— Vai ficar escondida no frio até quando? — a mulher pergunta com afeto, caminhando até a sobrinha.

— Oi, tia Ginny. — Molly cumprimenta, tentando forçar um sorriso. Não funciona.

— Vai ficar mais fácil, prometo.

— Estou bem.

— Não está. Mas vai ficar.

— Você não sabe disso. Não sabe nada.

— Eu sei. Sei o que é ser usada, manipulada, machucada, abusada física e psicologicamente por um homem. Por alguém em que você confiou. Conheço essa dor e vergonha.

Molly a fita perplexa.

— Tinha 11 anos quando aconteceu comigo. Sobrevivi. Você também vai.

— Não sei como fazer isso.

— Eu te ajudo. Você não está sozinha.