Demetria Fire

Quando finalmente chegamos à Morada da Noite, eu vi de longe um garoto bonito que com certeza não tinha mais de 18 anos, ele olhou para o nosso grupo e fez uma cara de confuso.

– Oi? – Ele disse. – Quem são vocês?

– Ah oi, não somos dessa dimensão, eu sou Demetria e esses são Aidan, Benjamim, Lívia, Emily, Alice, Stephan, Andrew e Sunny, somos semideuses, esses são os magos egípcios Dana, Elliot, Chloe e Noah, esses são os caçadores das sombras Scott, Danielle, Spencer, Peter e Hannah e os seres do submundo Arthur, Johan, Naomi e Bridget.

– Quanta gente. – Ele disse com um sorriso simpático – Muito prazer, meu nome é Frederick Gallagher, sou novato azul, mas vamos, vocês devem estar cansados.

– Ah um pouco. – Eu disse.

Passamos por ele e havia alguma coisa estranha entre ele e a Sunny, eles se olharam de um jeito muito esquisito, muito esquisito mesmo.

Sunny Miller

Eu não estava tão cansada, então fui dar uma volta e pensar um pouco, aquele Frederick não me era estranho, essas coisas de sonhar um com o outro são assustadoras. Eu já sonhei com ele antes, mas quem sabe? Pode ser somente uma coincidência, essa coisa de ser destinada a alguém não poderia acontecer comigo.

Olhei para o lado um instante e alguém esbarrou em mim. E era quem eu temia.

Frederick.

Ele olhou pra mim e depois saiu como se nada tivesse acontecido, ele nem pede desculpas, que grande imbecil.

– Eu não sou invisível, sabia?

– Isso seria bom demais pra ser verdade.

– Qual é o seu problema?

– Sei lá, é que, quando eu a vi, não gostei muito de você. Nada pessoal, mas você era mais adorável na minha cabeça.

– Do que você está falando?

– Eu acho que você sabe muito bem do que eu estou falando. Eu já tive sonhos com você e tenho certeza que você já teve comigo.

– Ok, eu confesso, já sonhei com você algumas vezes, só não sabia que você era um completo idiota e também não gostei de você. Mas você poderia ser um pouco educado e pelo menos pedido desculpas por quase ter me derrubado.

– Eu não sou idiota, você que é super irritante e você não parece machucada, então não parece ser necessário.

– Eu não preciso ficar aqui ouvindo isso, adeus imbecil.

Nem sei o que ele respondeu, só virei às costas e sai de lá o mais rápido possível. Coisas ruins sempre acontecem comigo, ele parecia ser tão doce nos sonhos, mas é um idiota e, se isso for aquela história de destinados, eu estou disposta a mudar o destino.

Lívia Azevedo

Quando eu acordei, percebi que todos estavam dormindo, exceto Sunny que não estava em lugar nenhum, então só fiquei sentada olhando o Scott dormir. Tínhamos começado um relacionamento e eu nunca poderia me imaginar namorando alguém que nem é da minha dimensão.

De repente ele abriu os olhos e viu que eu estava olhando pra ele.

– Alguma coisa errada?

– Não, só estava vendo você dormir e você baba enquanto dorme, é adorável.

Ele riu, limpou a boca com a camisa e se sentou.

– Bem, se você acha.

– Claro que acho. – Sorri pra ele.

Ele sorriu de volta e colocou uma das mãos no meu rosto.

– Eu também já fiquei olhando você dormir, sabia?

– O que? Quando?

– Lá na casa da Danielle, acho que foi ontem de manhã. A porta do seu quarto estava aberta então eu entrei e fiquei te olhando.

– Ai, eu faço alguma coisa constrangedora? Tipo, falo dormindo ou começo a roncar ou...

– Não, nada disso. Você só fica lá tranquila e é estranha a paz que emana de você enquanto está dormindo e eu só fiquei lá parado pensando como era possível você ser tão linda.

– Muito obrigada Scott, já conseguiu me deixar sem graça.

– Mas é a verdade. – Ele riu e me beijou.

Arya Coldheart

Eu não sabia se daria certo, mas tinha que tentar então concentrei a minha magia o máximo que pude.

– Eu evoco o ancestral touro branco para conseguir meu intento.

Por um momento nada aconteceu, mas de repente o chão começou a tremer e ele apareceu.

– Quem é você e por que me invocaste?

– Eu sou Arya Coldheart, maga seguidora de Bastet e o invoquei porque quero caos na Morada da Noite de Tulsa.

– Você precisa fazer um sacrifício. Você poderá oferecer a sua própria dor ou a morte de algum ser ou alguém.

– Tudo bem.

Sai em busca de alguma coisa que pudesse oferecer para o sacrifício, mas o que? Uma ideia surgiu em minha cabeça e eu já sabia o que fazer.

Silenciosamente, fui até a Morada da Noite e, em um dos quartos, encontrei um gatinho, ele estava com uma pequena coleira que estava escrito "Mizzy".

– Perfeito.

Levei Mizzy para fora e peguei uma faca.

– Desculpe Mizzy. – Eu enfiei a faca em sua barriga.

Quando ela estava completamente morta, eu a coloquei no chão e de repente sombras apareceram e começaram a sugar o sangue de Mizzy, eu confesso que era nojento e cruel, mas era preciso.