Theres No Going Back.

Capítulo 6 - Diretor.


Acordei ao meio-dia. Não tínhamos nada para fazer, exceto ficarmos esparramados assistindo filmes.

Tomei o máximo de cuidado no banho para não acordá-la, queria preparar o café da manhã e levar na cama. Não queria que aquele nosso momento acabasse nunca.

Vesti uma bermuda e uma antiga camisa xadrez. Sorri, esse era o meu antigo hábito. Até as calças jeans não era tão populares no meu armário como agora. E eu deveria comprar mais alguns ternos, iria aproveitar o meu aumento e comprar algumas coisas tanto para meu uso quanto para ela.

Preparei uma bandeja com algumas frutas, suco e torradas, além do bolo que ela havia preparado na sexta-feira à noite, intocado.

Cheguei ao nosso quarto com a bandeja, e a deixei na parte vazia da cama. Então, fiquei sobre ela, sustentando o meu peso com os meus braços e comecei a beijar a sua face e sussurrar no seu ouvido:

- Amor, acorda.

- Hmm. – Murmurou.

- Vamos, acorda. – Disse e beijei os seus lábios, e ela correspondeu.

E então ela abriu os olhos. Sorri e me sentei ao lado da bandeja.

- Bom dia. –

- Bom dia. – Murmurou sonolenta e riu em seguida. - Vou lavar o rosto e escovar os dentes, já volto.

- Tudo bem.

Ela voltou pouco tempo depois, por causa do escuro ainda não havia visto a bandeja. Pôde perceber após abrir a janela.

- Hmm, café na cama. Quanta honra.

- É bom surpreender às vezes. Ainda mais depois dessa noite. – Comentei enquanto ela sentava de frente para mim e arrumava a bandeja.

- Amor, estava pensando ontem à noite, você já teve muitas namoradas? – Perguntou, timidamente.

- Tive apenas uma, terminei faz algum tempo. Mas, antes dela tive alguns relacionamentos, nada muito sério. Apenas garotas para sexo, nenhuma me chamava à atenção o suficiente. Elas também queriam apenas isso e então, eu nem ligava.

- Eu tentei me relacionar com um... vamos dizer... cliente. – Ela disse e me olhou brevemente. – Entretanto não deu certo porque ele me roubou alguns dias depois.

- Não se pode confiar em qualquer um. Eu mesmo percebi que algumas garotas ficavam comigo pelo dinheiro, porque sabiam quem era o meu pai. Mas, porque você então, se envolveu comigo? – Perguntei, eu estava curioso quanto a essa parte.

- Quando você disse que queria apenas conversar... eu te chamei de gay porque eu precisava do dinheiro, e às vezes isso funciona. E obviamente, porque você também me compreendeu quando eu pedi para me deixar vir aqui.

- Eu pensei que você não aceitaria a minha carona, pensei que iria me xingar. – Confessei.

- E eu pensei que você não aceitaria que eu viesse para cá, mal me conhecia. Vamos ser sinceros, era um risco para você.

- Foi um risco que eu cometeria outra vez. Eu gostei de você desde o primeiro momento, e quando disse que seriamos apenas amigos, foi totalmente uma mentira.

- E eu também menti, quando disse que você estava confundido as coisas. Eu já tinha confundido, era questão de tempo para eu não resistir e te beijar.

E então ela me puxou para um beijo. Calmo, mas intenso.

Começamos a tomar nosso café da manhã em seguida, ela resolveu almoçarmos em casa, queria fazer uma receita nova que havia aprendido na TV. Saímos para comprarmos os ingredientes necessários.

O supermercado estava lotado, e a ultima pessoa que eu queria encontrar, acabou aparecendo, de longe. Ally estava nos fitando e logo mudou a direção do olhar, a Alisson falava sobre alguma coisa e infelizmente não prestei atenção:

- Amor, aconteceu alguma coisa? – Perguntou preocupada.

- Só vi uma pessoa que eu esperava não encontrar. – Respondi. – O que você falava mesmo? Desculpe-me.

- Estava comentando que eu morria de medo a vir em supermercados como esses, por causa dos homens. Ficava com receio de algum me reconhecer.

- Bom, agora não precisa ficar com nenhum. Você saiu de lá, estamos namorando e nenhum idiota vai chegar perto de você. – Prometi e colei nossos lábios brevemente.

Ela ainda parecia tão indefesa, receosa com alguma coisa. Passamos no caixa e logo já estávamos em casa.

- Amor, preciso ler alguns contratos que deixaram comigo, estarei no escritório. – Murmurei.

- Tudo bem, quando eu terminar eu te chamo. – Falou e voltou a sua atenção as panelas.

Havia alguns contratos que a Jenine deixara comigo. Precisava avaliá-los para amanhã e seria melhor não deixar para a ultima hora.

Dos 7 contratos que haviam, 5 eram altamente lucrativos. Os outros dois, eu reavaliaria a proposta.

- Amor, está pronto. – Ela murmurou encostando uma de suas mãos em meu ombro.

- Também terminei, só falta guardá-los. – Murmurei e a beijei rapidamente.

Coloquei todos os papeis na minha maleta e seguimos para a cozinha.

- Vou te levar ao Colégio e de lá já vou para a empresa. Suas aulas começam às 7:30 não é? – Perguntei.

- Sim, e saio ao meio-dia.

- Dará tudo certo, se acontecer alguma coisa não quero que me esconda. Há muitos filhinhos de papai lá, e... – Falei com ciúmes.

- Sim, não se preocupe. – Ela murmurou e encostou as duas mãos no meu rosto, segurando-o e me fitando com os seus olhos verdes.

- Eu mato um, se acontecer alguma coisa. – Prometi.

Ela riu e colou nossos lábios. Logo depois começamos a comer.

Estava maravilhoso o seu prato. O tempero era um dos melhores que eu já havia experimentado.

Depois de lavarmos as louças, terminamos por assistir filmes.

O jantar terminou que pedimos pizza, depois disso, ficamos apenas curtindo um ao outro. E tudo começou com os beijos calmos, que a cada vez mais ficavam intensos e quentes.

Nossas roupas já haviam ficado para trás, estávamos apenas com as roupas intimas, e não demorou muito tempo para elas desaparecerem.

O desejo te mantê-la perto de mim, sem nenhuma distancia era maior.

- Posso? – Perguntei, antes de unirmos.

- Por favor. – Mais gemeu do que falou.

E então já não havia mais nenhuma distância entre nós.

Não demorou a atingirmos junto o clímax. Deitei-me em seu peito, enquanto ela acariciava o meu cabelo. Ainda controlando as nossas respirações, tínhamos ficado totalmente sem ar.

Tomamos banho em seguida, e logo fomos dormir. Teríamos que acordar bem cedo no outro dia.

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Acordei com os sons dos nossos despertadores.

- Amor? – Cutuquei, enquanto ela ainda dormia.

- Hmm. – Murmurou como resposta.

- Temos que levantar, vamos lá. – Disse e beijei os seus cabelos antes de eu ir para o banheiro.

Enquanto eu tomava banho, ela também entrou e por fim tomamos banho juntos. Não houve nenhum ataque de ambas as partes, e apesar de eu estar desejando ela, tínhamos que cumprir com as nossas obrigações.

Enquanto eu vestia o terno, ela foi preparar o nosso café.

- Odeio essas gravatas. – Murmurei enquanto ela entrava no quarto para vestir o seu uniforme.

- Quer uma mãozinha? Eu ajudava o meu pai, minha mãe me ensinou, disse que era algo útil para uma mulher. – Comentou, enquanto dava o nó que eu nunca conseguia dar.

Depois de terminar, me deu um selinho e terminou de se vestir.

O seu uniforme se baseava em calça jeans e camiseta do colégio. Ela pegou a sua mochila e então disse:

- Vamos?

Caminhamos de mãos dadas até o estacionamento do prédio e perguntei enquanto dava a partida no carro:

- Preparada?

- Sim. – Respondeu.

Chegamos ao colégio e perguntei:

- Quer que eu vá à diretora com você?

- Não precisa papai. – Brincou. – Te vejo mais tarde. - Beijou-me e em seguida saiu do carro.

Fiquei olhando-a desaparecer entre os outros alunos. Parti para a empresa e ao chegar, fui direto para a sala do meu pai. Meu computador estava ao lado de um recado dele:

‘Obrigado por aceitar o convite. Terá uma recompensa quando eu chegar.

Bom dia.

Charles Hawkins. ’

Sorri com o bilhete. Seria algo financeiro, ela já estava à parte da situação com a Alisson. Eu também contara a ele, sobre ela. Com a sua permissão é claro. Ele me apoiou quanto à decisão de eu começar um relacionamento. Comecei a arquivar algumas folhas que eu havia transcrito, além de iniciar outras negociações.

Olhei no meu relógio e já se passavam das 11 horas. Eu teria alguns minutos para terminar de ler outro contrato. E então a Jenine entrou:

- Com licença, Tyler, o seu pai deixou mais esses dois contratos. – Disse e me passou duas pastas.

- Precisa da resposta hoje? – Perguntei. – Estou terminando de analisar esse, e estou indo almoçar.

- Tem até amanhã cedo. – Respondeu e saiu.

- Obrigado. - Disse antes de ela fechar a porta.

Ainda bem que eu havia feito curso de administração com o Michael durante três anos. Não cheguei a me formar por causa dele. Éramos inseparáveis e para esquecê-lo mais facilmente, deixei de lado o curso. Faltou o meu pai me matar. Ele queria que nós dois fossemos os diretores da empresa. Mas, por causa das circunstancias, não foi possível. Hoje, após 7 anos de sua morte, eu podia repensar em voltar para a universidade. Era certo que não teria tempo total para a dedicação, mas seria bom um diploma. E só faltavam dois períodos, ou seja, apenas um ano.

Sai de sua sala e cumprimentei o vice-diretor. Na verdade ele só recebia para ajudar em uma emergência. Mas, ele provavelmente recebia menos que eu, quanto ao cargo de publicitário. E provavelmente o restante da empresa não poderia nem sonhar com esse fato. Apenas a Jenine e o meu pai sabíamos desse fato.

Cheguei ao colégio e a Alisson me esperava com algumas garotas.

Desci do carro e acenei em sua direção, ela me viu e abriu um enorme sorriso, e após despedir das garotas veio até a mim.

- Oi. – Disse antes de me beijar.

- Oi. – Respondi rindo depois de separarmos.

Entramos no carro, e em seguida fomos embora.

- Percebo que já fez amizades. – Comentei enquanto entramos em nosso apartamento.

- Elas vieram conversar comigo. Quando viram você, faltaram babar. – Comentou e me puxou para um beijo.

- Anda gananciosa hoje. – Comentei e continuei a beijá-la.

Comemos o restante da pizza da noite anterior, pois havíamos esquecido o detalhe de não ter ninguém para preparar o nosso almoço.

- Vamos dar um jeito. Podemos comer em qualquer restaurante, não tem problema. O meu pai sempre me convida, e ele conhece os donos dos principais. Acaba saindo de graça.

- Tudo bem. – Concordou.

- Serio mesmo? Não quero que responda por que eu estou falando. Quero as suas opiniões, que isso fique bem claro. – Falei, enquanto tomava o restante do refrigerante.

- Eu sei Tyler. Quero facilitar as coisas também. Você já está fazendo muito. E quando eu puder, farei a comida, como hoje no jantar. Eu sei como está a sua agenda atualmente, tenho que estar ao seu lado para qualquer coisa. – Murmurou e me fitou em seguida.

- Obrigado. – Falei, pegando em sua mão. – Eu preciso de alguém para me dar apoio.

- Estarei aqui, para sempre. – Prometeu e me beijou.

Continuamos nos beijando por um tempo até ela sussurrar:

- Caroline está te esperando e precisa trabalhar. Teremos a noite.

- A propósito, se prepare. – Avisei e colei novamente nossos lábios.

- Olha você ainda não conhece o meu limite. – Provocou.

- Nem você os meus. – Rebati.

Beijei a sua testa e sai em seguida, pegando meu paletó e a maleta. Eu tinha 15 minutos, teria que fazer tudo em tempo recorde.

Caroline estava me esperando, conversamos no caminho e expliquei sobre o porquê, que eu não a buscaria mais.

Cheguei à empresa no horário certo. Ainda bem que tudo havia dado certo, o trânsito não estava no pico.

Fui para a minha sala, assinei o contrato que eu havia lido e li os outros dois. Eram boas propostas e não hesitei em assinar.

Terminei uma longa transação e depois decidi ligar para o Aidan e marcar algo para o final de semana.

- Aidan? – Disse quando ele atendeu.

- E ai Tyler? Tudo em cima?

- Sim e você? Tem alguma coisa marcada para o final de semana?

- Não, vamos a algum bar? – Perguntou.

- Queria que conhecesse a minha namorada e o meu apartamento. – Falei. – Não é tão longe e traga a sua namorada.

- Tudo bem, estarei lá. O prédio eu já conheço. Qual apartamento? – Indagou.

- 11º. É no terceiro andar. Sábado às 20 horas, tudo bem? – Murmurei.

- Claro que sim. Então até sábado. Tchau.

- Tchau. – Desliguei em seguida.

Faltavam alguns minutos para eu sair e então a Jenine apareceu:

- Tyler, haverá uma reunião no sábado de manhã. A partir das 9. Não se atrase.

- Estou quase desistindo de tudo. – Brinquei.

- Seu pai se suicida. Ele nunca pareceu estar tão feliz, e você também. Há alguma garota na história? – Perguntou.

- Encontrei uma mulher. Está me ajudando, apoiando-me. – Confessei.

- Espero que sejam maduros, e principalmente felizes.

- Obrigado. – Agradeci.

Em seguida nos despedimos e ela saiu. Organizei os contratos que eu teria de ler. Haviam aparecido mais propostas do que nunca. Jenine comentou que nunca vira a empresa tão movimenta como quando eu entrei.

Saí da empresa e fui praticamente voando para casa. Queria ter a Alisson ao meu lado, esquecendo um pouco as responsabilidades recém-adquiridas.

Cheguei ao meu apartamento e ela estava na cozinha, terminando o nosso jantar.

- Hmmm. – Murmurei antes de tomar os seus lábios.

Ela me abraçou em seguida, encostando a sua cabeça em meu peito.

- Como foi passar esse tempo todo mais sem mim? – Brinquei.

- Engraçadinho. Espero cumprir a sua promessa. – Murmurou.

- Vou tomar banho, jantar e terminar algumas coisas do escritório e ai sim poderei cumprir.

Tomei banho e ela me esperava sentada na mesa. Servimos e então, eu puxei o assunto:

- Como foi o primeiro dia?

- Foi legal, aquelas garotas logo se aproximaram. Há alguns imbecis na minha classe, mas não faz mal.

- Se acontecer algo, só me avisar. Tomarei providências logo.

- Não sabia que era tão ciumento. – Brincou. – E como foi o seu primeiro dia, como diretor?

- Cansativo. Não agüento mais, avaliar contratos. – Comentei e rimos. – Marquei com um amigo, para ele vir aqui sábado.

- Ah, tudo bem. Você trabalhará no sábado? – Indagou.

- Começo com uma reunião as 9. Só Deus sabe o horário que vou sair de lá.

Continuamos a conversar sobre o dia de hoje, terminamos de jantar e enquanto ela lavava as louças, eu fui para o escritório.

Li os dois últimos contratos do dia e depois fui para a sala, onde ela assistia jornal.

Sentei ao seu lado, e a puxei, para pousar a sua cabeça em meu ombro.

Não dissemos nada, mas não demorou a ela iniciar o beijo. Logo, nossa batalha de mãos e línguas se iniciou, chegamos ao quarto de alguma forma, e não demorou a estarmos somente com as peças intimas.

Antes de qualquer coisa, abri o meu criado e tirei uma camisinha.

- Pronta para saber o meu limite? – Perguntei.

- Claro que sim. E você? – Retrucou.

- Obviamente. – Respondi e nos uni.

Houve vários sussurros sacanas de ambas as partes. Dessa vez, segurei ao máximo o meu clímax. Ela já havia o alçando algumas vezes, e depois dela atingi-lo mais uma vez, não me segurei.

- E então? Passei no teste? – Sussurrei, antes de colar nossos lábios.

- Aprovado. – Sussurrou e deitou em meu peito.

Passamos algum tempo controlando a nossa respiração. Tomamos banho e em seguida, caímos exaustos.