Thema Nr1

É tempo pra caralh*


Um mês se passou desde que Kris passou por todo o pesadelo e Bill ter matado o primeiro cara na vida. Sim, o magrela se safou dessa. Foi inocentado. Ainda bem, porque mesmo sendo um praga, ele me defendeu e ele é o que há de mais importante pra mim.

Samantha reformou o apartamento para eliminar qualquer vestígio daquelas lembranças assombrosas da casa. Voltou a morar sozinha lá e virou melhor amiga de minha mãe. Ultimamente elas vivem de segredinhos pelos cantos, coisa de mulher. Kate voltou com Bill, e sinceramente, vai dar merda. Bill anda mais maroto do que eu imaginava ser possível Logo ele me passa. Andy me procurou mais umas vezes, mas não reatei. Não ia substituir Kris nunca mais. Nos falávamos todos os dias na webcam e a saudade estava começando a bater de uma maneira incontrolável. Queria que Kris viesse morar com a mãe, mas seria egoísmo. Ainda mais que ela parecia mais feliz do que nunca ultimamente. Não sei o que aconteceu, mas nos últimos dias havia um mega sorriso estampado em seu rosto que me fazia me sentir menos mal em relação a nossa distância. Se ela está feliz, eu também estou.

As aulas finalmente acabaram e Gustav e Georg tentavam me animar pra sair quase todos os dias. Não tinha mais a mesma graça sem a minha praguinha. Sim, Georg me pediu desculpas por tudo e voltamos nas boas, mas mesmo assim, eu estava num desânimo só.

Levantei da cama e tomei um banho rápido e coloquei a roupa de sempre. Tudo tão igual. Blerg, rotina, eu te odeio. Segui para a cozinha e me deparei com minha mãe fazendo um bolo de chocolate.

- Eba! – corri e peguei um garfo.

- Nem pensar! – minha mãe se colocou diante do bolo e ficou séria. – É para a visita.

- Que visita? – ergui uma sobrancelha.

- Samantha, claro. – riu infantilmente e levou o bolo até a sala.

Não demorou muito até sua amiga aparecer e cruzar com Bill saindo de casa para se encontrar com Kate.

- Bom dia, Tom! – nunca vi Samantha tão bem humorada.

- Opa! – sorri educadamente e me larguei no sofá.

- Samantha! – minha mãe correu até a sala e trocou beijinhos com a amiga. – E então, tudo certo? – deu uma piscadela.

- Sim, tudo ótimo! Dia bom, não é? – sorriu pra mim sugerindo algo que eu não entendii.

- Okay, vocês piraram, é? – arregalei os olhos e me afastei.

- Tom! – minha mãe riu e me encarou sorrindo. – Por que você não vai até seu quarto e abre aquela janela pra deixar seu quarto pegar um ar? Tá um dia lindo la fora! Vá! – me empurrou em direção a escada pelos ombros e trocou risinhos com Samantha.

Eu bufei e fui pisoteando os degraus da escada sem paciência. Só o que me faltava essas duas fumando erva em plena luz do dia. Tsc tsc. Entrei no quarto e abri a cortina, destranquei a janela e abri a porta de vidro. Meu coração quase pulou da minha boca.

Lá estava ela, cabelo curtinho bagunçado, calça skinny preta, All Star, regata vermelha e muito lápis de olho. Perfume de frutas vermelhas com baunilha invadindo meu quarto com uma intensidade singular. Ela sorria da varanda do quarto dela, escutando aquelas músicas ruins que ela adorava.

- Dia lindo, não é, vizinho? – riu baixinho e acenou.

- Já escutei isso antes. – ri e pulei até lá.

Antes que Kris pudesse se mover, tomei-a nos braços e beijei seus lábios com todo a saudadde contida dentro de mim. Toda a admiração pelo ser maravilhoso que ela é e todo o medo de perdê-la mais uma vez.

- Não sabia que vinha. – sorri e mordi sua bochecha de leve arrancando um riso levado.

- Era uma suspresa. Gostou? – ela me mordeu no pescoço ativando meu lado mais perverso.

- Adorei. – sorri. – Até quando vai ficar?

- Até quando você me quer por aqui? – ela me fitou séria.

- Para toda a eternidade, se possível. – ri e a abracei apertado.

- Então assim será. – Kris tomou meus lábios de surpresa.

Nos beijamos tão intensamente que acabei por esquecer a sua frase anterior. Empurrei-a pra trás e e encarei pasmo.

- Como assim?! – sorri meio abestado.

- Meu pai e minha mãe reataram. Vamos morar aqui. – ela sorriu iluminando meu dia.

Minha satisfação com a notícia foi expressada com eu beijo que jamais terminou.

Depois de muitos beijos e risos, Kristin e eu descemos as escadas e nos deparamos com a casa vazia. Minha mãe havia ido para o apartamento de Samantha. Sorrimos um para o outro e recomeçamos as nossas tardes regadas à bolo de chocolate, refrigerante, carinhos e muitos beijos, assim como um dia foi e como seria por muitos e muitos anos enquanto durasse o nosso amor. Ou seja, tempo pra caralho!

- Ai, Tom, que jeito de terminar uma fic! – risos.

- Nhaaaa, ok ok. E viveram felizes para sempre. FIM.

- Melhorou... hahahaha!

- RWAR!

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.