Damon tentava amparar Juliana, que tossia incontrolavelmente:

– Meu amor, o que você bebeu? – Perguntou ele aflito.

Juliana tossiu mais uma vez enquanto se contorcia e notou sangue em sua mão.

– Verbena! – Ela disse com dificuldade.

Damon se virou para atacar Katherine, mas ela já não estava lá.

– Meu amor, posso te dar meu sangue! – Disse Damon.

– Não! – Berrou ela entre a tosse. – Estou melhorando! – Juliana estava melhorando devagar, pois o sangue de Damon ainda estava em seu organismo, em pequena quantidade, mas estava.

Damon ficou angustiado, queria fazer alguma coisa para ajudá-la.

– Eu estou melhorando... – Disse ela sentando- se no sofá. – Como ela sabia sobre minha ‘alergia’? – Perguntou Juliana controlando a dor.

– Eu não faço idéia, mas você está mesmo ficando melhor? – Perguntou Damon preocupado sentando-se ao lado dela.

Ela balançou a cabeça e se jogou num abraço do namorado. Ele acariciou seus cabelos e em seguida apertou-a contra seu peito.

– Eu sinto muito... – Disse Damon.

– Não foi sua culpa... – Ela disse apertando-o e afagando sua cabeça nele.

De repente ela se afastou e saiu do abraço.

– Mas tem uma coisa que é sua culpa... – Juliana falou dando um tapa bem forte no braço dele.

– Au... O que eu fiz? – Disse Damon confuso.

– Você me traiu... – Ela disse batendo novamente nele.

– Eu não traí! Juro! Não encostei meu dedo em ninguém! – Ele disse.

– Me traiu sim! – Disse Juliana começando a estapeá-lo. – Você mancomunou contra mim! Seu traidorzinho!

– Eu não fiz nada! Para! – Disse ele tentando se defender da surra rindo.

– Fez sim! Traidor! – Disse Juliana ainda batendo nele.

Damon cansou da brincadeira e segurou-a pelos punhos, impedindo-a de atacá-lo.

– É sério! O que eu fiz dessa vez? – Perguntou Damon.

– Você me enrolou! – Disse ela tentando se desvencilhar dos braços dele, mas era inútil. – Você sabia que eu não gosto de ser feita de coitadinha e ajudou a Caroline, a Elena e a Bonnie com o plano delas!

– Ah... Foi isso! – Disse Damon começando a soltá-la, entretanto ela não hesitou e tentou bater nele outra vez, rapidamente ele a segurou novamente. – Eu avisei que você não gostava, mas você conhece a Barbie...

– Você poderia ter me avisado, eu teria tentado fugir... Fiquei chateada com eles e com você também! – Ela disse enfezando-se.

Damon a soltou e ela não voltou a atacá-lo.

– Não está nada! – Disse ele sensualmente.

– Estou sim! Muito chateada com você! Seu traidor! Pensei que fôssemos um time... – Ela disse emburrando-se mais ainda e cruzando os braços com birra.

– Não! Nós somos uma dupla! Não um time, um time precisa de muitas pessoas, nós não precisamos de mais pessoas... Disse ele.

– Você entendeu! – Ela disse virando o rosto.

– Me faça entender! – Disse ele chegando mais perto.

– Não estou com graça com você! – Juliana disse olhando para ele do canto dos olhos.

– Está sim! Por que você me ama! E eu também... – Disse Damon passando o indicador no rosto dela provocando-a. Juliana empurrou a mão dele como se estivesse com nojo.

– Você também o que? – Ela perguntou.

– Eu também me amo! – Disse Damon indo beijá-la.

– Idiota! – Ela disse empurrando-o.

– Oh, vem cá minha linda! – Disse Damon indo beijá-la novamente mais sendo empurrado novamente.

– Saí Damon! – Ela disse. Ele começou a fazer cócegas nela, enquanto ela ria e acabou deitada no sofá.

Juliana ria e empurrava-o com os braços. Então Damon, sobre ela, prendeu novamente seus punhos. Eles começaram a se entreolhar e Juliana tentava esconder seu sorriso enquanto via o dele.

– Eu vou beijar você, teimosa! – Disse Damon.

– Não vai não! – Disse Juliana balançando a cabeça e mordendo seus lábios deixando-os escondidos de Damon.

– Eu tenho todo o tempo do mundo... – Disse ele suspendendo as sobrancelhas. – Você não vai resistir!

Juliana olhou aqueles olhos e disse:

– Droga! Você venceu... – Disse aceitando o beijo, pois era muito difícil resistir a ele.

– Já te disse que você é muito convencido? – Disse ela enquanto ele saia de cima dela e eles sentavam corretamente no sofá outra vez.

– A cada dia desde que eu te conheci, e eu quero continuar escutando por muito... – Disse ele beijando-a novamente. – Muito... – Beijou-a outra vez. – Muito... – Encostou seus lábios nos dela pela ultima vez. – Muito tempo!

– Assim você vai enjoar! – Ela disse.

– Acredite querida, eu sou um homem forte! – Disse Damon.

– E põe forte nisso! – Juliana disse apertando o bíceps dele.

– Isso foi estranho... – Disse Damon acabando de ser apalpado.

– Desculpe, é o seu sangue, baby! – Exclamou Juliana.

– Estou começando a pensar que você está usando isso como desculpa para realizar seus desejos reprimidos! – Disse Damon.

– Desejos reprimidos? Damon, me respeita! – Disse Juliana.

– Não é por mal, mas uma virgem da sua idade em Mystic Falls é muita raridade. – Disse Damon.

– Minha idade? Você fala como se eu estivesse no fim da vida! E para começo de conversa eu não morava em Mystic Falls! Sou uma California Girl! – Disse Juliana orgulhosa de si.

– E suas amigas de lá são também? – Perguntou Damon intrigado.

– Claro! – Respondeu Juliana mais orgulhosa ainda. – E por falar nisso... Duas amigas minhas vão vir me visitar nas férias de verão... E os quartos de hóspede da casa da Elena estão todos ocupados por mim e pelo meu pai, então eu queria saber...

– Se elas podem ficar aqui? – Disse Damon.

– É! Aqui tem seis outros quartos vazios! E a casa também é minha... Você e o Stefan teriam só que tomar cuidado, pois elas não fazem idéia sobre esse lance de vampiros e tal... – Juliana falava empolgada tentando convencê-lo.

– Hum... Sei não! – Dizia ele.

– Eu também viria dormir aqui para fazer companhia a elas... – Disse Juliana tentando convencê-lo e apoiando suas mãos no tórax dele.

– Hum... Está ficando interessante... O que mais?... Em que quarto você vai dormir? – Na última frase Damon levantou uma sobrancelha descaradamente.

– Se você prometer não fazer nenhuma gracinha eu posso dormir no seu... – Disse Juliana esperançosa.

– Ih... Tá menos interessante agora... Vou pensar no seu caso! – Exclamou ele.

Juliana entristeceu-se e fez um bico.

– Não precisa fazer bico! Você me ganhou no “E por falar nisso”! – Disse ele.

Juliana pulou nele e o encheu de beijinhos.

– Obrigada! – Disse ela.

– Por nada, meu anjo! E agora? O que vamos fazer para passar o tempo? – Perguntou Damon.

– Que tal jogarmos alguma coisa? – Perguntou Juliana.

– Strip Poker! – Disse ele sorrindo sinicamente olhando-a de cima a baixo e pousando sua mão esquerda no joelho direito dela.

– Prefiro uma coisa onde eu esteja mais vestida... Monopólio! – Exclamou Juliana empurrando a mão dele.

– Oun! – Agora Damon fazia bico. – Você acaba com a graça das coisas! – Disse ele.