha vida. – Voltei para a poltrona. Morrendo de raiva.

Bruno fica parado, olhando para a poltrona. Pego meu livro e fico lendo, confesso que com a raiva que estou, não tem como ler sossegada. Cléo acordou e viu minha cara de raiva.

- Brigou com o Bruno né?

- Pois é. Esse idiota não me deixa em paz...

- Ah mana, mais paciência. Ele quer voltar com você Laura, isso eu já esperava.

- Ah amiga, pois acho que vou apressar as coisas.

- Como assim?

- O VMA será minha última apresentação. Vamos tirar nossa folga daqui a dois dias, vou aproveitar e romper o contrato assim que passar o dia da premiação.

- Ah, já que você quer. Vou estar ao seu lado. Não se esqueça disso.

- Sei que poderei contar com você. – Beijei a bochecha de Cléo e ela solta um risinho.

Já estávamos chegando em Paris, me levantei e fui colocar meus pertencer dentro da malinha que eu sempre carregava comigo. Fomos recepcionados por um monte de hooligans na porta do saguão. Francesas muito lindas por sinal, algumas vieram falar comigo e perguntaram o porquê que meu romance com Bruno se desmanchou e porque irei sair da banda. Confirmei o que tinha saído nos jornais e disse que queria continuar meus estudos, que não havia sentido ficar na banda sem concluir minha especialização. Abraço cada uma delas e tiro foto com cada uma. Uma francesinha muito cute chegou até mim e me deu uma bola que parece que tem neve dentro dela, com a Torre Eiffel dentro dela. A agradeço e tiro fotos com ela. Bruno via que as fãs se davam muito bem comigo. Uma delas olhou para Bruno e viu que ele estava olhando para nós, ela me cutuca e me pergunta uma coisa que eu não esperava.

- Saiu com Brendon hoje foi?

- Oué, como você sabe?

- Ele publicou uma foto sua em um parque de Glasgow e colocou “minha mais nova amiga. Laura, sua linda!”.

- Ah... – Soltei uma gargalhada besta, a menina riu também. – Não sabia dessa, vou ver depois. Mas porque perguntou?

- É que o Bruno estava no twitter quando o Brendon publicou a foto. Ele viu e depois soltou uma no twitter “Estou ficando com ódio de certas pessoas.”

- Aha. É mesmo? Sei qual é a raiva que ele está sentindo. – Olhei para ela um segundo e me arrependi do comentário infeliz. – Ah, desculpa, esqueci que você é hooligan.

- Relaxa. Eu gosto de você! Uma boa parte das hooligans ainda não se acostumou com você. Quando saiu a noticia de que você e ele tinham terminado, elas tipo que levantaram as mãos para o alto e agradeceram. Mas eu sempre gostei de você. Desde a 1ª vez que vi sua foto com ele. Você é legal, simpática e humilde.

- Awn que fofa. Obrigado. – Via Phil acenando para mim, tínhamos que pegar a van. – Olha, tenho que ir. Obrigado mesmo pelo carinho.

- Bom show para vocês, estarei lá para ver.

Despedi-me da moçoila e fui para a van. Fui no banco da frente, para não ficar perto de Bruno. Ligo meu celular e chegam duas mensagens do Brendon. Pedindo para que visse a foto que ele publicou no twitter. Eu ia retornar a mensagem e ele acaba ligando para mim.

- Diga ai, gata!

- Desde quando eu dei intimidade para me chamar de gata?

- Ah, magoou...

- Brincando, seu lindo.

- Chegou em Paris?

- Já sim, estou indo para o hotel. E você?

- Estou no saguão. Vou para o hotel daqui a pouco.

- Brendon, depois tenho que te falar uma coisa. – A turma da banda olha para mim e começa a cochichar. – Quando você chegar ao hotel, me avisa e entra no Skype. A gente conversa melhor por lá.

- Ah, então tá. Até mais.

Desligo o telefone e coloco na bolsa, Phil, que não chama a atenção nem um pouquinho, começa a fazer suas Brincadeiras.

- Brendon. Ah Brendon. Onde está? Entra no Skype para a gente conversar...

- Ah Phil. Fica quietinho ai.

Todos começam a rir. Até o Bruno soltou um riso. Chegamos ao hotel e já fui me acomodando no meu quarto. Brendon me manda mensagem e eu ligo o Skype, já o encontrando online.

- Brendon. Tu nem sabe o que aconteceu. Já viramos noticia por ai.

- Sério? Foi por causa da foto e por causa do término dos nossos namoros né?

- Pois é. Tipo, uma fã do Bruno disse pra mim que ele não gostou da nossa foto e da descrição que você fez. Que, inclusive, achei cute!

- Fazer o que, né? Mulher. O VMA ainda tá de pé, né?

- Tá sim. Ah, e decidi que vou largar a banda depois do VMA.

- Por que?

- Eu e o Bruno pegamos uma discussão no avião. Ele insinuou coisas sobre a gente e eu fiquei com ódio.

- Caramba! Ele não entende que a gente é só amigo.

- Pois é. Ele está esquisito.

- Laura. Você vai para qual cidade depois de Paris?

- Vou para Amsterdã e depois Stuttgard, mas esses shows são internos. Então irei voltar amanhã para os EUA, chego de manhã ou de meio-dia. Por quê?

- Vamos marcar para quando a gente se ver de novo, a gente almoçar. Mas vai ser lá em casa.

- Em sua casa? Então tá. Beijo. Terei que me arrumar pro Show.

- Beijo, estou indo também.

Comecei a me arrumar para o show, estava tudo tão corrido que nem dava mais para eu dormir direito. Peguei minhas coisas e desci para esperar a turma.

Fomos fazer o show em um local bem próximo do hotel, acho que era só um quilômetro do hotel. Como sempre cheio de fãs e fazíamos shows magníficos. Cada um é mais impressionante do que outro. Os franceses sempre muito simpáticos. Amava aquilo. Amava o que eu fazia. Mas estava chegando a hora de romper o contrato, faltavam dois shows para sair da banda. Peguei-me pensando isso enquanto estava olhando para o público. Acordei do transe e voltei a tocar.

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.