The replicator.

Violets In The Window


Penelope acordou num quarto grande. Maior do que ela estava antes de apagar. Ela nem tinha noção que ficou dois dias apagada. A dor atrás da cabeça deu uma noção do problema, mas estava muito bem fechada com um curativo milimetricamente colocado. Seus cabelos estavam sem sangue seco o que significava que ele havia lavado. Ela não estava com a mesma roupa de antes, mas sim com um vestido roxo com alguns brilhos. Obviamente não era o tipo que ela pararia para comprar.

A cama com lençóis rosas estava desarrumada no outro lado. Alguém havia dormido ao seu lado naquela noite.

Uma bandeja de comida foi deixada ao seu lado. Comida que ela nem fazia noção do que era, mas a fome era tanta que ela não se importou.

— Tomara que não tenha nada estranho aqui. – Ela falou enquanto comia outro pedaço.

— Espero que esteja gostando. – Falou uma voz de homem vinda no corredor.

— Estou presa aqui há não sei quanto tempo. – Falou Penelope.

— Mais alguns meses e você vai sair daqui. – Falou Chazz.

— Eu realmente quero me casar com Hotch. – Falou Penelope.

— Você já é casada. – Retrucou Chazz. – Comigo.

Penelope sentiu a comida voltando.

— O que você fez? – Ela perguntou.

— Eu me casei com você. – Falou Chazz. – Somos oficialmente casados.

— Nunca. – Penelope tentou chegar até a porta, mas um ferro grande bloqueou sua saída.

— Vejo que descobriu que não vai sair daqui. – Falou Chazz. – Seu espaço será reduzido gradativamente a cada semana de gestação.

— Eu não posso carregar um bebê seu. – Falou Penelope.

— Ainda não está. – Falou Chazz entrando no quarto e jogando Penelope contra a cama. – Quem sabe treinando bastante a gente consegue.

Chazz pegou as mãos de Penelope e as amarrou contra a cabeceira da cama. Ele a tocou nas pernas, levantando o vestido e a deixando apenas de roupa intima.

— Agora eu vejo o que os homens veem em você. – Falou Chazz. – Deusa dos computadores.

Chazz abaixou a roupa intima e a Penetrou. Ela se sentia mal. Ela tentou chutar ele bem "naquele lugar", ela tentou morder, mas não deu certo. Ele deu um soco que a fez apagar. Então ele concluiu o "serviço" e mandou que a deixassem pronta para mais tarde.

Jacke e a equipe IRT chegaram ao Vale Del Vino. A região era toda coberta por pareais de uva roxa e champanhe.

— Podemos parar na volta para tomar um vinho na cantina. – Falou Clara. – Quando tudo isso acabar.

— Não vai ser tão cedo. – Respondeu Jack.

Rossi e Hotch seguiam logo atrás. Hotch perdido em pensamentos de que algo estava errado com sua garotinha.

— Nós vamos encontrá-la. – Falou Rossi.

— E se for tarde? – Perguntou Hotch. – E se ele já deixou tudo pronto?

— Do que você está falando Aaron? – Perguntou Rossi.

— E se ele já se aproveitou dela? – Hotch tinha um olhar triste.

— Se ele fez isso ele vai morrer. – Falou Rossi.

JJ, Reid e Morgan vinham em um carro logo atrás.

A casa grande de Chazz foi se aproximado. Hotch sentia uma vibração o puxando para lá a medida em que eles se aproximavam da casa. Ele queria pular do carro e sair correndo até lá.

Jack, Matt e Clara chegaram até lá e desceram na frente. Os dois seguranças de Chazz puxaram a arma e deram dois tiros antes de levar dois cada um e caírem no chão. Os tiros foram no ombro então eles viveriam.

— Chame uma ambulância. – Falou Jack.

Hotchner e Rossi chegaram a casa e saíram do carro, assim com o restante dos agentes.

— Já encontraram ela? – Perguntou Hotch.

— Talvez na parte de cima da casa. – Falou Matt.

— O que estamos esperando? – Perguntou Hotchner. – Vamos!

Eles subiram as escadas. Haviam quatro quartos na parte de cima, todos fechados. Eles arrombariam as portas de fosse preciso.

Hotch quebrou uma das portas e entrou.

— Penelope! – Ele gritou. – Está aqui? – Ele procurou pelo quarto inteiro. – Ela não está aqui.

Rossi quebrou a segunda porta.

— Ela não está aqui. – Falou depois de verificar o quarto inteiro.

Jack e Matt quebraram as duas últimas portas restantes.

— O quarto está limpo. – Gritou Matt.

— Eu a encontrei. – Gritou Jack fazendo os agentes se reunirem no quarto.

— Ela está? – Perguntou Hotchner.

— Viva. – Respondeu Jack depois de verificar o pulso.

– Precisamos de uma ambulância. – Gritou Rossi.

— Ninguém vai sair daqui. – Falou Chazz apontando uma arma para os agentes. – Eu não terminei com ela ainda.

— Olhe a sua volta, Chazz. – Falou Hotch. – Um contra todos os outros. Acha que vai sair ganhando?

— Posso atirar em um ou dois antes de cair. – Falou Chazz.

— Se não cair antes de acertar um. – Falou Hotch.

— Tem tanta força de vontade em me matar. – Falou Chazz. – Eu tirei algo de sua garota que ela nunca vai se esquecer.

— Você vai pagar pelos seus crimes. – Falou Rossi. – Não só contra Penelope, mas contra aquele bebezinho que você tirou dela.

— Foi Ariella quem fez aquilo. – Retrucou Chazz. – Eu só dei a ordem.

— Isso já qualifica como homicídio. – Falou Clara. – Homicídio contra um feto. Um aborto muito mais que ilegal.

— Mulheres fazem isso o tempo todo como controle de natalidade. Elas nem ligam quem estão matando. – Falou Chazz. – Porque eu deveria?

— Algumas mulheres conseguem abortos legais. – Falou Mae. – Elas não podem ter um bebê vindo de um estupro porque a psique delas acaba esfarelada com o trauma daquele acontecimento e gerar um filho daquilo matam elas dia a dia. Outras acham melhor abortar em caso de bebê defeituoso e preferem que ele não nasça.

— Acha que isso é justificável? – Perguntou Chazz.

— Acho. – Respondeu Mae. – Uma mulher não pode passar por uma perda assim. Completar os nove meses e descobrir que o seu bebê não vai dormir no bercinho lindo que ela comprou para ele. Ou que ela vai ter que enterrar seu bebê sem ter passado um dia com ele vivo. Não que isso justifique, mas só a mulher pode justificar ou decidir o que fazer com seu corpo.

— Já entendi que você é feminista. – Falou Chazz.

— Não precisa ser feminista para saber o que se deve fazer. – Respondeu Clara. – Assim como uma vítima de estupro não deve ser culpada pelo o que aconteceu com ela.

— Abaixe a arma, Chazz. – Falou Jack.

— Eu não volto para a cadeia. – Falou Chazz.

— Prefere morrer? – Perguntou Rossi.

— Posso realizar seu desejo, Chazz. – Falou Hotch provocando ele.

— Em troca do que? – Perguntou Chazz.

— Em troca de você deixar Penelope ser levada para a emergência e ser tratada. - Respondeu Hotch.

— Achei que iria me oferecer um acordo. – Grunhiu Chazz.

— Não vai ganhar nem um café na cadeia se ela morrer aqui. – Falou Hotch.

— Apesar de eu ter batido a cabeça dela na parede há dois dias ela ainda está aqui. – Falou Chazz.

— Você está confessando uma tortura? – Perguntou Rossi.

— Sim. Estou. – Falou Chazz. – Vai ser bom para o meu acordo.

— Não vai existir nenhum acordo Chazz. – Falou Jack. – Você é um italiano sequestrando uma agente americana. Vai ser preso aqui na Itália por estupro, sequestro e tortura. Ainda pode se safar de assassinato.

— E se ela morrer? – Perguntou Chazz.

— Aí você vai por assassinato também. – Falou Matt.

— Ela nem está tão má assim agora. – Falou Chazz.

— Você a levou num médico para ver a pancada na cabeça? – Perguntou Clara.

Chazz fez a menção de abaixar a arma, mas depois voltou a apontar, dessa vez para Hotchner.

— Atire em mim se você tiver coragem. – Desafiou Hotch. – Atire e você vai morrer na mesma hora.

— Eu só tenho duas balas. – Falou Chazz.

— Então porque não usa uma e se mata? – Perguntou Reid.

— De todos os agentes que poderiam me dizer uma coisa dessas eu nunca esperei ouvir de você, Agente Reid. – Falou Chazz.

— Há chances que você morra aqui hoje. – Falou Reid. – Não quero que digam que eu não tentei.

— Você sabe o que é perder alguém que ama. – Falou Chazz.

— É. Realmente eu sei como é perder alguém que se ama, mas nada vai trazer seu filho de volta. – Falou Reid.

— Chazz. – Hotch começou a se aproximar lentamente. – Ainda há uma chance de você sair vivo daqui. Mas você tem que lagar essa arma e tem que ser agora.

Chazz pensou um pouco. A arma novamente começou a baixar. Ele olhou para cima como se pedisse perdão ao filho.

— Jogue a arma no chão e coloque as mãos para trás. – Ordenou Hotch.

— Ele vai me perdoar? – Perguntou Chazz.

— Quem? – Perguntou Jack. – Quem vai te perdoar?

— Guiseppe. – Falou Chazz. – Na embaixada americana.

— Porque ele teria que te perdoar? – Perguntou Rossi.

— Eu matei a filha dele há dez anos. – Respondeu Chazz.

— Espera que ele te perdoe por matar a filha dele? – Perguntou Jack.

— Espero. – Respondeu. – Não espero que isso a traga de volta, mas espero que alivie a dor.

— O que você vai fazer? – Jack perguntou Gritando. – Não faça isso!!

Chazz pegou a arma do chão e mirou para Penelope na cama.

Houve o som de um trovão misturado com um tiro e apenas um escuro. Afinal já era noite. O lugar ficou às escuras e tão silencioso quando poderia ficar. E ficou assim por algumas horas.