The Truth Imprisons Me

The truth brings tears


Hayley

Resolvi terminar meu banho, Billie já devia ter acordado, me enxuguei e me vesti com um shorts jeans e uma blusa azul. Escovei meus cabelos ali no banheiro mesmo e fui para o quintal estender minha toalha foi quando senti uma leve tontura, devia ser fome sei lá...Voltei para o quarto ainda meio zonza e encontrei Billie sentado na cama abraçado com meu travesseiro, o abracei e nos caímos deitados na cama e mais uma vez seu corpo quente aqueceu o meu gelado.

-Sua mãe...está meio estranha hoje..._ Ele disse fitando meus olhos.

Lembrei-me de minha conversa com minha mãe e me senti mal, não entendia por que ela estava pegando no pé de Billie...

-Você encontrou com ela hoje?_ perguntei preocupada, ela podia ter dito algo ruim para ele, não queria que ele soube-se o que ela quer que terminemos...

- Sim...._ele acariciou meu braço_ Mas não foi nada de mais..._ ele sorriu de leve.

Agradeci mentalmente e sorri. Ainda me sentia um pouco enjoada e queria dormir mais um pouco pra ver se passava mas eu também estava com fome.

-Você esta com fome amor?

-Estou sim..._ ele se levantou esfregando a mão na barriga.

Sorri

-Hoje vou te ensinar a fazer miojo.

Levantei-me e nos fomos ate a cozinha. Peguei dois pacotes de miojo e entreguei um deles á ele.

-Faça o que diz as instruções_ mostrei as instruções na parte de trás do pacote_ e tudo saíra bem e eu...bom eu vou lá pra sala deitar no sofá_ lhe mostrei a língua.

Fui para sala e me joguei no sofá de olhos fechados.

Minutos se passaram e Billie passa correndo pela sala, sem entender nada o segui e o encontro no banheiro com a mão de baixo d'água

-O que houve?

-Acho...que me queimei..._ ele me mostrou suas mãos como uma criança chorona.

Ri da sua cara de chorão.

-Billie você é fogo, se queimar fazendo miojo é um dom! To vendo que quando tivermos filhos vou ter q ficar de olho neles e em você por que é capaz de você ajuda eles a fazer bagunça.

Ele sorriu.

-Fazer bagunça tudo bem mas quem vai arrumar vão ser eles...

-Se fizer bagunça tem de arrumar também_ lhe mostrei a língua _Agora vem, vamos terminar aquele miojo_ peguei sua mão e o levei ate a cozinha onde terminei de fazer o miojo e servi a Billie.

-Que fome!_ ele declarou antes de começar a devorar seu miojo.

Após comermos fomos para sala, Billie se sentou no sofá e eu me deitei apoiando minha cabeça em seu colo.

-Hayley..._ ele chamou baixou.

-Sim?

- Você me acha bom o bastante para namorar com você?_ ele disse envergonhado.

Olhei surpresa para ele.

-É claro que você é bom o bastante para mim, por que a pergunta?

Ele balançou a cabeça e sorriu.

-Por nada.

Levantei-me e o abracei.

-Não quero que pense coisas assim, você é o melhor para mim.

-Ta, não vou pensar._ ele murmurou antes de unir nossos lábios.

Os dias se passaram, Billie e eu estávamos mais do que bem apesar de todos os esforços de minha mãe em tentar me fazer desistir dele. A única coisa que estava me incomodando eram as constantes tonturas que estava tendo, se não parece logo teria de procurar um medico. Mas o que resolvi vir procurar com Billie por hoje, são respostas no orfanato.

Parecia que quem poderia nos ajudar finalmente estava lá, fomos conduzidos até uma salinha fria onde esperávamos até podermos ser atendidos. Billie estava se mostrando um tanto indiferente com a situação, parecia q eu estava mais ansiosa do que ele para descobrir quem era sua mãe.

Meu celular vibrou irritantemente em meu bolso, era uma mensagem de Camily, pelo que dizia estava mal, havia brigado feio com a mãe e pelo o que a conheço é bem capaz dela fazer uma burrada.

-Droga..._murmurei._ amor, Camily esta precisando de mim, tudo bem se eu for ou você precisa que eu fique aqui com você?

-Tudo bem pode ir...depois eu te falo se tiver alguma novidade...

Despedi-me dele com um beijo e rapidamente sai de lá e seguindo rumo á casa de Camily se eu não chega-se logo era capaz dela fazer uma besteira com certeza.

Andando apressadamente pelas ruas senti aquela tontura de novo e um ânsia de vomito. Parei e me encostei em uma arvore, foi quando um garotinho acompanhado da mãe passou comendo um pastel, o cheiro de fritura revirou meu estomago e eu acabei por vomitar ao lado da arvore. Quando me senti um pouco melhor comprei uma garrafinha de agua e lavei minha boca, não entendia o que estava acontecendo eu adorava esse tipo de cheiro...Camily me mandou outra msg me lembrando que eu tinha de ir socorrê-la. Tornei a caminhar rumo a casa dela, ignorando o mal estar que estava sentindo.

Chegando na casa de Camily ela estava em seu quarto chorando desesperadamente. Ela me contou tudo o que houve e lhe consolei e lhe dei alguns conselhos. Acabei por passar a tarde ali e ao chegar em casa cansada me joguei na cama e dormi do jeito que estava...

Acordei tarde no dia seguinte, estava tonta e enjoada mais uma vez então resolvi ficar na cama mesmo sabendo que o melhor seria procurar um medico...

Tirei o All star e as meias e me deitei debaixo dos cobertores com meu celular em mãos e liguei para Billie...ele estava demorando para atender...

-Alô..._ ouvi sua voz rouca ao outro lado da linha, será que ele estava dormindo?

-Oi amor_ disse num bocejo._ você esta bem?_ senti minha cabeça rodar e fechei os olhos.

-Eu... Mais ou menos.... E você?

-Não estou muito bem, estou quase vomitando aqui de novo, deve ter sido algo que eu comi...mas você descobriu alguma coisa?

-Não...a mulher disse que não tem mais dados daquela época...

-Como assim não ha mais dados! Ela deve estar mentindo pra você amor, por que será que ela não quer ajudar? Olha mais tarde eu vou lá sozinha e resolvo isso, ok?

-Não, não precisa...já não vejo muita lógica em procurar minha mãe...

-Mas amor você não queria encontra-la e dizer umas verdades á ela...

Senti aquela tontura chata de novo, não estava em condições de resolver nada, mas queria que tudo isso acaba-se logo, talvez Billie e a mãe ate pudessem se dar bem...

-Eu...acho que devia deixar isso pra lá. Não vou ganhar muita coisa com isso...

Eu estava tão tonta que resolvi me dar por vencida.

-Tudo bem...você vai vir aqui mais tarde?

-Vou... Bom vou me arrumar, até mais tarde._ ele desligou.

Billie me parecia um pouco estranho...

Billie

Logo que Hayley saiu à mulher da recepção me chamou, e disse para entrar em uma sala.

Sentei-me na cadeira de frente para uma mulher que estava fumando e soltou um pouco de fumaça de cigarro em meu rosto, eu nunca tinha visto ela antes.

Expliquei para ela minha situação. Ela resolveu me ajudar.

Ela remexeu em toda papelada de uma gaveta e em fim me entregou uma ficha completa com nomes de crianças e das pessoas que havia deixado crianças na doação no mês do ano em que fui deixado lá.

Procurei por meu nome, quando o achei segui com o dedo até o nome da minha suposta mãe.

“Christie Williams.”

Oh meu Deus! Mas esse é o nome da mãe da Hayley!

Fiquei em estado de choque, não podia ser! Hayley não podia ser minha irmã!

-Rapaz você esta bem?

-Estou sim, obrigado pela ajuda.

Levantei-me em choque e fui até minha casa, sem prestar atenção nenhuma na rua.

Deitei-me no sofá e olhei para a TV desligada, tentando processar direito o que estava acontecendo.

A mãe de Hayley, ela devia saber que era minha mãe...e por isso queria nos separar.

Eu não sabia se eu devia falar para Hayley ou ignorar que éramos irmãos.

Acabei por cair no sono angustiado, estava totalmente confuso. Acordei pela manhã com o toque do celular, atendi sem ao menos conferir quem era, levei um susto ao notar que era Hayley, tivemos uma breve conversa, menti para ela sobre ter descoberto quem era minha mãe, eu não podia contar, mas... Eu devia contar, mas eu estava com medo de contar. Desliguei o telefone depois de lhe dizer que iria até sua casa para vê-la.

Entrei de baixo do chuveiro e liguei a água gélida. Arrependia-me profundamente de ter ido até aquele orfanato. Como eu poderia ficar com minha própria irmã? E não sabia que como ela reagiria e tinha medo de sua reação. Eu não queria perde-la, eu a amo de mais para isso...

Fechei o chuveiro e me enrolei na toalha, fintei meu rosto no espelho.

- Eu não vou desistir da Hayley!

Estava decidido, eu não desistiria dela, eu iria a proteger daquela maldita verdade e nos continuaríamos como sempre fomos.

Me troquei e fui caminhando ate a casa dela, varias vezes hesitei e pensei em dar meia volta, mas por fim acabei de chegar ao meu destino, toquei a campainha e logo ela me atendeu comendo chocolate e sorrindo. Eu não suportaria ver aquele sorriso se apagar. Senti uma pontada de dor no peito.

-Oi amor!_ ela me abraçou, retribui seu abraço, encaixei minha cabeça entre seu ombro e seu pescoço, e inalei seu perfume.

-Oi...

-Você esta bem?

-Estou._ tomei seus lábios sentindo uma sensação estranha, eu estava beijando minha irmãzinha...Dei fim ao beijo desanimado.

Ela me levou para dentro de sua casa, me jogou no sofá e parou em minha frente.

-Ah Billizinho conta pra Hay o que ha de errado _disse com voz manhosa

Um sorriso amarelo surgiu em minha boca, eu a puxei para perto.

-Billie não tem nada de errado...

Abracei-a novamente, tentando me proteger de algo, usando ela como escudo.

Ela se afastou olhando diretamente em meus olhos.

-Tem certeza q esta tudo bem? Eu sinto que você não esta bem...

Desviei meu olhar do dela.

-Sim tenho certeza...

Aproximei-me e tentei beijá-la novamente, mas eu já não conseguia sentir o que sentia antes.

Hayley

Ele estava muito estranho e sentia que estava me escondendo algo, mas se ele não queria me contar tudo bem. Lhe beijei mais foi um beijo estranho ate mesmo frio. Senti uma tristeza tomar conta de mim, desde que ele chegou parecia não querer estar aqui, então ele não quer ficar comigo, será que ele não gosta mais de mim? As duvidas começaram a encher minha mente me deixando cada vez mais angustiada.

-Ei...por que tá assim?_ ele me puxou me fazendo sentar em seu colo de costas para ele e encostou o rosto em minhas costas.

Fintei o chão

-Billie...você me ama?_ perguntei insegura.

-Sim te amo. Sem duvida te amo muito. Você é tudo pra mim ._ ele beijou meu pescoço.

Senti meu corpo se arrepiar com seu beijo e meu coração se bateu mais rápido com suas palavras. Fechei os olhos e deixei ele passar suas mãos atrevidas por meu corpo. Meu corpo se estremecia a cada toque dele, mordi o canto do lábio e me lembrei da minha primeira vez. Podia ser errado mas foi tão bom...

-Billie..._sussurrei ao pé de seu ouvido _você quer?_ enviei minhas mãos de baixo de sua camiseta.

Billie

Decidi que ia fazer o máximo para esquecer o que eu tinha visto no orfanato, eu não iria falar pra ela, podíamos continuar como estávamos antes.

Deixei minha tristeza ir embora, por meio de minhas mãos que caminhavam sorrateiras sobre Hayley, até chegarem ao seu destino.

Suspirei ao ouvir sua pergunta atrevida, pela primeira vez eu teria uma visão diferente, eu estaria tendo relações sexuais com a minha irmã...mas eu teria que aguentar pelo resto da vida, então era bom já me acostumar.

-Claro que quero...

Fomos para o quarto, onde a festinha particular começou, teve horas q o clima ficou meio estranho, mas não deixou de ser bom. Tão bom que acabamos por repetir o ato esgotando nossas energias por completo e pegamos num leve sono.

Hayley

Deixei Billie no quarto e fui tomar um banho rápido estava toda suada. Após o banho voltei a me deitar com ele que estava meio sonolento ainda.

-Eu te amo_ sussurrei deslizando a ponta do dedo em seu peito desenhando um coração imaginário.

-Também te amo linda.

Sorri e permanecemos abraçados até que o senhor Billie pegou no sono, eu iria dormir também, mas meu celular tocou, era Camily me convidado para sair em grupo com as amigas, aceitei, á tempos não saia com as meninas, seria divertido. Desliguei o telefone e fui até a cozinha fazer um lanchinho estava faminta. Voltando da cozinha bati de frente com minha mãe que acabará de chegar do trabalho. Havia me esquecido que sábado ela chegava mais cedo.

-Oi mãe_ a abracei

-Oi filha.

-Mãe Billie está aqui tem algum problema?

-Hayley ainda esta com esse garoto, deixe de ser cabeça dura e termine logo com ele.

-Não mãe! Eu já disse que não vou deixa-lo só por que a senhora não gosta dele.

-Hayley este garoto só esta te iludindo, você vai ver só depois de conseguir te levar algumas vezes para cama ele vai se enjoar e te deixar, não diga que eu não te avisei.

Ela foi para o quarto e eu fui para o meu pensando no que ela havia dito, depois de eu negar sexo a Billie algumas vezes ele ficou estranho e agora que finalmente me entreguei de novo a ele, ele ficou normal...

No quarto Billie estava sentado na cama vestido com suas calças. Sentei em seu colo e o abracei recostando minha cabeça em seu peito e fiquei pensando no que minha mãe havia me dito, e se ela estive-se certa...

-Hayley... O que sua mãe disse... Não é verdade...

Olhei surpresa para ele, ele havia escutado a minha conversa com minha mãe...

-Eu sei..._disse por fim, mas ainda estava em duvida no que devia acreditar.

Senti-me enjoada novamente, permaneci em silencio esperando que aquele enjoou passa-se. Sentia-me triste e confusa e pra ajudar tinha esse enjoou maldito.

-Bem...eu acho que é melhor eu ir embora né...

-Se você quer ir..._disse baixo. Não estava me sentindo muito bem.

-Ok...vou antes que sua mãe tenha a infelicidade de me ver...

Ele se despediu de mim com um longo beijo.

Joguei-me na cama e continuei a pensar no que minha mãe havia me dito, senti algumas lagrimas caírem e logo em seguida a ânsia de vomito me veio. Corri para o banheiro e botei tudo para fora, depois me sentei no chão e sem entender o que estava havendo chorei enquanto olhava meu rosto triste no espelho.

Billie

Sai de sua casa, e andei um pouco me sentei na calçada e comecei a chorar, de forma tímida.

Eu sabia que continuar escondendo dela seria impossível ainda mais com a mãe dela atacando de formas baixas...

Eu nunca ia considerá-la minha mãe. Ela tinha me abandonado, e espero muito que ela não queira exercer esse papel a partir de agora...

Levantei-me devagar esfregando meus olhos.

Caminhei até minha casa devagar. Joguei-me na minha cama. E voltei a chorar.