These Days

Marcas de amor.


Eu tive uma péssima noite de sono, mas era normal. Quando eu fico ansioso com algo é difícil de dormir e mais ainda de ter uma boa noite de sono. Eu acordei bem cedo naquele sábado, fiquei no PC a manhã inteira e na maioria das vezes tentando não pensar na tarde que eu iria ter.

Pouco antes do horário marcado eu tomei banho e me arrumei, de alguma forma eu morria de saudade da Bianca e parecia que eu sabia que esse seria nosso último fim de semana juntos. Dessa vez eu acertei na roupa, uma bermuda e camiseta, e eu não estava mais nervoso como na noite inesquecível.

Bianca abria a porta após eu chamar umas duas vezes, ela sorria e andava na minha direção para abrir o portão e eu não resistia aquele sorriso. Quando ela abriu e ficou a menos de um metro de distância, eu simples abracei ela bem forte, ao ponto de levanta-la alguns centímetros.

— Ahhhh !! - Ela dava um gritinho e ria.
— Saudade! - Eu falava olhando nos olhos enquanto a colocava no chão.
— Também amor. - Ela sorria e me dava um selinho bem demorado.
— Cheguei cedo? - falei enquanto ajeitava seu cabelo.
— Não, acabei de sair do banho, já fiz nosso almoço.
— Olha que prendada!
— Sou pra casar. - Ela piscava um dos olhos.

Pegou minha mão e me levou para dentro da casa, lá dentro conversei um pouco com a mãe dela, por alguma razão a mãe dela gostava de mim, o fato das nossas mães serem amigas ajudava bastante, eu acho. E também era a primeira vez que Bianca morava sozinha com a mãe, e acho que eu influenciava bastante essa permanência dela ali.

Mas se eu não estava nervoso, agora fiquei. Sua mãe disse que deixaria nós dois sozinhos e sairia, e assim fez. Pegou o carro e passaria o dia fora. Automaticamente olhei para Bianca que parecia não se importar com aquilo.
Em seguida sentamos na mesa para almoçar, ela tinha feito macarronada e de algum jeito eu não estava surpreso com aquilo, parecia que sabia que esse seria o nosso almoço. Após experimentar fiz uma careta e ela se assustou achando que realmente eu estava sério, mas eu gargalhei em seguida, estava delicioso.

Passamos o almoço todo conversando, quer dizer, Bianca falou o almoço todo, me contou da sua semana de prova, falou das amizades e de como era morar com sua mãe. Me falou mais sobre sua vida em si, dos namoros e romances que já teve e no fim falou o quanto gostava de ficar comigo. Terminamos o almoço e ajudei a levar as coisas para a cozinha, Bianca enquanto arrumava a sala eu fui lavar a louça e assim que terminei, ela apareceu na cozinha e ficou surpresa e riu.

Fomos para o quarto, estávamos bem satisfeitos e deitamos na cama, um do lado do outro, o quarto dela tinha ventilador de teto e ficou um silêncio no ambiente, o único barulho era do ventilador, então ela me olhou.

— E você? qual seus namoros ?
— Nunca namorei.
— Nunca? como nunca?
— Já gostei de uma garota antes, mas eu tinha dez anos haha. - A olhei e sorri.
— Awwn que lindinho.
— Você é a primeira que me envolvo de verdade.
— E última! - Ela sorriu e me deu um selinho.
— Assim espero. - Segurei seu rosto a beijei.

Nosso beijo realmente era muito bom, não demorou cinco segundos para Bianca ficar por cima e nosso beijo que estava calmo como as ondas de Angra dos reis, se transformou como o furacão catrina. Percebi que ela estava com tanta saudade quanto eu. Passei minha mão pela sua nuca e a beijei com tanta vontade, ela retribuía no mesmo ritmo. Se tinha algo que eu gostava do nosso beijo era de como mudávamos o ritmo juntos, mas a intensidade era sempre a mesma.
Nos beijamos por vários minutos até pararmos para recuperar o fôlego, mas Bianca não saiu de cima de mim. Eu acariciei seu rosto e sussurrei: Você é linda.
Ela respondeu com mais um beijo longo.

Bianca se levantou um pouco depois, fechou a porta do quarto e então foi até seu mini system, colocou um CD MP3 com músicas variadas com Forfun, Dibob, Bonda da Stronda e Scracho. E a primeira música se chamava: Scracho: Dois sorrisos, meia palavra (Canção para te mostrar). O volume estava baixo, era mais para um som ambiente. Ela se deitou e botou a perna envolta do meu corpo.

— Essa música é nossa, sabia? - Ela me olhava e eu percebia seus olhos brilharem.
— Sério? por quê?
— Presta atenção na letra... - Então ela começou a cantarolar junto com a música. - Você é assim pra mim, meu início, meio e fim. No momento em que vi você sorrir, foi quando eu descobri a felicidade em si.
— Uau... - Eu fiquei sem palavras de verdade.
— Awwn, essa sua carinha de sem graça é coisa mais linda do mundo! - Ela falava enquanto mordia meu lábio.
— Eu realmente tô sem palavras, é a primeira vez que uma garota me diz isso.
— Que bom! Você é só meu. - Ela me abraçava forte.

Não era mentira, quando eu estava com Bianca eu não pensava em mais nada, como se ela bloqueasse qualquer pensamento meu, qualquer outro tipo de sentimento.
Depois dessa música romântica, começou alguma música mais animada e eu voltei a beija-la, dessa vez eu fiquei por cima. Bianca simplesmente não se importava ou mostrava resistência com qualquer movimento meu. Explorei seu corpo todo, mas não foi com a mão, dessa vez foi com a boca.

Não sei o que deu em mim, por um segundo fiquei com medo dela não gostar, achar que eu estava passando dos limites, mas após beijar sua barriga, eu a olhei e Bianca estava de olhos fechados e eu sorri, percebi então que ela estava sem blusa e só de sutiã, mordi meus lábios, apertei seus seios e Bianca suspirou.

Eu voltei a beija-la na boca, fiz minhas mãos passear pelo seu corpo, eu gostava de senti a resposta que ela dava, com suspiro, com seu corpo amolecendo e até pouco gemidos. Nossos corpos estavam grudados, roçávamos um no outro, eu então comecei a explorar seu corpo novamente com a boca. Comecei pelo pescoço onde eu dei alguns chupões e ela se contorceu um pouco, apertou meu braço, imaginei na hora que aquilo com certeza ficaria roxo depois, Bianca era tão branca quanto eu, mas não me importei, na verdade eu gostei da ideia.

Desci a boca para seus seios onde fiquei longos (looongos) minutos ali. E nem sei por que parei, pois realmente estava bom. Desci de novo para sua barriga onde beijei bem devagar, dei uma mordidinha. Minhas mãos nesse momento passavam pelas laterais do seu corpo até chegar em seus seios novamente onde eu massageava enquanto beijava mais ainda sua barriga.

Eu desci mais ainda, fui para suas coxas, eu gostava das coxas dela, eu beijei pouco, mais mordi do que qualquer outra coisa. No fim, fiquei de joelhos na cama e vi Bianca deitada me olhando, ela sorria. Percebi então que seu corpo todo estava vermelho e com certeza ficaria roxo mais tarde, sorri com aquilo. Seu pescoço, peito, barriga, coxa, braço, boca, mão. Tudo isso estava marcado.

Deitei ao seu lado, ela me abraçou forte, botando novamente a perna envolta do meu corpo. Passei meu braço envolta do seu pescoço e a trouxe para bem perto. Ela mordeu meu queixo.

— Sabe que isso ficará roxo né? - Falei enquanto mexia no seu cabelo.
— Eu sei! Vou ter que usar cabelo solto sempre agora. - Ela me beliscava de leve na barriga.
— Aii! Isso dói! - Eu tirava a mão dela.
— Isso não é nada, você me mordeu inteira!
— Mas você gostou!!! - Ela pensou em responder, mas começamos a rir.
— Gostei mesmo. - Ela me encheu de selinhos.
— Acho que não é só seu pescoço que você deve se preocupar, olha essa marca na sua coxa! - Eu apontei.
— CARACA! - Ela se assustou. - Tá mó vermelho, garoto.
— Hahahahahahahaha Tá ferrada, vai ter que usar saia enorme, calça jeans, tudo dentro de casa hahaha.
— Duvido, vou deixar minha mãe ver e falar que tu me agarrou e fez isso.
— Pode falar.
— Tá duvidando, querido? - Ela ria.
— Não, é que não ligo mesmo.
— Ahhh seu filha da mãe! - Ela me dava um tapa forte no braço.

Sem dúvidas aquela tarde com ela seria algo que eu jamais esqueceria. Bianca e eu tínhamos química demais, e sinto saudades disso.
Depois de nos beijarmos por longos minutos, decidimos assistir algum filme na sala, onde mais nos beijamos do que prestamos atenção em alguma coisa.
Perdíamos sempre a noção do tempo, o filme já tinha acabado e nós estávamos deitado nos beijando. O sol já tinha ido, a noite tinha chegado e estávamos lá sem parar de nos beijarmos. Era gostoso demais, confesso. Talvez o melhor beijo que tive até hoje, talvez não. Com certeza Bianca foi meu melhor beijo.

Só paramos quando ouvimos o carro estacionar, era sua mãe chegando. Tivemos que nos recompor bem rápido, eu fiquei em pé esperando a mãe dela entrar, quando percebi que eu não estava na melhor das situações (rs). Então sentei no sofá, Bianca ficava rindo sem parar pois percebeu meu estado. A mãe dela abriu a porta, nos olhos e sabia que tinha interrompido algo, ela sorriu.

— Se divertiram, crianças? - Ela perguntava enquanto guardava a bolsa
— Bastante. - Respondi, em seguida percebi o quê falei e então morri de vergonha.
— Chegou cedo, mãe.
— Cedo? são oito da noite, eu saí de casa era nem uma da tarde.

Percebemos outra coisa, que perdíamos totalmente a noção do tempo. Não parecia que eu estava lá oito horas com ela. Isso me assustou um pouco, mas eu gostei no fim das contas. Me despedi de sua mãe e Bianca me levou até o portão, onde ela já me abraçou.

— Não queria que você fosse, amor. - Ela falava com uma voz mó fofa.
— Awn, gatinha. Também não, mas né... passei dia todo aqui.
— E é pouco? tinha que morar comigo! - Ela sorria.
— Tinha, é? - Sorria junto e dava um selinho bem demorado.
— Tinha! por mim ficava com você todos os dias como hoje.
— Eu também, viu? Foi um dia maravilhoso.
— Foi mesmo, e amanhã tem mais! Disse que ia passar fim de semana comigo.
— Eu sei. Sua mãe vai sair amanhã de novo?
— Não, mas nós sim.
— Nós? vamos para onde?
— Shopping, quero ver filme!
— Ah...
— Que foi, não gostou?
— Não é isso, tenho que ver se pego dinheiro com meu irmão.
— Relaxa com isso.
— Relaxa nada, eu vou pagar se eu for.
— Ih querido, tempos modernos, não será menos homem se eu pagar nossa saída.
— Eu sei, mas será primeira vez que vamos sair, isso me deixa sem graça, não gosto. Mas relaxa que eu arrumo o dinheiro, eu acho.
— Vamos de qualquer jeito, querido! - Ela falava sério, mas o sério da Bianca era sempre com um sorriso encantador.

Ficamos ali no seu portão por quase uma hora, o tempo com ela realmente voava. Foi difícil dizer tchau, eu não conseguia parar de beija-la. Ela sorria todo fim de beijo e isso me encantava por completo.

— Entra no MSN de manhã pra gente combinar certinho.
— Entro sim. - Ela falava enquanto encostava a cabeça no meu ombro.
— Eu tenho que ir Bibia.
— Tem nada!!! - Ela me abraçava forte, eu achava isso extramente fofo.
— Relaxa que amanhã, com shopping ou não, você vai me ver, pois estou com saudade.
— Awwwn, tá mesmo?
— Tô, de verdade. - Segurei seu rosto com as duas mãos e dei um selinho bem demorado.
— Então te vejo amanhã, tá? - Ela se afastou um pouco.
— Pode ter certeza que sim.
— Te amo. - Ela dava tchau com as mãos.
— Eu também, também te amo. - Fazia o mesmo gesto e então fui embora.

No caminho de casa fiquei pensando naquela tarde, sem dúvidas foi incrível. Bianca sabia como me provocar, como me envolver, como me deixar maluco.
Perto do meu condomínio eu imaginei que quando eu fosse vê-la no dia seguinte, seu corpo estaria todo marcado, eram apenas marcas de amor.