The magic princess

Plagg? Kwami? Herói? Isto vai ser giro!- part 1


Enquanto as três amigas tinham esta conversa, um certo gato preto andava de telhado em telhado a pensar nos acontecimentos de hoje.

Flashback

Nathaniel estava a caminho de casa, depois de longas horas de filmagens, quando viu uma rapariguinha, que devia ter uns seis ou sete anos, a atravessar a rua e um carro a vir na direção dela a toda a velocidade. Sem nem pensar nas consequências, correu e salvou a rapariga pondo em risco a sua própria vida.

— Maria! Minha querida filha! Graças a Deus tu estás bem!- disse uma mulher vindo a correr e a abraçar a menina- Nunca mais voltes a desaparecer assim! Ouviste bem?

— Sim mamã…

— E você,- disse virando-se para Nath- muito, muito obrigada por ter salvado a minha filha!

— Ah… N foi nada!- respondeu ele.

Dito isto apanhou a sua bolsa, que tinha caído ao chão, e continuou o seu caminho até casa. Quando chegou lá cumprimentou a Natália (secretária do seu pai) e a mesma informou-o que por aquele dia não havia mais compromissos. Ele agradeceu à secretária (e mentalmente agradeceu aos deuses), dirigiu-se para o seu quarto e atirou a sua bolsa para cima da cama, mas falhou e a mesma caiu no chão.

— Bolas! Mas será que sempre que eu vá atirar a bolsa para a cama nunca acerte?!

— Calma rapaz! Então tu quase me matas e depois ainda berras?! Que anfitrião!- disse uma criaturinha que saiu da bolsa do Nath. A criaturinha era bastante parecida com um mini gato preto de olhos verdes.

— Mas… Mas afinal quem ou o que é que és tu?!- perguntou Nath visivelmente assustado e confuso.

— Eu sou o Plagg. Agora tu não tens nada que se coma?

— Plagg?

— Sim! Não ouviste à primeira?!

— Sim ouvi mas… O que és tu e porque estás aqui?

— Eu sou um kwami.

—- Kwami?

— Sim, kwami são criaturas que habitam nos miraculous, que neste caso é o teu anel, e que permitem que os portadores dos mesmos se transformem.

— Se transformem?

— Sim, se transformem.

— Em quê?

— Ai, ai… Estes novatos matam-me… Em super heróis!

— Super heróis? Com poderes, fato, armas e identidade secreta?

— Sim!! Agora dá-me comida, estou esfomeado!

— Espera que eu já te dou só quero que respondas a mais duas perguntas.- disse Nath esperançoso.

— E quais são?- Plagg começava a ficar chateado com o rapaz… Mas afinal qual era a dificuldade de lhe dar um pedaço de comida? Nenhuma!

— Primeira: porque estás aqui?

— Estou aqui porque tu tens o miraculous do anel.

— Ainda não percebi. Eu sempre tive este anel então, porque é que só apareceste agora?

— Porque os kwamis apenas aparecem quando o portador do miraculous faz uma ação heróica sem pensar nas consequências.

— E quando foi que eu fiz isso?

— Agora há pouco quando salvaste aquela rapariga.

— Só isso?

— Só isso?! Tu puseste a tua vida em risco para salvar a rapariga!

— Aaaa… Então foi isso…

— Pois foi! Diz lá qual é a outra pergunta que eu estou com fome.

— Ok, ok… Entã, se os kwamis podem transformar os portadores em super heróis, e eu sou um portador, isso quer dizer que me vou tornar num super herói certo?

— Certo. Qual é a dúvida?

— Qual seria o meu fato, arma, poder e identidade secreta?

— Ora bem, o teu poder seria o Cataclism e com esse poder podes destruir qualquer coisa. O teu fato seria preto, com um cinto a fazer de cauda e duas orelhas pretas como as de um gato. A tua arma seria um bastão que se estende o quanto queiras. Ah! Usarias ainda uma máscara preta para esconder a tua identidade. E mais uma coisa: tu tens mais ou menos duas horas de transformação mas se usares o teu poder ficas apenas com cinco minutos.

— Porquê?

— Porque depois de usares o poder eu fico muito cansado.

— A sério? Está bem. Ah! Pois é! Que é que queres comer?

—Hum… Queijo!

— Queijo?

— Sim! Camembert de preferência.

Nath foi à cozinha e pegou, sem que ninguém o visse, um pedaço de queijo camembert. Achava engraçado o facto de um gato preferir queijo a peixe, mas afinal quem era ele para questionar os gostos de uma mini criatura mágica?

Depois de alimentar o kwami o mesmo disse-lhe algo que ele tanto ansiava por ouvir:

— Basta dizeres “Transforma-me” que a magia acontece.

— Ótimo! Plagg, transforma-me!

Depois das palavras mágicas terem sido ditas o pequeno kwami é sugado pelo anel e transforma Nath numa pessoa totalmente diferente, por fora claro pois por dentro continuava o mesmo de sempre apenas se sentia mais… livre!

Saiu do quarto pela janela e correu em cima dos telhados.

“- Espero que as pessoas não pensem que é um ladrão ou algo do género...”. Naquele momento essa era a sua única preocupação. Sim, a única. Ele não ligava a mínima para o facto de as pessoas o conseguirem ver pois, naquele momento, ele não era o Nathaniel Agreste, ele era um rapaz mascarado que tinha total liberdade, que não precisava de seguir as ordens do pai ou de manter a imagem de aluno perfeito. Ele era livre, e ia tirar total proveito da situação. Afinal, duas horas chegam e sobram não é?

Enquanto pensava nisto tudo ele viu-a, aquela pessoa que adorava e que o escutava e ajudava quando ele estava nas piores situações, como quando a sua mão morreu ou quando o pai o proibiu de ter mais amigos para além da Amanda, mas já lá vamos chegar à parte da infância dele, agora o que importa é ela. Nath estava curioso, de onde é que ela vinha e porque é que vinha tão tarde? Decidiu segui-la para ver se conseguia descobrir algo.

Nath já estava a ficar aborrecido, já a estava a seguir à dois quarteirões e nada ainda tinha acontecido! Foi ai que ela parou. Ele também parou e pôs-se a observar cada movimento dela. Ela estava a dizer alguma coisa então ele pôs-se a ouvir melhor, pois graças à transformação ele ficou com visão noturna e a mesma agilidade e audição de um gato.

— Mas afinal o que é que eu tenho de fazer para que a criatura saia do colar?- ela parecia bastante zangada, foi nesse momento que o colar começou a brilhar- Mas o que é que…- ela começa a olhar em volta e foca-se num ponto especifico. Ele, não percebendo nada, olha na mesma direção e percebe o porque de ela olhar para lá.

Era um ladrão que tinha assaltado uma joalharia e agora tentava fugir com o saque. Ao contrário do que Nath pensou que Íris iria fazer, ela aproximou-se do ladrão agarrou-o pelo carapuço e fez-lhe uma rasteira.

— Ora, ora…- disse ele- O que temos aqui? Uma menina armada em heroína? Não és muito nova para me tentares parar?

— Depende, não é muito velho para brincar as polícias e ladrões?- pergunta ela em resposta.

— Ora sua…

— Sua…? Sua o quê?

— Sua pirralha! Vou dar-te uma boa lição!

Dito isto, o ladrão tentou acerta-lhe mas ela desviou e atacou-o logo em seguida imobilizando-o no chão. Nisto ouvem-se sirenes, era a polícia que já estava na esquina da rua.

— Eu não vou ser preso!- disse o homem tentando libertar-se, o que só piorou pois, a Iris puxou-lhe o braço para as costas e empurrou-o para cima causando uma grande dor ao ladrão.

Em vez de ir ajudar a amiga Nath ficou ali sem perceber nada. Ele não conhecia este lado da amiga e ficou bastante admirado ao vê-lo. Nisto a policia chega e pára à frente deles.

— É perigoso. Não deverias estar na rua à noite e, de mais a mais, nós não precisávamos da tua ajuda.- disse um dos policias, aquele que entre todos parecia ser o mais carrancudo.

— Então… Não me vão agradecer?- perguntou Iris relutante.

— Agradecer-te?! Nós devíamos era levar-te para casa e aconselhar os teus pais a fecharem-te lá!- respondeu o polícia.

— Como é?! Eu ajudei-vos e é assim que vocês me agradecem?!- Íris parecia bastante revoltada, e com razão. Então ela é que teve o trabalho todo! Aqueles homens fardados não podiam chegar ali e ficar com os louros! Então decidiu manifestar-se.

— Ela tem razão.- disse ele ficando atrás da Íris e sem sequer dar tempo à amiga segurou-a pela cintura.

— N-Nath?- naquele momento todo o corpo dele gelou. Será que ela o tinha descoberto? O que ela iria pensar dele?

— Q-quem és t-tu?!- perguntou ela, mas parecia assustada. Aquela pergunta fez com que Nath se acalma-se, afinal ela não o tinha descoberto e ele poderia continuar a ser o herói sem que ninguém o repreendesse.

— E-eu?!-disse ele a gaguejar o que não ajudou nada à situação. Mas, naquele momento, o mais importante era o nome, ele tinha de arranjar um nome! De repente lembrou-se de um. - Eu sou… Eu sou o Sky… Isso! Eu sou o Sky! E vim ajudar-te!

— Depois de eu derrotar o ladrão e do polícia ter chegado é que tu me vens ajudar?!- ela estava certa, afinal ele não tinha ajudado em nada.

— Bem… Vendo dessa forma… Tu ainda precisas mais deste gatinho do que eu pensava! És muito... hum… perigosa e tens de te acalmar!- o que em parte era verdade.

— Como é?! Quem é que pensas que és?!- aquilo surpreendeu-o, não tanto pela pergunta mas sim pelo tom de voz da amiga, ele nunca a tinha visto tão… irritada e revoltada.

— Eu sou um herói!

— Nota-se! Por isso é que não ajudas-te a apanhar o ladrão não é?

— Miau! Essa doeu princesa.- principalmente porque ela tinha razão e ele sabia disso.

— Princesa?!

— Eu lamento interromper os pombinhos mas… Nós temos um ladrão que NÓS apanhamos para levar para a esquadra.- diz o polícia carrancudo. A parte dos pombinhos agradou ao Nath, mas não à Iris.

— Vocês?! Eu é que tive o trabalho todo!- diz Iris indignada.

— Concordo. Vocês não deviam ficar com os louros de outras pessoas!- diz o Sky.

— Ninguém te pediu opinião.- diz Iris a bufar.

- Calma!- disse ele.- Não é preciso deitar as garras de fora princesa! Que eu saiba o gato aqui sou eu!- literalmente.

— Arrg! És tão irritante!- diz ela- Se vocês querem ficar com os louros podem ficar! Provavelmente o vosso chefe está zangado e se lhe disserem que foi uma miúda de quinze anos a apanhar o ladrão e não vocês, deve comer-vos vivos!

Depois de dizer isto ela virou-se e caminhou até ao Sky.

— E tu,- disse tocado no gizo que ele tinha no pescoço- vê se diminuis o teu grande ego senão, não vais ser considerado um bom herói, pelo menos não por mim.- aquilo surpreendeu-o, a sua amiga nunca tinha agido assim! Quando estava com el na escola ela era simpática e bondosa, às vezes até de mais, mas agora ela estava a ser respondona e até um pouco antipática. Por isso, quando ela foi embora, ele continuou a segui-la para ver se descobria o motivo de tamanha alteração de personalidade. De repente ela para, tira o telemóvel e liga para alguém. A esse alguém contou tudo o que se passou incluindo o que pensava sobre ele.

— Ok. Falamos depois então.- disse ela desligando o telemóvel.

Dito isto continuou a andar. Quando chegou a casa ela contou aos pais que tinha ido a casa de umas amigas e que perdeu a hora.

“- Mentira. Ela esteve foi mas é a ajuda a policia a apanhar um ladrão.- pensou ele- Está na hora de ter uma conversinha a sós com ela afinal, não se deve mentir aos pais…” – e deu um enorme sorriso quase que… malicioso…

Não esperando nem mais dois segundos entra no quarto da amiga e esperou que ela subisse.

— Mas o que é que…?- disse ela- Tu seguiste-me?!

— Eu? Sinto-me ofendido princesa, mas sim segui. E já agora porque é que contas-te à tua amiga o que se passou verdadeiramente e mentiste aos teus pais? Ah! Sabias que é feio falar mal dos outros nas costas?

— Tu seguiste-me e ainda ouviste as minhas conversas?!- ela parecia bem chateada… O gato quase que podia jurar que, naquele momento, ela estava capaz do o matar o que, por momentos o intimidou e assustou.

— Desculpa…- pediu ele e fez aquele olhar de gatinho abandonado. Ele sabia que a amiga não conseguia resistir aquele olhar.

— Está bem…- disse ela rendendo-se e ele festejou mentalmente- Mas porque é que estás aqui?

— Vim fazer-te uma visita, como é óbvio!

— E a que devemos a honra da tua visita?

— Como tu saíste de lá zangada eu pensei em vir ver como estavas e, também te vim perguntar como é que conseguiste derrotar o ladrão sozinha. É que, não me leves a mal, mas pareces ser fraca em relação a ele e a mim.

Depois de ele dizer isto, a suposta “fraca” andou até ele pegou-lhe pelo braço e rodou por cima dela, fazendo como que o herói fizesse a roda no ar e aterra-se no chão de barriga para baixo. Depois ela voltou a pegar-lhe no braço e colocou-o nas costas empurrando-o para cima, tal como faz como o ladrão, e, enquanto fazia isso, pôs o pé nas costas dele deixando-o completamente imobilizado. Ele ficou tremendamente surpreendido pela facilidade com que ela fez aquilo tudo.

— Tive aulas de autodefesa, box e karaté onde, neste último, ganhei o cinturão negro na primeira semana.- disse ela libertando-o.

— A-ah…- disse ele. Já estava arrependido de ter feito aquela estúpida pergunta.

— Estás arrependido por ter perguntado gatinho?- aquilo surpreendeu-o. Como é que ela sabia que ele estava arrependido de ter perguntado?

— Como é q…

— Acontece sempre isso.- disse ela interrompendo-o - As pessoas fazem-me essa pergunta e depois arrependem-se.

— Ah! Ok. Bem, tenho mais uma pergunta.

— Qual?

— Porque é que tu estás tão diferente?- aquilo realmente o estava a incomodar afinal, Iris nunca foi assim.

— Hã? Como assim?

— A tua personalidade está… diferente…

— Ah, isso! Quando fico extremamente revoltada, enervada ou irritada digo tudo o que penso e a minha personalidade altera-se completamente. E só há uma maneira de me fazer voltar ao normal.

— Qual?

— Esta.

Dito isto vai até ao telemóvel e põe a sua música favorita.

Quando começo o dia

Ligo às minhas amigas

Transmitem-me energia

Fico mais erguida

E se estou deprimida

Com as coisas da vida

Sei que posso contar só com elas

Olá! As estrelas estão no céu

...

(Lolirock- BFF)

Nath, ou neste caso Sky, estava a adorar ouvir a amiga a cantar… Ela cantava tão bem! A voz dela… era doce e relaxante e ao mesmo tempo era forte e cativante mantendo as pessoas que a ouviam sempre atentas ao que ela cantava. Mas o que mais o surpreendeu (pela positiva) era que a música era inventada por ela. Como é que ele sabia? Simples, o facto de se ser o cantor adolescente mais famoso de Paris tinha de conhecer quase todas as músicas e manter-se atento ao que estava “na moda”, e ele nunca tinha ouvido esta música… Não, de todo!

— Por que é que paraste? - perguntou Sky.

— Porque já voltei ao normal, ainda me falta escrever o resto da música e o teu anel apitou.- respondeu ela.

“- O quê? Como assim apitou? Eu nem sequer usei o meu poder!- pensou ele”

— Não apitou nada!- pelo menos era nisso que ele queria acreditar pois, não queria ir embora tão cedo.

BIP BIP

“- Bolas!- pensou ele- Sim tudo bem que eu estive transformado durante algum tempinho mas também não é para tanto!”

— Estás a ver eu tinha razão. Já agora, o que é que significa quando o anel apita?

— Significa que tenho e ir embora. Tchau princesa!- disse ele pegando na mão dela e dando um beijo nas costas, depois sai pela janela e vai a correr para casa.

Ele nem queria acreditar! Ele beijou-a! Beijou a rapariga que gostava! Tudo bem que só foi na mão… Mas mesmo assim já era um avanço!

Ia ele pelo caminho quando viu uma jornalista a falar sobre ele.

—“ Interessante…! Hoje foi a minha primeira transformação e eu já sou famoso!- pensou ele- Hum… Vamos ver o que é que eles dizem sobre mim…”

Dito isto põe-se à escuta até que a jornalista fala de uma coisa que ele teria de comprovar…. Afinal, não queria que pensassem que ele era um mentiroso que gosta de andar disfarçado de gato!