This Is War .

Um novo Natal


Capítulo 22 - Um novo Natal

Aquela manhã passou rapidamente, depois de abrirmos os presentes e eu ter sido pedida em casamento, nós tomamos café todos juntos à mesa. O que para mim foi interessante, era um Natal bem diferente do que eu estava acostumada.
Geralmente nós abríamos os presentes pela manhã e ficávamos juntos próximos a lareira falando sobre como foi o ano enquanto olhávamos o fogo crepitar e comíamos mingau. Hoje estou em uma mesa com mais umas 20 pessoas tomando café da manhã, rindo e comendo panquecas.
Nossa sorte é que a casa é bem grande, tem muitos quartos pra caber toda essa gente, nunca vi uma família tão grande.
Sempre tive a curiosidade de saber como seria crescer em uma família grande, afinal, sempre fomos só nós quatro, e as vezes a família do Derek. Mas agora, eu fazia parte daquilo, do clã Weasley.

Meu pai entrou na sala de jantar com mais uma pilha de panquecas e waffles, e os Weasley comemoraram.
Acho que nunca vi meu pai tão feliz.

— Amélia, pegue mais uma – ele disse enquanto colocava o prato de panquecas na minha frente

— Obrigada, pai. – Somente concordei e agradeci, eu não aguentava mais comer nada. James estava me forçando a me empanturrar de comida há dias.

— E então, a que horas é a ceia na casa da vovó? – Albus perguntou para James

— Garoto, você ainda está tomado café da manhã e já está pensando em jantar? – Lily retrucou

— Às oito – James respondeu, enquanto colocava mais um pedaço de pão na boca

Eu olhava para todos aqueles rostos à mesa e só conseguia pensar com quem será que meu filho vai parecer. Apesar de eles serem da mesma família são todos tão diferentes.
Acho que estou acostumada com isso também, aqui nós somos todos iguais, exceto minha mãe, que tem cabelos mais escuros.
Eu e Scorpius somos gêmeos, e puxamos ao meu pai, olhos bem azuis, quase cinzas e cabelos loiros.
Já com os Potter por exemplo, cada um puxou uma coisa. Harry tem cabelos escuros e olhos verdes, enquanto Gina tem cabelos ruivos e olhos castanho esverdeados. Lily é a cópia fiel da mãe, enquanto Albus é a cópia fiel do pai, já James tem semelhança com Harry, mas os olhos não são parecidos com nenhum dos dois. De onde será que ele puxou?

— Senhora Weasley, de onde James puxou a cor dos olhos? – Perguntei, sem pensar

— Boa pergunta, acredito que da minha mãe. Os meus são uma mistura, mas os dela são assim como os dele, castanho claro.

— Eu espero que nosso filho tenha os olhos dele – falei

— O que? E privá-los de ter olhos que parecem o oceano? – James resmungou

— Nada disso, os seus olhos parecem o outono, as folhas alaranjadas. São lindos. – Retornei

James pareceu ficar sem graça, como se ninguém nunca tivesse dito nada assim a ele antes. Dei uma risada baixa e fiz carinho atrás de sua cabeça.

— Amélia, nós vamos ser muito felizes juntos. Nós três – ele falou com tanta segurança, como se acreditasse fielmente nisso

— Sim, eu sei – Concordei e ele sorriu

— Por falar nisso queridos, nós temos uma surpresa para vocês – meu pai informou e todos nos olharam animados

— O que? – James perguntou, curioso

Eu acho que já desconfiava. Vindo dos meus pais sabia que seria algo grande. E como não tínhamos recebido presentes deles, achei que tinha algo.

— Todos nós – A senhora Potter completou

E eu arregalei os olhos. Os quatro se aproximaram de nós, e nos entregaram uma pequena caixinha, eu sorri e James me olhou sem entender. Quando abrimos lá estava, uma chave.

— A chave da casa de vocês. – O senhor Potter disse e nós nos entreolhamos sem acreditar nisso

— Ela ainda está passando por algumas reformas, mas até o bebê nascer já estará pronta. E então vocês poderão se mudar assim que acabar o ano letivo. – Minha mãe complementou

— Eu não acredito! Vocês são demais, muito obrigada mesmo – falei com o tom de voz feliz, que eu nem sabia que tinha. E abracei meus pais e os Potter em seguida

— Olha, eu nem quero saber, quando eu me casar também quero uma casa nova – Lily falou, zombando

— Se você tiver sogros que são muito ricos, quem sabe – brincou Hugo

Scorpius estava sorrindo ao lado de Rose, que parecia me fuzilar com os olhos.
Às vezes eu não entendia o porquê de ela estar com meu irmão e aceitar conviver com nossa família se sente tanta inveja e me odeia tanto. Ela acha que eu não me lembro do que vi na cabeça dela anos atrás, sobre ela e Fred. Eu apenas guardo esta carta na manga, caso um dia eu realmente precise.

Conversamos por mais algum tempo, mas dessa vez, como nossa tradição, em volta da lareira, olhando o fogo. Eu adorava isso.
Estava sentada no sofá, com a cabeça recostada no peito de James, ele com o queixo apoiado sobre minha cabeça, como se cheirasse meu cabelo. Eu conversava animadamente com Lily sobre como poderíamos decorar minha nova casa, sobre como seria o quarto do bebê e o vestido das minhas madrinhas.

— Amys, você terá mais de uma madrinha de casamento? – ela perguntou e eu sorri

— Sim. Terei duas – falei e encarei Rose, que me olhou sem entender absolutamente nada, e eu sorri – Você e Rose – completei

Lily me encarou perplexa, a sala toda ficou em silêncio e eu simplesmente virei o rosto e dei um selinho em James

— Não é, amor? – perguntei a ele, que concordou – Afinal, ela é da família duas vezes.

— Estou surpreso – Scorpius respondeu – Não esperava uma atitude tão adulta da sua parte

— Gente, que coisa horrível. Rose e eu podemos não ser as melhores amigas do mundo, mas ela está namorando você, Scorpius, meu irmão gêmeo. E é prima do meu noivo, futuro marido, e eles também são amigos, então acho que é justo – respondi, como se não entendesse essa surpresa deles

— Nossa, Amélia, fico lisonjeada – Rose falou

— Se continuar me chamando assim, eu retiro o convite – resmunguei e todos riram

Continuamos nossa conversa por mais algum tempo, até que fiquei com sono e acabei dormindo enquanto Hugo conversava alguma coisa com Lily.

Quando acordei, ou melhor, fui acordada por James, eu já estava no meu quarto com ele me encarando e sorrindo.

— Vamos almoçar? – perguntou

— Depois daquele café da manhã tamanho família, literalmente, você ainda quer almoçar? – perguntei em tom sarcástico

— Claro. E você vai também, afinal, não está comendo só por você, mas pela nossa filha também.

— Já te disse, que é um menino – falei resmungando

— Que seja, tanto faz

Levantei-me da cama, coloquei minhas pantufas e descemos as escadas para o almoço. Todos já estavam na sala de jantar e prontos para comer.

— Pai, acho que vai ter que trabalhar mais horas no hospital para alimentar todo esse pessoal – falei brincando

— Olha, os meus comem pouco, o que é surpreendente – Rony falou brincalhão

— Puxaram a mãe – completou Hermione entrando na sala de estar junto com minha mãe

— Quem diria, não é? Nós todos, hospedados na casa dos Malfoy, para passarmos o Natal em família – Gina comentou, e eu sorri em resposta

— Quem diria, que nós todos seriamos uma família – Harry finalizou

Nós almoçamos, assim como no café da manhã, com todos conversando muito e brincando. James parecia tão feliz, e isso me deixava feliz também.

Por fim, quando acabamos de comer subimos as escadas, e Albus propôs jogarmos algo. Estávamos novamente só os mais jovens. Eu, James, Scorpius, Rose, Albus, Lily e Hugo.

— Acho que temos xadrez de bruxo em algum lugar – Scorpius comentou

— Olha, vocês me desculpem, mas eu vou aproveitar esse tempinho para comemorar meu noivado – James falou, e me estendeu a mão, que é claro eu aceitei rapidamente

— Bom jogo para vocês – falei enquanto seguia James até meu quarto.

Assim que entramos ele me olhou e sorriu

— Abaffiato – pronunciou o feitiço encarando a porta

— Mocinho, o senhor ainda não pode fazer feitiços fora de Hogwarts

— E você acha que eu me importo? Meu rastreador para na próxima semana mesmo – ele sorriu, malicioso - Agora me diga, como posso satisfazer seus desejos?

— Realmente, gravida não pode ter desejos – respondi, entrando na brincadeira

— Sou seu servo, como posso lhe servir?

— Pode começar por aqui – respondi e logo o beijei

Beijo esse que ele continuou, e aprofundou, colocando suas mãos na minha cintura e deslizando elas até meu quadril, passando uma delas para dentro da minha calça e entrando em minha calcinha, ele desceu um de seus dedos para minha intimidade e sorriu, ainda mais malicioso

— Eu adoro como você está sempre pronta pra mim.

Eu apenas sorri, pois não conseguia pronunciar nenhuma palavra, devido ao fato de ele estar me tocando, e fazendo isso com maestria.

James me fazia ir a lugares, que eu nunca fui. Nas poucas vezes que fiz algo com Derek, não chegou nem aos pés de James. Ele sabia o que fazer, como fazer, aonde ir e como chegar lá.

Ele desceu minha calça, e colocou suas mãos na minha bunda, me puxando para ainda mais colada ao corpo dele, para então me pegar no colo, e me colocar sentada na cama. Eu só estava me deixando ser levada, gostava quando ele comandava.

Depois de terminar de tirar minha calça, ele empurrou minhas pernas para que elas abrissem, e se abaixou, ficando de joelhos na minha frente, e encaixou sua cabeça entre minhas pernas, encostando sua língua levemente em uma de minhas coxas, distribuindo beijos ao longo do caminho, até que ele chegou aonde queria, onde eu queria. E então eu gemi, como de alívio, por estar pegando fogo ali, tão excitada que estava me controlando para não arrancar toda a roupa dele.

Ele me penetrou com sua língua, e a passava em meu clitóris levemente, até que foi aumentando a frequência, me fazendo gemer cada vez mais alto.
Eu sabia exatamente o que ele queria, queria que eu implorasse para tê-lo dentro de mim, mas eu não me importava em ceder, não para que isso acontecesse.

— James, eu te quero

Ele sorriu e tirou minha blusa, na sequência a camiseta e ficou olhando para mim. Sentada na cama, com as pernas abertas, sem roupa, apenas com um sutiã preto e o encarando.

— Essa é a visão mais linda que eu já tive – ele disse me encarando.

Eu coloquei as mãos atrás do corpo e abri meu sutiã, exatamente para o provocar.

— Retiro o que disse, essa sim é a visão mais linda que já tive

Eu ri, e o encarei, ainda para na cama.

— Por que você ainda está de roupa? – perguntei

— Não seja por isso

E em um instante, James já estava nu em minha frente. Passou novamente os dedos por mim e os introduziu, dando leves estocadas, apenas para me deixar com ainda mais tesão.

— Eu te amo, Amélia.

— Eu também te amo, James – sussurrei, com o que me restava de voz – Agora, por favor, me come.