The mine word: Blue roses.

Capítulo 17: Noite de amigas.


Visão do Brine: Há muito tempo.

O local de encontro estava deserto. Talvez eu tenha chegado muito cedo.

O Sol já se encontrava no meio do céu, irradiando o bosque de árvores de sol com seu calor.

Retirei o elmo dá cabeça e o coloquei sobre uma pedra que estava ao meu lado. Balancei a cabeça e arrumei meus longos cabelos escuros. Quando essa guerra irá acabar?

Um barulho no bosque. O som de uma armadura emergia junto a uma figura robusta de cor verde. Finalmente ele havia chegado.

—Pensei que já não viesse mais, Luciferi. —Disse, levantando-me do chão e o cumprimentando.

—Alguma vez faltei a um encontro? —Ele retirou seu elmo, esvoaçando seus cabelos loiros. —Desculpe pelo transtorno. Sei que está sendo difícil manter o controle das Montanhas de fogo.

—Algumas horas não farão diferença. Então, o que queria discutir?

—Penso que meus soldados já estão suficientemente numerosos para investir contra Ender e seus exércitos. Porém, não posso fazer isso sozinho.

—Do que precisa?

—Preciso de você, Brine. —Ele colocou a mão sobre o meu ombro. —Precisamos parar a Ender ou ela nos destruirá. Sabe disso. Rhiru está morto e suas criações se espalharam pelo Deserto da borboleta. É questão de tempo até que Blubei também pereça no norte. Preciso de você.

—É uma decisão arriscada. Se eu abandonar as Montanhas de fogo, o Nether ficará desprotegido.

—O que posso fazer para convencê-lo? Faço qualquer coisa.

—Bom... —Seus olhos eram de puro medo. Luciferi me ajudou inúmeras vezes. Não poderia deixar ele assim. —Consiga alguns postos avançados próximos à Fortaleza norte. Se conseguir, ajudo você e Blubue.

—Farei o meu melhor. —Ele recolocou o elmo e apoiou a mão sobre o cabo de sua espada. —Nos vemos no norte, irmão.

Luciferi sumiu por entre as árvores. Essa foi a última vez que o vi.

Visão da Pompo:

Minha boca estava seca. Minha cabeça latejava. Meus quadris estavam doloridos. O quarto permanecia escuro e fechado, com um cheiro de bebida e suor o impregnando.

Steve acariciava meus cabelos inconscientemente enquanto dormia. Ele realmente gosta de fazer isso.

—Ei, dorminhoco, acorda. Já é de manhã. —Sussurrei em seu ouvido, beijando sua bochecha em seguida.

Steve estava completamente apagado. Dormindo com uma cara de idiota.

Pokko ainda dormia em seu berço. Espero que não o tenhamos acordado. Aliás... Onde está a Alex?

Visão da Alex: Noite passada.

Desisti de bater na porta do quarto. Como puderam ir dormir e me deixarem do lado de fora?!

Resolvi que tomaria um banho. Estava completamente suja de terra e suor.

Quando entrei no banho, Linna se lavava em frente a um espelho. Era a primeira vez que a via dessa forma.

—Alex?! —Ela se espantou. Não deve ter me visto entrar. —Poxa, não me assuste assim.

—Desculpa. Você estava toda concentrada.

—Já que está aqui, poderia me ajudar a lavar os cabelos? Está todo sujo de poeira e terra.

—Sei como é. Vêm, vou ajudar.

Coloquei um pouco de sabão em minhas mãos e comecei a lavar seus cabelos que, diferente dos dos irmãos, eram castanhos.

—Foi uma surpresa você aparecer. Pensei que fosse dormir.

—Eu ía, mas a porta do quarto está trancada.

—E seus pais? Foram dormir?

—Acho que sim. Estranho que... —A porta do banho se abriu, me assustando.

—Então as duas estão aqui? Que surpresa. —Rheal entrou no banho calmamente. Calmo até de mais.

Me cobri com minhas mãos e briguei com ele. —Não vê que estamos aqui?! Não pode entrar!

—Por que não? Algum problema? —Sua postura era estranha e arrogante. Ele parecia não se importar de ser visto pelado, c-com aquela... Aquela coisa balançando entre suas pernas. Não sabia se cobria meu corpo ou os olhos.

—Calma, Alex. O Rheal é meu irmão. Está tudo bem.

—Espera, vocês já fizeram isso antes?!

—Todo dia. Por quê? —Perguntou Rheal.

—Rheal, não seja assim. Deixe de bobeira e vá pra banheira. —Disse Linna. —Quando sairmos você pode se lavar.

—Por mim tudo bem. —Ele carregava uma toalha sobre os ombros. —A propósito, Alex, você é mais bonita do que eu pensava.

—E-Eu vou explodir a sua cabeça!!!

Ele riu de mim, se jogando na banheira.

—Ei, se acalme. Venha, vou lavar os seus cabelos agora. —Disse Linna, trocando de lugar comigo.

Depois que terminamos, Linna se desculpou pelo que o Rheal fez. Explicou que costumam tomar banhos juntos e que deveria ter me avisado.

—Você não tem onde dormir, não é? Vêm pro meu quarto. Podemos conversar a noite toda, se você quiser.

Não tive como recusar. Era melhor que dormir com a Gigi e o amigo estranho dela.

Ao chegarmos no quarto, Linna agarra meu braço e me puxa com ela até a cama, que era grande como a de um adulto.

—É a primeira vez que uma amiga minha vêm dormir comigo. O quê podemos fazer?

—Não sei. Você não quer dormir?

—Não! Precisamos fazer alguma coisa... —Ela pensa um pouco. —Ah! Aproveitando o que aconteceu, eu quero saber: você gosta do Rheal?

—Ele é legal. Um chato arrogante, mas legal.

—Não, digo, como namorado.

—O quê?! Nunca! Que nojo! —Ela riu minha reação, se jogando sobre um dos travesseiros. —Imaginei. Vocês não combinam.

—Ainda bem. Quero nem pensar nisso.

—Só você, Alex. Bom, vamos mudar de assunto...

Aquela seria uma looonga noite...