Estava em casa assistindo televisão, Mettaton anunciava uma grande tempestade de gelo e neve, então Asriel e a criança entraram com tudo e trancou a porta a força lutando contra a tempestade.

— Eaí crianças

— Howdy Sans! A tempestade tá muito forte pra gente voltar

— Parece que vocês se meteram em uma fria

— Sans oh meu deus! - Papyrus gritou da cozinha enquanto fazia o jantar, a pirralha seguiu o cheiro e ficou na frente da cozinha olhando ele trabalhar. Asriel a seguiu e perguntou o que ela estava fazendo, ela continuou quieta e sentou no chão, depois de um tempo, ela ficou olhando para as próprias mãos, enquanto Asriel ligava pra Tori, depois ele me passou o telefone.

— Alô Tori

— Olá Sans, as crianças vão ficar bem aí?

— Não se preocupe, vou manter minhas órbitas bem abertas!

— Haha muito engraçado! Mas sério Sans, eu preciso que você cuide das crianças, principalmente da Lily

— Que isso Tori, você acha tão OSSO cuidar de uma criança?

— Sans isso é sério! Você está na sala?

— Sim...

— Saia da sala, o os outros não podem ouvir... – É algo tão sério assim?

— ok, Papyrus fica de olho nas crianças - ele gritou um ok, mas antes de perguntar aonde eu ia eu já estava em Waterfall - Ok Tori... Pode falar

— Asriel levou a garota pra casa, ela estava coberta de sangue... - Sangue?! Como assim? - Quando perguntei, ela falou que o sangue não era dela, - Não era dela?! - mas não quis tocar no assunto...

—... – Eu fiquei sem palavras não sabia o que pensar

— É eu sei uma história muito estranha, mas não acaba por aí...

— Ainda em mais?!

— Quando eu a olhei contra um Froggit, a alma dela não era normal, era uma alma meio humana...

— Como assim meio humana?

— Eu não sei como, mas parece que ela absorveu a alma de um monstro ou coisa assim, a alma dela é meio humana e meio monstro – Mas como assim? – Sans, o que você acha que devemos fazer?

— Nada... A garota vai explicar essa história uma hora ou outra, ou não, acho que não devemos pressioná-la. Vamos deixar as coisas acontecerem...

— Você acha que isso é o certo?

— Por enquanto, ela é meio tímida não é?

— Sim, e muito calada, talvez ela tenha visto alguém morrer... – Quê?

— Talvez, o sangue não era dela... Mas acho que deve ser por isso que ela olha pras mãos e fica triste

— Ela continua fazendo isso?

— Eu a vi sentando na quase na frente da porta da cozinha e assistir o Papyrus cozinhar...

— Ela continua fazendo isso? – Ela riu um pouco mais animada - Ela é uma boa criança...

— É o que parece... Bem é melhor eu voltar, acho que o Papyrus não vai conseguir mantê-los quietos.

— Ok, obrigada Sans...

— De nada Tori... Até depois!

— Até! – Ela desligou então eu me teleportei para o meu quarto, eu ouvi alguns gritos na sala então fui logo ver o que era

— Oooww... – Ela caiu do sofá

— Ah não... Lily? Você tá bem? – Asriel a olhava no chão de cima do sofá

— Yeep... Oh... – Ela me viu... O cabelo dela estava todo desarrumado e o casaco dela estava com as mangas arregaçadas, dava pra ver que a roupa era bem larga pra ela. Os olhos dela eram âmbar com os cabelos castanhos que agora pareciam mais uma juba de leão, desde quando ela era tão traquina? Agora entendi porque Tori pediu pra ficar de olho nesses dois, ela começou a ter uma crise de riso – Vingança! – Ela gritou isso e rapidamente pulou em Asriel de novo, eles não param?

— Hey! Não! Lily não... Hahahaha... Lily para! – Ela começou a fazer cócega nele, pobre cabra – Hey para! – Ele descontrolou e jogou ela longe e eu tentei parar mudando a cor da alma dela pra azul

— O que? Eu estou azul?! – Ela olhou pra mim de cabeça pra baixo tentando entender – Sans? – O casaco dela caiu mas ela tinha uma regata por baixo, deu pra ver que ela tinha uma espécie de cauda? – Aaaa... Sans... – Ela estava vermelha – Me põe no chão...

— Você tem uma cauda?!

— Eu tenho? – Ela começou a tocar a parte de trás do seu corpo tentando achar – Mas não tem nada aq... – Ela tinha pegado a própria cauda – EU TENHO UMA CAUDA?!

— Wow pirralha, se acalma...

— COMO EU TENHO UMA CAUDA? – Ela estava abanando a cauda bem rápido como um cachorrinho...

— Hey, se acalma pirralha... – Ela parou de se mover, mas ainda continuava abanando a pequena cauda, isso era muito fofo e eu acabei caindo na risada – Heheheheh... Meu deus isso é muito adorável!

— Me coloca no chão!

— Ok... – Deixei ela perto do sofá então soltei, ela escorregou na ponta mas pulou assim que seus pés bateram no sofá e caiu no chão em pé

— Essa dói quase... – A cauda dela não estava balançando freneticamente, estava bem mais calma Asriel veio por trás e agarrou a cauda pela forte...

— Vingança...

— KYAAaaAAaa! – Ela soltou um grito agudo, parece que estou dentro de um dos Animes da Alphys, mas pequenas chamas pela boca quando gritou, como?! – AZ! Isso doeu... Não se puxa a cauda de alguém assim!

— É Asriel... Não foi muito legal

— Ah, foi engraçado...

— Heh, não posso discordar... – Eu desci e baguncei o pelo do Asriel fazendo cafuné nele e senti algo pontudo – Hey! Acho que alguém está crescendo...

— Sans...

— Agora você garota, tem que ficar mais fria... – Baguncei os cabelos dela e senti chifres crescendo... – Que? Fica parada... – Eu senti de novo pra ter certeza, eram chifres? De verdade?! O que essa garota tem? – Você tem chifres também? – Ela começa a procurar no meio dos cabelos, quando ela acha dessa vez ela não explodiu como antes...

— A Lily tá virando literalmente um monstro?

— Eu não sei... Talvez a Alphys saiba... Ou não...

— O jantar tá pronto... – Papyrus falou enquanto ia pra sala, ele parou e olhou a bagunça que aqueles dois fizeram, com isso eu parei pra perceber um pouco também – Wowie...

— Heh, parece que um tornado passou aqui, a tempestade é La fora...

— YAY – Lily pulou de alegria – Eu quero!

— Humana, agora eu irei lhe servir uma porção do macarrão mais delicioso que você já comeu, feito pelo grande chefe Papyrus! Nyeh heh heh heh heh – Ela riu e Asriel foi pra cozinha com ela... É... É bom me sentir em casa assim...

A gente comeu e depois fomos pra cama, Lily estava dormindo no sofá com o Asriel, quando eu acordei com os gritos do Asriel batendo na portas dos quartos pra acordar a gente, são umas 4 horas da manhã...

— Hey Asriel o que aconte... – Eu bocejo então vejo uma luz na sala e ele chorando...

— Lily! Fogo! Sans eu não sei o que fazer!

— Que? – Eu olho pra sala, a menina tá chorando dormindo e cheia de chamas – WOW! Ela tá literalmente em chamas...

— SANS! – Papyyrus e Asriel falaram em uníssono

— Ok... – Eu desci a escada rápida e fui acordar ela, quando ela acordou ela pulou em mim e me abraçou forte, ela não parava de chorar... – Hey, tá tudo bem...

— Eu... Eu... – Ela começou a soluçar por causa do choro – Eu não a matei... Eu não matei, eu não matei... MÃE! Eu quero a minha mãe! Eu quero a minha mãe de volta... EU A QUERO DE VOLTA... – Ela começou a queimar mais e gritar, Asriel assistia a cena assustado com o Papyrus

— Hey, garota, fica fria... Olha, abre os olhos... Você tá bem aqui se lembra? – O fogo apagou e ela abriu os olhos e ficou com o corpo relaxado, ela me soltou e olhou as mãos chorando – Só foi um pesadelo...

— Sans?

— Sim?

— Já se sentiu em um pesadelo sem começo nem fim? Que fica se repetindo e repetindo... – Eu olho para o Papyrus e me lembro dos meus pesadelos, eles acabaram assim que Frisk foi embora...

— Hey, não pense nisso... Quanto mais você pensar, mais vai se lembrar, afinal não foi sua culpa certo?

— Se eu não conseguir esquecer?

— Lily...

— Az? – Ele puxou e abraçou-a

— Você me assustou...

— Desculpa... Você é macio...

— O Quê?! – Ele ficou vermelho...

— N-nada... Desculpa de novo...

— Não tem porque você ficar com medo humana... Porque EU o GRANDE PAPYRUS! Irei te proteger de todo o mal!

— Obrigada pessoal... De verdade...