Things Of Life - Season 2.

Sinto muito não ter te...


O fim de semana passou rapidamente, mas foi um momento muito agradável para todos. No entanto chegou à segunda-feira que trouxe muita preocupação e medo para Eduarda.

POV Eduarda.

O relógio está marcando 6h30, mas eu não preguei o olho à noite passada, pois estava preocupada com o resultado dos exames e ainda estou. Só que preciso cuidar, pois combinei de ir 8hs ao hospital com o Kendall.

– Dudinha? – ouço Erin me chamar e logo ela se senta em minha cama. – Como você está? – sorrio para ela e digo:

– Nervosa, ansiosa e preocupada! – ela me dá um abraço e eu continuo. – Preciso me arrumar. Pode me ajudar? – ela sorri e faz que sim com a cabeça enquanto eu fui tomar banho. Só que 30 minutos depois eu apareço e vejo em cima da cama uma calça jeans escura, uma blusa branca e uma jaqueta azul com um saltinho (http://moda-all-the-time.webnode.com/home/photogallerycbm_26415/100/#look177-jpg).

– Gostou amiga? – perguntou Erin e eu fiz que sim com a cabeça até ir me arrumar. Mas assim que fiquei pronta desci e fui tomar café da manhã com as meninas que já haviam preparado tudo.

– Que mesa linda! – disse sorridente e elas me deram “Bom dia” junto. Então comemos e quando deu 7h50 passo uma sms para Kendall assim “Você passa aqui ou passo aí?” e logo ele me respondeu com “Bom dia pra você também e pode deixar que eu passo aí para irmos no seu carro e não gastar gasolina do meu!”. Comecei a rir com essa sms dele e dei um abraço nas meninas saindo em seguida para esperar o Kendall.

xx

Eduarda estava tirando o carro da garagem quando vê Kendall todo lindo, com uma blusa branca simples e uma calça jeans.

– Bom dia Castelo! – disse Kendall entrando no carro.

– Bom dia Knight! – respondeu Eduarda saindo com ele em seguida ao som de Invisible.

Só que na casa dos meninos...

– Para onde o Kendall foi com a Eduarda? – perguntou Logan que viu pela janela o momento em que os dois saíram juntos.

– Foram comprar um violão novo para a Eduarda! – falou James rapidamente e Logan sorriu. Até que eles foram merendar e sairiam em seguida para o estúdio.

Minutos depois...

Eduarda e Kendall já estavam no hospital com os exames em mãos aguardando somente o médico a chamar.

– Detesto hospital! – disse Eduarda. – E foi nesse aqui que meu irmão morreu! – Kendall pegou em sua mão e apertou forte, fazendo-a sorrir.

– Senhorita Castelo? – uma enfermeira a chamou e ela se levantou com Kendall. – O Dr. Thomas te aguarda na sala 10! – Duda agradeceu e continuou segurando a mão de Kendall, indo até a sala.

– Com licença? – falou Eduarda e o doutor fez um gesto com a mão para que ela entrasse. – Sou paciente do Dr. Joseph e ele me encaminhou ao senhor!

– Ele me falou do seu caso. Mas você trouxe os exames? – o doutor perguntou e Eduarda entregou os exames para ele, que abriu e olhou cuidadosamente. – Você está tomando alguma medicação? – Eduarda fez que sim com a cabeça e o médico continuou. – Sinto muito dizer, mas não está tendo nenhum efeito! Infelizmente seu corpo não está reagindo aos medicamentos, pois você está com leucemia aguda, ou seja, as células anómalas estão aumentando rapidamente! – Eduarda ficou séria e Kendall perguntou:

– Há alguma coisa que possa ser feito? – e o Dr. Thomas falou:

– A única coisa que poderia dar certo seria o transplante da medula óssea, com algum doador compatível a ela. Só que teria que ser rápido, pois a leucemia aguda piora rapidamente! – Eduarda continuou séria, mas agradeceu ao doutor e saiu em seguida com Kendall, que segurava sua mão. Então eles foram até o carro em um silêncio assustador e Kendall quem ia dirigir, pois Eduarda estava sem condições. Já Kendall não sabia o que dizer, pois estava tão mal quanto ela.

POV Kendall.

As palavras daquele doutor não saem da minha cabeça e eu estava me sentindo horrível. Além de horrível estava péssimo por não saber o que dizer para a Eduarda que não chorava, não falava e não fazia nada, a não ser ficar de cabeça baixa e de vez em quando olhar as coisas pela janela.

– Eduarda? – eu a chamei e ela fez um “ã”. – Por favor, fala alguma coisa. Fala comigo!

– Falar o quê? – foram as únicas palavras que ela conseguiu dizer.

– Você não pode ficar assim e precisa ser forte! – ela me olhou e disse:

– Eu entendo o que está fazendo por mim e obrigada por ter me acompanhado, agora não me pede pra ficar bem diante dessa situação porque não é fácil! – olhei para ela e ao ver as lágrimas sem rosto estacionei o carro e a abracei, limpando as lágrimas que caia. – Eu pensava que tudo ia ficar bem agora, mas me enganei! – ela disse e sem pensar duas vezes eu a beijei.

– Desculpa Duda. Mas só assim você parou de falar! – nesse momento ela deu um sorrisinho forçado e me abraçou novamente, dizendo:

– Obrigada por estar comigo nesse momento. Agora é melhor irmos, pois você precisa ir para o estúdio e eu preciso ir para a empresa! – concordei e logo saímos em direção ao estúdio e a empresa dela.

xx

Enquanto isso em Paris – 18hs – 13 de maio.

Gisele, mãe de Eduarda ainda era uma grande empresária e continuava uma linda mulher, mesmo chegando quase nos 50 anos de idade. Mas, em um dia, enquanto arrumava algumas roupas suas e de Felipe, deixou caiu de uma jaqueta de Felipe um exame que estava no nome de Eduarda. Então ela abriu e se assustou.

POV Gisele.

Desde que vim morar em Paris não tenho notícias de Eduarda e isso já faz cinco anos. Então, enquanto mexia em uma jaqueta de Felipe caiu um papel que era um exame no nome dela e havia sido impresso há dois dias. E foi aí que tive a pior notícia da minha vida desde que o Luca faleceu: a minha filha estava com leucemia! A Duda que eu rejeitei durante tanto tempo e que hoje deveria estar uma linda mulher. Por que eu fiz isso com a minha própria filha? Como eu pude ser tão egoísta com ela? Como eu pude me enganar negando que ela existia e que precisava de mim?

– O que foi Gisele? Por que você está chorando? – perguntou Felipe ao ver me sentada vendo algumas fotos de Duda quando era pequena.

– Eu não acredito que ela esteja doente! – o respondi e ele se sentou ao meu lado e começou a chorar junto comigo.

– Sinto muito não ter te contado, mas ela me pediu isso! – eu entendia e apenas encostei minha cabeça em seu ombro. – Ela acabou de me ligou dizendo que seu corpo não reage mais aos medicamentos e que precisa de um transplante com um doador que seja compatível a ela! – nesse momento eu o olhei e disse:

– Vamos arrumar nossas malas e ir até Los Angeles! – nesse momento Felipe me olhou assustado, mas concordou e foi arrumar suas coisas, enquanto eu tentava comprar as passagens.