The replicator.
Disaster Flower
Penelope acordou na emergência do hospital. Ela não tinha certeza do que havia acontecido naquele lugar. Ela tinha certeza de que alguém havia morrido naquele confronto e não tinha certeza se sua equipe estava segura ou se....
Ela parou de pensar ali. Ela estava segura no hospital. Provavelmente nada mais iria acontecer. Ela olhou para a sua IV e para o soro que pingava a cada gota pequena. Ela olhou para o lado e viu Hotch dormindo ao seu lado. A quanto tempo ela estaria ali nessa cama? Há quanto tempo ele estaria ao lado dela, esperando que ela acordasse?
Rossi entrou e viu que Penelope estava acordada e deu um sorriso.
— Que bom que acordou. – Falou Rossi. – Como se sente?
— Uma merda. – Ela respondeu.
— Considerando tudo o que passou estou feliz que tenha acordado. – Falou Rossi. – Ele nunca saiu daqui. – Falou Rossi apontando para Hotch dormindo no sofá.
— O que aconteceu? – Perguntou Penelope confusa. – Como eu vim parar aqui afinal?
— Você não se lembra? – Perguntou Rossi se aproximando. – De nada?
— Só lembro de estar na minha casa e uns homens me pegarem. – Respondeu Penelope.
— Bem. – Falou Rossi. – Eu acho que certas coisas são melhores esquecer.
— Eu quero lembrar. – Falou Penelope. – Senão. Que tipo de testemunha eu vou ser?
— Penelope você não será testemunha. – Respondeu Rossi. – Não há nada para testemunhar, ninguém para culpar.
— Do que está falando? – Perguntou Penelope. – Sam. Eu quero testemunhar contra Sam.
Rossi ficou triste de repente. Ele não sabia como dar aquela noticia e de como ela reagiria. Por sorte, Hotch acordou naquela hora.
— Dave. Porque não me acordou e disse que ela estava acordada? – Hotch se aproximou de Penelope. – Fico feliz em ver seus olhos.
— Do que ele está falando? – Perguntou Penelope. – E o que ele quis dizer com "ninguém para culpar"?
— Sam está morto, Penelope. – Respondeu Hotchner.
Penelope ficou chocada. Lágrimas de alivio correram pelo rosto.
— Como isso aconteceu? – Ela perguntou. – Eu tenho, eu preciso saber.
— Isso faz quase uma semana, querida. – Respondeu Hotch.
— Uma semana? – Ela ficou assustada. – Eu dormi uma semana?
— Seu corpo precisava se recuperar. – Respondeu Hotch.
— Como ele morreu? – Perguntou Penelope.
— Quer realmente passar por isso? – Perguntou Hotch.
— Eu preciso disso para continuar em frente. – Falou Penelope.
— Se te fizer se sentir melhor então eu te conto. – Respondeu Hotch. – Mas vou segurar sua mão.
Uma semana antes...
— Solte a arma Sam. – Mandou Hotchner. – Solte e você vai para a cadeia.
— EU NÃO VOLTO PARA A CADEIA! – Gritou Sam engatilhando a arma para Penelope. – Eu vou leva-la junto.
Um tiro ecoou pela sala quando as luzes que mantinham o local iluminado apagaram.
Hotch, Rossi e Morgan foram os primeiros a acordar depois do tiro. Seus olhos conseguiram achar o interruptor de luz. Sam estava morto no chão com a arma na mão, caído consideravelmente ao lado da maca onde Penelope estava deitada inconsciente.
Hotch e Rossi se aproximaram de Penelope checando seus sinais vitais enquanto Morgan checou Sam mesmo sabendo que estava morto. O tiro na testa colaborava com isso.
— Morto. – Disse Morgan. – E ela?
— O pulso está fraco, mas ela vai ficar bem. – Respondeu Rossi. – Algum dia.
— Ela está toda... Toda quebrada. – Falou Hotch para a mulher a sua frente. – Ele acabou com ela.
— Ela vai ficar bem. – Falou Reid chegando perto. – Vejo um braço quebrado, um corte na perna e algumas costelas quebradas. As costas devem estar com feridas e os pulsos estão com marcas de furos.
Hotchner, Rossi e Morgan olharam para ele.
— Eu não vejo como isso iria acontecer. – Falou Morgan.
— Tudo isso que eu disse tem jeito. – Falou Reid. – Dá para curar.
— Ele disse que não a violentou. – Hotch falou Triste.
— Vamos pedir um exame completo. – Falou Rossi.
— Uma ambulância vai chegar aqui em dez minutos. – Falou JJ. – Deveríamos tentar estabiliza-la até a chegada deles.
— Talvez se pedirmos para ela abrir os olhos. – Falou Reid.
— Eu acho que ela tem que ficar dormindo. – Falou Morgan. – Ela precisa de um descanso.
— Ela sabe que estamos aqui. – Falou Hotch. – Quando ela nos viu cegando e a gente estava na casa em frente à janela. Ela olhou para mim.
— E quanto a eles? – Perguntou Emily.
— São os capangas que ele contratou. – Hotch falou. – Eles acabaram mortos e com 100 mil na conta.
— Para quem esse dinheiro vai ficar? – Perguntou Morgan. – Agora que eles e Sam estão mortos?
— Não é da nossa conta. – Respondeu Hotch. – Nossa prioridade é manda-la para o hospital.
— Quem deu o tiro? – Perguntou Emily.
— Hotch. – Respondeu Rossi. – Ele apontou a arma para Penelope então ele deu um tiro bem na cabeça dele.
— Belo tiro. – Falou Blake.
— Acertou onde estava mirando. – Falou Reid. – Hotch nunca erraria.
A ambulância finalmente chegou e Penelope foi colocada em uma maca completamente diferente da que ela estava. Hotch foi ao seu pouco se importando o que os outros pensavam dele. Pouco se importando com Mateo que teve seu cargo efetivado e queria ser informado.
— Então Strauss foi demitida no final das contas? – Perguntou Emily.
— Eles não viram bem ela ter ajudado no sequestro de Penelope. – Respondeu Reid. – Ela não foi processada criminalmente.
— Eles a deixaram livre? – Perguntou Emily.
— Ela tem uma audiência para discutir o futuro fora da prisão. – Respondeu David. – Mas acho que ela enlouqueceria alguém lá na prisão se fosse presa.
Reid, Emily e Blake riram. JJ fez algumas ligações para garantir que teriam guardas esperando Penelope quando ela chegasse ao hospital e fosse levada direto para atendimento prioritário. Hotch estava na ambulância vendo o trabalho dos enfermeiros tentando de alguma forma estabiliza-la e o medo de piorar as lesões aparentes.
Eles chegaram ao hospital alguns minutos depois e levaram ela diretamente para uma sala cirúrgica. Ela precisaria disso para reparar o braço quebrado e limpar a ferida em sua perna. Quando David chegou ao hospital ele viu nos olhos de Hotchner o medo de perder Penelope por causa de um maldito psicopata.
Duas horas depois o médico finalmente deu uma posição sobre o estado de Penelope.
— Tem certeza que ela ficou com ele só quatro dias? – Perguntou o médico surpreso.
— Absoluta. – Respondeu Hotch.
— Para ela ficar desse jeito ele teve um certo trabalho eu diria. – Falou o médico escolhendo palavra por palavra.
— Ela vai ficar bem, não vai? – Perguntou JJ.
— - É exatamente por isso que eu estou aqui. – Falou o médico. – Preciso pedir uma coisa. Não é exatamente legal aos olhos da lei.
— Eu posso decidir. – Falou Hotchner tomando a frente.
— Ela precisa de um tempo para curar. – Começou o médico. – Eu queria que ela permanecesse uma semana em coma induzido e ela poderia curar mais rápida.
Hotch e Rossi se olharam.
— Ela vai ficar bem depois disso? - Perguntou Hotchner.
— Provavelmente sim. – Respondeu o médico.
— E não tem nenhum risco? – Perguntou Rossi.
— Acho que só tem pros. – Falou o médico. – Com ela dormindo o corpo se cura mais rápido e a gente pode fazer os exames que faltam.
— Faça. – Falou Hotchner. – Eu lhe autorizo. Acho que ela vai me odiar por isso, mas ela precisa descansar e melhorar.
— Então eu vou fazer. – Falou o médico. - Eu vim aqui também para informar o tamanho das lesões dela. Apesar de ela parecer mais quebrada do que realmente ela estava, apenas o braço estava realmente quebrado. O corte na perna foi limpo e fechado com gaze, o braço foi consertado com pinos e ela vai precisar de reabilitação para ter a mobilidade de antes. As costas exigem um cuidado maior por causa das marcas de chicote, mas elas vão curar gradativamente.
— Então ela não estava tão mal assim. – Falou Hotch. – Quando poderemos vê-la?
— Depois que a colocarmos em sedação um de vocês vai ser autorizado a ficar no quarto com ela enquanto os outros só podem ficar de visita. – Respondeu o médico.
— Ela está ainda correndo perigo. – Falou Hotch. - Então é preciso alguém com uma arma.
- Você é um agente do FBI então tem permissão de usar uma arma. – Respondeu o médico. – Então quem vai ficar com ela?
— Eu. – Respondeu Hotchner. – Eu fico com ela.
Os outros se olharam.
— Nós nos revezamos em cuidar dela. – Falou Rossi. – Um dia para cada um.
— Está certo. – Falou o médico.
Hotch sentiu o olhar dos outros agentes para ele. Ele sabia que teria que explicar em certo momento o que sentia.
Presente...
— Então eu fiquei uma semana em coma? – Perguntou Penelope. – Perdi muita coisa nesse tempo?
— Emily ficou uma noite com você, mas teve que voltar para a INTERPOL. – Respondeu Hotchner. – Ela prometeu ficar um tempo por aqui quando você se recuperar.
— E como eu estou? – Penelope teve receio em perguntar.
— Fisicamente você está se recuperando bem. – Respondeu Hotch. – Fizeram teste de estupro e ele felizmente veio negativo para qualquer contato.
Penelope respirou fundo.
— Pelo menos isso. – Ela falou.
— Seu braço está melhor, mas vai precisar de reabilitação para mexer com o mesmo movimento de antes. – Falou Hotch. – Suas costas curaram e seus pulsos estão curando gradativamente. Os furos foram muito fundo então eles esperam que você precise fazer uma pequena cirurgia para reparar o tecido machucado.
— Eu vou voltar a ser mesma? – Perguntou Penelope.
— Sim. – Respondeu Hotch. – Esqueci de mencionar o corte na sua perna. Ele vai curar com algum atraso porque a lamina não cortou regular. Algumas áreas são profundas e outras rasas.
— Eu não me lembro do que ele fez. – Falou Penelope.
— Acho melhor que não lembre. – Falou Rossi. – Para o seu bem.
— Porque? – Perguntou Penelope.
— Ele filmou tudo o que fez. – Respondeu Rossi. – Entregamos as fitas para o conselho de apuração. Eles não vão nos deixar ver.
— Então é melhor eu não ver? – Perguntou Penelope.
— Vamos deixar isso para lá agora. – Falou Hotch. – Eu tenho algo para perguntar.
A caixa de anel no bolso de Hotch foi pega cuidadosamente.
— Penelope Garcia. – Começou Hotch. – Depois de tudo o que você passou eu não poderia esperar mais então... – Hotch abriu a caixa revelando o anel. – Você aceita se casar comigo e me deixar te proteger de todos os perigos dessa vida daqui até o fim?
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