Eu acordei de um sono conturbado. Não tive pensamentos exatos.

Peguei o celular, automaticamente enviei-te uma mensagem.

Aguardei infindáveis minutos por uma resposta.

Ela nunca chegou.

Eu não compreendi sua falta.

Eu não compreendi quando te liguei e você não atendeu.

Não houve uma compreensão quando sai da faculdade e fiz o percurso para sua casa, somente para perceber que, não havia ninguém para eu deixar em casa. Ninguém a quem dar um beijo de boa noite.

Perder alguém era assim?

Não saber como agir, ou o que fazer com a ausência que restou.

O que eu devo fazer com todas essas memórias? Com todo o sentimento que restou em mim?

Eu sinto a sua falta, falta da vida que nunca poderemos viver.

Houve um horário marcado para que todos pudessem se despedir. Eu não fui capaz de ir. Não podia ser simplesmente uma despedida, poderia?

Talvez sem um adeus você nunca partisse de mim.

Você que agora testemunha desta história, diga-me, como posso em meu maior momento de consternação vestir desta mortalha?

Ainda espero ver o sorriso dela, sentir seu perfume, ouvir sua voz e canções cantaroladas. Minhas mãos inquietas não têm as suas para segurar. Não posso aceitar.