Saio da tenda, furiosa. A raiva tomava conta da minha cabeça, o chão coberto de grama começava a fumegar.
Sento na beira de um córrego, xingando tudo e todos. Estava tão absorta em minhas pragas que não ouvi os passos atrás de mim.
Uma mão pousa em meu ombro. Salto sobressaltada
–Mãe- digo reconhecendo o rosto da mulher parada ao meu lado- o que faz aqui?
–Vim dar um aviso
–E?
–Você será traída por aquilo que ama, após isso vira me procurar. Logo vamos nos encontrar, espere até o solstício.
Antes que eu diga algo, ela agita as mãos e some.
Ouço um rosnado, um lobo gigante com olhos amarelos me encarava mortiferamente.
Ele salta sobre mim e tudo o que eu faço é me atirar pra trás e gritar de dor quando minhas costas se chocam nas pedras e minha cabeça bate em algo pontiagudo, fazendo tudo escurecer.
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Abro os olhos. Onde caralhos eu estou?
Olho para os lados e identifico o tecido de uma tenda. Há um pano úmido na minha testa. O ar estava impregnado com um cheiro de ervas. Minha cabeça doía.
Ao meu lado tem um bilhete. Abro cuidadosamente.
"Dumbledore planejou uma caça ao tesouro, vamos estar nela, se cuida.
Troco minha camiseta manchada de sangue por uma camisa branca de linho.
Saio da tenda, tudo estava vazio. Tateio os bolsos da calça pra pegar um cigarro.
–Merda!- praguejo, eu tinha deixado cair no riacho.
Me dirijo até a cachoeira e me deparo com uma cena.
Katherine deitada sobre Léo, o beijando.
–Ninguém merece- bufo, pego o maço de cigarros e saio andando
Léo grita alguma coisa, Katherine começa a reclamar, uma das árvores começa a pegar fogo.
–Lynn! Espere!
–É Mongtomery pra você, Valdez.- me viro pra ele
Ele arregala os olhos e tropeça pra trás.
–Wow, seus olhos! Estão queimando. Lyn...
–O que tem meus olhos, Valdez? Não gosta deles assim?-cerro a mandíbula
–Você parece má. Você não é assim Lynn!
–Eu não sou? Eu poderia ser
–Lynn... Por favor! Nós do-
–Nos dois?- rio- Você realmente acha que eu continuaria com você? Um mortal lufano?
Ele assume um olhar ferido. Um trovão estoura no céu.
–Lynn...
–Ah, pare de choramingar, Valdez! Você e eu não somos nada! Entendeu? Nada!
Me viro e saio andando até o acampamento.
Vejo uma roda de alunos da Sonserina reunidos numa clareira.
Respiro fundo e caminho até eles com um olhar vitorioso.

–Então, alguém tem um cigarro?- digo sorrindo