Juliana e Damon chegaram à frente da casa dela, alegres e trocando brincadeiras. Ele abriu a porta do carro e caminhou abraçado a ela até a varanda da casa.

Damon parou antes da pequena escada, Juliana subiu um degrau ficando na altura dele e em sua frente. Damon segurou suas mãos e disse:

– Entregue!

– Oun! Eu não queria que você fosse! – Disse Juliana balançando seus braços e os dele também.

– Bem... Acho que essa é a parte em que você me beija... – Disse ele beijando-a. -... E me convida para ir até seu quarto! – Exclamou Damon sorrindo separando os lábios.

Juliana riu do cinismo do namorado.

– Não! Essa é a parte em que eu te beijo... – Disse ela beijando-o. -... E digo: “Boa noite, Damon, até amanhã nesse mesmo horário, nesse mesmo canal!”. – Disse ela cortando o barato dele.

– Engraçadinha... Estou começando a aceitar essa idéia de outro sangue... Você ficou ‘divertida’ demais. – Disse ele.

Juliana riu novamente.

– Você é bobo! – Disse ela.

– Ah é?! – Disse ele puxando-a pela cintura. – Quem é bobo agora?

– Você! Bobo, bobo meu bobão! – Disse ela brincando com uma mecha de cabelo que caía sobre na testa dele, como uma garotinha.

Damon beijou docemente a testa dela.

– Você deveria ser presa! – Disse ele.

Juliana franziu sua testa.

– Por quê? – Perguntou ela.

– Onde já se viu? Damon Salvatore namorando na porta da casa de uma garota! Eu geralmente conheço a parte mais íntima da casa, não a porta! – Exclamou ele apontando para a janela do quarto dela.

Juliana riu novamente.

– O que foi? Eu estou falando a verdade! – Disse ele rindo também e a abraçando fortemente, quase a impedindo de respirar.

– É, eu infelizmente sei disso... Mas é que... Você gosta muito do seu nome! É Damon Salvatore para cá, Damon Salvatore para lá! Acho que você fala mais seu nome do que o meu! – Disse ela rindo.

Damon revirou os olhos.

– Ei! Não revire os olhos para mim ou... – Bronqueou ela.

– Ou você fará o que JULIANA? – Perguntou ele.

– Eu vou... – Disse ela pensando.

– Vai? – Indagou ele.

– Vou... Eu vou... Droga! Perdi o fio da meada! A culpa são desses olhos azuis me intimidando! – Exclamou ela.

– Ou da minha voz sensual te chamando de JULIANA... – Disse Damon suavemente no ouvido dela.

– Idiota! – Disse ela dando um tapa nele depois de ter se arrepiado com a provocação dele.

– Ei! Não me chame de idiota ou... – Bronqueou agora ele.

– Ou você fará o que DAMON? – Perguntou Juliana.

– Eu vou te jogar naquela parede e vou te chamar de lagartixa! – Exclamou ele.

Juliana caiu em gargalhadas.

– Quando eu digo que é idiota é porque é idiota! – Disse ela rindo.

– Você pediu! – Disse Damon com sua rapidez vampiresca levando-a e encurralando-a contra a parede.

– Minha largartixinha! – Disse Damon beijando o pescoço dela provocando cócegas.

Juliana rindo e surpresa disse:

– Eu não sei se devo considerar isso que você falou ‘tosco’ ou ‘nojento’!

– Que tal ficar quietinha? – Disse ele direcionando os beijos para os lábios dela.

– Boa idéia! – Disse ela retribuindo.

– Mas o que foi isso? – Perguntou Elena abrindo a porta, sobre o barulho que escutou. Ela se deparou com os dois se agarrando na parede bem ao lado da porta.

– Err... Oi Elena! Disse Juliana empurrando Damon.

– Oooi! – Disse Elena com cara de bronca.

– Eu acho que está é a minha deixa! – Disse Damon dando mais um beijinho em Juliana. – Boa Sorte! – Disse ele desaparecendo e deixando uma Elena com uma cara muito brava.

Juliana olhou para Elena que a recebeu com um olhar reprovador, em seguida as duas caíram em gargalhadas.

– Você me salvou bem na hora! – Disse Juliana rindo.

– Eu sabia que cara de raiva era Repelente-Damon na certa! – Disse Elena rindo também.

– Bon e Car estão aí? – Perguntou Juliana.

– Claro, entra logo. – Disse Elena sendo seguida pela irmã.

– E aí? Me conta os detalhes! O que rolou? Por que você não voltou amanhã? – Perguntou Elena.

Caroline e Bonnie entraram na sala e não deixaram de escutar.

– Por que você voltaria amanhã? – Perguntou Caroline surpresa.

Juliana e Elena se entreolharam guardando segredo. Caroline e Bonnie perceberam e entenderam, a bruxa começou a rir e a vampira a reclamar:

– Sua amiga da onça! Como você tomar uma decisão dessas e não conta nada para a sua melhor amiga?!

– Bom... Eu não sabia que tinha que pedir permissão, você não me pediu na sua vez... – Disse Juliana olhando para os lados.

– Sua safada! Você tinha que avisar, para a gente se preparar, você era a última de nós! – Exclamou Caroline. – Eu não te olho com os mesmos olhos... – Choramingava Caroline.

– Calma Caroline! – Ria Juliana.

– Como ‘calma’? Você era a última da espécie! O ultimo mamute! O ultimo tigre de dentes de sabre do bando! Você era nosso anjinho! – Choramingava mais a dramática loira enquanto as outras meninas riam.

– Car... Eu não era o anjinho de vocês, eu sou o anjinho de vocês! – Disse Juliana sacudindo a vampira.

– Como assim? Não aconteceu nada? – Perguntou Caroline surpresa.

– Nada, nadica de nada! – Disse Juliana sorrindo.

– Que burra! – Exclamou a loira.

– Caroline! – Repreendeu Bonnie.

– É burra sim! Como você perdeu a oportunidade?! – Disse a loira mudando as feições.

– Tanta expectativa para nada, tanta produção para nada... – Dizia Elena descaradamente reprovando Juliana com a cabeça.

– Elena! Até você! – Disse Bonnie.

– Olha, não fica fazendo muito doce não... Vampiro ou não, Damon é homem, ele não vai aguentar você animando ele e depois desanimando, se decide! Escuta meu conselho: agarra logo teu homem, garota! Literalmente... – Disse Caroline rindo.

– Não escuta ela não! Ela não sabe ser romântica! – Disse Bonnie.

– Eu nunca escuto! – Disse Juliana.

– Auu! – Disse Caroline.

– Mas é sério, não foi minha culpa não ter acontecido nada... – Disse Juliana olhando para os lados novamente.

– Nããão! Foi do Damon? Quem diria que ele é mole! – Disse Caroline surpreendida. – Bem... Comigo ele não foi! – Disse Caroline sinicamente.

– Caroline! Me poupa! Eu não quero detalhes da sua aventura com o MEU namorado... E não! Não foi culpa dele, ele não negou fogo em nenhum momento, queria que tivesse sido culpa dele... – Disse Juliana.

– Então de quem foi? – Perguntou Bonnie.

– Conta logo! – Disse Elena apreensiva.

– Está bem... Estávamos lá no ‘vuco-vuco’ quase fazendo o que vocês sabem muito bem o que é, quando a filha da mãe apareceu! – Exclamou Juliana irritada.

– Que filha da mãe? – Perguntou Bonnie.

– KATHERINE! Eu finalmente conheci a vampira que o meu Damon amou por 145 anos inteirinhos, e eu estou totalmente acabada! – Disse Juliana se jogando tristemente no sofá.

– O QUE? – Perguntaram as três em um único som.

– Katherine? – Perguntou Elena.

– O que ela quer? – Perguntou Caroline.

– Ela prometeu que nunca mais voltaria depois que matamos Klaus e a libertamos! – Disse Bonnie.

Juliana não estava prestando atenção no que elas diziam.

– Ela é tão... tão... Tão melhor que eu! Se veste de maneira sexy, se comporta como se fosse auto-suficiente... Eu sou tão sem graça... – Suspirou Juliana.

– Ahhh não! Nada de depressão! – Disse Caroline. – Você vai subir lá em cima colocar seu pijama mais brega e vai vir dançar e cantar com a gente no karaokê! – Continuou Caroline a falar. Ela não era muito boa em reanimar as pessoas, mas tentava.

– Não se preocupe, Damon nunca vai te trocar por ela! – Disse Elena.

– Mesmo que ela saiba combinar tão bem roupas de couro com tecido! – Disse Caroline.

– Ele passou 145 anos amando ela, já deve ter superado! – Disse Bonnie, quando se tratava do relacionamento de Juliana e Damon ela era um pouco cruel.

– Nossa! Vocês sabem como reanimar uma pessoa, viu?! – Disse Juliana. – Vou trocar de roupa... – Disse ela se levantando parecendo um peso morto e subindo as escadas.

Juliana foi até seu quarto, trocou sua roupa e ao invés de descer ficou encarando-se frente ao espelho. Ela estava deprimida, se sentia ameaçada pela ex namorada vampira e precisava de colo, para ser mais específico, precisava do colo de sua melhor amiga, ela sempre tinha a resposta para tudo.

Juliana direcionou seu olhar para seu celular, pegou-o e começou a procurar na lista telefônica pela letra ‘L’. Finalmente ela chegou no nome que procurava e começou a chamar.

– Alô? Lay... S.O.S. eu preciso de você comigo!

Só de ter conversado com a sua amiga Juliana se sentiu bem melhor. Desceu para junto das meninas e foi curtir o karaokê, foi horrível, Juliana nunca cantou bem, mas ela estava se divertindo ao som de Smile enquanto as outras faziam o coro de fundo. Ela estava bem porque sabia que Laiana em breve a visitaria para ajudar a passar pelo furacão Katerina.

Você sabe que eu sou uma vadia louca

Eu faço o que eu quero, quando eu tenho vontade de fazer

Tudo que eu quero fazer é perder o controle

Mas você realmente não dá a mínima

Você não deixa rolar, deixe isto rolar

Porque você é um puta rockeiro louco

Yeah, você disse hey

Qual seu nome?

Bastou um olhar

E agora, eu não sou mais a mesma

Yeah, você disse hey

E desde aquele dia

Voce roubou meu coração

E você é o culpado

E é por isso que eu sorrio

Faz um tempo

Desde que todos os dias e tudo tem dado tão certo

E agora

Você está bagunçando tudo

E de repente

Você é tudo que eu preciso, a razão pela qual

Eu sorrio

Noite passada eu acho que apaguei, eu acho

O que você, o que você colocou na minha bebida?

Eu me lembro de transar e então, oh oh

Eu acordei com uma nova tatuagem

Seu nome estava em mim e meu nome em você

Eu faria tudo isso de novo

Yeah, você disse hey

Qual seu nome?

Bastou um olhar

E agora eu não sou mais a mesma

Yeah,você disse hey

E desde aquele dia

Voce roubou meu coração

E você é o culpado

(yeah)

E é por isso que eu sorrio

Faz um tempo

Desde que todos os dias e tudo tem dado tão certo

E agora

Você está bagunçando com tudo

E de repente

Você é tudo que eu preciso, a razão

Pela qual

Eu sorrio

A razão pela qual

Eu sorrio

Você sabe que eu sou uma vadia louca

Eu faço o que eu quero, quando eu tenho vontade de fazer

Tudo que eu quero fazer é perder o controle

Você sabe que eu sou uma vadia louca

Eu faço o que eu quero, quando eu tenho vontade de fazer

Tudo que eu quero fazer é perder o controle

E é por isso que eu sorrio

Faz um tempo

Desde que todos os dias e tudo tem dado tão certo

E agora

Você está bagunçando com tudo

E derrepente

Você é tudo que eu preciso, a razão pela qual

Eu sorrio

A razão,a razão pela qual

Eu sorrio

A razão pela qual

Eu sorrio

" Smile – Avril Lavigne "