The mine word: Blue roses.

Capítulo 8: Recompensa.


Não consegui pensar em outra coisa o dia todo. Apenas imaginar o Brine influenciando minha filha já me dava arrepios.

Mesmo no banho as coisas não melhoraram. Tentei relaxar, mas não consegui. Fiquei um bom tempo tentando pensar no que fazer, mas não consegui. Saí do banho e procurei pela minha camisa, mas não consegui achar.

Fui direto pra cama. Alex já dormia, assim como Gisele e Pokko. Terminei de secar os meus cabelos e me joguei sobre a cama, fazendo um estalo na madeira.

—Talvez seja só coincidência. As vezes eu falei do Brine pra ela e isso a fez ter um pesadelo. Sim, deve ser isso.

Enquanto tentava me enganar, Pompo entrou no quarto. Não prestei muita atenção de início. Perdido em pensamentos.

—Não vai olhar pra mim? —Perguntou ela em tom autoritário.

—Desculpe. Só pensando em uma coisa que a Alex me disse. —Não a olhei diretamente. —Uma coisa boba, mas parecia pertuba-la.

—Por que não falamos disso... —Ela caminhou até a cama. Seus pés descalços faziam barulho no chão de madeira. —... Enquanto você olha pra mim? —Um tom mais descontraído.

—Certo, Pompo, o que você...

Ela acabara de sair do banho. Seus cabelos estavam molhados e pareciam pesados. Sua pele tinha uma leve tonalidade avermelhada, além se cheirar a flores. Sua roupa, e essa parte me chamou atenção, era a minha camisa que sumiu, a camisa branca, que cobria todo seu tronco e ¼ das suas coxas.

Fiquei sem reação. Pompo não era de fazer coisas assim. Bom, não com muita frequência.

—Você cuidou muito bem da nossa filha esses dias. Pensei em te recompensar. —Ela desviou o olhar por um tempo. Seus olhos brilhavam à luz das velas do quarto.

—Nóz fazemos isso o tempo todo. Não é bem uma recompensa.

—Você que sabe. —Ela girou o corpo, mostrando que não usava nada mais além da camisa. —Ainda vai recusar?

—Não estou revisando. Quando foi que eu recusei você?

Ela se curvou sobre a cama, deitando sobre o meu peito. Sua respiração estava forte. —Você fez tanto por mim, Steve. Mudou a minha vida, me deu filhos maravilhosos e me fez ter experiências incríveis. —Algo estava pra acontecer. —Eu servirei você hoje. —Passando uma perna por cima do meu corpo, ele montou sobre a minha pélvis e apoiou as mãos no meu peito. —Apenas aproveite.

Começou com um beijo. Um beijo que já se tornava uma necessidade. Pompo segurava meu rosto enquanto movia a língua, ao mesmo tempo que esfregava sua pélvis contra a minha.

Isso durou um tempo. Tempo suficiente pra me deixar louco por ela. Algo estava diferente na Pompo. Algo que não via nela há anos.

Parando de me beijar, Pompo deslizou o corpo até as minhas pernas. Ela puxou a minha calça de moletom, junto da minha roupa íntima.

—Apenas... Aproveite... —Sussurrou ela, mais pra ela mesma do que pra mim.

Era uma coisa nova. Nunca a forcei a nada, muito menos a isso, mas ver ela fazendo assim, por vontade própria, me deixava excitado.

Quando se cansou de esperar, Pompo voltou a ficar sobre a minha pélvis, se colocando logo acima de mim, prestes a penetra-la.

Pude sentir o seu calor, a sua excitação, sua carne, tudo. Aquele lugar, mesmo que muito visitado, parecia diferente.

Senti seus labios novamente, agora com movimentos calmos e repetitivos dela sobre mim. Aquilo estava incrível.

Enquanto não alisava suas coxas, sua bunda, seus seios, ou à beijava, eu apenas me deixava levar por ela.

Soltei tudo dentro dela. Tudo que havia guardado durante os últimos dias. À fazendo parar, respirando forte e brilhando de suor.

—O-O que achou...? —Perguntou ela, recuperando o fôlego.

—Você é a melhor, Pompo.

Ela apenas sorriu, parecendo satisfeita com a resposta. —Ainda... Ainda não acabou.

Pompo voltou a se mover, me fazendo sentir toda a viscosidade de seu interior. Tanto a minha quanto a dela.

Ambos estávamos sensíveis naquele momento. Ambos apreciando um ao outro. Percebo agora o meu erro. Eu a deixei sozinha esses dias. Devia saber que ela seria tola de mais pra assumir.

À puxei até perto de mim, sentindo sua respiração em meu pescoço. —Me desculpe. Não fazia idéia que estava se sentindo sozinha. —Sussurrei em seu ouvido, à fazendo se contrair.

—Não culpo você... Desde que você volte...

Abracei seu corpo, sentindo sua pele. Eu queria aquilo. Queria sentir ela, cuidar dela, amar ela. E, com esse pensamento, eu soltei mais de mim dentro dela.

Pompo saiu de cima de mim, aparentemente satisfeita. Ela se deitou ao meu lado, rindo baixinho.

—Você prec... Precisava ver a sua cara... Estava tão fofo.

—Você também. —Uma de suas pernas ainda estava sobre mim. —Gostou de comandar?

—Adorei... Desde que seja com você.

—Eu também acho.

—Seu bobo. —Ela ri. Seu pé acariciando meu membro. —Você é um idiota. O meu idiota.

—Sim, eu sou o idiota da minha esquentadinha. —A beijei novamente. —E nunca se esqueça disso.

—Você também. —Ela olhou pra mim, vendo meu vigor voltando. —Quer fazer mais...?

Tudo estava longe de ser resolvido. Meus problemas apenas começaram a aparecer. Mas, por que não aproveitar esses momentos de calma?

—Claro que quero.

Visão da Alex:

Não consigo dormir. Não quero dormir. Não vou dormir. Ficarei acordada. Eu e o Senhor Ursinho ficaremos acordados a noite inteira.

O Senhor Ursinho é um urso de pelúcia que a vovó me deu. Ela disse que era da mamãe, mas que ela nunca brincou com ele. Seremos melhores amigos agora.

—Sobre o que podemos conversar durante a noite? Precisamos falar baixo. Não podemos acordar o Pokko. —Disse baixinho, esperando uma resposta.

O Senhor Ursinho tem um pelo dourado e bonito. Parece com os cabelos da mamãe, do Pokko e do vovô. Não como os meus, que são escuros. Papai diz que gosta deles assim. Ele é legal. Conta histórias pra mim, faz coisas gostosas na cozinha e brinca comigo quando pode.

—O papai é legal, não acha? Ele é tão diferente e sempre brinca comigo. Ah! As vezes ele briga também, quando faço arte. Ele fica bravo comigo, mas depois ele diz que é porque gosta de mim.

A Gigi também gosta de brincar comigo. Ela me contou que foi até o lago que eu achei. Disse que adorou e que me levará até lá quando eu estiver melhor.

—A Gigi tem espadas que viram pessoas. Você não pode virar uma pessoa, pode?

Quanto tempo eu passei assim, conversando com o Senhor Ursinho? A luz do sol já atravessava as janelas de madeira e iluminava o quarto com listras brilhantes.

—Quer ir dar uma volta? O papai e a mamãe não vão brigar dessa vez. Não iremos muito longe.

Desci da cama. O chão estava frio e fazia barulho quando eu andava. Saí do quarto.

O sol estava bom de se sentir. Quentinho, quentinho. Sentei nas escadas em frente à porta, colocando o Senhor Ursinho ao meu lado.

Ainda vestia meu pijama verde claro. Ele vai ficar sujo. Meus pés também. Será que a mamãe vai ficar brava com isso?

—Quer ir em algum lugar? Vamos andar um pouco.

Levantei das escadas, limpando o que podia do meu pijama. Peguei o Senhor Ursinho e corri pelo campo.

A terra estava fria da noite e alguns grilos saltavam conforme eu corria. Sentia um calor subir pelo meu corpo.

O Senhor Ursinho balançava em minha mão. Ele brilhava com a luz do sol. O calor aumentava mais.

Me joguei no chão, respirando forte e toda suada. Senhor Ursinho estava perto de mim. O calor começava a doer na ponta dos meus dedos.

—Ei, o sol está quente pra você também? Quer voltar pra casa?

Apoiei a mão no chão. O calor sumiu. Minhas mãos brilharam.