Thema Nr1

Na Trave!


Acordei com uma batida na janela. Quem será agora? Ainda não é hora de acordar... Fui até a janela arrastando os pés.

- Hum, o que houve, Kris? - bocejei e esfreguei os olhos. Kristin estava com uma calça de moletom preta e uma regata cinza, com o cabelo curto levemente ondulado.

- Tom, eu vim pedir um favor. Eu briguei com Peter, então será que posso ir com vocês para a aula com vocês? - ela pediu mexendo as mãos nervosa.

- Claro... Mas só vamos mais tarde. Agora vou voltar a dormir. Vamos sair às sete horas, okay? - bocejei de novo e esperei sua resposta. Ela fica muito fofa com carinha de sono.

- Hum, claro... - o céu da varanda era escuro. Deveria ser quatro e meia da manhã, no máximo. - Bom, acho que te acordei um tanto cedo, não é? - Kristin riu e colocou uma mecha rosa para trás da orelha.

- Um pouco, mas tudo bem... Bom, bom sonhos pra você. - pisquei. Ela riu e acenou.

Voltamos para nossos quartos. Eu não tinha sono algum agora, então resolvi trabalhar no presente dela. Pequei as folhas em cima da escrivaninha, algumas amassadas, outras rabiscadas. Lembrava de cada vez que eu tinha visto Kristin. As palavras fluíram levemente, como pensamentos bons. A música chamava-se By Your Side. Bom, acho que Kristin vai gostar...

O despertador tocou. Levantei-me da cadeira e fui tomar uma ducha rápida. Bill e eu fomos até a casa de Kristin para buscá-la. Toquei a campainha.

Kristin surgiu com uma calça jeans justa e preta, seu All Star e um moletom lilás. Sem maquiagem e o cabelo ligo, atrás da orelha. Ainda com a carinha fofa de sono, ela sorriu e fechou a porta atrás de si.

- Olá Bill. – beijou-o. – Oi Tom! – beijou-me. Boca macia. Cheiro de frutas vermelhas.

- Oi Kris. – dissemos num uníssono.

- Como você está? – perguntei bocejando e pegando a mochila de suas costas.

- Bem... O que está fazendo? – ela segurou a bolsa pela alça e me encarou.

- Vou levar ela. Parece pesada. – Kirstin hesitou, mas eu inclinei minha cabeça e a encarei. Venci. Puxei a mochila para meu braço desocupado, enquanto pegava o papel no meu bolso. – Tenho algo pra você. – Kristin sorriu. – Mas você só vai ganhar lá no colégio, no final da aula. – sorri e ergui a sobrancelha, fazendo todos rirem.

- Tom, cara... Para com isso! A Kris é nossa amiga! – Bill fingiu estar brigando comigo. Rimos juntos.

Enquanto andávamos na calçada apertada, Kristin sempre batia sua mão na minha. O que ela quer? Provocar-me? Na sétima vez que ela fez isso, não resisti. Segurei sua mão e entrelacei nossos dedos, nos fazendo andar de mãos dadas. Ela corou levemente. Achei tão lindinho!

Chegamos ao colégio de mãos dadas, atraindo alguns olhares. Nem liguei. Nem eu nem ela. Fomos até nossa sala e sentamos pra conversar. Jeny chegou batendo os pés.

- Então é verdade? Vocês estão juntos? Que piada! – ela ria falsamente. Vaca. Kristin ficou sem graça e encolheu-se.

- Não, Jeny... Não estamos... Ainda. – sorri para Kristin e dei uma piscadela. Ela entendeu e veio atrás de mim, passando seus braços em torno no meu pescoço e beijando minha bochecha. Senti minha pele arrepiar-se ao toque de nossos corpos. Sensação maravilhosa.

- É, semana que vem vamos namorar, depois de um mês Tom vai me engravidar e vamos fugir junto para nos casar na França. – gargalhou e soltou-se de mim. – Para de viajar, garota! Tom e eu somos amigos! – agora ela ria da cara de Jeny, que saiu tão pirada que eu podia jurar tê-la ouvido rosnar.

- Sua praguinha! Depois não entende porque ela te odeia! – ri e baguncei seu cabelo. Ela riu e os ajeitou rapidamente.

- Ah, ela é uma idiota! – riu e ergueu os ombros. - Você não ficou bravo, né? – Kristin sentou-se a minha frente.

- Eu? Desde quando Tom Kaulitz fica bravo quando uma garota lhe abraça e beija sua bochecha? – arregalei os olhos. Kristin riu e voltou para seu lugar.

A aula custou a passar, além do mais que Bill estava aéreo e nem agitava como antes. Simplesmente só pensava na Kate. Arg, que saco! No intervalo ele só passava com ela, então passávamos Georg, Gustav, Kristin e Kristin e eu.

- Oi G’s! – cumprimentamos.

- Oi casal! – riram. – Vamos para a viagem do terceirão. Desculpem-nos, mas é que a viagem era pra ser do segundo ano, mas teve a tempestade de neve e destruiu tudo por lá na época, então remarcamos a viagem pra hoje... Se cuidem e usem camisinha! – Georg riu e acenou, indo com as mochilas nas costas. Bestas! Kristin ria como louca. Fomos até o pátio e sentamos juntos.

- Kris, o que há com você e Peter? – perguntei cuidadosamente. Ela bufou soprando a franja pra cima e me respondeu.

- Ele é um idiota, só isso. – encerrou o assunto. Não vou insistir.

Ficamos rindo e conversando até o final da aula. Bateu o sinal e Kristin me cobrou o presente.

- Vem comigo. – puxei-a pelo braço, até a sala de música. Peguei uma guitarra e ajustei as coras, dedilhando para testar o som.

- O que é? – Kristin falou impaciente, ou curiosa. Talvez os dois.

- By Your Side. – sorri e toquei para ela, cantando o melhor que pude. A medida que eu cantava os versos, Kristin ia abrindo sorrisos emocionados. Acho que ela amou o presente. – O que achou?

- Mein Gott, Tom! Seu babaca! Vou chorar! – ela sorria deixando lagrimas escorrerem pela face limpa. Levantei-me e a abracei.

- Kris, confie em mim, no que precisar, okay? – passei a mão em suas costas.

- Tom, obrigada. – ela encostou o rosto em meu peito. Senti medo de que ela ouvisse o quão meu coração estava disparado. Ela ergueu o rosto e sorriu.

- Vamos pra casa. – passei meu braço por seu ombro e fomos até a saída para encontrar Bill.

Bill estava em frente ao colégio esperando impaciente. Não por mim ou por Kristin, e sim por Kate.

- Bill, será que ela já não foi? - Kristin perguntou com cuidado, porque ele parecia estar realmente nervoso.

- É, calma aí, maninho... Ela pode ter ido embora. Depois você liga pra ela. - ajeitei meu braço nos ombros de Kristin. Ela sorriu de lado sem olhar pra mim.

- Não, ela não foi, porque ela disse que ía no armário dela e fiquei esperando aqui. Ela não saiu ainda. Vou atrás dela! - Bill saiu impaciente antes que eu pudesse impedi-lo. - Vão pra casa sem mim!

Kristin e eu demos de ombros e fomos juntos caminhando. Larguei seus ombros pra levar sua mochila, enquanto ela andava pensativa.

- Tom, o Bill está estranho... Não desgruda dessa garota. - ela falou desanimada. Será que ela gostava de Bill?

- É, eu achei que seria bom se eles ficassem, mas parece que ele ficou dependente dela. Isso já tá se tornando chato. - bufei. Ela fez um silêncio e mudou de assunto.

- Bom, então quer dizer que esse ano vamos viajar? - sorriu.

- Vamos! Viagem de inverno, sabe? É bem bacana. Provavelmente iremos no início do ano letivo, quando o tempo tá mais propicio. - sorri e ajeitei a mochila. - Vai ser legal, mas pena que os dormitórios são separados. - ri. Kristin riu e me deu um tapa de leve.

- Besta... Bom, isso é ruim mesmo, além do mais porque só converso com vocês ainda. Sei que é só o segundo dia de aula, mas parece que esse povo não gosta de mim... - Kristin riu e deu de ombros.

- Bom, isso não importa. - me abaixei, peguei uma florzinha branca no canteiro de uma casa e dei a ela. - O que importa é que pelo menos eu gosto de ti. - sorri e pisquei um olho.

- Ah, que pena, porque eu nem sei se gosto de ti. - O quê? Como assim? - Só gosto um pouquinho, talvez por causa daquela música. - ela riu e mostrou seu sorriso lindo, cheirando a pequena florzinha.

Kristin e eu rimos até nossas casas. Dei um beijo em sua bochecha e fui pra casa.

Entrei em casa e fui até a cozinha.

- Oi mamis! - larguei a mochila na cadeira e dei-lhe um beijo na bochecha.

- Oi Tommie... Ahm, lavou as mãos? - droga! Fui até a pia e lavei as mãos rapidamente, voltando pra mesa de almoço. - Cadê o Bill?

- Foi atrás da Kate. Falou pra ir sem ele. - revirei os olhos e me servi de lasanha.

- Kate? Quem é essa? - Gordon falou sentando-se à mesa.

- Nova namorada de Bill. - falei. Os dois sorriram e começaram a comer.

Comemos silenciosamente por um período curto, até a porta ser bruscamente aberta e a figura de Bill passar correndo, subindo pelas escadas. Todos me encararam, então subi atrás dele. O que será que Kate fez?

Bati na porta do quarto dele.

- Bill? - falei cuidadosamente. A porta se abriu. Bill estava horrível, havia chorado.

- Tom, aquela vadia! - ele engoliu a saliva e continuou. - A Kate não tinha ido ao armário! Ela tava lá atrás das salas com o Matt! Como ela pode? Mein Gott, eu fazia de tudo por ela! - ele se largou na cama e começou a chorar.

- Bill, acalme-se... Vocês estavam juntos por no máximo uns dias, nem mesmo uma semana. - sentei ao seu lado e tentei acalmá-lo. - Ela devia estar querendo só curtir!

- Idiota! Mas ela que venha falar comigo amanhã! Eu nem falei com ela não hora, não queria passar por corno manso. - chorou.

- Ah, nada a ver! - respirei. - Bom, eu tive uma ideia. Talvez Kristin possa te ajudar com um vingança pequena, mas seria legal dar na cara dela, não é? - sorri. Bill ergueu a cabeça e sorriu.

Fomos até meu quarto e saímos da janela, indo para a varanda de Kristin.

- Kris! - chamei. - Kristin! - ela apareceu na janela.

- Oi meninos. O que houve? - espantou-se com a cara de Bill.

- Kris, você pode me ajudar? Preciso que você finja que está comigo por apenas um diazinho só. - Bill fez a carinha mais fofinha e Kristin não entendeu nada.

- É, Kris... Ajuda meu irmão? É só fingir. - destaquei a última palavra. Não quero que ele fiquem mesmo.

- Bom, por mim tudo bem, mas o que você acha, Tom? - ela me perguntou apreensiva. Acenei com a cabeça.

- O quê? - Bill nos encarou. - Por que você pediu permissão ao Tom? - Bill falou com uma voz esganiçada.

- Er... - Kristin gaguejou e eu arregalei os olhos. - Sei lá, só perguntei. Tá, aquilo foi tenso.

- Então está tudo certo. Amanhã você passa em frente a Kate de mãos dadas com Bill. - falei balançando a cabeça. Todos concordaram e seguiram para suas casas.

Tudo estava preparado para a vingança de Bill. Eu almocei pensando na cena de Kristin e ele de mãos dadas. Não foi muito legal imaginar isso. Me senti estranho. Balancei a cabeça espantando os pensamentos e segui para meu quarto. Não tinha nada para fazer, então liguei o som e deitei na cama. Kristin e Bill... Não, não vai acontecer.

Acordei atrasado, lembrando de que Kristin viria conosco de novo. Arrumei-me sem vontade e desci as escadas. Ela estava lá na sala, com Bill.

- Oi? - mais perguntei do que falei. O que ela estava fazendo ali e com ele?

- Oi Tom. - sorriu e acenou. - Estou aqui com seu irmão, combinando tudo pra hoje. - ela estava com uma calça skinny preta, com uma camiseta vermelha e um All Star preto com fitas vermelhas ao invés de cadarços. Cabelo arrepiado e um lacinho preto com bolinhas vermelhas ao lado da franja. Sem maquiagem carregada, apenas rímel preto nos longos cílios.

- Ahh, é mesmo. - aproximei-me e abri a porta. - Vamos.

Fomos conversando pelo caminho, Kristin entre nós, Bill ansioso e eu mal-humorado.

- Tom, tá tudo certo? - ela perguntou me encarando com seus olhos castanho-esverdeados.

- Aham. - disse tentando sorrir. Ela retribuiu e segurou minha mão. Dessa vez sorri sinceramente.

Chegamos ao colégio. Bill agora estava abraçado a Kristin, que sorria para mim como se dissesse algo. Fui direto para sala e Jeny me parou antes de entrar.

- Quer dizer que é o Bill que tá pegando a esquisitinha? - sorriu largamente. - Pensei que ele fosse gay. - quem ela pensa que é pra falar assim de Bill?

- CALA ESSA SUA BOCA IMUNDA, GAROTA! ANTES QUE EU MESMO FAÇA ISSO! - gritei. Jeny se assustou e desmanchou o sorrisinho falso. Senti vontade de socá-la.

Passei irritado por todos e voltei para o pátio, se não eu iria matar aquela vaca loira. Enquanto eu me aproximava da cantina, senti um soco no estômago. Kate estava parada, chocada e segurando a raiva enquanto Bill beijava Kristin. O que eles estão fazendo? Não era esse o plano! Senti a raiva tomar conta de mim, até que Kristin empurrou Bill com toda sua força pra trás e arregalou os olhos.

- O QUE VOCÊ FEZ? TÁ MALUCO? - gritou. Senti a raiva que sentia por ela esvaziar e uma alívio por saber que o culpado foi Bill. Em casa eu cuido dele. Kristin saiu correndo para o banheiro enquanto Kate e Bill discutiam na frente de todos.

Não ia ficar vendo aquele showzinho, então fui até o lado de fora do banheiro feminino. Ouvia os soluços de Kristin.

- Kris? - chamei da porta. Os soluços pausaram. - Tô entrando. - entrei no banheiro feminino que estava vazio com exceção de nós dois.

- Tom, eu não queria... Bill me agarrou na frente de todos! - ela começou a chorar sentada no chão. Bill pode não notar, mas ela não é como as outras. Tem um certo pudor.

- Calma, pequena. - sentei ao seu lado e a fiz deitar no meu colo. Senti suas lágrimas quentes molhando minha calça jeans e a maquiagem escorrendo per seu rosto.

- Eu não queria isso... Só queria ajudá-lo! - ela fechou os olhos e apoiou sua mão em meu joelho. Acariciei seus cabelos e suas costas.

- Eu sei disso... - suspirei com raiva de Bill. Ouvi risos de garotas se aproximando.

- Cara, vocês nem acreditam... E agora a Kate tá com a cara no chão! Eu falei pra ela não ficar com esse Bill... O Matt é mil vezes melhor! E... - as garotas entraram e arregalaram os olhos ao nos ver. - O que vocês estão fazendo aqui?

- Nada, agora dá o fora, Mandy! - falei agressivo. Maravilha, a garota mais fofoqueira da escola chegou.

- Imagine quando Bill souber que a namoradinha dele está com o irmão dele no banheiro feminino! - elas gargalharam.

- MANDY, VAZA! - gritei com raiva e ajeitei a cabeça de Kristin no meu colo. As garotas saíram contrariadas. Logo vão espalhar todo seu veneno pelo colégio.

- Tom, obrigada por estar aqui comigo... Eu tenho medo por você, aquelas garotas vão fazer sua caveira pra seu irmão. - Kristin sentou-se e enxugou os olhos.

- Isso não importa. Bill é quem me deve explicações. - falei colocando uma mecha rosa atrás de sua orelha.

- Te deve explicações por quê? - ela me encarou. Ops, falei demais.

- Ah, ele não deveria ter te beijado, não é? - falei com cuidado.

- E você se importa? - ela me fitou analisando minha expressão.

- Sim, me importo. - assumi sorrindo sem graça. Houve um silêncio demorado e esquisito. Kristin baixou a cabeça e sorriu de canto. Ela gosta que eu me importe?

- Vamos pra sala. - ela levantou e estendeu a mão pra mim. Levantamos e fomos até a sala. Tive a leve impressão de que todos olhavam para nós.

Bill estava sentado em seu lugar, de cabeça baixa. Todos estavam cochichando e o professor ainda não tinha entrado. Jeny me encarava com ódio e desdém, enquanto todos apenas riam.

- Hum, quer dizer que a Kate levou um chifre do Bill com a Kristin, e ele levou um galho da Kristin com o Tom? HAHAHA! Que patético isso! Esses garotos dividem até a guria! - Mandy gargalhava.

- Pois é, devo ter sorte de estar sendo disputada por dois garotos lindos. - Kristin rebateu rindo. Nos encaramos sérios por dois segundos, até cairmos na gargalhada juntos. Povo idiota, nem vou perder meu tempo explicando nada.

- Sim, sim... Kris, se você está sendo disputada por Bill e eu, agradeça. Tem gente aqui que nenhum de nós pegava nem de graça! - ri e encarei Jeny. Mandy entendeu como se fosse pra ela, e saiu bufando. Sentei em meu lugar e Kristin sentou-se logo atrás de mim.

- Kris. - Bill sentou-se de lado e a encarou. - Foi mal. Não sei porque fiz aquilo. A minha vingança passou dos limites. Tô me sentindo péssimo, por favor me perdoa! - ele quase chorava.

- Bill, tá tudo bem... Vamos esquecer isso, tá legal? - Kristin falou meio sem jeito.

- Não, não vamos esquecer isso. - interrompi. - Bill, converso com você lá em casa. - falei irritado e virei para frente. Ele me olhou assustado sem entender.

A aula correu depressa, até a hora do intervalo.

- Tom, se eu mesma já desculpei o Bill, por que você não esquece tudo isso? - Kristin foi ao meu lado vendo Bill sentar-se sozinho.

- Olha, eu quero conversar com ele. Não vou matá-lo. - falei sorrindo de lado. - Se quer que eu esqueça tudo, então espere aqui que eu vou falar com ele. - ela acenou positivamente com a cabeça.

Caminhei lentamente até a mesa onde meu irmão lesado estava. Bill nem tocava na comida.

- Ei, acorda. - falei bruscamente e sentei a sua frente. - Que porra foi aquela? - encarei-o irritado.

- Tom, eu estava com muita raiva... Kate me viu de mãos dadas com a Kris e nem ligou. ou fez que não ligou, mas isso me desesperou! Tinha que dar uma lição nela, então tomei a atitude mais idiota a se fazer na hora! Beijei nossa amiga, e ela deve estar super chateada comigo! - ele quase chorava. Eu não devia, mas estou com pena dele.

- Bill, não sei se você notou, mas ela não ficou brava com você, e sim com vergonha. ela não é uma garota qualquer. Se você tinha esse objetivo, agarrá-la em frente a Kate, deveria saber que ela não iria levar numa boa! Além do mais que está tudo bem agora, mas você nem se quer lembrou de mim! - falei esganiçado.

- De você? - ele ergueu uma sobrancelha. - Não entendi.

- Cara, tô começando a ficar afim da Kris, mas ela é diferente e é minha amiga. Não dá pra pegar ela e sair fora. Ia estragar a amizade, sabe? - falei baixo e a olhei de longe. Ela estava sentada no banco, escutando música no seu MP4.

- Sério! Tom, eu não sabia! - ele se desesperou. - Me desculpe!

- Tá, tudo bem... Mas se você fizer qualquer coisa de novo, eu juro que te arranco as bolas com minhas próprias mãos! - falei sério e depois ri de sua cara de susto.

- Okay, não farei nada! - ele ergueu a mão fazendo promessa. Rimos juntos. Ah, meu irmão está de volta!

Fomos chamar Kristin para sentar conosco e comemos nossa comida sem pressa. O intervalo acabou e fomos para aula. Tudo voltou ao normal, as brincadeiras, piadinhas e até mesmo os xingamentos dos professores.

Voltamos para casa os três, rindo e conversando.

- Depois de três dias Gustav e Georg chegam de viagem. Vão chegar no sábado, então podemos marcar alguma coisa. - Bill falou olhando no celular. - Eles acabaram de me mandar uma mensagem. Avisaram que a segurança do dormitório feminino desse ano está mais rígida que terreno do inimigo. - rimos juntos. - Bom, nada que Tom Kaulitz não possa driblar. - Bill falou rindo e Kristin me olhou.

- O que foi? - eu ri. - Ah, sempre invadíamos os dormitórios. Até hoje nunca fui pego! - estufei o peito.

- Bom, já sei que nessa viagem vamos correr risco de vida! - ela riu. Bill sorriu e guardou o celular. Kristin, a única que corre risco é você.

- Nein, sem problemas. Só estou lá pra ajudar! - fiz uma cara de pervertido e esfreguei as mãos rindo. Bill e Kristin me deram livradas rindo.

Chegamos em casa e nos despedimos. Kristin e eu ficamos um minuto lá fora, e Bill, entendendo a situação, foi direto almoçar.

- Tom, espero que você não invada nosso dormitório quando viajarmos. - ela riu.

- É isso que você quer? - perguntei colocando uma mão em sua cintura. Ela fez uma cara marota.

- Bom, eu nem me importo. - rimos quase em silêncio.

Enquanto eu fitava aqueles olhos me lembrei de nossa aproximação, então dei um beijo na bochecha mais pro canto da boca, encostando milímetros de nossos lábios propositalmente. Larguei sua cintura e acenei. Fui pra dentro de casa enquanto ela ainda me encarava envergonhada.